sábado, 29 de outubro de 2016

Renan Calheiros quer que a PF devolva ao Senado o equipamento que ajuda a desativar grampos.


Renan Calheiros já não faz muita questão de esconder o incômodo diante das investigações que se aproximam dele. Ao tentar peitar Vallisney de Souza Oliveira, juiz de primeira instância que autorizou a entrada da PF no Senado, foi peitado por Cármen Lúcia, a presidente do STF, que disse que o desrespeito do peemedebista a atingiu.
Contudo, Calheiros não baixou a guarda. E anunciou que entrou no STF com uma ADPF, um instrumento que exige que a Suprema Corte manifeste-se sobre os limites da atuação de cada poder. Mas até a devolução do equipamento para varreduras contra grampos foi exigida. Segundo o presidente do Senado, só a casa que vai analisar o dispositivo teria força para autorizar uma entrada na casa invadida pela PF.
O jogo se mostra indefinido. Se Cármen Lúcia não parece ter interesse em passar a mão na cabeça de Renan, há ministros como Gilmar Mendes que não escondem o desejo de conter operações como a Lava Jato. Se, por um lado, o STF adora se julgar dono do Brasil chamando para si todas as responsabilidades, recentemente deu plenos poderes à segunda instância para mandar culpados à cadeia sem a necessidade do trânsito em julgado.
Fato é que o foro privilegiado é uma vergonha que cria castas no Brasil. Quem está dentro dele está bem mais protegido das forças da Justiça. E a opinião pública começa a atentar a isso.
Para azar máximo de Renan Calheiros.

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