Foto:Zanone Frais/FSP
Em resposta às ocupações de escolas estaduais paulistas,
pais e estudantes têm se organizado para liberar colégios bloqueados ou evitar
que novos sejam tomados.
Balanço da Secretaria da Educação aponta que 29 unidades foram desocupadas
desde o início do movimento, há 15 dias. Mas, como houve novas ocupações, o
número de colégios bloqueados subiu de 151 para 174 entre terça e quarta-feira
(25).
O protesto de alunos, pais e movimentos sociais pede a suspensão da
reorganização da rede, proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). A ação
prevê o fechamento de 92 unidades e o remanejamento de 300 mil estudantes. O
governo diz que ela irá melhorar a qualidade do ensino em SP.
As ocupações despertaram reação de quem quer que as aulas sejam retomadas.
Foi o caso da comerciante Rosemeire de Souza Ferreira, 38.
Junto com colegas, ela tem feito vigília em duas escolas de Osasco (Grande
SP) para evitar que haja ocupação.
Uma das unidades, a Leonardo Villas Boas, chegou a ser ocupada. "No
fim da semana passada, não ficou ninguém lá. Pulamos o muro e arrebentamos o
cadeado. Minha filha precisa de aula."
Os protestos na região começaram antes mesmo da ocupação. Há um mês,
circulava a informação de que os colégios seriam fechados.
"Fomos para a rua e revertemos. Agora o pessoal quer fechar a escola?
Não pode."
Na zona oeste da capital, a aluna Flávia Moura, 17, escreveu carta
encaminhada à Secretaria de Educação. Sua escola, Andronico de Mello, foi
ocupada na segunda (23).
"Hoje, ao chegar em minha escola, fui informada de que o prédio havia
sido tomado. O grupo tirou de mim e de meus colegas o direito a mais um dia de
aula", afirmou.
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