Foto:Daniel Marenco/Folhapress
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta sexta-feira (21) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de um inquérito para investigar as supostas irregularidades no Ministério do Esporte envolvendo o atual ministro da pasta, Orlando Silva (PC do B), e o ex-ministro Agnelo Queiroz (PT), hoje governador do Distrito Federal.
Gurgel também pediu que seja remetido ao STF o inquérito do STJ (Superior Tribunal Justiça) que investiga Agnelo por suposto envolvimento nas fraudes no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte quando ele era o titular da pasta, entre 2003 e 2006.
As suspeitas foram levantadas pelo policial militar João Dias Ferreira em entrevista à revista "Veja".
Dilma vai acompanhar pelos próximos dias a situação do ministro do Esporte, para então definir seu futuro. Sua permanência no cargo é considerada "difícil" por integrantes do Palácio.
Na avaliação da equipe palaciana, Orlando teria se inviabilizado politicamente ao ser alvo de suspeita. Na decisão, pesa menos o teor das denúncias e mais a viabilidade de ter um "executivo da Copa" enfraquecido. O delator do ministro, o policial João Dias, ainda não apresentou provas.
Para embasar sua decisão, a Folha apurou que o Planalto pediu ontem à CGU (Controladoria-Geral da União) uma varredura nas ações e contratos da pasta que foram alvo de denúncias. Dilma decidirá o futuro do auxiliar após receber o levantamento.
Ela reuniu por mais de duas horas sua equipe no Palácio do Alvorada ontem à noite assim que chegou da África. Os ministros presentes fizeram um diagnóstico pessimista do noticiário.
Mesmo assim, o governo quer identificar ele próprio a situação no ministério e checar se há esquemas de corrupção na pasta, como denunciam os jornais. Em seguida, será feita uma avaliação minuciosa para identificar a extensão real das supostas irregularidades e das condições políticas de Orlando Silva conduzir a organização da Copa. ( Folha poder )
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