terça-feira, 25 de outubro de 2011

O capitalismo resistirá diante de um horizonte sombrio

O horizonte é sombrio neste momento. Mas não creio que haja base para decretar o fim do capitalismo, seja na sua vertente americana, ou pelo colapso da União Europeia. Parafraseando Mark Twain, os rumores sobre a morte do capitalismo são muito exagerados. Este sistema econômico tem uma imensa capacidade de recuperação. Ao longo da história, o capitalismo sofreu crises piores e revelou uma capacidade de superação enorme. O grande economista austríaco Joseph Schumpeter falava da destruição criativa como a mola mestra do capitalismo. É verdade que assistimos a uma reestruturação mundial do poder relativo, mas não à derrocada do capitalismo. Mesmo porque não há no horizonte, nem em termos teóricos, uma alternativa que se sustente.
Desde o estrepitoso fim da União Soviética em 1991, muitos esperam que o imenso poder dos Estados Unidos também desmorone. E, ainda por cima, acredita-se que a crise americana e a crise europeia terminarão por levar o sistema capitalista a nafragar. Sem dúvida, como disse Armínio Fraga na conclusão de uma recente entrevista à "Veja": "Os grandes blocos econômicos vivem dias dificílimos. É um quadro assustador, há muito risco no ar." Mas as previsões catastróficas estão destinadas a falhar.
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*Texto por Luiz Felipe Lampreia

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