A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira operação para desarticular uma organização criminosa integrada por servidores do Fisco em Osasco. Foram presas oito pessoas, sendo cinco auditores fiscais, um doleiro e o filho e a mulher de um auditor.
De acordo com a PF, os funcionários da Receita Federal na cidade tinham um esquema de "venda de fiscalizações".
A Polícia Federal avalia que esta pode ser uma das maiores operações já realizadas em São Paulo "em termos de volume de dinheiro apreendido". Foram cerca de R$ 12,2 milhões, além de pedras preciosas.
Na casa e escritório dos fiscais foram encontrados reais, euros e dólares, além de pedras preciosas. Eles estavam escondidos em fundos falsos, caixas de leite, closets e forros das residências. Além disso, foram confiscados 18 automóveis.
"Há indícios de que empresários da região eram abordados pelos servidores públicos, que deixariam de autuá-los em troca de vantagens financeiras vultosas. Os investigados também agiriam invalidando autos de infração já lavrados", diz em comunicado.
Os funcionários públicos residiam em casas de alto padrão, realizavam viagens internacionais com frequência e mantinham contas correntes no exterior.
As investigações começaram no início deste ano após o encaminhamento de notícia de crime à PF pela Receita Federal, relatando que servidores daquele órgão possuiriam patrimônio incompatível com sua renda.
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