O presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, afirmou que foi dele a decisão de demitir a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) da diretoria financeira da empresa, em 2006.
Segundo Samek, essa decisão contrariou o pedido dela de voltar ao cargo, caso não vencesse a eleição para o Senado, que disputou naquele ano. Gleisi perdeu a eleição e também a diretoria de Itaipu.
"Eu, como diretor geral da empresa, disse: Você não volta. Porque o sonho dela era fazer o licenciamento e disputar a eleição e, não sendo feliz na eleição, voltar. Então, tomei a decisão", disse.
Samek, em entrevista à Rádio CBN, conta que a conversa foi nesse tom: "Você vai e eu vou exonerar você. Sai, levanta teu fundo de garantia e vai, vai para tua campanha".
A Folha de São Paulo revelou ontem que, embora tenha deixado Itaipu para disputar a eleição, a ministra recebeu R$ 41 mil de indenização. Se não fosse demitida, perderia o direito de receber a multa de 40% do saldo do FGTS para efeito de rescisão trabalhista e de fazer o resgate naquele momento do fundo.
Questionada pela Folha sobre o motivo do pagamento da multa do FGTS, já que ela pretendia sair para disputar a eleição, afirmou que foi exonerada de Itaipu, conforme decreto publicado no "Diário Oficial" e que o valor recebido a título de indenização do fundo foi de R$ 41.829,79.
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