terça-feira, 12 de julho de 2011

Proposta indecente.

   Foto:Folha
Desde que Alfredo Nascimento e Cia. foram desalojados da pasta dos Transportes, o ministro Paulo Bernardo (Conunicações) frequenta o noticiário em posição incômoda.
Nos subterrâneos, Luiz Antonio Pagot, o ex-mandachuva do Dnit, afirma que Bernardo exibia interesse inusual pelas obras rodoviárias, especialmente as do Paraná.
Ex-governador paranaense, o senador Roberto Requião (PMDB) afirma que Bernardo interessava-se também por ferrovias.
Requião diz ter sido procurado por Bernardo na época em que ele era ministro do Planejamento de Lula.
Acusa-o de ter proposto a construção de uma ferrovia sem licitação, com preço acima do razoável e com direcionamento a uma empresa privada.
Segundo Requião, nos moldes propostos por Bernardo, o custo da obra saltaria de R$ 220 milhões para R$ 550 milhões.
As informações constam de notícia veiculada pela Folha. Ouvido, Bernardo admitiu que se reuniu com Requião à época em que ele governava o Paraná.
Atribuiu a iniciativa a uma "determinação do presidente Lula". Negou, porém, que tenha tratado de superfaturamento ou de direcionamento da obra ferroviária.
Por razões distintas, Requião e Bernardo acionaram o Ministério Público Federal para investigar o caso.
O ministro também protocolou no STF uma petição na qual acusa o agora senador de tê-lo caluniado.
Nesta terça (12), Pagot, o ex-mandarim do Dnit, vai prestar "esclarecimentos" no Senado.
Se Pagot reafirmar em público metade do que diz de Bernardo entre quatro paredes, é provável que a Justiça receba nova ação por “calúnia”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Governo comemora: Pagot estaria
‘sob controle’Após intensas negociações, o governo está aliviado: já não haveria o que temer no depoimento do diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, esta terça, no Senado. Em conversas informais com senadores, Pagot disse ter recebido ordens do ministro Paulo Bernardo (Planejamento) para que aditivos fossem feitos aos contratos, aumentando os valores, a fim de que empreiteiras financiassem a campanha de Dilma .Um destacado senador governista afirmou ontem a esta coluna: “Se esse Luiz Antonio Pagot falar o que sabe, o governo cai”.Para manter fechada a boca de Pagot, o governo admitiu não afastá-lo. Ele está de “férias”, mesmo depois de Dilma anunciar sua demissão.O vasto currículo de “serviços prestados” do diretor-geral Luiz Pagot inclui a assessoria de campanha de Dilma em Mato Grosso. .Claudio Humberto.