O Ministério do Trabalho especializou-se na produção de boas estatísticas para o governo. Politicamente úteis. Mas agora apareceu um problema grave. Como é possível o seguro-desemprego decolar numa era de emprego em alta? De duas uma. Ou o problema está nas estatísticas ou está nas concessões do benefício. Talvez tenha chegado a hora de um pente fino nos números fornecidos pela instituição. O oportuno esforço intelectual e administrativo poderia inclusive elucidar um mistério bastante repisado aqui.
Esta semana saiu o PIB de 2010. Foi 7,5%. E o Ministério do Trabalho (MTE) afirma que em 2010 se criaram menos de 2,5 milhões de empregos, quando o cômputo é feito pela metodologia tradicional do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 2009 o PIB andou para trás, foi negativo em 0,6%. Em 2009 o MTE afirma ter sido criado um milhão de novos empregos.
Como uma economia que cria quase um milhão de empregos quando contrai 0,6% cria menos de 2,5 milhões quando expande 7,5%? Agora invertendo. Como uma economia que cria menos de 2,5 milhões de empregos quando cresce 7,5% cria quase um milhão quando contrai 0,6%? [se for feito um ajuste linear teria que ser criado no mínimo DOZE milhões de empregos.]
Por: Alon Feuerwerker - Blog do Alon
Um comentário:
É a aritimética do pt, para enganar trouxa,.........
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