terça-feira, 14 de setembro de 2010

Na OAB Serra acusa o PT


Por Christiane Samarco, no Estadão Online:
O candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB) aproveitou sua participação, nesta segunda-feira, 13, no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para tratar da questão da quebra de sigilo fiscal de sua filha e do genro, por funcionários da Receita Federal. Serra disse que é preciso que a OAB tome providências para que numa agressão como essa a vítima não se transforme em culpada e os culpados não se transformem em vítima, como ocorre hoje nesse caso. Serra disse que queria propor uma aliança com a Ordem, não eleitoral, mas pós eleição, para que, se eleito, sair com a instituição em defesa da democracia, dos direitos humanos e do estado democrático, começando pela transparência da administração do governo.Serra criticou o que chamou de “esquerdinha brasileira” (…) [que] menospreza o estado de direito, passa por cima dele para acobertar seus crimes e ainda usa os instrumentos do estado de direito para defender seus aliados e perseguir seus adversários. Para Serra, na violação do sigilo fiscal de sua filha e do genro, tanto a direção da Receita Federal quanto a Corregedoria do órgão têm mentido sistematicamente ou se omitido. “Primeiro, eles disseram que tinham uma procuração sabendo que era falsa, mas não deram a informação da falsidade do documento”, lembrou. Serra disse que não tem dúvida do caráter eleitoreiro dessa quebra de sigilo.LobbyEle criticou o lobby instalado em vários ministérios para arrecadar dinheiro público, que vem da corrupção, e disse que a Casa Civil virou foco de escândalo. Reportagem da revista Veja desta semana denuncia o envolvimento da ministra Erenice Guerra em esquema de lobby para beneficiar seu filho. Para Serra, o que aconteceu foi “gravíssimo” e tem de ser muito bem investigado.No encontro com o conselho da OAB, José Serra se comprometeu, se eleito, a mandar em 30 dias ao Congresso Nacional um projeto de reforma política, de forma fatiada, para que as resistências não se aliem contra a proposta. A reforma começaria pelo voto distrital, que tanto pode ser misto como em lista. Serra disse que não acredita em financiamento publico de campanha, porque acha que o dinheiro paralelo que está hoje nas campanhas vai continuar.

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