Publicada pelo jornalista Cláudio Humberto na internet, no domingo (18), a notícia de que a saúde de Dilma Rousseff preocupa o staff de sua campanha provocou uma enorme celeuma, em especial na rede de microblogs Twitter. Muitos foram os questionamentos sobre o tema: de “golpe publicitário” a “segredo guardado a sete chaves”, passando por “fuga dos debates”. Este é um caso absolutamente complexo, mas a primeira consideração que deve ser feita é que Cláudio Humberto coleciona boas fontes e é bem informado. O segundo detalhe, e mais importante, é que um “linfoma não Hodgkin”, que acometeu a petista, não é uma doença tão simples e suave quanto foi anunciado. Trata-se de um processo maligno de crescimento e mutação das células linfáticas, responsáveis pelo sistema imunológico. O sistema linfático é formado por uma extensa rede de pequenos vasos, presentes em todo o corpo humano e que transportam a linfa. Coletada nas glândulas linfáticas (ou linfonodos), a linfa é um líquido de coloração clara que carrega os linfócitos, que atuam no combate a doenças e infecções. Diante do “linfoma não Hodgkin” (há mais de 20 tipos distintos) os linfonodos passam a apresentar dificuldades para produzir e filtrar a linfa e controlar o sistema imunológico. Há dias, em um hospital da capital paulista, o editor do ucho.info foi atendido às pressas por um respeitado médico, muito próximo a alguns integrantes da equipe responsável pelo tratamento a que se submeteu a candidata Dilma Rousseff. Ao saber que o paciente, neste caso o editor do ucho.info, atua há anos no jornalismo político, o médico foi enfático ao perguntar em tom de afirmação: “Quer dizer então que o nosso próximo presidente será o Michel Temer?”. Sem titubear, o tal médico, que citou clara e textualmente os nomes de dois colegas que atenderam Dilma Rousseff, disse com espantosa certeza que as condições de saúde da candidata petista não são boas o suficiente para enfrentar as duras exigências de uma campanha presidencial. Longe de duvidar da veracidade das palavras do médico que atendeu o editor, qualquer prognóstico sobre o que pode acontecer com Dilma Rousseff não passa de um mero exercício de futurologia. Até porque, se no momento do desespero todos recorrem aos céus, o melhor é deixar a decisão ao encargo do Criador. Por outro lado, o ucho.info volta a insistir na tese de que trata-se de um assunto pessoal da candidata, que não deve ser explorado politicamente e muito menos jornalisticamente. Mesmo que a doença seja detectada no começo, as consequências de um linfoma, mesmo curado, não devem ser ignoradas. Quem passa por um tratamento contra uma doença tão violenta jamais retoma o estágio anterior de vida.
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Fonte:ucho.info
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