segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Será que a Dilma tem razão?

A candidata do governo afirmou na imprensa que as irregularidades no DNIT, denunciadas em O Globo, teria uso eleitoral. Ainda, sobre suposta lavagem de dinheiro de Roseana Sarney (PMDB) revelada por "O Estado de S. Paulo", Dilma disse não opinar com base em "acusação de jornal".Todos sabemos que a candidata, assinou rubricou e reafirmou seu Plano de Governo, com suporte no Plano Nacional dos Direitos Humanos III. É neste mesmo plano onde se depreende a mordaça da imprensa através de um controle total dos órgãos de comunicação pelo governo. No entanto, o que se ver, é que a imprensa se transformou no voto mais importante conquistado por Dilma. Ao que nos parece a grande imprensa já optou pela candidatura indicada por Lula, seja um poste, seja Dilma.
Leiam o que diz o blog Coturno Noturno, no que concordo inteiramente:
“Os formadores de opinião, com raríssimas exceções, cerraram fileiras ao lado de Lula para ajudar a fazer o seu sucessor. Foram coniventes com os crimes eleitorais e passaram a apresentar um espetáculo patético e cínico nas páginas dos jornais. Os editoriais, que ninguém lê, faziam críticas ao presidente. No corpo do jornal e nas colunas, os jornalistas e colunistas elogiavam as estratégias criminosas de Lula e apontavam, em regozijo, o crescimento da sua candidata nas pesquisas. Sempre que puderam, sangraram a Oposição, transformando episódios políticos corriqueiros como a escolha de um vice em problemas imensos, atacaram Indio da Costa(DEM), um vice ficha limpa, mas jamais mexeram no passado turvo de Michel Temer(PMDB), envolvido em crimes ambientais e citado em listas de propina de empreiteiras, fato divulgado pela própria Polícia Federal.”
De fato.A última pesquisa Datafolha, que aponta a petista à frente, fez a imprensa “sair de vez do armário”.
A pesquisa foi comemorada com mais ênfase pelos “formadores de opinião” do que pela cúpula petista.
Apenas alguns blogs decentes, e não alugados, e a revista veja não caíram no conto do já ganhou petista.
A tal imprensa cobra de Serra a “desqualificação de Dilma” como se coubesse a dita imprensa estabelecer estratégia de campanha de “a” ou “b”.
Ao que nos parece, cada vez mais, a tal grande imprensa vem consolidando a candidatura apoiada pelo governo.
Vê-se que Lula colocou a imprensa no “cabresto”. Obediente, a grande imprensa faz o jogo do petista e seus asseclas.
Alguns dizem que é um suicídio. Dilma vai, certamente, algemar a imprensa e controlá-la com força e autoritarismo, como indicam suas manifestações verbais e por escrito.
Decididamente, imprensa isenta não existe. Mas não cabe a imprensa o papel de “cabo eleitoral”. Seu papel é informar com base em fatos, na verdade, na razão. A grande imprensa mente na análise equivocada das últimas pesquisas. Transmite considerações absurdas e tendenciosas.É quase inacreditável ver a imprensa brasileira sob o jugo governamental, fazendo o jogo que Lula quer, como se ele fosse o técnico do time, e os jornalistas jogadores obedientes e disciplinados fazendo o jogo determinado por seu mandatário.
Temo que Dilma, com suas idéias escritas e faladas, tenha razão. Torna-se impossível, hoje, diante de tais fatos, saber se uma imprensa livre, no Brasil, é bom para a democracia. A má fé de certos jornalistas já está beirando a criminalidade.

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