segunda-feira, 10 de maio de 2010

Alhos, bugalhos e a popularidade lulesca.

O senador Jarbas Vasconcelos(PMDB-PE) lembrou que Lula não transferiu a sua popularidade para Marta Suplicy(PT-SP), que perdeu a eleição para Gilberto Kassab(DEM-SP). Da mesma forma, o popularíssimo presidente não criou comoção e nem filas quilométricas em salas de cinema, para ver o filme sobre a sua vida. Avatar não foi tão "promocionado". Também não transformou em votos os índices pessoais de 2006, quando nem mesmo venceu a eleição em primeiro turno. Os 80% de popularidade de Lula, até agora, só aparecem na fantasia das pesquisas, sem materialização na vida real. Cada vez mais parecem ser uma bondade do povo brasileiro que, por ter esperado tão pouco, foi surpreendida pelo desempenho do primeiro presidente operário. Afinal de contas, o eleitor esperava tão pouco de alguém que iria botar fogo no Brasil e transformar o país em terra arrasada que, vá lá, está muito bom, está excelente, marca aí que melhor do que está, impossível. Além do mais, falar mal do Lula virou algo politicamente incorreto, pois logo aparece alguém para dizer: é porque é pobre, é porque é nordestino, é porque não tem curso superior, fatos que o próprio presidente usa e abusa como escudos contra mensalão, crime eleitoral, proteção a corruptos, caixa dois e outros deslizes. Atualmente, o fato concreto é que a popularidade lulesca não está beneficiando a candidata petista. Nem no auge do mensalão o presidente teve índices tão baixos nas pesquisas. O povo parece estar mostrando, novamente, que sabe diferenciar alhos de bugalhos. O "bugalho Marta" levou uma surra eleitoral fenomenal em São Paulo. Mais feia, menos preparada, menos experiente e com uma biografia de vida horrorosa, o "bugalho Dilma" precisará muito mais do que Lula para ser eleita. Como ele é o "cara", não existe muito a fazer contra uma verdade que fica cada vez mais patente: popularidade é pessoal e intransferível.

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