quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O comprador do ano


Foi merecido o título de “Homem do Ano” que o jornal Le Monde concedeu ao presidente Lula, pelo menos para os franceses, que o veem como um benfeitor, por ter salvado milhares de empregos diretos e indiretos, na França, ao comprar de uma só vez, mais de R$50 bilhões a indústria bélica francesa, uma transação que não se justifica sob nenhum aspecto, nem técnico, nem estratégico, nem economicamente.Por exemplo, os aviões de caça Rafale, fabricados pela empresa francesa Dassault, comprados pelo Brasil, são 40% mais caros que os da concorrência, até hoje só é usado pela força área francesa, nunca venceu uma concorrência em nenhum lugar do mundo e foi rejeitado pela área técnica da nossa aeronáutica.Duas coisas prejudicam o avião militar francês, o custo benefício e a falta de testes em condições reais de combate, principalmente no enfrentamento direto, ponto a ponto, com os concorrentes, F/A18 da Boeing, americana, e o Gripen da sueca Saab.Até o argumento só a francesa Dassault estava disposta a repassar a tecnologia para o Brasil e montar parte dos aviões em território brasileiro, foi desmentida pela concorrência que se diz disposta a proceder da mesma maneira.O que pode justificar o governo Lula desprezar o fato que o se comprássemos os mesmos 36 aviões da concorrência, estaríamos pagando algo em torno de R$ 7,2 bilhões ao invés de R$ 12 bilhões, que serão pagos pelos aviõezinhos franceses? Uma diferença de R$ 4,8 bilhões, nada desprezíveis, pelo menos, assim tem concluído, todos os países do mundo que foram ao mercado comprar aviões caça.O que o governo Lula viu na indústria bélica francesa, que os outros não virão?A transação fica mais estranha quando se fala do item seguinte, a compra de R$ 20 bilhões em submarinos Scopene, da DNCS francesa, que para realizar o negócio associou-se, a generosa doadora eleitoral, a construtora brasileira Odebrecht, que EXATAMENTE neste instante, resolveu enveredar pelo ramo da construção de submarinos, a ponto de ser sócia majoritária na empresa “Itaguaí Construções Navais” fundado especialmente para a execução do empreendimento, com a indústria naval francesa.Em seguida não foi difícil para os franceses empurrar no carrinho de compra de bilhões, mais 50 helicópteros, que em números redondos vão custar de R$ 6 bilhões.Por fim, neste clima de promiscuidade, contratou-se dos franceses a manutenção e adaptação de navios da marinha, incluindo um porta aviões, além da aquisição de mísseis que somam em torno de 15 bilhões.Pode-se compreender que nessa festa de bilhões, o velho jornal Frances Le Monde, defendendo os interesses do seu país, eleja Lula o homem do ano, até porque alguns desses negócios ainda não foram oficialmente fechados, e uma honraria como essa vai “motivar” o presidente a manter a compra.Agora não se a sabe quanto Lula vai gastar para tentar ganhar o premio Nobel da Paz. Não esquecer que ele chegou em Copenhague oferecendo U$S 160 bilhões para ajudar aos países pobres, como se não fossemos um país de pobres.Para tentar ganhar o Oscar já foram gastos os R$ 20 milhões na feitura do filmete “Lula, o filho do Brasil.”Pena que quando chega na hora de dar aumento aos aposentados, o dinheiro tenha acabado e “O homem do ano” venha a público dizer que é impossível dar aos velhinhos o mesmo índice de aumento que é dado ao salário mínimo.
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