
Khamenei ordenou ao poderoso Conselho dos Guardiães que examine as alegações do candidato reformista derrotado, Mir Hossein Mousavi, que afirma fraude nos resultados da eleição da última sexta-feira no país. O governo declarou o presidente Ahmadinejad vitorioso com ampla margem, apesar das pesquisas de intenção de voto indicarem uma disputa acirrada.
A medida surpreendeu já que o líder supremo iraniano, a figura mais poderosa da República Islâmica, já havia validado o resultado das eleições. Mousavi escreveu um apelo neste domingo ao Conselho dos Guardiães, um corpo de 12 integrantes que é pilar da teocracia iraniana. Mousavi também se reuniu neste domingo com Khamenei. Em carta enviada a este órgão integrado por seis clérigos e seis civis, a metade deles escolhidos de forma direta pelo líder da Revolução, Khaamenei, o opositor reformista acusava o Ministério do Interior e seu rival, o presidente Ahmadinejad, de influir nos resultados. Analistas afirmam que a decisão não deve ir além de um trâmite formal, pois quase ninguém prevê que o citado Conselho escute as queixas do candidato da oposição. Os apoiadores de Mousavi realizaram três dias consecutivos de protestos em Teerã contra a reeleição de Ahmadinejad --que suscitou a violência nas ruas.
Enquanto chega o esperado veredicto, Moussavi pediu a seus seguidores para se manifestar de forma pacífica nas ruas do país, tomadas por soldados da polícia e das milícias de voluntários islâmicos Basij. Neste domingo à noite, os protestos voltaram a se converter em confrontos com cenas de batalha campal. Contêineres e pneus incendiados, mobiliário urbano destroçado, patrulhas de milicianos Basij em motos, armados com paus e inclusive com pistolas e postos de controle colocados em pontos estratégicos da cidade foram as principais cenas.
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