
"É claro que é ruim [para sua própria imagem], mas entendia-se que era legal. Agora, valor moral muda conforme a época. A população não suporta mais isso. Então não vou mais passar para terceiros nem usar bilhetes da Câmara para o exterior", disse Coruja.Dagoberto Nogueira (PDT-MS) bancou 16 passagens para familiares e funcionários, tendo como destino Miami, Paris, Milão e Buenos Aires. Em seu próprio nome, foram mais dois bilhetes -para Estados Unidos e Itália. Questionado sobre o motivo das viagens, disse não se lembrar. "Ah, meu Deus do céu, deixa eu ver o que que é", respondeu ele. Até o fechamento desta edição, contudo, ele não ligou de volta.Já Moreira Mendes (PPS-RO) levou mulher e filho para Miami, em agosto do ano passado, com as passagens dos três pagas pela Câmara. Ele não quis dizer a que se referiu a viagem. "O uso das passagens aéreas é a critério do deputado. O que eu fui fazer lá [Miami] é problema meu", ressaltou Moreira Mendes.Waldir Maranhão (PP-MA) emitiu três bilhetes aéreos para Londres, entre dezembro de 2007 e setembro do ano passado. Os beneficiários foram Gabriela e Carlos Roberto Paschoal e Paulo Santos. A Folha não conseguiu localizar o deputado ontem.Ruy Pauletti (PSDB-RS) emitiu seis passagens, sendo duas para Paris, duas para Milão e mais duas para Miami. Somente um trecho, o de Paris, foi em nome do deputado.
Já no caso de Nazareno Fonteles (PT-PI) -cinco bilhetes em nome de terceiros para Miami-, o deputado não reconheceu os beneficiários. Ele disse achar que as passagens possam ter sido emitidas ilegalmente de sua cota.
*Texto extraído de parte da reportagem de Leonardo Souza e Adriano Ceolin no Jornal Folha de São Paulo
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