segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Guerra nas escolas: políticagem atrapalha ensino das crianças.

O governo do estado de SP realizou no final de 2008 uma prova de avaliação de todos os professores temporários da sua rede de ensino (aprox. 100 mil professores) no intuito de avaliar e premiar os que obtivessem melhores resultados, além de impedir de lecionar aqueles que não tirassem uma nota mínima (50% de acerto) estabelecida como nota de corte. A medida tem o intuito de melhorar o corpo docente da rede estadual e encontrou forte resistência da APEOESP (o sindicato dos professores, hoje dominado por militants do PT). Devido a uma enxurrada de liminares promovida pelo sindicato, o ano letivo de 2009 teve seu início atrasado em uma semana e os efeitos da prova de avaliação suspensos, o que forçou o governo a ter que admitir que 30 mil professores que tiraram menos que a nota mínima ou mesmo zeraram na prova continuem lecionando. A seguir, leiam o depoimento enviado por e-mail pelo leitor André, de Guarulhos.
"Bom, meu irmão é professor do estado não concursado. Como ele, existem milhares nessa condição. Nós temos visão de mundo diferentes, debatemos muito, principalmente porque defendo as mudanças que o Serra tem implantado na educação (e que aviso para os que são mero puxa-sacos de políticos: Ainda acho pouco o que o Serra tem feito, mas tem feito, coisa que outros governos não fazem em seus estados).
Meu irmão reclamou quando o Serra cortou a "boiada" de professor poder faltar praticamente meio ano letivo sem desconto do salário. Ele veio com a velha ladainha de que professor ganha mal e ainda perde suas regalias. Rebati que o certo é lutar por melhores salários, não por manter REGALIAS que prejudicam os alunos. Ai ficamos naquela coisa de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha... mas faz parte do debate.
Enfim, ele me ligou ontem reclamando adivinhe de quem? Da APEOESP! Dessa vez ele veio defender o Serra, sobre a tal prova que foi aplicada para selecionar os professores que teriam prioridade na atribuição de aula.
Para quem não sabe, essa tal atribuição é uma espécie de lista de escolas onde os professores podem escolher em qual dar aula. Significa que os que tem prioridade, escolhem escolas mais perto de onde moram, ou onde preferem lecionar, uma espécie de lista de escolha onde os melhores na tal PROVA teriam esse direito como prêmio. O caso é o seguinte, segundo meu irmão que é professor: o governo distribuiu no final do ano passado uma série de materiais, apostilas, etc, com as novas sugestões de diretrizes pedagógicas para o ano letivo de 2009. Nada obrigatório, mas que, segundo meu irmão, são diretrizes de ótima qualidade, sendo o material muito relevante para quem quer melhorar sua capacidade de ensinar.
A tal PROVA foi baseada nesse material, e segundo meu irmão, quem leu e estudou as apostilas foi bem na avaliação. Ele próprio acertou 24 das 25 questões, e ficou bem colocado na lista para poder escolher sua escola. Pois bem. Essa prova acabaria com o antigo privilégio de antes, que era dado aos que tinham mais tempo de serviço. Significa que um professor RUIM, porém que está dando aula a vários anos tinha prioridade sobre um professor APLICADO, mas que tem pouco tempo de carreira. O critério era apenas tempo de serviço.
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