terça-feira, 3 de outubro de 2017

Temer "convém".

Os 59% de brasileiros que querem o afastamento de Michel Temer terão de esperar o fim de seu mandato.
Diz o editorial da Folha de S. Paulo:
“A copiosa rejeição a Temer não se traduz em atos populares por sua saída, nem em fortalecimento da oposição parlamentar, tampouco em instabilidade que desarranje a economia.
O atual governo é desaguadouro natural de frustrações diversas e acumuladas dos brasileiros com políticos, práticas corruptas e estelionatos eleitorais —o que não chega a configurar injustiça (…).
À medida que se avança no tempo, porém, um ponto de vista pragmático parece ganhar corpo na sociedade: quanto mais perto das eleições e do fim desta administração, menos producente se afigura nova troca no comando do país.
Nesse sentido, de acordo com o Datafolha, cresceu de 30% para expressivos 37% a parcela dos que acham preferível que Temer conclua seu mandato.
Esse se mostra, diga-se, o cenário mais provável. O peemedebista, tudo indica, mantém apoios suficientes no Legislativo para barrar mais uma denúncia apresentada pelo Ministério Público.

Além disso, nenhuma das principais forças políticas tem real interesse no afastamento do presidente — seu desgaste contínuo convém tanto à oposição petista, carente de bandeiras, quanto a aliados de ocasião desejosos de arrancar favores do Executivo.” ( O Antagonista )

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