quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O resultado da votação informa que a diferença de fuso político entre o Acre e o Brasil deve ser medida em anos.


A maioria do eleitorado que dorme mais tarde que o país faz questão de acordar cada vez com mais atraso.
O medonho naufrágio do PT nas urnas das capitais não registraria um só sobrevivente se duas cidades se tivessem juntado ao bloco amplamente majoritário formado pelas outras 24. Nessas, nenhum candidato do partido que ficou nanico escapou da derrota já em 2 de outubro. No Recife, o companheiro João Paulo conseguiu cruzar resfolegante a fronteira do primeiro turno ─ o que apenas adiou por alguns dias o fracasso inevitável. A grande exceção foi Rio Branco.
Ao presentear com mais um mandato o prefeito Marcus Alexandre, o eleitorado da capital do Acre comunicou que está satisfeito com a vida que leva, prorrogou o prazo de validade do último reduto da estrela vermelha e reiterou que aprecia o descompasso com o restante da nação. Enquanto os Estados mais ajuizados vão se livrando do PT, aquele pedaço da Amazônia elege desde 1998 devotos da seita que quase liquidou o país. A capitania dos Irmãos Viana completou 18 anos de existência cada vez mais longe da maioridade.
Graças à diferença de fuso horário, também neste domingo os acreanos foram dormir mais tarde que o restante do país. Graças ao resultado da eleição, que aumentou a diferença de fuso político, os habitantes do extremo oeste vão continuar acordando com alguns anos de atraso em relação ao Brasil que enfim despertou.

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