domingo, 4 de outubro de 2015

Depois do mensalão e do petrolão, agora é a vez do montadão.

O governo Lula vendeu, em 2009, uma medida provisória para as montadoras de veículos.

A reportagem demolidora é do Estadão.
Passo a passo:
1) Empresas do setor pagaram R$ 36 milhões a lobistas para conseguir que Lula prorrogasse incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano.
2) A medida provisória foi aprovada por Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
3) Quatro dias antes que o ato normativo fosse editado, um dos envolvidos no esquema tratou do assunto com o “seminarista” Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete de Lula.
4) Um dos escritórios que atuaram para viabilizar a medida fez repasses de R$ 2,4 milhões a Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula.
5) Lula assinou a medida provisória 471, beneficiando a a MMC Automotores, subsidiária da Mitsubishi, e a CAOA (fabricante de veículos Hyundai e revendedora das marcas Ford, Hyundai e Subaru).
* Antonio Palocci, em 2010, recebeu 4,5 milhões de reais da CAOA e já estava sendo investigado pelo Ministério Público sob a suspeita de ter embolsado dinheiro justamente para garantir incentivos fiscais à montadora.
6) Um dos lobistas, Mauro Marcondes, enviou mensagem dizendo que, em troca do acordo, havia se comprometido a entregar R$ 4 milhões a “pessoas do governo, PT”.
Pois é. Os petistas saíram montadinhos do montadão.
Como disse Gilberto Carvalho nesta semana: fomos “criando uma certa empáfia e seguindo a prática que condenávamos nos outros partidos”.
Obviamente, em escala muito maior e de modo institucionalizado, como nunca antes na história ‘dêsti paíf’.

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