O presidente da Odebrecht,
Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez,Otávio Marques de
Azevedo (Foto Bruno Poletti/Zanone
Fraissat/Folhapress)
O Ministério Público Federal apresentou nesta sexta-feira
à Justiça a mais importante denúncia da Lava Jato desde o início da operação,
em março de 2014, e formalizou a acusação contra o presidente da construtora
Norberto Odebrecht, Marcelo Odebrecht, contra o presidente da Andrade
Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e contra outros vinte executivos e
ex-funcionários das duas empresas, lobistas e contra investigados como o
doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.
Entre os crimes apontados estão corrupção, lavagem de dinheiro e organização
criminosa.
Com a apresentação da denúncia, o próximo passo é o juiz
Sergio Moro, responsável pelos processos relacionados ao petrolão em Curitiba
(PR), analisar os indícios apresentados pelo Ministério Público e decidir se
transforma ou não os investigados em réus. Sem contar as apresentadas nesta
sexta, a Lava Jato já conta com 24 denúncias formais contra empreiteiros,
doleiros, ex-deputados, lobistas e ex-diretores da Petrobras. Até o final de
maio, 117 pessoas haviam sido denunciadas pela força-tarefa da Lava Jato em
Curitiba. Outras autoridades, como deputados e senadores, que têm direito a
foro privilegiado, são investigadas em Brasília (DF).
Nesta sexta-feira foram denunciadas as seguintes pessoas:
Alberto Youssef, Alexandrino Alencar, Antônio Campello Dias, Armando Furlan,
Bernardo Freiburghaus, Celso Araripe, Cesar Ramos Rocha, Eduardo Freitas Filho,
Elton Negrão, Fernando Baiano, Flávio Machado Filho, Lucélio Goes, Marcio Faria,
Mario Goes, Otávio Maques de Azevedo, Paulo Roberto Costa, Paulo Dalmazzo,
Paulo Sérgio Boghossian, Pedro Barusco, Renato Duque e Rogério Araújo.
"Essas acusações são o símbolo de que ninguém está
acima da lei", disse o procurador da República Deltan Dallagnol.
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