sábado, 10 de janeiro de 2015

Manifestação em São Paulo tem infiltração de baderneiros e vândalos.

Manifestantes atearam fogo em lixo e depredaram agências bancárias e concessionária de veículos. PM reagiu com tropa do braço e bombas de efeito moral. Diversos manifestantes foram detidos pela PM na região da Rua da Consolação. 
Baderneiro infiltrado, é detido.
SÃO PAULO - A primeira manifestação do ano contra o reajuste das tarifas de ônibus, Metrô e trens em São Paulo teve confronto entre mascarados e PMs, quebra-quebra e tumulto generalizado na região da Rua da Consolação, no centro de São Paulo, no início da noite desta sexta-feira. A confusão teve início quando um grupo de manifestantes mascarados se adiantou, na Rua da Consolação, à caminhada organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), ultrapassou o cordão de isolamento formado por policiais militares e tentou atear fogo em sacos de lixo e dar início a um quebra-quebra. Alguns atiraram pedras em carros da PM, que reagiu com a “tropa do braço”, especializado em treinamento de defesa pessoal e artes marciais, e bombas de efeito moral.
Em meio ao tumulto, os mascarados depredaram ao menos duas agências bancárias (Santander e Banco do Brasil) e uma concessionária de veículos, atearam fogo em um ônibus e picharam um ponto de ônibus. Na Avenida Angélica, após a dispersão dos manifestantes, os mascarados atearam fogo em sacos de lixo. Houve tumulto, correria e 32 pessoas haviam sido detidas até as 20 horas. Elas foram encaminhados para o 78º Distrito Policial.
Em meio à confusão, alguns manifestantes entraram em bares da região. Os comerciantes, com medo de depredação, baixaram as portas. As estações de Metrô Consolação e Trianon-Masp foram fechadas. Por conta do tumulto, a PM encerrou o protesto impedindo que a manifestação chegasse à Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, onde terminaria.
Na Rua Augusta, durante o confronto, houve uma tentativa de retomar a caminhada, que teve início na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal, mas a PM impediu que os manifestantes seguissem até a Paulista utilizando bombas de efeito moral.
Fernando Donasci / Agência O Globo
Vidro de agência bancária do Santander foi quebrado por manifestante. 
Cerca de 7 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram da manifestação, várias deles mascarados. O Movimento Passe Livre (MPL) chegou a dizer que reuniu 10 mil no ato.
Cerca de 800 PMs, 110 deles da chamada tropa do braço, acompanharam o protesto. Pelas ruas, antes do confronto, os manifestantes chamaram a população para o protesto aos gritos de “Vem,vem,vem pra rua, vem, contra o aumento”.
A Polícia Militar informou que planejou operação policial com 800 agentes "para garantir a livre manifestação de pensamento" sem que houvesse "ruptura da ordem pública, dano ao patrimônio ou outros danos”.

Os PMs foram orientados a impedir a entrada de pessoas na manifestação com máscaras de proteção contra gases e bombas de efeito moral. Também foiproibida a entrada de pessoas portando vasilhames com vinagre.
Durante a manhã, o Movimento Passe Livre (MPL) criticou um convite que teria recebido do comando da Polícia Militar, convocando uma “liderança” do grupo para uma "reunião de planejamento" do ato. Criticou também o efetivo destacado pela PM, além da decisão de revistar pessoas que se aproximarem da manifestação.
"Nos perguntamos porque a polícia militar precisa de um efetivo tão grande e de ameaças lançadas de antemão para garantir o direito à livre manifestação", escreveu o MPL, em texto publicado nas redes sociais.
Entidades de defesa dos direitos humanos como Conectas e Artigo 19 assinaram com integrantes do Núcleo Especializado em Direitos Humanos da Defensoria Pública carta endereçada à PM, criticando a decisão de revistar pessoas antes do ato.
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“Cercar e revistar pessoas indiscriminadamente é um atentado às liberdades e garantias da Constituição e dos tratados internacionais firmados pelo Brasil. Se permitir que o anúncio se concretize, o governo do Estado abrirá mais um grave capítulo na longa lista de violações cometidas contra manifestantes”, escreveu Marcos Fuchs, diretor adjunto da Conectas, em texto divulgado nesta sexta-feira.
A tarifa no transporte coletivo subiu de R$ 3 para R$ 3,50. Na tentativa de amenizar protestos, tanto o prefeito Fernando Haddad (PT) quanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram gratuidade para estudantes das redes públicas municipal e estadual de ensino, respectivamente.
Ato contra aumento de tarifas em São Paulo teve a concentração em frente ao Teatro Municipal, no centro.

*Fernando Donasci / Agência O Globo

Um comentário:

Anônimo disse...

Engraçado que eles nem lembram que o reajuste das passagem é justamente porque o governo que eles idolatram aumentou o combustível!Deixem só as empresas de ônibus pararem e a população se virar contra os manifestantes que eles irão ver que você pode aguentar calado por algum tempo, mas não por todo tempo!