domingo, 31 de agosto de 2014

Diante do enorme rombo de Dilma, pibinho de Mantega cai ainda mais...


Como não poderia deixar de ser, o agourento mês de agosto vai terminando dentro de um cenário sombrio para o Brasil. A economia brasileira recuou 0,6% no segundo trimestre deste ano e o país, tecnicamente, entrou em recessão.
Depois de que se tornou público que praticamente a metade da população adulta do país está operando no vermelho e que grande parte desses devedores não fazem ideia de como sairão dessa situação, o passo natural foi uma enorme retração do consumo das famílias e o consequente corte nos investimentos das empresas, que não conseguem dar escoamento à sua produção, tanto no mercado interno, como no externo. Com isso, o PIB do Brasil sofreu um encolhimento de 0,696 % no segundo trimestre, em comparação com o primeiro deste ano.
Há quem jure que a Copa do Mundo da FIFA tenha tido um impacto negativo que contribuiu para empurrar o país ladeira abaixo.
Se compararmos esse resultado com o obtido no segundo trimestre de 2013, vemos que a economia deste país de “faz de conta” encolheu praticamente 1%, segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE.
Com tal desempenho, e ainda tendo o resultado do primeiro trimestre sido “ajustado” pela ‘equipe econômica’ do governo passando de uma queda de 0,2 % para uma alta de 0,2%, segundo a maioria dos economistas, a economia de Pindorama mergulhou numa “recessão técnica” em direção ao fosso socialista...
Um buraco enorme que poderá nos engolir a todos: o fosso socialista...
Embora uma boa parte dos economistas ainda considerem que as pequenas quedas do PIB por dois semestres consecutivos não configuram ainda um estado de recessão técnica, centrando seus argumentos no “baixo nível de desemprego no país” (os que estão vivendo de “bolsas-tudo” e de seguro desemprego não são considerados desempregados por não estarem “procurando emprego'')... Argumentam eles que o mercado de trabalho, já em franca desaceçeração, “ainda não se encontra em crise”!
O investimento externo no país tem sido basicamente especulativo, para faturar em cima dos altos juros básicos da economia estabelecidos pelo COPOM como “política antinflacionária” e de resultado muito duvidoso, pelo menos no longo prazo. São raros os investimentos vindos de fora nos setores produtivos da economia.
O PIB brasileiro fechou neste segundo trimestre de 2014 no valor de R$1,271 trilhões, bem abaixo do valor previsto pelo “establishment” `desgovernamental` e do que esperava o mercado, que sempre se orienta pelos números fornecidos basicamente pelo IBGE, coisa que parece agora estar mudando por falta de credibilidade crescente desse instituto, na era petista. Seus números, vão destoando  progressivamente dos apresentados por instituições internacionais como, por exemplo, o Bloomberg dos EUA.
Segundo a maioria dos analista econômicos, ao final deste ano, o Brasil deverá apresentar um pífio crescimento de 0,7% em seu PIB, o que não é suficiente para sequer fazer cóssegas no enorme rombo na economia causada por mais de uma década de absurdos e descaminhos dos governos petistas e de sua base “alugada”. Se tal projeção vier a ser confirmada no início de 2015, será o pior desempenho da economia tupiniquim desde 2009, quando registrou uma queda de 0,39% do PIB, ocorrida no vértice da crise econômica global.
A queda do PIB verificada em ambos os trimestes do ano em curso foram determinadas por queda de quase todos os setores basicos da economia, com excessão do setor agropecuário. O agronegócio, apesar de todos os percalços enfrentados pela ação petista, ainda conseguiu apresentar uma alta de 0,29%.
Já o consumo das famílias (o ítem de maior peso na composição do PIB), apesar de estar em queda forte, ainda apresentou nestes dois trimestres passados um resultado positivo de meros 0,39%.
No entanto, o Brasil realmente produtivo meteu o pé no freio para valer nos investimentos em máquinas para a produlçao industrial, para o transporte, para a agropecuária, para a produção de energia e infraestrutura, tanto no setor privado como no estatal, com uma retração escandalosa de 5,38% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Tal índice é considerado como um dos mais importantes no cálculo do PIB, uma vez que sinaliza até que ponto a economia do país terá a capacidade de crescer nos futuros imediato e mediato, o que depende da expansão de sua capacidade produtiva instalada e da sua infrastrutura.
O govenos, que deveriam centrar seus esforços apenas em infrastrutura e promoção de servilos públicos pelo menos decentes à população, mostraram uma retração de investimentos no setor, da ordem de 7%, quando por outro lado, bateram todos os récordes em arrecadação tributária.   Segundo alguns economistas da FGV, a retração do PIB já era algo esperado em função do “efeito FIFA” durante a copa do mundo de futebol, isso porque porque houve um acúmulo maior de “feriados excepcionais” nas cidades-sedes e dias de dispensa antecipada de trabalhadores. Ora, com menos pessoas a produzir, a economia teria necessariamente que encolher, como relamente aconteceu.
Na verdade, o PIB está estagnado desde o fim de 2013, sofrendo ainda os efeitos da enorme expansão do crédito e sob o efeito de juros indecentes (provocados pelos gastos imoderados do governo Dilma) e uma inadimplência que cresce como uma bola de neve.
Endividadas, as famílias já não tem o mesmo poder de compra e não conseguem manter seus gastos, mostrando dessa forma um empobrecimento progressivo, típico das economias socialistas, como a que vai se desenhando no Brasil. Para agravar mais esse cenário e para mostrar de vez que o “remédio” de juros altos pacra conter a inflação já não funciona mais, vimos que essa inflação cresceu neste ano e se concentrou mais nos alimentos. Isso também corroeu com os rendimentos das pessoas, principalmente das camadas mais pobres da população, freando o consumo de bens mais supérfluos.
Por seu turno, a queda nos investimentos ocorre em função da confiança cada vez menor do empresariado produtivo que enfrenta juros mais elevados e bancos menos dispostos a emprestar diante das incertezas da economia do país, além da diminuição progressiva da segurança jurídica necessária à atividade capitalista. Nos últimos anos, o Brasil tem visto progressivamente uma evasão de capitais e de mão de obra qualificada para o exterior, onde vão em busca de mais segurança e de maiores resultados econômicos.
O setor que mais se ressente dessa espécie cruel de diáspora brasileira é a indústria, que vem sendo compelida a dispensar mais do que contratar profissionais, os mais diferenciados, em função da queda de consumo e da absurda carga tributária, sobretudo a que incide sobre os produtos de maior valor agregado, como por exemplo, os da indústria automobilística e da construção civil.
Dos setores que sustentam ainda esse PIB debilmente positivo, o que mais resiste ainda é o do agronegócio, um dos mais combatidos pela ideologia corrente nos últimos governos.
A grande verdade por trás desses resultados econômicos – e que em breve forçarão também o surgimento de resultados políticos negativos – é que, hoje, no Brasil, existe muita gente que não trabalha nem produz vivendo às expensas de quem o faz com denodo no dia a dia, tendo o estado como elemento estimulador dessa disfunção social e agente distribuidor de benesses, a título de “combate à pobreza”, que qualquer analista imparcial pode perceber que terá um efeito totalmente ao contrário, ou seja, acabará gerando uma pobreza crescente e uma miséria avassaladora e acabrunhante, como soe acontecer nos poucos regimes socialistas ainda existentes no mundo.
*FRANCISCO VIANNA, por e-mail, Via Grupo Resistência Democrática.


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