terça-feira, 1 de julho de 2014

Barbosa se despede do STF e diz sair de alma leve.

Foto: Nelson Jr. / SCO / STFA
Joaquim Barbosa: Um homem que as pessoas de bem do Brasil jamais esquecerão e sempre respeitarão.
A Justiça brasileira perde um dos mais capazes e justos operadores do direito, no país. Com a aposentadoria de Joaquim Barbosa, e sua despedida, hoje, do STF, vai-se com ele um pouco da esperança do povo brasileiro de uma justiça séria, célere, independente e equilibrada para todos.
Apesar de os poderosos políticos que gerem, desbragadamente, o país o encararem como uma "pedra no sapato" por não abrir mão da legalidade e respeito aos Princípios Constitucionais, considerando-o, tão somente como o primeiro negro a assumir o cargo de Ministro do STF, Barbosa demonstrou conhecimento, capacidade, inteligência rara e, acima de tudo, caráter.
Ao anunciar no fim de maio que deixaria o tribunal por “livre arbítrio", pois poderia ficar até 2024, quando 
completará 70 anos, idade em que os ministros são obrigados a deixar o cargo, demonstrou que preferia deixar o STF que conviver com pessoas que não comungavam com sua seriedade e correção.
Ao anunciar sua aposentadoria, chegou a afirmar:
 "A minha concepção da vida pública é pautada pelo princípio republicano. Acho que os cargos devem ser ocupados por um determinado prazo e depois deve se dar oportunidade a outras pessoas. E eu já estou há 11 anos”.
Hoje, Barbosa deixou o plenário do Supremo antes mesmo de a sessão terminar. Na saída do tribunal, em conversa com jornalistas, disse apenas que sai de “alma leve” e que espera que o seu sucessor seja um bom “estadista”. Ainda não há previsão de quando a presidente Dilma Rousseff vai escolher o nome que irá ocupar a cadeira deixada por Barbosa.

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