PMDB quer corte de 14 pastas e reforma ministerial já, diz Henrique Alves!
O presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), recomenda à presidente Dilma
Rousseff que faça já uma reforma ministerial e reduza de 39 para 25 o
número de pastas.Em entrevista à Folha e ao UOL, o deputado peemedebista,
que ocupa o terceiro posto na hierarquia da República, sugere também à
presidente da República que estabeleça uma agenda de mais conversas com os
congressistas e aliados. Cita as reuniões do conselho político (presidentes e
líderes partidários) que ocorriam durante o mandato de Luiz Inácio Lula da
Silva. "Há quanto tempo não se reúne o conselho político? Eu não me lembro
a última vez".
Henrique Alves acha que
reforma ministerial deve ser formatada no início de agosto, quando deputados e
senadores voltam ao trabalho. A nomeação de fato dos novos nomes ficaria para
setembro. Quantas deveriam ser as pastas? "Acho que com a vontade enxugar
a máquina, de fazê-la mais objetiva, em torno de 25 ministérios seria do
tamanho do Brasil". Ou seja, um corte de 14 nos 39 existentes na
Esplanada.
Há
duas lógicas por trás da formulação proposta por Henrique Alves. Uma delas é
política. Dilma Rousseff até agora apenas repassou ao Congresso demandas que
ela diz ter interpretado a partir dos protestos de rua ocorridos no país em
junho.
Agora,
ao recomendar o corte de ministros e uma nova equipe para o governo, o PMDB
repassa a bola para o Palácio do Planalto. "Há um consenso hoje na questão
do número exagerado de ministérios", diz Henrique Alves. Ele afirma que
"os partidos da base deveriam dar essa colaboração, delegando à presidente
Dilma ampla liberdade de recompor o seu ministério" e para "reduzir
esse ministério sem nenhuma nova imposição partidária, não indicar esse ou
aquele".
E
o PMDB? "Nós estamos dispostos a oferecer porque nós queremos encontrar
uma saída. Não pode ficar esse impasse, adiando, achando que as coisas estão
caminhando como não estão. Nós queremos um Brasil mais ágil. Que a presidente
dê respostas novas. As movimentações [de rua] cessaram um pouco, mas está
latente ainda a insatisfação".
Se
Dilma cortar parte de seus 39 ministérios, "daria uma resposta ao que o
país quer: redução de quadros, mudança, portanto, de ordenamento
político-administrativo". Henrique Alves faz essas observações com
cuidado, sempre de maneira a não dar a entender que esteja se intrometendo nas
atribuições presidenciais. Mas ao falar em público sobre esse tema, coloca o
Palácio do Planalto numa sinuca política, pois Dilma Rousseff terá de dar
alguma satisfação ao partido que é o principal aliado de seu governo no
Congresso.
*Por FERNANDO RODRIGUES, na Folha, de
Brasília
Comentário:
Uai,
será que realmente eles acordaram!!! Ou é mais um jogo de cena pra ganhar tempo
e que no final (ja sabemos) nao vai dar em nada? Eis a questao, só que desta
vez, meu sentimento é que eles irao quebrar a cara, porque a sociedade, só esta
aguardando quais providencias serao tomadas daqui pra f rente, depois de
ouvirem (se é que ouviram e entenderam) o clamor das ruas. Tenho certeza,
dependendo do que vier, havera reaçao!
*Rui
Marangoni, por e-mail, via Grupo Resistência Democrática.
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