Aqui, no Sertão das Alagoas, leio e vejo na
televisão, dezenas de reações a respeito das palavras do eminente Ministro
Joaquim Barbosa, proferidas durante uma palestra em ambiente acadêmico.
Vejo que alguns políticos, jornalistas e
profissionais que vivem “mamando nas tetas” do Estado, e permanecem
improdutivos para a Nação brasileira, se mostram indignados com a afirmação de
Joaquim Barbosa de que “Temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos
com partidos que nos representam no Congresso. Nem tampouco esses partidos e
seus lideres tem interesse em ter consistência programática ou ideológica.
Querem o poder pelo poder”...
Joaquim está certo. Sua afirmativa é “justa, muito
justa, justíssima” como diria um personagem de uma antiga novela da TV.
Tem gente imbecilizada que diz até que Barbosa “reúne
adversários”.
Adversários, cara pálida? Quer dizer que quem diz a
verdade neste país reúne adversários?
Qual o partido político no Brasil tem o cuidado de
se identificar com os anseios do povo? Seus membros querem é “se dar bem” e por
isso, como diz Joaquim Barbosa “O problema crucial
brasileiro, a debilidade mais grave do Congresso brasileiro é que ele é
inteiramente dominado pelo Poder Executivo. O Congresso não foi criado para
única e exclusivamente deliberar sobre o poder executivo. Cabe a ele a
iniciativa da lei. Temos um órgão de representação que não exerce em sua
plenitude o poder que a Constituição lhe atribui, que é o poder de legislar”.
E está certo, o Ministro! A maioria das
leis, aprovadas, são de autoria do Executivo. A maioria dos Congressistas é
preguiçosa, gosta de mordomias, do exercício do poder. Essa promiscuidade com o
executivo lhes é benéfica em vários aspectos. Todos sabem. Alguém já ouviu
falar em “emendas parlamentares”? Já ouviu falar em “indicações para altos cargos
em Ministérios”?
É como se retratasse o personagem de Chico
Anísio -o Deputado Justo Veríssimo- que dizia: “Eu quero é me dar bem!”
Se Joaquim Barbosa, no meio acadêmico,
em meio a uma palestra, expõe sua opinião, não comete injustiças, nem injúria,
tampouco falta com a verdade, merece nosso aplauso, nosso respeito.
Está exercendo seu livre direito de expressão.
Quem se torna seu adversário por isso não pode ser considerado um democrata.
Ou, então, sabe de sua própria culpa ou responsabilidade e não a assume.
Se for político, então não presta, deve
fazer parte do grupo que Barbosa disse não se identificar com o povo.
Joaquim Barbosa, mais uma vez, “falou e
disse”. E os jornalistas, políticos e outros que se sentiram ofendidos “
vestindo a carapuça” ou que criticaram ou repudiaram suas palavras por terem o “rabo
preso” com o Legislativo e o Executivo, que “se lixem”.
O Brasil precisa de homens de bem e que
falem a verdade. Até aqui, do Oiapoque ao Chuí, tenho visto poucos “cabras
macho” como Joaquim.
Um comentário:
Foi precisamente o que eu pensei. Desde quando alguém tem de pedir licença ao PT ou a qualquer outro partido para expressar uma opinião. Aliás, os partidos políticos existem para, entre outras coisas, garantir o estado de direito, o que significa garantir a liberdade de expressão de qualquer cidadão.
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