domingo, 3 de março de 2013

Rede de difamação petralha.

Petista, que é funcionário de vice-presidente da Câmara, é pago com dinheiro público para alimentar rede de difamação na Internet. E já está vendendo seus serviços

Vejam estas duas caras:
 
Por que estão aqui? Vamos lá.
Escrevi na manha de ontem um texto sobre a resolução do Diretório Nacional do PT que, na prática, prega a censura à imprensa. O partido pretende manipular uma proposta de emenda à Constituição de “iniciativa popular” para regulamentar o que eles chamam “mídia”. Como evidencio naquele texto, eles querem mesmo é controle de conteúdo.
O PT já interfere avidamente no setor, e a imprensa, no Brasil, em muitos aspectos, é menos livre hoje do que já foi um dia. E como se dá essa interferência? O governo federal, por meio da publicidade direta e das estatais, premia veículos sabujos. O dinheiro público financia uma vasta rede de difamação disfarçada de jornalismo — os blogs sujos, os sites sujos, as revistas sujas, os sujos sujos… Seu trabalho é falar bem do PT, atacar a oposição e difamar a imprensa independente.
As coisas não param por aí. E voltamos, então, àqueles dois senhores que estão lá no alto. O da esquerda é o deputado André Vargas (PT-PR), secretário de Comunicação do PT e vice-presidente da Câmara dos Deputados. O da direita é André Guimarães, seu funcionário. O que eles fazem? Reproduzo texto publicado na VEJA Online, que se refere a uma reportagem de Hugo Marques, publicada na revista desta semana. Leiam. Volto em seguida.
*
São muitas as histórias de anônimos que alcançaram a fama por meio da internet. O petista André Guimarães tem planos ambiciosos nessa direção. Criador da RedePT13, uma organização virtual formada por perfis falsos e blogs apócrifos usados para atacar aqueles que são considerados inimigos do partido, ele já é uma celebridade entre seus pares. Se é preciso espalhar uma mentira para difamar alguém, Guimarães é acionado. Se for apenas para ridicularizar um oponente, o rapaz conhece todos os caminhos sujos. Na visita da blogueira Yoani Sánchez, ele trabalhou como nunca. A rede postou montagens fotográficas, incentivou os protestos e difundiu um falso dossiê produzido contra ela pela embaixada cubana. O problema é que o “ciberguerrilheiro” petista sustenta sua atividade criminosa com dinheiro público, dinheiro do contribuinte. André Guimarães é funcionário do Congresso. Está lotado e recebe salário no gabinete do deputado André Vargas, o atual vice-presidente da Câmara e secretário nacional de comunicação do PT.
 
Voltei

Vocês tratem de acreditar no que seus olhos leram. O vice-presidente da Câmara dos Deputados tem um funcionário cuja especialidade é difamar pessoas e instituições na Internet. Ele se tornou o fortão do bairro Peixoto nessa matéria.
Assim, sempre que vocês ouvirem um petista pregando a “regulamentação da mídia” para, segundo diz o partido, “democratizar a comunicação”, não hesitem um só instante em chamar a justificativa de mentira, de empulhação, de safadeza mesmo! O PT, que já usa hoje dinheiro público para manter redes de difamação, quer encontrar caminhos para controlar o conteúdo também nas empresas privadas de comunicação.
Leiam a reportagem na revista. O tal André Guimarães desenvolveu de tal sorte a expertise da difamação que, acreditem!, ele sai Brasil afora oferecendo o seu método para estados e prefeituras. O pacote oferecido, a depender do serviço, pode custar de R$ 2 mil a R$ 30 mil de mensalidade. Na reunião feita na embaixada cubana, que traçou a estratégia para difamar Yoani Sánchez no Brasil, estava presente um outro especialista em “ciberguerrilha”: Ricardo Augusto Poppi Martins, que trabalha para Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência.
 
Poppi: homem de Carvalho participou de reunião que decidiu ação difamatória contra Yoani Sánchez
 
Para idiotas

O “trabalho” de Guimarães é coisa para cretinos, para idiotas. Mas quantos são os cretinos e os idiotas? Uma das “sacadas” de sua rede difamatória, por exemplo, é opor Julian Assange, que está escondido na embaixada do Equador na Inglaterra, a Yoani Sánchez. Segundo esse gênio da análise política, isso demonstraria que o capitalismo, que estaria querendo prender Assange, é uma ditadura, e o comunismo cubano, que permitiu a viagem de Yoani, é uma democracia. Uau!
Embora Assange tenha cometido uma penca de crimes envolvendo o roubo de dados sigilosos (isso nada tem a ver com jornalismo ou liberdade de expressão; é banditismo) —, e o único crime da blogueira cubana seja escrever o que pensa —, o chefão do Wikileaks está escondido na embaixada de um país que censura a imprensa, regime que ele apoia com entusiasmo, porque há uma ordem de extradição contra ele para que responda por crime de estupro.
Mas isso é o de menos. As democracias não proíbem que as pessoas digam boçalidades. O ponto é outro. Guimarães está sendo pago com dinheiro público para alimentar uma rede de difamação.
Em maio, os blogueiros puxa-sacos que se dizem “progressistas” vão realizar um encontro em Fortaleza. Constituem a linha de frente dos difamadores a serviço do petismo. Guimarães será um dos destaques do evento. Lula e José Dirceu devem aparecer por lá. Faz sentido. É o lugar certo para um condenado em última instância por corrupção ativa e formação de quadrilha.
*Por Reinaldo Azevedo

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