Banqueiros e empresários não são santos e a lógica da livre iniciativa é a busca do lucro, ou de maneira mais sofisticada a maximização da satisfação dos donos ou acionistas.O discurso da presidente contra os banqueiros depois que o BB e a Caixa Econômica Federal derrubaram artificialmente seus juros, não passa de uma mensagem populista e sem fundamento econômico.A queda foi artificial porque uma empresa para baixar o preço de seus produtos ou serviços precisa promover choques de redução de custos ou de aumento de eficiência, ambas não praticadas pelos bancos estatais, pelo contrário.Se a presidente tivesse um mínimo de coerência criticaria duramente os péssimos serviços prestados pelos bancos citados e a sacanagem que praticam para um pedinte de empréstimo para que o mesmo seja obrigado a abrir conta e aceitar as vendas compulsoriamente cruzadas, isto é, empurrar pela garganta do correntista os seguros de todos os tipos, investimentos em fundos entre outras formas de extorsão da fragilidade das pessoas que não têm ou não sabem procurar alternativas, conhecimento ou iniciativa para questionar ou não aceitar as chantagens dos gerentes.Essa gente é muito descarada não tendo o menor pudor de dizer ao potencial tomador de um empréstimo ou financiamento que a assinatura do “aprovador” sai mais rápido se as vendas cruzadas forem aceitas.Essa bosta chamada socialismo utópico agride frontalmente a natureza humana, que somente funciona de forma competitiva empreendedora se for conduzida pela educação e pela cultura a não pensar no Estado como o maior empregador da sociedade e sim como um eficiente prestador de serviços para a sociedade, prestação de serviços paga pelos impostos recolhidos pelos contribuintes.Porque o poder público não incentiva a criação de novos agentes do mercado financeiro para acirrar a competição entre eles e cumpre corretamente suas obrigações de fiscalização para evitar os intermináveis abusos praticados pelos bancos, especialmente os bancos federais e estaduais?É importante a sociedade entender que a ineficiência ou o prejuízo dos bancos estatais é pago pelo contribuinte assim como a extorsão praticada pelos bancos privados não tem limites graças à ineficiência do poder público em fiscalizá-los.A velha frase de que “não existe prato de comida de graça” continua cada vez mais verdadeira e a absurda dívida pública do país comprova essa assertiva.Que a sociedade fique atenta, pois o “capitalismo de estado” está prestes a ser expandido sem limites no país agora no caminho do controle do Sistema Financeiro, um dos mais modernos e eficientes do mundo no que diz respeito aos grandes bancos privados, mas um dos mais ineficientes no que diz respeito aos bancos estatais. Quem tiver alguma dúvida vá a uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa tentar fazer um empréstimo sem abrir uma conta. Depois de aberta a conta (isso é rápido) comece a operar com o banco e não se surpreenda com as imensas filas entre muitas outras mazelas que irá ter que enfrentar.
*Geraldo Almendra, por e-mail, via Resistência Democrática.
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