quinta-feira, 4 de março de 2010

Hillary não consegue apoio do Brasil contra o Irã

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, não conseguiu obter apoio brasileiro a novas sanções contra o Irã durante visita nesta quarta-feira a Brasília. Apesar da posição firme da secretária, que disse acreditar que a República Islâmica só vai negociar após receber sanções, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou antes mesmo de se reunir com Hillary que "não é prudente encostar o Irã na parede". O Brasil atualmente ocupa uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), e diplomatas norte-americanos têm tentado convencer os integrantes desse grupo a aprovarem novas sanções contra o Irã devido à recusa do país em abandonar seu programa de enriquecimento de urânio. As atenções estão voltadas principalmente para China e Rússia, que têm poder de veto sobre resoluções do Conselho, mas os Estados Unidos também gostariam de convencer membros não permanentes importantes, como Brasil e Turquia, para apresentar uma frente unida no impasse nuclear contra o Irã. "Só depois que tivermos aprovado sanções no Conselho de Segurança o Irã irá negociar de boa fé", disse Hillary em entrevista coletiva. "Essa é minha opinião, essa é a opinião do nosso governo: quando a comunidade internacional falar de forma única sobre uma resolução, então os iranianos vão começar a negociar.
Diplomatas em Nova York disseram à Reuters nesta semana que as potências Ocidentais prepararam o esboço de uma proposta revisada para uma quarta rodada de sanções contra o Irã por desafiar o pedido da ONU para que interrompa o enriquecimento de urânio. Eles disseram que o esboço foi enviado pelos Estados Unidos à Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China, acrescentando que esses países esperavam manter em breve uma teleconferência, possivelmente nesta semana, para obter o aval de Rússia e China.
*Com informações da Agência Reuters

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