sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Fiscal de rendas recebe salário sem trabalhar.

Avânio Feitosa não comparece na Sefaz há mais de 10 anos e ainda ganha prêmio de produtividade.
Os fiscais de rendas do Estado - que efetivamente trabalham - estão revoltados com o privilégio concedido pela secretária Fernanda Vilela aos amigos do poder. Um desses privilegiados é o fiscal de tributos Avânio Feitosa, que há mais de 10 anos sequer bate ponto na Sefaz, e ainda recebe prêmio de produtividade fiscal, como se estivesse exercendo suas atividades. Para legalizar a imoralidade, Fernanda Vilela usa expediente no mínimo estranho ao serviço público, que é designar "assessor" ou "aspone" após a prestação do "serviço". Faz isto para justificar o pagamento de produtividade a quem nada produz e ainda recebe salário integral, igual aos fiscais que diariamente comparecem ao trabalho.
Desde que entrou na política - e faz muito tempo - Avânio Feitosa, atual prefeito de Belo Monte (pela terceira vez), está afastado de suas atividades de fiscal de tributos do Estado, mas nunca deixou de receber seus vencimentos brutos, que hoje chegam a R$ 12 mil por mês, incluindo a mamata da produtividade, paga a quem nada produz. Para justificar esse pagamento ilegal e imoral relativo ao último mês de 2008, Fernanda Vilela baixou a portaria de nº GSEF004/2009, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 15 de janeiro de 2009. No documento, a Secretária designa Avânio Feitosa para "prestar serviço de assessoramento junto ao Gabinete da Secretária de Estado da Fazenda, no período de 27 de novembro a 31 de dezembro de 2008". Invertendo a lógica e a prática usada no serviço público, Fernanda Vilela só designou o "assessor" depois do "serviço" prestado. Na prática, não houve prestação de serviço algum, até porque Avânio Feitosa há anos não aparece no local de trabalho. E muito menos produtividade, cujo pagamento é uma afronta aos que efetivamente trabalham e fazem jus aos vencimentos que recebem pelos serviços prestados. O fiscal de rendas Avânio Feitosa, além de servidor relapso, é também devedor do Fisco Estadual. A Cooperativa Agropecuária de Major Izidor (Camila), que ele dirige, está literalmente quebrada e há muito tempo não paga os impostos devidos ao Estado. Vale lembrar que Avânio também foi presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), onde deixou a marca de sua desastrosa administração. Seu currículo como administrador não recomenda ninguém a contratá-lo como "assessor", muito menos um secretário de Fazenda. A propósito da gestão de Avânio no comando da Camila, o jornal EXTRA recebeu do pecuarista sertanejo Marcello Melo Lopes uma carta em que denuncia a "administração fraudulenta que levou a cooperativa ao atual processo de fechamento". Leia a íntegra da denúncia: "Socorro! Precisamos da verdade. Muitas vezes gritamos pela verdade, pela aparição dessa virtude tão esquecida na grande maioria da sociedade hodierna, quando verdadeiramente conhecemos a verdade.Conclamo a todos os meios de comunicação, ao menos aqueles aos quais temos acesso e liberdade de expressão (o que acre-dito ser o caso do jornal Extra), para denunciar um dos maiores descasos e modelo de uma administração fraudulenta vistos nos últimos anos em nosso estado alagoano. Refiro-me a Cooperativa Agropecuária de Major Isidoro LTDA.Quero sugerir aos senhores uma investigação e denunciar a administração do Sr. Avânio Feitosa, presidente licenciado da coo-perativa para fazer política na região, para prestar os devidos esclarecimentos da atual situação da indústria, que atualmente encontra-se em processo de fechamento, onde existe algumas dezenas de processos traba-lhista, além de não pagar aos fornecedores, aqueles que não fazem parte das "panelinhas políticas".Ultimamente tem-se levantado em nosso estado um clamor em prol do surgimento da verdade; da extirpação de maus gestores do erário público, neste caso específico de um administrador que surgiu como solução, mas não passou de mais um que se apropriou da cooperativa para fazer política, naturalmente com o dinheiro da empresa, já que não paga a ninguém, que o mesmo venha a público e assuma a fraude de sua gestão.Apesar de não ser um órgão público, temos, ou tínhamos, na CAMILA uma grande empresa que ao longo de sua história foi a responsável não só pelo desenvolvimento de toda a bacia leiteira, sem tirar os méritos das que surgiram depois, mas também pela criação e desenvolvimento de muitas famílias de bem da região.Hoje, essa cooperativa, ou melhor: essa verdadeira "grande mãe", encontra-se falida, sucateada e nas "mãos" de diretores "atravessadores", que se utilizam da estrutura da indústria para comprar o leite dos fornecedores e repassar a mesma. A cooperativa tem se tornado algo de natureza particular dos diretores "políticos".

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