segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Como disse Voltaire, o segredo de aborrecer é dizer tudo.

A foto acima circulou bastante na Internet ontem. Vemos ali Dilma Rousseff, aos 22 anos, em novembro de 1970, quando depunha numa auditoria militar, no Rio. A imagem está no livro “A Vida quer coragem”, de Ricardo Amaral, que foi assessor da Casa Civil quando Dilma era ministra. Ele trabalhou depois na campanha eleitoral da então candidata do PT à Presidência. A petezada está excitadíssima — uma estranha e mórbida excitação, acho eu. Já falo a respeito. Antes, algumas considerações.
A hagiografia lulística exalta o nordestino tangido pela seca, o menino pobre, depois operário e sindicalista, que venceu todas as vicissitudes do destino — sua mãe nasceu analfabeta; fosse rica, já viria à luz citando Schopenhauer — até se tornar presidente da República e inventar o Brasil. Antes dele, eram trevas. Em palanque, o homem já chegou a se comparar a Cristo. O analfabetismo de nascimento de Dona Lindu é, então, uma espécie de metáfora da virgindade de Maria. Dilma, cuja família era rica, tem de ser santificada por outro caminho. Em tempos de instalação de uma “Comissão da Verdade” — que será a verdade dos que perderam a luta, mas ganharam a guerra de versões —, é preciso ressuscitar a têmpera da heroína. Os grupos a que ela pertenceu praticavam, na verdade, ações terroristas. E daí? Isso não vai interessar à tal comissão.
Segundo se informa, Dilma havia sido torturada durante 22 dias antes de ser apresentada ao tribunal. Não vou pôr isso em dúvida. É coisa séria demais! Noto apenas que alguém que se deixa torturar pela lógica se vê obrigado a indagar por que os trogloditas que a seviciaram interromperam o serviço sujo para dar curso ao aspecto legal e formal da prisão. Adiante. O fato é que a imagem reúne um coquetel de clichês que serve à hagiografia dilmista.
Vemos ali uma mocinha magriça, bonita, cabelo meio à la garçonne, socialista por dentro (mas isso não se vê, só se sabe) e existencialista por fora. Embora, consta, ela desse aula de marxismo para a sua turma e cuidasse de parte das finanças da VAR-Palmares, há a sugestão de uma intensa vida interior, mais para “A Náusea”, de Sartre, do que para a literatura leninista. Olha para o vazio, com uma firmeza triste. Atrás dela, fora do foco, militares devidamente fardados consultam papéis. As mãos escondem o rosto. O contraste resta óbvio: na narrativa fantasiosa, a vítima, de cara limpa, estaria enfrentando seus algozes, que tentariam se esconder da história. A justiça, firme e frágil, contra os brutamontes acovardados. Davi contra Golias. O Bem contra o Mal. A democracia contra a ditadura. O título do livro não deixa dúvida sobre o desfecho: “A Vida quer coragem”.
Em tempos de “Comissão da Verdade”, essa é a grande falácia alimentada por esse coquetel de clichês. Não eram democratas os militares que estavam no poder. Tampouco eram democratas aqueles que tentavam derrubar os militares do poder. Os poderosos de então tinham dado um golpe de estado. Os atentados terroristas não buscavam derrubá-los para instituir, então, um regime democrático no país. Os ditos “revolucionários” queriam também uma ditadura, só que a socialista.
Morreram 424 pessoas combatendo o regime militar — algumas delas com armas na mão, trocando tiros com as forças de segurança ou tentando articular as guerrilhas. Outras foram assassinadas depois de rendidas pelo Estado, o que é um absurdo. Os grupos de esquerda no Brasil, não obstante, embora com um contingente muito menor e muito menos armados do que o estado repressor, mataram 119! E, como é sabido, ninguém acende velas para esses cadáveres porque não têm o pedigree esquerdista. Contam-se nos dedos os “mortos pela ditadura” que não estavam efetivamente envolvidos com a “luta” para derrubar o regime. Não estou justificando nada. Apenas destaco, até em reconhecimento à sua própria coragem, que elas sabiam, a exemplo de Dilma, o risco que corriam. Já a esmagadora maioria dos indivíduos assassinados pelos grupos de esquerda — sim, também pelos grupos de Dilma — eram pessoas que nada tinham a ver com a “luta”, nem de um lado nem de outro: apenas estavam no lugar errado na hora errada: comerciantes, transeuntes, taxistas, correntistas de banco, guardas…
Apelando à pura lógica, isso é uma indicação do que teria acontecido se os movimentos ditos revolucionários tivessem realmente conseguido se armar para valer, atraindo milhares de brasileiros para a sua aventura. Teria sido uma carnificina, como é, ou foi, a história do comunismo. Dada a brutal diferença de aparato, fôssemos criar um “Índice de Letalidade” das esquerdas armadas e das forças do regime, elas ganhariam de muito longe. No campeonato na morte, as esquerdas são sempre invencíveis. É inútil competir.
Esses são fatos que a foto esconde. A luta dos democratas — não a dos partidários de ditaduras — nos restituiu um regime de liberdades públicas e respeito ao estado de direito. Felizmente, Dilma sobreviveu e é hoje umas das beneficiárias, em certa medida, de sua própria derrota, já que é a democracia que a conduziu ao posto máximo do país. 
Este garoto, no entanto, não teve igual sorte.
Trata-se de Mário Kozel Filho, que morreu num atentado praticado pela VPR no dia 28 de junho de 1968. A organização terrorista lançou um carro sem motorista contra o QG do II Exército, em São Paulo. Os soldados que estavam na guarda dispararam contra o veículo, que parou no muro. Kozel foi em sua direção para ver o que tinha acontecido. O carro estava carregado com presumíveis 50 quilos de dinamite. A explosão fez em pedaços o corpo do garoto, que tinha 18 anos. Treze meses depois, a VPR se fundiu com o Colina, o grupo a que pertencia Dilma, e surgiu a VAR-Palmares. Os assassinos de Kozel foram, pois, companheiros de utopia daquela moça que lembra uma musa existencialista na foto que agora serve à hagiografia.
Este homem também não teve a mesma sorte de Dilma.

Trata-se do capitão da PM Alberto Mendes Júnior, assassinado por Carlos Lamarca e seus comparsas da VPR no dia 10 de maio de 1970. Àquela altura, o grupo já havia se separado da VAR-Palmares. Mendes havia sido feito prisioneiro do grupo. Como julgassem que ele estava atrapalhando a fuga, um “tribunal revolucionário” decretou a sua morte. Teve o crânio esmagado com a coronha de um fuzil. Dia desses, vi um ator na televisão exaltando a “dimensão da figura histórica de Lamarca”. Entenderam???
Caminhando para a conclusão
Alguns bobalhões — os que me detestam, mas não vivem sem mim — enviaram-me vários links com a foto de Dilma, fazendo indagações mais ou menos como esta: “E aí? Quero ver o que você vai dizer agora”. Pois é… Já disse! Alguns preferem ficar com as ilusões que a imagem inspira. Eu prefiro revelar os fatos que ela esconde.
A presidente Dilma Rousseff — que se fez presidente justamente porque as utopias daquela mocinha frágil, felizmente, não se cumpriram — assinou anteontem a carta da tal Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac). Trata-se apenas de uma iniciativa para dar voz a delinqüentes como Raúl Castro, Hugo Chávez, Rafael Correa, Daniel Ortega e Evo Morales. A carta democrática não toca em eleições e imprensa livre porque isso feriria as susceptibilidades desses “democratas diferenciados”. Na cerimônia, o orelhudo Daniel Ortega identificou um grande mal na América Latina: A IMPRENSA.
De certo modo, Dilma assinou aquela carta com os olhos voltados para o passado. E ela só é presidente porque os democratas lhe deram um futuro.
*Por Reinaldo Azevedo

O mau humor do PMDB

Ou limpa os pupilos, ou Sarney vai dar mais trabalho...
O mau humor do momento do PMDB com o governo está associado ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do caso de Jader Barbalho (PA) que, como outros candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa, reivindicaram a posse no cargo depois de decidido que a regra não se aplica às eleições de 2010.
Alguns já foram empossados, como os senadores João Capiberibe (PSB-PA) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O petista Paulo Rocha (PA), terceiro colocado nas eleições do Pará, já obteve aprovação do STF e aguarda apenas expedição de diploma pelo TRE para assumir em lugar da senadora Marinor Brito (PSOL). Se assumir, leva a última das três vagas do Estado excluindo Barbalho, segundo mais votado.
O PMDB, que já perdeu dois senadores (Wilson Santiago e Gilvam Borges) para eleitos barrados pela Ficha Limpa e, posteriormente empossados, está inconformado com a perspectiva de ver Rocha assumir na frente de Barbalho. E acusa publicamente o STF de negar ao seu filiado tratamento isonômico em relação à Ficha Limpa.
O julgamento de Jader terminou empatado porque cinco dos dez ministros que compõem hoje o Supremo recusaram o recurso por imperfeição técnica, sem entrar no mérito. O novo julgamento espera pela posse da ministra Rosa Weber, indicada pelo governo e à espera de sabatina no Senado para assumir. Ela é o voto de Minerva.
O PMDB avalia que a indicação de Rosa é sintoma de que a presidente Dilma trabalha pela vitória de Rocha, fiel à causa partidária do ex-presidente Lula de fortalecer o PT no Senado, reduzindo o poder de fogo do PMDB.
Manobra nos bastidores
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), protela a sabatina de Rosa Weber para ganhar tempo e trabalhar nos bastidores pela garantia de julgamento do mérito do caso Jader. Ele pediu ao líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), relator da indicação de Rosa Weber, que adiasse a leitura de seu parecer que estava agendada para dia 23 de novembro, o que contrariou o Planalto. Semana passada, num alerta ao governo, pôs subitamente na pauta de votação a Emenda 29, que amplia os gastos em Saúde, em detrimento da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que dá ao governo liberdade para administrar à vontade R$ 62 bilhões do Orçamento de 2012. A decisão foi interpretada inicialmente como um descuido, mas o próprio Sarney a repeliu, dizendo que na sua idade não existe tal possibilidade.
Belém/Brasília
A leitura corrente no Congresso é a de que Jader influi no TRE do Pará, que protela a expedição do diploma de Paulo Rocha, enquanto o PT impede o avanço de seu caso no STF.
Os dólares na cueca
A liderança do PT na Câmara inaugura, nesta terça-feira, uma galeria com os retratos dos ex-líderes do partido. A pajelança abre a fase de articulações para a sucessão do atual líder, Paulo Teixeira (SP). O mais cotado é o vice-líder José Guimarães (CE). Sua eventual eleição, ressuscitará o escândalo dos "dólares na cueca": ele até hoje responde ação de improbidade por envolvimento no episódio, segundo o Ministério Público Federal. Em julho de 2005, seu assessor, José Adalberto Vieira, foi preso com R$ 209 mil numa mala e US$ 100 mil na cueca. Com recursos protelatórios, arrasta o processo há seis anos.
Fazendo água
A reforma administrativa do Senado, porta de salvação de Sarney para os escândalos da Casa tem 100% de chance de acabar em nada. Deve ser aprovada em comissão e engavetada no plenário. Ou virar um parágrafo.
*JOÃO BOSCO RABELLO - O Estado de S.Paulo

Jogadores, vícios e a imprensa ora vermelha, ora cor-de-rosa.


A imprensa brasileira tem a mania de endeusar toda e qualquer artista ou desportista que seja simpático a causa comunista.
Sócrates vivia endeusando o regime de Cuba e dizia que o regime cubano seria ideal para o Brasil (sic). Pura balela, ele gostava de falácia, muita cachaça e de luxo.
Outro jogador de futebol que se deixou levar pelo vício do álcool, e que era bem melhor do que Sócrates, foi Jorge Mendonça que teve boa passagem no Náutico e disputou a Copa do Mundo de 1978 com a camisa da Seleção Brasileira, tomando o lugar e deixando o Zico na reserva.
Foi autor dos oito gols num jogo em que o Náutico ganhou de um time do Pernambuco. Acho que tal marca, o único também a conseguir foi o Pelé.
É triste ver o que aconteceu com o Jorge Mendonça e Sócrates, jogadores que se deixaram ser vencer e morrer pelo vício-bebida.
Jorge Mendonça morreu em 2006 aos 51 anos, abandonado pela mídia, esposa e filhos, já o Sócrates (que também entristeceu o futebol com sua morte), sempre foi paparicado pela cobertura midiatica.
No vídeo vejam o Gol de Jorge Mendonça em 1978, repare o gesto da comemoração do gol, o gesto ficou consagrado como genuinamente de Sócrates, tal como a Bandeirinha Brasileira que o Senna comemorava após a prova vencida, copiando Piquet que foi o primeiro a comemorar dessa forma.
*Plinio_Jau

Mais um que faturou alto com "consultorias".

Ministro Fernado Pimentel durante coletiva no Palacio do Planalto
Foto:Gustavo Miranda / O Globo
BELO HORIZONTE - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff.
Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte.
A consultoria de Pimentel à Fiemg foi contratada quando o presidente da entidade era Robson Andrade, atualmente à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e se resumiu, de acordo com o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, a “consultoria econômica e em sustentabilidade”.
No entanto, dirigentes da própria entidade desconhecem qualquer trabalho realizado pelo ministro.
O serviço à Convap durou de fevereiro a agosto de 2010, época em que Pimentel era um dos coordenadores da campanha de Dilma e viajava o Brasil com a candidata.
Após a consultoria, a Convap assinou com a prefeitura do aliado de primeira hora de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), dois contratos que somam R$ 95,3 milhões.
Em maio deste ano, ao ser questionado durante viagem a Ipatinga (MG) a respeito das atividades da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., já na condição de ministro, o petista não quis dizer quem eram os seus clientes e classificou o rendimento da empresa como “compatível com a atividade dela” e “nada extraordinário”.
* O globo

A inalienável liberdade de informação e expressão.

Depois da queda dos regimes totalitários que dominaram o século XX – o NAZISMO (Queda de Hitler - 1945) e o COMUNISMO (derrubada do Muro de Berlim -1989) – a democracia é o único regime político admitido universalmente no século XXI.
Por isso, os inimigos da democracia adeptos dessas ideologias neo-regressivas totalitários, fazem de tudo para degradar a degradá-la, assim instituições republicanas, mediante constante arreganhos a liberdade, com a opção preferencia pela liberdade de expressão.
Num breve histórico, pode se afirmar que a democracia remonta à antiga Grécia, porém, o Estado democrático ideal foi concebido por Espinosa (nome de batismo – Bento dado pelos pais portugueses, judeus sefardista – Miguel e Hana Débora, instalados em Amsterdam, Baruch, na sinagoga e Benedictus aos 24 anos, 1632-1677) – cujos fundamentos foi a liberdade da palavra – cada um pense o que quiser e diga o que pensa (Benedictus Spinoza. A Theologico-political Treatise and a Political Treatise – R.H.M. Elwes, Benedict de Spinoza: A theologico political treatise and and A Political Treatise, Nova York: Dover Publications, 1951); pela separação prática do Estado e da Religião e por um contrato social promotor do bem-estar do cidadão e a harmonia do governo. Um século depois tivemos a Declaração de Independência dos Estados Unidos e a primeira Emenda da Constituição Americana.
Ao passo que o marco definitivo da democracia moderna foi ditado pelos movimentos revolucionários - a Revolução Inglesa (duas fases - de 1625 e de 1689), a Revolução Americana (1776) e a Revolução Francesa (1789), sob a liderança dos liberais de então.
*Rivadávia Rosa

Serra pode ser candidato em São Paulo.

Admitida pela cúpula do PSDB, a hipótese de José Serra tornar-se candidato à prefeitura de São Paulo já deflagrou um debate sobre o formato da chapa.
Por Josias de Souza:
Alimentada pelos sinais ambíguos emitidos pelas 'antenas' de Serra, a discussão processa-se longe dos refletores. E vai ganhando contornos inusitados.
A direção do DEM começa a admitir a hipótese de rever uma decisão que apresentara como irreversível.
O DEM anunciara que faria em 2012 alianças com quaisquer partidos, exceto dois: o PT e o PSD de seu ex-filiado Gilberto Kassab.
Agora, a legenda de cujos quadros Kassab extraiu o grosso da matéria prima que deu origem ao PSD reposiciona-se na cena paulistana.
Kassab já cuidou de avisar publicamente: confirmando-se a volta de Serra ao tabuleiro, o apoio do PSD será “incondicional”.
Em privado, o DEM também anuncia: com Serra, a aliança com o tucanato deixa de ser mera cogitação. Ganha ares de fato consumado.
Esboça-se um primeiro problema. A tribo do DEM entra no debate impondo uma condição: topa juntar-se ao PSD, mas exige indicar o segundo da chapa.
Leva à mesa, como alternativa de vice para Serra, o nome de Rodrigo Garcia, atual secretário de Desenvolvimento Social do governo tucano de Geraldo Alckmin.
O diabo é que, a despeito do lero-lero do apoio “incondicional”, Kassab também ambiciona indicar o vice numa eventual chapa encabeçada por Serra.
Presidente do DEM federal, o senador José Agripino Maia (RN) fixou as balizas do comportamento da legenda numa reunião com a seccional de São Paulo.
Participaram os vereadores e os quatro deputados federais que resistiram às investidas de Kassab e mantiveram-se nos quadros do DEM no Estado.
Ficou acertado que, enquanto o PSDB rumina suas hesitações, o DEM testaria as chances de uma candidatura própria à prefeitura, encarnada por Rodrigo Garcia.
Também ficou entendido que, antes de negociar uma mudança de rota, Agripino ouviria o colegiado de São Paulo.
Hoje, com Serra ou sem ele, esse núcleo é avesso à ideia de ajustar-se com o PSDB sem indicar o vice. Abrir mão da vaga para o PSD é algo visto como uma heresia.
Embora debilitado, o DEM dispõe de um trunfo que Kassab não tem: cerca de três minutos de propaganda eleitoral televisiva. Por isso, acha que pode falar grosso.
O debate fervilha em meio à frieza calculista de Serra. Depois de declarar que não seria candidato, ele passou a alimentar as pistas em contrário.
Há duas semanas, Serra participou de um jantar oferecido pelo senador e amigo Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), em Brasília.
Um dos presentes, o senador Pedro Taques (PDT-MT), provocou: “E a sucessão paulista?” Serra refugiou-se calendário: “Está muito cedo”.
Taques conjecturou: “Se você fosse candidato, ganharia.” Serra economizou nas palavras, mas soou convenientemente dúbio: “É possível.”
Dias atrás, o governador Geraldo Alckmin recebeu a visita de Alexandre Morais, um filiado do DEM, ex-secretário de Transportes da gestão municipal de Kassab.
Conversaram sobre 2012. Ao relatar o diálogo a amigos, Moares contou que Alckmin, antes cético, agora parece convencido de que Serra será, sim, candidato.
Por quê? Avalia-se que Serra, já isolado no PSDB federal, arrisca-se a perder terreno também no tucanato paulista.
Para recobrar parte do prestígio perdido, não restaria a Serra senão tentar retornar à prefeitura e manter-se de tocaia para 2014.
Como que decidido a conservar a porta entreaberta para Serra, Alckmin empurra para março uma prévia que o PSDB-SP queria fazer em janeiro.
Convertido em interrogação, Serra inferniza os quatro tucanos que brigam pela vaga de candidato: Bruno Covas, José Anibal, Andrea Matarazzo e Ricardo Trípoli.
A despeito da taxa de rejeição, na casa dos 30%, Serra é visto pelo PSDB e aliados como o melhor nome para medir forças com Fernando Haddad (PT), o dodói de Lula.
*Josias de Souza

Gente decente, com uma cultura decente, age diferente.


U
m grupo de 200 aposentados japoneses, engenheiros em sua maioria, está se oferecendo para substituir trabalhadores mais jovens no perigoso trabalho de manutenção da usina nuclear de Fukushima, que foi seriamente afetada pelo terremoto de meses atrás. Os reparos envolvem altos níveis de radioatividade cancerígena, como se sabe.
Em entr...evista à BBC, o voluntário Yaseturu Yamada, de 72 anos, diz que tem procurado convencer o governo sobre as vantagens de se aceitar a mão de obra da terceira idade.
Co
nclui ele: “Em média, devo viver mais uns 15 anos. Já um câncer vindo da radiação levaria de 20 a 30 anos para se manifestar. Logo, nós que somos mais velhos temos menos risco de desenvolver a doença.”
Estão pensando na sociedade como algo que só funciona em conjunto, e não individualmente. Acredito que quando a gente faz o bem para si mesmo, com ética e respeito à lei, sem ônus para nossos pares, está fazendo também o bem para todos, mas não basta: é preciso ir além, desconectar-se das vantagens pessoais para pensar no futuro. Um jovem de 18 anos pode contrair câncer aos 38 se trabalhar numa usina nucelar acidentada. A sociedade japonesa perde se abrir mão da força de trabalho de cidadãos de 38 anos. A família japonesa também.
É essa visão macroscópica da funcionalidade que faz evoluir um país. Os Japoneses estão acostumados a transformar intempéries em oportunidades, tanto pessoais quanto coletivas, sem distinção.
Pensem nisso!!!!

domingo, 4 de dezembro de 2011

A falsa faxineira e a imprensa vermelha.

Dilma, nem pra faxineira...
Alguns segmentos da mídia infestados pela esquerda populista são tão tendenciosos que , por conta da faxina que "mal e mal" se procede  aqui no Brasil  leva à fama o nome de Dilma Rousseff,  fazendo com que ela repita o prestígio de Lula no Exterior. Lula  descaradamente chupinhou os feitos de FHC como se fossem obra sua...e Dilma faz pior: toma para si os louros de uma faxina que ela só cumpriu em parte e compulsoriamente, obrigada pelas denúncias recorrentes que a mídia levantou sobre seus ministérios e que provoca manifestações, ainda tímidas, em movimentos de rua pelas capitais do país. Dilma Rousseff conviveu tranquilamente com os políticos escolhidos por Lula durante sua longa gestão e que ainda encabeçam os seus ministérios . A diferença é que Lula , parece, tinha mais pulso que ela para impedir que as denúncias feitas na época repercutissem na imprensa...Sabe-se lá como e porque agora vazou e espalhou geral ! Que tal , então, nossos  jornais informarem à imprensa internacional do "equívoco" que está sendo cometido pelos profissionais da sua tão imparcial mídia? Faxineira é a imprensa que a esquerda batizou com desprezo de PIG ...mas que , felizmente, se diferencia e muito daquela que poderemos chamar de PAG...a prêço de ouro ...como tudo dentro da máquina deste governo petista! Admita, Dilma, que a senhora pode ser tudo, até terrorista recém endeusada pelo PAG...mas faxineira é que não é!
*Texto por Mara Montezuma Assaf , por e-mail, via resistência democrática.

Infecção generalizada faz o Brasil perder Sócrates, o jogador.

Após um longo tratamento para a cura de uma cirrose hepática adquirida, faleceu hoje por infecção generalizada, no Estado de São Paulo, o ex-jogador de Futebool Sócrates.
Já debilitado, Sócrates foi internado pela terceria vez não resistindo a forte infecção que o acometeu. Sua história no Corinthians Paulista marcou seus torcedores.
Sua participação na Seleção Brasileira pontificou na equipe de 1982 até hoje considerada, por muitos especialistas, a melhor seleção do mundo, naquela copa.

Governo usou dinheiro do povo para salvar Grupo Silvio Santos.

Reportagem da revista Época que chega às bancas neste fim de semana dá detalhes sobre a negociação que resultou na venda de ações do banco PanAmericano para a Caixa Econômica Federal.
Análises feitas em documentos que integram a investigação da Polícia Federal sinalizam que o dinheiro arrecadado com a venda de parte de ações do PanAmericano serviu para quitar dívidas de outras empresas do Grupo Silvio Santos, e não para a recuperação financeira do banco.
Leiam abaixo trechos da reportagem de Época:
Em janeiro deste ano, logo depois de concluir a   venda de sua parte no Banco PanAmericano, o apresentador Silvio Santos fez seu   resumo particular do caso: disse que não teve “nem lucro nem prejuízo” com o   escândalo que revelou um rombo de R$ 4,3 bilhões escondido em balanços   maquiados. O desfecho neutro do caso certamente não se aplica à Caixa   Econômica Federal, banco público que meses antes de o escândalo vir à tona   pagou R$ 739 milhões por 36% das ações do PanAmericano, com base em uma   contabilidade que não informava o prejuízo bilionário.
Até pouco   tempo atrás não se sabia o destino da bolada paga pela Caixa ao banco de   Silvio Santos. Em setembro, ele foi indagado pela Polícia Federal se   os recursos foram para o PanAmericano. “Respondeu que acredita que   sim”, registrou o escrivão. Três dias depois, a mesma   pergunta foi repetida a seu irmão, Henrique Abravanel, sócio   minoritário da holding e ex-integrante do Conselho de Administração do   PanAmericano. A resposta: “Tem certeza que os valores foram aportados   no banco”.
As declarações dos irmãos estão tão   erradas quanto os demonstrativos de contabilidade maquiados. Elas   foram desmentidas em depoimento prestado no início de outubro por um   personagem-chave das tratativas com a Caixa. Trata-se de Wadico Waldir Bucchi,   presidente do Banco Central entre 1989 e 1990 e representante oficial de   Silvio Santos na negociação. Ele afirmou ao delegado Milton Fornazari Júnior   que a holding do empresário não transferiu ao PanAmericano o dinheiro   recebido no negócio. A maior parte dos valores, disse ele, foi usada para   pagar dívidas do Baú da Felicidade e da construtora Sisan, que na época faziam   parte do Grupo Silvio Santos – o Baú foi vendido em junho deste ano   para o Magazine Luiza. Alberto Toron, advogado de Silvio e de seu irmão, diz   que o uso do pagamento da Caixa foi feito de forma transparente e negou   qualquer ilegalidade no uso dos recursos para saldar dívidas do grupo.
Um documento que integra a investigação do   Banco Central sobre o caso corrobora as afirmações de Bucchi e mostra   com precisão o destino dos recursos. Um total de R$ 129 milhões foi para o   bolso dos acionistas da holding – Silvio Santos é o majoritário. Outra fatia   (R$ 277 milhões) foi paga diretamente ao Bradesco e ao Itaú para quitar   dívidas do conglomerado do empresário com os dois bancos, como previa o   contrato assinado com a Caixa. Outros R$ 226 milhões foram transferidos para o   Baú da Felicidade pagar suas dívidas. Quantias menos vultosas, com a mesma   finalidade, foram destinadas à Sisan e à Jequiti Cosméticos, também de Silvio.   A Jequiti e o Baú, com o SBT, foram citados no depoimento de Henrique   Abravanel como empresas do grupo que davam prejuízo.
Recapitulando:
Em 2009, a Caixa Econômica Federal pagou R$ 739 milhões por ações do PanAmericano. Um banco quebrado;
O Banco Central sabia qual a situação financeira do banco PanAmericano e mesmo assim aprovou a transação;
O valor pago pela CEF não serviu para a recuperação do banco, mas para o pagamento de dívidas de outras empresas do Grupo Silvio Santos, entre elas o SBT;
Anos antes, em 2006, o PanAmericano – ainda pertencente a Silvio Santos – maquiou doações milionárias que ajudaram a pagar dívidas de campanha do PT, enquanto que doações de menor monta, feitas a outros partidos políticos, foram declaradas oficialmente;
Interceptações de e-mail feitas pela Polícia Federal revelaram uma forte proximidade entre os executivos do grupo Silvio Santos e dirigentes do PT;
É claro que qualquer correlação entre os fatos acima citados será mera coincidência.
* Leia a íntegra na Revista Época