segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Um governo podre.

1 - “ Foi reunida uma tropa de choque composta por senadores do PT, assessores do partido e da Presidência da República, altos funcionários da Petrobras, para montar um gabarito de perguntas que seriam feitas nas Comissões instaladas no Senado e na Câmara, que eram passadas com antecedência para os investigados, que por sua vez recebiam treinamento para respondê-las sem cometer deslizes que pudessem configurar culpa “.

Não se trata de um ato de “gestão organizacional” (??????????) e sim de intromissão, sub-reptícia, na CPI, de senadores do PT, assessores do partido e da presidência da República.
As CPIs são atividades legislativas, e, neste caso, a CPI do Senado investiga indícios de malversação de bens públicos (a Petrobras é uma empresa pública, enquanto sociedade de economia mista da qual o governo federal detém a maioria das ações). O caso é tão grave que no próprio Senado foi instaurada uma investigação para apurar essa intromissão e a presidenta tentou tirar o corpo fora desmentindo a atuação de assessores do Planalto.

2 - “ Isso, em gestão organizacional, se chama planejamento ”.

A expressão que você usa, “ gestão organizacional ”, mostra que gestão não é sua área de conhecimento. Não existe gestão organizacional e sim gestão empresarial, que seria a expressão correta em se tratando de um ato de gestão praticado dentro dos parâmetros da ética da moral. Ao contrário, foi a ação de uma quadrilha preparando a defesa de outra quadrilha que lesou o patrimônio público em bilhões de reais. Ademais, mesmo que tivesse sido uma ação de gestão empresarial, não seria PLANEJAMENTO, e, sim, nada mais do que uma dinâmica de grupo visando à preparação dos colaboradores de uma empresa para um work shop.
Você tenta, desesperadamente, ser útil aos corruptos que transformaram o Brasil em uma cleptocracia mas não está, pelo que se vê, preparado, tecnicamente, para discutir questões de gestão empresarial (vide bibliografia recomendada).  É bom que saiba que o Conselho de Administração (CA) é o órgão máximo de uma sociedade anônima de capital aberto, como soe ser a Petrobras, organizado sob a forma de colegiado. Em sendo um colegiado, o CA decide por consenso ou votação no tocante aos objetivos estratégicos da empresa. Uma vez fixados esses objetivos, o CA define políticas (política é uma orientação para a tomada de decisão) e formula diretrizes que são baixadas à Diretoria Executiva para que esta pratique os atos administrativos necessários à consecução dos objetivos estratégicos colimados.  
A incorporação de uma empresa por uma Holding é um ato administrativo praticado pela Diretoria Executiva em face de uma decisão estratégica do Conselho de Administração. E pratica esse ato administrativo consoante políticas e as diretrizes do CA, aplicáveis ao caso. Ou seja, a incorporação é um processo vertical: a decisão vem de cima (CA) e a execução é feita pela Diretoria Executiva sob permanente e constante fiscalização (para tanto, o CA tem, como órgão de staff, o Conselho Fiscal). A incorporação de Pasadena consistiu, em tese, de uma estratégia de crescimento intensivo em face da oportunidade mercadológica (é o que se pensava, ou melhor, o que servia de desculpa para a negociata) de desenvolvimento de produtos atuais (derivados de petróleo) em novos mercados (USA). Especificamente, Estratégia de Desenvolvimento de Mercado.
Somente a avidez pelo enriquecimento ilícito explica por quê uma empresa com o know how da Petrobras e que conta com funcionários de carreira dotados de alta competência realizou um negócio tão lesivo ao seu patrimônio e que configura gestão empresarial (repito, é gestão empresarial, e, não, gestão organizacional) fraudulenta e temerária. A carroça, usando uma expressão chula, foi colocada na frente dos bois: a Diretoria Executiva da Petrobras decidiu, invadindo prerrogativa do Conselho de Administração, pela execução de uma estratégia de crescimento intensivo mediante a incorporação de uma empresa petrolífera (Pasadena) sediada em um novo mercado (USA). Somente na fase final de realização do desastroso negócio o CA da Petrobras foi oficialmente cientificado. Mas será mesmo que a presidente do CA não sabia da negociata ? Mais uma vez ela tentou tirar o corpo fora, arte política que aprendeu com seu guru, o lularápio, que nada vê, nada sabe, esconde-se sempre que um novo escândalo é denunciado (onde se meteu o lularápio durante a Copa que ele pariu  ? ...).
Pasadena é apenas a ponta visível do imenso iceberg da corrupção institucionalizada no Brasil do petismo. A revista VEJA desta semana trás a  manchete surpreendente: ERAM MALAS E MALAS DE DINHEIRO. São palavras que constam no Termo de Declarações prestadas por Meire Posi, contadora do doleiro Alberto Youssef, à Superintendência da Polícia Federal do Paraná, onde corre o inquérito policial instaurado para apurar a corrupção na Petrobras. O montante desviado dos cofres públicos pela quadrilha de Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras, nomeado por asseclas de lularápio e pessoa da intimidade da presidentA Dilma, ultrapassa  12 bilhões de reais !!!!!!
(...)

Cordiais saudações.

Fernando Batalha Monteiro – um cidadão indignado.

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