segunda-feira, 7 de julho de 2014

Neymar: Clima de luto toma conta de concentração.

A FIFA, até agora, está ausente do grave incidente, contrastando com a rapidez com que aplicou rápida e severa (talvez até mesmo excessiva) punição no jogador uruguaio, cuja falta, comparada com a do jogador colombiano, foi muito menos grave.  Será irresponsabilidade dos dirigentes da FIFA ou conivência ? Pelo menos 50 % da chance de ganhar o hexa esvaiu-se com a baixa de Neymar. Não há dúvida de que um grande jogador faz a diferença. A história do futebol está cheia de exemplos. Vou citar apenas um, do passado, e outro, do presente: Pelé e Messi.  
Cadê a OAB, que anda muito preocupada com as baixas dos terroristas e ladrões de bens públicos e privados da luta armada dos anos setenta cujo objetivo confesso e declarado era implantar o comunismo no Brasil ? Por que a OAB não inicia uma campanha pela penalização de agressões em jogos de futebol, pelo menos no Brasil, que seria um exemplo para o Mundo ? O estádio (recuso-me a chamar de arena) deve continuar como um território autônomo, regido apenas pela legislação da Justiça Desportiva, onde as agressões que provocam lesões corporais graves, como no caso de Neymar, são tratadas como meras faltas (no caso, nem isso o juiz da partida entendeu ter havido !) ?
O agressor foi filmado, e as imagens estão em todos canais de TV, instantes antes de cometer a agressão. Sua atitude é nitidamente de uma fera que, sorrateiramente, estuda o comportamento de sua futura vítima, que estava parada, aguardando o momento de participar de uma jogada decisiva. O momento oportuno para praticar a agressão, premeditada pelo agressor, foi quando Neymar correu para receber um passe. Está mais do que claro e evidente que o agressor não se interessou pela jogada, seu objetivo não era a bola, ele partiu resoluto para executar seu propósito criminoso.  
Temos um Tribunal de Justiça desportiva, integrado por brilhantes juristas, com ampla e profícua experiência nessa área. Conclamo o TJD a, metaforicamente, entrar em campo, suprindo a inércia e passividade da OAB. O ataque a Neymar, como quaisquer outros com a mesma característica,  tem de ser judicializado, para o bem dos desportos no Brasil.
Desconheço a existência de lei que torne inimputáveis os crimes praticados nas quadras esportivas. Com a palavra os juristas. Aguardo, como, penso, milhões de brasileiros estupefatos e indignados, pelo menos, um pronunciamento da OAB e do TJD ante tão rumoroso incidente, até agora ignorado, tanto pela Justiça, quanto pela FIFA, que é uma instituição sabida e notoriamente afeita a atos de corrupção praticados por seus quadros dirigentes.
*fernando.batalha@uol.com.br [resistencia-democratica] 

Um comentário:

Geraldo Rodrigues disse...

Agora está certo.

Abraço.