quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O golpe na Venezuela tira a máscara.

A multidão reunida no centro de Caracas para celebrar Hugo Chávez que jazz morto ou vivo em Cuba ouve discursos pedindo todo o seu apoio ao governo de Nicolás Maduro, o vice de Chávez.
O mandato de Chávez terminou hoje.
Se Chávez não pode assumir o novo mandato conquistado no ano passado, no seu lugar deveria ter entrado o presidente da Assembléia Nacional, também chavista. Que teria 30 dias para convocar nova eleição presidencial, como determina a Constituição.
Mas, não. Dominado por Chávez, que nomeia e demite ministros a seu gosto, o Superior Tribunal de Justiça avalizou a posse de Maduro. A razão: Maduro é o candidato de Chávez à sua sucessão caso ele não se recupere do câncer na pélvis.
Na prática, foi prorrogado o mandato de Chávez que terminaria hoje.
Maduro não tem mandato definido. O vice é nomeado e demitido pelo presidente de acordo com a sua vontade.
A Constituição da Venezuela não prevê prorrogação de mandatos.
E daí? Dane-se a Constituição da República Bolivariana da Venezuela!
A do Paraguai, no ano poassado, danou-se quando o presidente Fernando Lugo foi derrubado sem ter contado com amplo direito de defesa.
Por isso, o Paraguai foi expulso do Mercosul. Que não admite ruptura da ordem democrática.
A Venezuela substituiu o Paraguai.
A ordem democrática foi rompida ou não na Venezuela? E por que ela não será expulsa do Mercosul?
Porque Chávez é amiguinho da maioria dos presidentes latinoamericanos. Guarda afinidades ideológicas com eles. Como guardava Lugo.
*Texto por Ricardo Noblat

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