quinta-feira, 3 de junho de 2010

O preço da paz

De Reinaldo Azevedo:
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, respondeu ontem à forte reação mundial ao ataque de Israel: “Vamos aos fatos: o Hamas continua a se armar. O Irã continua a contrabandear armas para Gaza. Se não fizermos isso [o bloqueio], haverá um porto iraniano em Gaza, e o significado será destrutivo para todo cidadão de Israel”. De novo: acho que Israel tem de lutar para reencontrar o caminho da negociação, mas cada pedra de Gaza sabe que ele fala a verdade. Aliás, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina e inimigo do Hamas, também sabe disso. Tanto é assim que, no encontro com Lula, pediu ao brasileiro que interviesse junto a Mahmoud Ahmadinejad para que parasse de armar os terroristas. Lula preferiu ninar a bomba iraniana. O fato de a operação israelense ter sido desastrada — o que até os militares admitem — não transforma em vítimas os seus inimigos. Como deixei claro num texto de ontem, a organização filoterrorista turca IHH se disse “grata” com o desfecho. Os hipócritas estão lamentando os cadáveres que, na verdade, celebram. A indústria da morte é o alimento de sua causa. E, no entanto, é preciso buscar a paz.

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