Em passeata pelas avenidas dos Democráticos e Dom Helder Câmara, moradores do Complexo de Manguinhos protestaram na manhã desta quarta-feira contra as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Alguns deles, que já deixaram os antigos imóveis, reclamaram da demora em receber o cheque referente à indenização paga pelo governo. Outros denunciaram rachaduras em moradias no interior das comunidades, esgoto a céu aberto e proliferação de doenças.“Queremos chamar atenção da Emop para resolver problemas pontuais causados pelo impacto das obras nas comunidades CHP2, São Pedro, Vila Turi e João Goulart.”, explicou Erivaldo Lira, presidente da Associação de Moradores do Complexo de Manguinhos.
“Outra coisa que nos preocupa é o risco de um surto de meningite: três crianças já tiveram, duas há dois meses, e uma delas foi enterrada no sábado”, completou Erivaldo Lira. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou o óbito na CHP2.
As chuvas também incomodam quem mora na CHP2. Segundo Erivaldo Lira, algumas casas foram construídas sobre cisternas antigas, aumentando o acúmulo de água quando chove. Cadastrada no PAC, a cadeirante Alessandra Viana, 27, reclamou da demora da Emop em liberar o valor da compra assistida no valor de R$ 10 mil. “Há quase dois meses estou aguardando ansiosa a liberação do dinheiro porque tenho dificuldade de locomoção, e quando chove a água chega no meu pescoço”, explicou ela, que vai se mudar para outro imóvel na Rua Regina, mesma rua onde mora na CHP2.
*Li no O dia
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