segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O PT treme de novo!

Em 2005, Duda Mendonça confessou ter recebido do PT 5 milhões de dólares por debaixo do pano, dinheiro depositado em contas bancárias no exterior. 
Era o começo do mensalão. 
Agora, empresários admitem ter pago 150 milhões de reais em propina ao PT e a aliados. 
É o início do petrolão.
*Por Robson Bonin e Alexandre Hisayasu-VEJA.COM
Augusto Ribeiro de Mendonça Neto: ele confessou à PF ter pago 150 milhões de reais de propina para manter contratos com a Petrobras – e disse que parte desse dinheiro foi abastecer o caixa eleitoral do PT
Augusto Ribeiro de Mendonça Neto: ele confessou à PF ter pago 150 milhões de reais de propina para manter contratos com a Petrobras – e disse que parte desse dinheiro foi abastecer o caixa eleitoral do PT. 
(Foto: Leo Pinheiro/Valor/VEJA.com) 

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o primeiro a fazer acordo, revelou como funcionava a quadrilha dentro da estatal, as vinculações partidárias dos criminosos e a identidade dos empreiteiros envolvidos. Depois dele, foi a vez de o doleiro Alberto Youssef apresentar o nome de aproximadamente cinquenta políticos que receberam propina, entre deputados, senadores, governadores e ministros. O mosaico do golpe bilionário aplicado contra a Petrobras começou a ganhar forma a partir das informações, das pistas e das provas fornecidas pelos dois delatores. Na semana passada, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, divulgou um conjunto de depoimentos prestados por executivos da empresa Toyo Setal, uma das fornecedoras de serviços à Petrobras, que acrescentam ao caso ingredientes com imenso potencial de destruição. Segundo esses relatos, o PT não só é apresentado como o responsável pela montagem e pela operação do esquema de corrupção na estatal como também se nutriu dele. E ainda mais grave: dinheiro da corrupção pode inclusive ter ajudado a eleger a presidente Dilma Rousseff. 

Em 2005, o marqueteiro Duda Mendonça assombrou o país ao revelar a uma CPI do Congresso os detalhes da engenharia criminosa montada pelo PT para pagar as dívidas da campanha presidencial de Lula. Contratado pelo partido para cuidar da propaganda eleitoral de 2002, Duda recebeu parte do pagamento — 5 milhões de dólares — em depósitos clandestinos no exterior. Era o início do até então maior escândalo de corrupção da história. Sob os holofotes do Congresso, Duda mostrou extratos, ditou o nome dos bancos estrangeiros e os valores ocultos pagos lá fora. A história do partido mudaria para sempre desde então. Seus líderes — definidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal como “profanadores da República” — foram julgados, condenados e enviados à cadeia. No auge da crise, o PT temeu sucumbir à gravidade dos seus pecados, mas resistiu, reelegeu Lula, elegeu e reelegeu Dilma Rousseff, mas, ao que parece, não aprendeu nada com o susto do mensalão. 

Em acordo de delação premiada, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos executivos da japonesa Toyo Setal, confirmou que participava de um cartel de empresas que comandava as obras da Petrobras e, em contrapartida, entregava uma parte de seus ganhos aos partidos do governo — exatamente como disseram o ex-diretor Paulo Roberto e o doleiro Youssef. No caso da empresa japonesa, o “acerto” era feito com o diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Militante petista, Duque foi alçado ao posto por indicação do mensaleiro José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, atualmente cumprindo pena de prisão por corrupção. Duque seria o responsável por coletar a parte do PT junto às empreiteiras que integravam o chamado “clube” do bilhão. Era ele também que decidia os valores que deveriam ser repassados diretamente ao partido. “Os pagamentos se deram de três formas: parcelas em dinheiro, remessas a contas indicadas no exterior e doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores”, declarou o empresário. Definidos os porcentuais e a metodologia de distribuição, os detalhes eram combinados com o tesoureiro do PT, João Vaccari. É desse trecho do depoimento que eclode uma constatação de estremecer: o delator confirmou que a Toyo Setal enviou parte do dinheiro roubado da Petrobras ao caixa eleitoral do PT, simulando uma doação legal.

O impeachment da Presidente parece ser questão de tempo.

A Operação Lava-Jato, feita pela Polícia Federal, cada vez mais se parece com a Operação Mãos Limpas, feita na Itália na década de 90 contra a máfia lá instalada, que resultou em uma profunda reforma política e a extinção de vários grandes partidos italianos.
Vários pequenos operadores da Petrobras já chegaram a acordos de delação premiada que resultarão na devolução de quase meio bilhão de reais aos cofres públicos. Além deles, outros dois ex-funcionários já fizeram acordos parecidos. Paulo Roberto Costa devolverá 70 milhões de reais e Pedro Barusco inacreditáveis 250 milhões de reais. Já está provada a implicação de mais de 100 políticos no esquema, dentre três partidos da base governista: PT, PP e PMDB. A maior parte desses negócios foi feita sob a tutela da Presidente Dilma Rousseff, seja no próprio cargo executivo máximo da república, seja como Presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Com o fim das investigações e sua publicização, restará evidente que o impeachment da Presidente Dilma não será uma questão de “se”, mas de “quando”. E o “quando”, adianto, não será agora. O colunista do Globo, Merval Pereira, escreveu no Globo que tem essa mesma sensação, e que as manifestações pelo impeachment não são um golpismo, e sim apenas um movimento deslocado no tempo. Daqui a três ou seis meses essas passeatas realmente terão significado, especialmente quando soubermos a extensão da implicação do Palácio do Planalto nas operações.
Com a Presidente afastada e o Vice-Presidente Michel Temer assumindo, fica a seguinte pergunta: e daí, o que muda de fato?
Essa é uma pergunta pertinente, pois ainda não sabemos que tipo de força política vai emergir dessa ruptura política. Na Itália, ascendeu ao poder um representante pervertido e estatista do empresariado, Silvio Berlusconi. Quem vai assumir a dianteira do processo político?
Se liberais e conservadores tomarem posse dessa liderança e estabelecerem a agenda política brasileira com redução do aparelho estatal, desburocratização, responsabilidade fiscal e redução da carga tributária, haverá uma real mudança. Mas tanto o movimento liberal quanto o conservador são bastante restritos no campo político ainda, embora estejam crescendo com vigor. O movimento psolista também cresce a olhos vistos, mas não tem presença política nacional relevante.
Por isso, a ordem natural do processo político será a substituição de um grupo político autoritário e patrimonialista por outro com mesma identidade ideológica e sem compromisso com reais mudanças institucionais no país. É bem possível que, neste momento, a direita que está indo às ruas para ser humilhada por jornalistas venais esteja, na verdade, fazendo o jogo de pessoas sem compromisso com um Brasil sustentável e livre. Mas isso não pode nos impedir de continuar a lutar pelo que é certo. O impeachment será muito bom quando for atingido, mas a verdadeira revolução está no dia-a-dia dos movimentos pela liberdade, seja no próprio campo político, como no acadêmico e no econômico.
*Por Bernardo Santoro, publicado no Instituto Liberal

Mas um acordão, pode salvar Dilma do "petrolão".

Como acontece em todas as ditaduras comunistas, quando o núcleo 'revolucionário' é ameaçado os bagrinhos (ou aqueles que pensavam que pertenciam à nomenklatura) são simplesmente abandonados à própria sorte ou muitas vezes eliminados ou presos. Um caso exemplar é de Marcos Valério, o operador do mensalão, que amarga uma pena de 40 anos de prisão. Até agora não se sabe por que Marcos Valério não fez acordo de delação premiada. Estaria aguardando o golpe final do Foro de São Paulo para ser 'anistiado"? As conjeturas são várias e variadas.
Com esse esquema sendo montado, segundo a reportagem da IstoÉ, não será de admirar se nos próximos dias explodir um "salve-se que puder" entre dos envolvidos na Operação Lava-Jato da Polícia Federal, ou seja, aqueles que estão na 'ponta' do esquema. Afinal, alguém terá de sofrer as consequências para que seja montada uma justificação à opinião pública. Pelo menos enquanto perdurar o que resta de funcionamento das instituições democráticas. 
*ALUISIO AMORIM

Marajá petista, um esquerdista que não dispensa o conforto capitalista.

O ex-jornalista Rui Falcão, 71, subiu muito na vida após assumir a presidência do PT, em 2011. Ex-militante da organização clandestina VAR-Palmares e ex-sindicalista, Falcão se rendeu aos encantos da burguesia e agora leva vida de marajá, com hábitos de milionário, que revela ao usar o jatinho Cessna Citation CJ3, prefixo PP-MPP, que alugou ontem para uma viagem solitária de São Paulo a Florianópolis.
O jato fretado à TAM custou R$ 20 mil. A mesma empresa cobra vinte vezes menos por passagem em avião de carreira, no mesmo trecho.
Nascido em bases operárias, o PT agora enricou, recebendo “doações” milionárias de empresas que prestam serviços aos governos petistas.
Parte do dinheiro roubado da Petrobras foi entregue ao PT por meio de “doações” oficiais, segundo executivos presos na Operação Lava Jato.
Empresas contratadas nos governos Lula e Dilma fazem “doações” estranhas. Só em 2013, ano não-eleitoral, foram R$ 79,7 milhões.
gracialavida, via [Grupo Resistência Democrática] 

domingo, 7 de dezembro de 2014

"Noite do abacaxi' mostra que a oposição acordou no Brasil.

Atuação oposicionista durante votação da manobra orçamentária é sinal de um novo – e alentador – momento de união das forças no Congresso Nacional.

*Gabriel Castro, de Brasília


O noticiário político da última semana foi o mais movimentado desde as eleições. No Congresso Nacional, em dois episódios, a oposição ao governo Dilma Rousseff ganhou visibilidade. Um deles foi a aprovação da manobra fiscal em que o governo acoberta o descumprimento do superávit primário, na manhã da quinta-feira. Por causa da obstrução de parlamentares oposicionistas, a vitória dos aliados só foi sacramentada após 18 horas de canseira. 

Apesar de ter maioria de votos, os governistas sofreram para fazer valer a vontade do Executivo. Líderes da base precisaram telefonar para deputados e senadores durante a madrugada: por trás dos cochilos no plenário, o que se viu foi uma tentativa desesperada de impedir o esvaziamento do plenário – pelo tamanho da encrenca e pela literal distribuição da fruta, a sessão foi apelidada de noite do abacaxi.

O prolongamento da votação só ocorreu porque os partidos de oposição cumpriram com a estratégia com empenho: obstruir a votação ao não marcar presença, protelar ao máximo as discussões, pedir verificação de quórum sempre que possível e usar o Regimento do Congresso para apresentar questões de ordem e impedir que a matéria fosse aprovada a toque de caixa.

A tática não é nova e já havia sido usada durante a apreciação da Medida Provisória dos Portos, no ano passado. Apesar da vitória governista, os aliados tiveram de enfrentar a sessão mais longa da história da Câmara para aprovar o projeto. Foram duas madrugadas seguidas em claro. Agora, a estratégia protelatória foi repetida com alguma eficiência.

Os parlamentares de oposição se revezavam no microfone para esticar a sessão. Os governistas, por sua vez, acabavam abrindo mão da palavra justamente para abreviar os trabalhos. Com isso, a tribuna foi usada para uma torrente de críticas ao governo, raramente rebatidas. 

Um dos momentos mais acalorados ocorreu quando o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, foi à tribuna para atacar a troca de emendas parlamentares pela lealdade dos deputados e senadores: "Hoje a presidente da República coloca de cócoras o Congresso Nacional, ao estabelecer que cada parlamentar aqui tem um preço: os senhores que votarem a favor desta mudança valem 748 000 reais". O discurso não passou indiferente: aplaudido por oposicionistas e vaiado por aliados de Dilma, Aécio encerrou seu pronunciamento aos gritos, para superar o ruído. Os 51 milhões de votos obtidos na disputa presidencial o elevaram ao posto de líder da oposição. E o tucano estava cumprindo a promessa de fazer um combate "sem tréguas" aos desmandos do governo.

O texto da manobra fiscal foi aprovado às 5 horas da manhã desta quinta-feira. Entre os senadores, o quórum era o mínimo necessário: 41 parlamentares. E, como ainda restou um destaque a ser apreciado, a matéria terá de ser discutida novamente na próxima semana. Será mais uma oportunidade da oposição tentar desgastar o governo.

segunda cena ilustrativa da semana ocorreu um dia antes, na terça-feira, quando o Congresso se reuniu para começar a sessão em que a manobra fiscal seria apreciada. Apesar do esforço do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), para limitar o acesso de manifestantes à galeria do plenário, um grupo de pouco mais de vinte pessoas conseguiu entrar para assistir à sessão e marcar posição contra a maquiagem fiscal. Impaciente com os protestos, o peemedebista ordenou que a segurança  retirasse os manifestantes. A oposição reagiu: parlamentares foram até a galeria para garantir que a retirada forçada não acontecesse. A Polícia Legislativa levou a maior parte dos manifestantes, mas não conseguiu terminar a tarefa. Mais de uma hora depois, Renan encerrou a sessão.

O ato dos deputados de oposição – muito deles literalmente de braços dados com manifestantes – foi representativo do novo momento que os partidos contrários ao governo parecem viver: o contato direto com as ruas nas eleições não acabou com a derrota nas urnas.  "Isso talvez não aconteceria num passado recente", reconhece o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy, sobre a ida de deputados e senadores às galerias. Para ele, o surgimento de uma militância espontânea contra o governo foi determinante para a oposição aumentar o ritmo. 

Mesmo em minoria, os oposicionistas já haviam criado problemas ao governo na última legislatura. Mas é fato que o entusiasmo do período pós-eleitoral reforçou os ânimos dos oposicionistas – em 2012, o bloco contrário ao governo chegou ao menor patamar da história do Congresso, com 17,5% das cadeiras.

Apesar da derrota na disputa presidencial, os adversários do governo estão mais fortes do que antes. O PSB de Marina Silva não deve se alinhar à base. Além disso, o recém-criado Solidariedade (SDD) se juntou ao bloco oposicionista.

Numericamente, o núcleo da oposição não crescerá significativamente na próxima legislatura: PSDB, DEM e PPS têm hoje 79 deputados e 16 senadores. Passarão a ter 88 deputados e 15 senadores em 2015. Mas a mudança qualitativa, especialmente no Senado, será visível: entram nomes como José Serra (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Além disso, o próximo Congresso será mais pulverizado: nunca tantos partidos diferentes elegeram parlamentares. A pluralidade de interesses torna mais difícil a formação de um bloco governista sólido – e favorece o surgimento de um "centrão", cujo apoio tradicionalmente costuma ser negociado pela troca de cargos e liberação de verbas em Casas Legislativas do país. Por razões diversas, o número de dissidentes dentro dos partidos da base tem aumentado. Por fim, a crise econômica e o escândalo do petrolão completam o rol de motivos pelos quais os oposicionistas estão confiantes de que poderão se manter na ofensiva.

Nada garante que as mobilizações contra o governo vão continuar, seja nas ruas ou nas galerias do Congresso. A militância espontânea que tem protestado contra o governo não faz parte de um grupo coeso e controlável, como os braços sindicais do PT. "Um jogador de futebol que entra em um estádio vazio joga sem muito ânimo. Quando o estádio está cheio, com a torcida se manifestando, é outra história", afirma Imbassahy. Na manhã seguinte à votação da manobra fiscal, o recado estava claro: se a oposição não perder o viço, o governo Dilma Rousseff terá muitas noites do abacaxi pela frente.
*http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/noite-do-abacaxi-mostra-que-a-oposicao-acordou-no-brasil

Triplex do Lula no Guarujá: "Recompensa justa por ajudar aos mais pobres!"

Conversava outro dia com um amigo sobre a ironia, e ele me dizia que o brasileiro não é capaz de compreender textos irônicos, em geral. Discordei dele, e disse que, para provar meu ponto, escreveria um texto com muita ironia que seria amplamente compreendido. Ele poderá alegar, depois, que um parágrafo introdutório alertando que se trata de ironia não vale, significa roubar no jogo. E ele estará errado, claro! Mas vamos em frente…
Leio hoje a reportagem sobre o apartamento triplex do ex-presidente Lula, que finalmente ficou pronto no Guarujá. A construtora foi a OAS, aquela acima de quaisquer suspeitas cujo sócio chegou ao ranking de bilionários da Forbes de forma meteórica por puro mérito e competência. Obras como a reforma do Maracanã, que por acaso custavam dois estádios novinhos em folha, ajudaram, mas tudo pela eficiência da empresa.
Outro envolvido na construção do prédio em que Lula poderá desfrutar de sua cobertura triplex foi João Vaccari Neto, atualmente tesoureiro do PT. Ele era, à época do contrato, o presidente da cooperativa Bancoop, a responsável pela empreitada. Teve problemas na Justiça por conta dessa cooperativa, e hoje está no epicentro do furacão no esquema do petrolão, acusado de desviar 3% dos investimentos da estatal para seu partido. Tudo intriga da oposição, claro.
Quando juntamos Lula, Vaccari e OAS, claro que teremos só coisa boa. Ninguém tem motivo algum para desconfiar da honestidade dos envolvidos. Por pura sorte, portanto, o prédio com o triplex de Lula ficou pronto, enquanto três mil pessoas aguardam na fila por suas unidades compradas pela Bancoop. O fator sorte sempre foi preponderante na vida de Lula, e é absurdo desconfiar de qualquer favorecimento.
O triplex de Lula está avaliado entre R$ 1,5 e 1,8 milhão, segundo imobiliária especialista na região. Não é a casa oficial do ex-presidente, e sim seu apartamento de veraneio, para degustar das férias e do verão paulista. Justo. Um homem do povo que sempre combateu a ganância alheia, que lutou com afinco para enfrentar o grande capital e distribuir riqueza, um ícone da esquerda igualitária, enfim, tem todo o direito de gozar de seu cantinho humilde agora, como recompensa por seus esforços altruístas.
Gananciosos são os outros! E aqui não serei covarde de me excluir da lista. Mea culpa! Eu trabalhei no mercado financeiro por muitos anos, ambiente extremamente competitivo e ambicioso. Abandonei-o e com isso a chance de ganhar milhões ainda jovem, para fazer o que gosto mais, que é escrever e defender o liberalismo, o capitalismo, a virtude da ganância alheia.
Sim, é verdade que ganho, hoje, bem menos. Mas como não me ver como um ganancioso insensível, quase um porco capitalista? Não tenho um triplex no Guarujá, é verdade. Mas perto de Lula, homem de esquerda, camarada de Fidel Castro (amém!), sinto-me até envergonhado por toda a minha ambição insensível…
Outra coisa que chama a atenção na direita, ou seja, todos que criticam o PT, é o ódio. “O João Vaccari Neto, que está sendo processado por estelionato, é o responsável por esse pesadelo dos associados da cooperativa dos bancários. O mínimo que pode lhe acontecer é a cadeia”, diz Marcos Sérgio Migliaccio, presidente da Associação das Vítimas da Bancoop, que esta semana entregou ao Ministério Público Federal (MPF) um documento relacionando o caso Bancoop com a Lava-Jato.
Por que tanta raiva no coração? Desejar a cadeia como destino de alguém? O PT não é assim. Os petistas querem apenas o bem dos demais, especialmente dos pobres, e por isso acham normal Lula ter conseguido seu triplex enquanto milhares aguardam na fila. É porque Lula é o representante dos pobres. Ele receber seu imóvel significa milhões de pobres recebendo imóveis!
A “cooperativa habitacional dos companheiros do PT”, como a Bancoop é chamada por adversários, foi fundada em 1996 tendo o ministro das Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff, Ricardo Berzoini, como diretor técnico, e João Vaccari Neto como diretor do conselho fiscal. Nos anos 2000, passou a ter oito mil associados, dos quais três mil ainda não receberam seus apartamentos. Isso levou João Vaccari Neto a ser denunciado por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Novamente: tudo intriga das elites insensíveis.
O ex-presidente Lula fez até um espaço gourmet em seu triplex, que conta também com elevador privativo só para a família. Posso imaginar Lula comendo moluscos e bebericando um Romanée-conti, vinho fino que não sai por menos de R$ 7 mil a garrafa, diante da praia do Guarujá, ponto nobre de São Paulo. Tudo isso enquanto reflete sobre sua importância no combate às desigualdades. Lula merece ser reconhecido como um homem do povo.
A ganância que merece condenação é a dos outros, a daqueles capitalistas insensíveis que criam riqueza e empregos com seus negócios ambiciosos em vez de entrarem para a política para distribuir o dinheiro dos pagadores de impostos. O que seria dos pobres sem Lula? Talvez, no caso desses três mil, pessoas com um imóvel. Mas e os outros milhões todos? Não adianta: quem critica Lula pela suposta contradição entre discurso e prática é um invejoso, um pé-rapado que gostaria de ter um triplex na praia para curtir o verão e não tem. Enfim, um ícone da elite branca insensível.
E com isso encerro meu texto, cuja ironia sem dúvida foi compreendida por todos sem necessidade alguma de alerta. Talvez alguns petistas não tenham entendido, e com isso chegaram a vibrar de emoção por terem “até aquele liberal da Veja” concordando com seu ponto de vista. Não é que os petistas sejam menos inteligentes, claro. É apenas que sua inteligência está num patamar diferente. Mas, por via das dúvidas, ainda marquei lá em cima o texto como “humor”, para garantir.
PS: Não deixem Guilherme Boulos, o líder do MTST, saber desse triplex de Lula, pois lá cabem várias famílias “sem-teto” e o rapaz pode ter ideias igualitárias chocantes que deixariam Lula estarrecido…
*Rodrigo Constantino

O Brasil petista corrupto que muita gente não enxerga por pura burrice ou comprometimento.

Ministério Público da Holanda multou em US$ 240 milhões empresa que pagou propina a brasileiros para obter contratos com a Petrobras; já a estatal afirma não ter encontrado nada de errado… vexame e corrupção na maior empresa brasileira ganha proporções globais. ‪#‎ADComunicação

sábado, 6 de dezembro de 2014

Mais um assalto ao povo brasileiro.

O PT caçoa dos brasileiros – Está nos jornais de hoje que a primeira iniciativa dos governadores eleitos do PT – da Bahia, Ceará e Piauí - é tentar trazer de volta a CPMF, o imposto do cheque, que a oposição conseguiu derrubar a duras penas em 2007. Em 2010, nessa mesma época, o PT agiu da mesma forma. Certamente seguem a orientação do Palácio do Planalto. O fato é que a presidente Dilma gastou além do que poderia, especialmente para ganhar a eleição, e agora atua em duas frentes: quer que o Congresso lhe dê anistia e libere a gastança e, de outro, que a conta da sua irresponsabilidade seja mandada para os brasileiros, com o aumento de impostos. Isso é debochar da inteligência do povo.
*Antonio Imbassahy, via Facebook.

Lobista faturou R$ 73 milhões só com a Camargo Corrêa.

Júlio Camargo ficou responsável por pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque. E agora ajuda força-tarefa a rastrear fortuna dele no exterior.
Daniel Haidar, de Curitiba - Veja.com

Executivos presos na sétima fase da Operação Lava Jato são liberados pela Polícia Federal, na noite desta terça-feira (18/11), na sede da Polícia Federal em Curitiba - ( Foto: Junior Pinheiro/Folhapress)

O lobista Júlio Camargo, ligado ao grupo Toyo Setal, faturou 73 milhões de reais da construtora Camargo Corrêa entre 2010 e 2012 para garantir a assinatura de contratos com a Petrobras. Os pagamentos foram rastreados pela força-tarefa que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, desvendado pela Operação Lava Jato, por meio da quebra do sigilo fiscal da construtora. Os dados corroboram informações já prestadas pelo lobista em acordo de delação premiada. 


Aos investigadores, Júlio Camargo afirmou que pagava propina a executivos da estatal para obter os contratos para as empresas às quais prestava seus serviços. Parte do dinheiro recebido pelo lobista foi utilizada, segundo ele, para subornar o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco. 

Júlio Camargo atuava como intermediador para diferentes empresas interessadas em fechar contratos da Petrobras. Mas tinha com a Camargo Corrêa um relacionamento diferenciado. O principal contato do lobista na empreiteira era o vice-presidente comercial Eduardo Hermelino Leite, preso desde 14 de novembro, quando foi deflagrada a sétima etapa da Operação Lava Jato. 

A situação dos três executivos da construtora presos se complicou depois que o lobista fechou, em outubro, um acordo de delação premiada. Ele aceitou devolver 40 milhões de reais aos cofres públicos pelos crimes que cometeu. Nos depoimentos, o lobista contou que chegou a pagar 6 milhões de reais de propina para a Diretoria de Serviços por um contrato da Refinaria Henrique Lage (Revap). Ele também afirma ter subornado Duque e Barusco, em nome da Camargo Corrêa, por uma obra do gasoduto Urucu-Manaus. 

Ao detalhar o relacionamento que mantinha com Leite, o lobista contou que assumiu um gasto de 400.000 dólares em compras de móveis em Miami para o vice-presidente da Camargo Corrêa, sob a promessa de ser reembolsado. Leite não devolveu o dinheiro, segundo o delator. Mas esse não foi o único agrado do lobista ao executivo. Júlio Camargo também gastou 1 milhão de reais com a empresa de design de interiores da mulher do vice-presidente da Camargo Corrêa. O dinheiro foi desembolsado como remuneração por um projeto do novo escritório dele, mas o plano não foi utilizado, porque a proposta de outra empresa foi preferida. 

A atuação do lobista para a construtora se restringia a garantir contratos com a Diretoria de Serviços porque a Camargo Corrêa ficou responsável diretamente pelos pagamentos de propina para a Diretoria de Abastecimento, de acordo com o delator. Ainda assim, os 73 milhões de reais pagos diretamente de 2010 a 2012 são apenas parte do total recebido por ele da construtora, porque a Camargo Corrêa também fazia pagamentos ao lobista a partir de contas bancárias de consórcios nos quais o delator tinha participação. 

A colaboração premiada do lobista ajuda o Ministério Público Federal a rastrear a fortuna de Duque no exterior. Barusco também aderiu a um acordo de delação premiada e colabora com as investigações. Júlio Camargo se comprometeu a entregar aos delegados e procuradores da República extratos bancários que identifiquem as contas utilizadas pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras para receber propina no exterior. Ele também vai ajudar no reconhecimento dos emissários enviados por Duque para receber propina em espécie, que ele conhecia apenas pelos apelidos de Tigrão, Melancia e Eucalipto.

Mais um delator leva pânico à cúpula petista.

A nota lacônica do PT em resposta à acusação feita pelo executivo Augusto Mendonça (foto) de que doações legais ao partido faziam parte do esquema de corrupção na Petrobras caiu como uma bomba no Palácio do Planalto. Petistas se dizem "muito assustados" com a delação de Mendonça. Para eles, o caso cria uma trincheira perfeita para a oposição "melar as eleições de Dilma". As informações são de Vera Magalhães, na Folha de S.Paulo desta sexta-feira.
Para corrigir o que foi considerada uma falha do partido, -- diz a colunista, -- a presidente Dilma Rousseff escalou os 
ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) para defender em entrevistas as contas da campanha de 2010.

'Dilma ficou inconformada ainda com a falta de defesa da base aliada diante dos ataques da oposição no Congresso na sessão de anteontem. Também foi alvo de crítica no Palácio a falta de coordenação dos aliados durante a acareação de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, na véspera.'