terça-feira, 8 de maio de 2012

Lula quer Cabral fora da CPI do Cachoeira para oposição não identificar quem lucrou com bondes do Alemão.

Exclusivo – Descoberto o motivo pelo qual o Doutor Chefão Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo enfermo e andando de bengala, corre tanto para evitar que seu amigo e parceirão Serginho Cabral Filho seja convocado a depor na CPI do Cachoeira – que até agora caminha para desaguar em mais uma pizza com sabor de impunidade. Lula teme que Cabral seja obrigado a explicar, além de sua ligação umbilical com a empreiteira Delta, por que as obras do plano inclinado do complexo do Alemão custaram tão caro e tiveram tantos termos aditivos ao contrato inicial, superfaturando a previsão inicial de gastos.
O motivo da correria de Lula para blindar Cabralzinho serviu de assunto das fofocas de final de semana de alguns senadores e deputados, em Brasília - lugar apropriadamente avacalhado como “Detrito Federal”. Oficialmente, a obra no Alemão custaria estratosféricos R$ 210 milhões. Mas o valor pode ter sido aditivado para R$ 253 milhões. Os políticos comentavam ontem que gente muito próxima a Lula teria se beneficiado do negócio.Símbolo-mor do PAC no Rio de Janeiro, os bondinhos do Alemão são alvo de críticas econômicas. Transportam apenas 10.000 passageiros por dia. Mas custam ao Estado do Rio R$ 2 milhões por mês, em subsídios. O negócio parece tão bom que já se estuda implantar uma nova linha do teleférico até o shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte do Rio de Janeiro. Será que o modelo operacional resiste a uma isenta auditoria para verificar se o dinheiro gasto a mais com sua manutenção escorre para algum sistema de mensalão? Eis a questão...
Bancado pelo governo do RJ e operado pela Supervia (em contrato de emergência, sem licitação que só ocorre em julho), o teleférico tem passagem social a R$ 1 que não cobre os custos operacionais. Para piorar o rombo, 55% dos usuários desfrutam de gratuidade. Cada viagem de até 3,5km (da estação inicial, Bonsucesso, até a final, Palmeiras), 152 gôndolas, de 6h às 21h, custa aos cofres públicos R$ 6,70 – R$ 2 milhões divididos por 300.000 passageiros/mês. Em 7 de julho de 2011, quando a Presidenta Dilma Rousseff inaugurou o teleférico do Alemão, o discurso do vice-governador do Rio de Janeiro chamou atenção. Luiz Fernando Pezão fez questão de agradecer às empreiteiras responsáveis pela obras, principalmente a Delta Construções, de Fernando Cavendish, cuja ligação com os esquemas do bicheiro e lobista Carlinhos Cachoeira e a amizade com o Governador Sérgio Cabral se transformam em bons motivos para se convocar alguém a depor numa CPI.
Uns 20 dias antes do discurso de Pezão, Cabral tinha sido pego na besteira de ter apanhado emprestado um jato do empresário Eike Batista, do grupo EBX, para viajar à Bahia e participar dos festejos de aniversário do dono da Delta, em um resort. A farra passaria despercebida não fosse uma tragédia. A queda de um helicóptero que provocou a morte de sete pessoas e tornou evidente a intimidade entre o governador e o empreiteiro. Cavendish perdeu a mulher, Jordana, e o enteado, Luca. O vice Pezão tinha acabado de chegar à Sicília, na Itália, quando ocorreu o acidente, e foi obrigado a cencelar as férias, voltando no primeiro voo ao Brasil, a fim de dar suporte ao amigo Cabral.A administração Cabral, no poder de 2007, já pagou mais de R$ 1 bilhão à Delta, de Cavendish. Pelo menos R$ 207 milhões resultaram de contratos assinados com dispensa de licitação. A maioria dos acordos também teve termos aditivos aumentando os custos das obras. Desde a semana passada, a Delta ainda divulga reclamações de que o Governo Cabral lhe deve uns R$ 300 milhões em obras executadas e não pagas.
Cabral também quase se queimou porque concedeu R$ 79,2 milhões em benefícios fiscais para a EBX, empresa do bilionário qhe lhe emprestou o jatinho para o trágico passeio na Bahia. Sorte de Cabral que o Ministério Público resolveu arquivar a investigação sobre o assunto. Fato normal de acontecer em um País em que os governadores nomeiam os Procuradores Gerais de Justiça – responsáveis, eventualmente, por investigar seus erros ou crimes.
*Texto por Jorge Serrão - Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Serenidade e ignorância.

Enquanto o cidadão demonstra sua serenidade o militante demonstra Ignorância, violência, falta de respeito, intolerância. A marca do lulopetismo, seus asseclas e prepostos.

Garotinho denuncia Cabral no plenário da Câmara.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Cavendish, quem diria, trocou Garotinho por Cabral. Se deu mal?


Enxadrismo do escândalo – Antes de decidir contratar o criminalista José Carlos de Oliveira Lima para defendê-lo na CPI do Cachoeira, o que não foi por acaso, o empresário Fernando Cavendish, dono da meteórica Delta Construções, deu um rasante pelos principais escritórios de advocacia do eixo Rio-São Paulo. E, alguns dos encontros, Cavendish teria dito aos consultados estar se sentindo abandonado, não sem antes externar o grau de desespero em que se encontra.
A um dos advogados que procurou, Fernando Cavendish reclamou da atitude do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), do Rio de Janeiro, que deixou de procurá-lo e inclusive de atender suas chamadas telefônicas. Cabral Filho, que está no olho de um revoltoso furacão, apesar de suas negativas, sabe que está sendo monitorado física e telefonicamente. E esse afastamento alvo de reclamação é a estratégia mais adequada para quem está na alça de mira de adversários e também da opinião pública.
Cabral tem declarado estar tranquilo em relação aos grampos telefônicos que recheiam o inquérito que deu origem à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, pois não houve qualquer conversa transgressora entre ele [Cabral] e Cavendish. O governador fluminense alega que o dono da Delta é seu amigo e que isso não teve qualquer interferência nos contratos da empresa com o governo estadual, mas essa relação é no mínimo amoral.
Como na política nada acontece por acaso, a decisão Demóstenes Torres ter confiado sua defesa ao advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é caso pensado. Revelado ao mundo jurídico ainda na era Sarney, Kakay, como é conhecido nos meios jurídicos da capital dos brasileiros, se aproximou da cúpula do PT durante os oitos anos da estada de Lula no Planalto. De tal modo, Kakay, cuja competência é reconhecida com largueza, pode ter sido escolhido por Demóstenes como fator de reverberação de tudo o que o senador goiano sabe. Como afirmou o ucho.info em matéria publicada na edição de quinta-feira (3), Demóstenes não cairá sozinho. (ucho.info)
COMENTO: Ao  contrário do que muitos possam imaginar, Anthony Garotinho e Fernando Cavendish já tiveram excelentes relações.
Consta, inclusive,  que a Delta tenha sido uma das grandes e atuantes empreiteiras durante o governo de garotinho.
Mas o interesse de Cavendish pelo "governo da hora" o fez menosprezar o poder de Garotinho achando que "rei posto era rei morto".
Negou-se a judá-lo financeiramente na eleição, e a seus aliados, ignorou Garotinho e logo no início do governo de Cabral Cavendish mudou, rapidamente, de lado alinhando-se a Sérgio Cabral.
Trocou o evangélico garotinho pelo farrista Cabral e, tome "obra"!!!
Mas garotinho que jamais perdoou a traição de Cabral e Cia também não digeriu a "patada" de Cavendish.
Hoje, Garotinho dispõe do maior acervo de indícios da relação pouco republicana entre Cabral e Cavendish.

Sem controle da situação, Lula teme ser ofuscado por Dilma.

Lula e seus extremistas estão indo longe demais! Quando um secretário-geral da Presidência reúne deputados e senadores do seu partido, como fez Gilberto Carvalho, para determinar que o centro das preocupações da CPI deve ser o mensalão, esse ministro já não se ocupa mais do governo, mas de um projeto de esmagamento da boa ordem democrática; esse ministro não demonstra interesse em identificar e pedir que a Justiça puna os corruptos, mas em impedir que outros corruptos sejam punidos. E por quê?

Porque Lula está com ódio? De várias maneiras, o seu conhecido projeto continuísta se mostra, hoje, impossível.”

(....) “A avaliação de Dilma lá nas alturas surpreende e decepciona os que apostavam no retorno de Lula. Eu não tenho nada com isso porque nunca fui dessa religião… Ou melhor: até fui, q...uando era menino e pensava como menino, como diria o apóstolo Paulo… Depois eu cresci.

Lula tenta instrumentalizar essa CPI para realizar a obra que não conseguiu realizar quando era presidente: destruir de vez a oposição, botar uma canga na imprensa e “passar a história a limpo”, segundo o padrão do revisionismo petista. Mas a democracia — e ele tantas vezes foi personagem minúscula de sua construção, quando poderia ter sido maiúscula — não vai deixar. Não conseguirá arrastar as instituições em seu delírio totalitário. Tenham a certeza, leitores: por mais que o cerco pareça sugerir o contrário, esse coro do ódio é expressão de uma luta perdida. E a luta foi perdida por eles, não pelos amantes da democracia.”

*Reinaldo Azevedo

Pânico de vazamento.

O psicanalista de Fernando Collor anda tentando discretamente, sem que ele perceba, mandar recados aos demais membros da CPI do Cachoeira.
Pede que não contrariem o senador alagoano quando que ele entrar em pânico com supostos "vazamentos" de qualquer natureza.
O sintoma tem se manifestado a cada sessão deliberativa da Comissão.
Parlamentares governistas e de oposição reunidos para a abertura do inquérito logo perceberam algo de estranho na obsessão do ex-presidente pelo sigilo nos trabalhos. Collor ameaça cotidianamente seus pares e a imprensa: se pegar uma mísera informaçãozinha escorrendo pelos cantos da CPI para os jornais, o "responsável terá punição pelo rigor da lei".
Vamos combinar que uma sala cheia de gente empenhada em quebrar sigilos uns dos outros é o pior dos mundos para um homem atormentado com a possibilidade de toda espécie de vazamento.
É bem provável, inclusive, que essa angústia o acompanhe desde a mais tenra infância, coisa que o terapeuta do senador não comenta por questão de ética profissional.
Seja como for, não custa nada todo mundo dar um desconto às coisas que o Collor diz na CPI.
*Por TUTTY VASQUES, no Estadão.

Primeiro Carro Mundial Movido a Ar Comprimido: Zero de Emissão de Gases Poluentes.

Possibilidade muito interessante para a indústria de automóvel. O que é isso? Será que vai ser a próxima grande coisa?
Tata Motors da Índia acha que sim.
O que será que as companhias de petróleo irão fazer para pará-lo?
O motor do automóvel consome sómente ar.

Não usa gás, diesel ou eletricidade, mas apenas o ar. Dê uma olhada.
Tata Motors da Índia agenda transitar com seu carro a ar nas ruas indianas por agosto 2012. O motor do carro será movido por ar comprimido, motor desenvolvido pela equipe ex-Fórmula Um do engenheiro Guy N. Em Luxemburgo, baseado em MDI, o conjunto mecânico usa ar comprimido para empurrar os pistões do motor que fazem o carro andar em velocidade e aproveitamento interessante.

O carro, chamado de "Mini CAT" poderá custar cerca de 365.757 rúpias na Índia ou no Brasil, R$ 14.700,00. O CAT Mini que é um simples carro urbano, com um chassi tubular e um corpo de fibra de vidro, com um motor colado e soldado, alimentado por ar comprimido.
Um microprocessador é usado para controlar todas as funções eléctricas do carro.
Um pequeno transmissor de rádio envia instruções para as luzes, sinais da volta e todos os outros dispositivos elétricos no carro. Que não são muitos.
A temperatura do ar limpo expelido pelo tubo de escape situa-se entre 0-15 graus abaixo de zero, que o torna adequado para utilização pelo sistema interno de ar condicionado sem a necessidade de gases ou de perda de energia.
Não existem chaves, apenas um cartão de acesso que pode ser lido pelo carro do seu bolso. Segundo os designers, custa menos de 50 rupias por 100 KM, que é cerca de um décimo do custo de um carro movido a gás. (Ou cerca de US$ 1 para ~ KM 100 ou ~ pouco mais de 62 milhas).
A quilometragem é o dobro do carro elétrico mais avançado, um fator que torna a escolha perfeita para os motoristas da cidade. O carro tem uma velocidade máxima de 105 KM por hora ou ~ 60 mph teria um alcance de cerca de 300 km ou 185 milhas entre reabastececimento.
Recarregar o carro será em postos de combustível adaptados com compressores de ar especiais.
Um cilindro no carro dispenderá de dois a três minutos para estar cheio e custará cerca de 100 rúpias (ou pouco mais de US$ 2) e o carro estará pronto para mais 300 quilômetros.
Este carro também pode ser abastecido em casa e dispor de compressor elétrico a bordo. Dai demorando 3-4 horas para encher seu tanque, mas isso pode ser feito enquanto você dorme.
Por não haver combustão, o motor consome com suas peças móveis 1 litro de óleo vegetal a cada 50.000 km ou 30.000 milhas.
Devido à sua simplicidade, há muito pouca manutenção a ser feita neste carro.
Este carro soa demasiado bom para ser verdade.
Vamos ver em agosto. 2012

domingo, 6 de maio de 2012

Política e moral.

Acabo de ler o mais recente livro de Alain Touraine, Carnets de Campagne (Cadernos de Campanha), sobre a campanha de François Hollande.
Sem entrar no mérito das apostas políticas do autor, é admirável a persistência com que Touraine vem estudando as agruras da sociedade contemporânea como resultado da crise da "sociedade industrial". Ele refuta análises baseadas numa sociologia dos sistemas e não, como lhe parece mais apropriado, numa sociologia dos "sujeitos históricos" e dos movimentos sociais.
O livro vai direto ao ponto: não é possível conceber a política apenas como uma luta entre partidos, com programas e interesses opostos, marcados por conflitos diretos entre as classes. A globalização e o predomínio do capital financeiro-especulativo terminaram por levar o confronto a uma pugna entre o mundo do lucro (como ele designa genericamente, com o risco de condenar toda forma de capitalismo) e o mundo da defesa dos direitos humanos e de um novo individualismo com responsabilidade social, temas que Touraine já tratara em 2010 no livro Após a Crise, fundamentados em outra publicação, Penser Autrement, de 2007.

......
Por que escrevo isso aqui e agora? Porque, mutatis mutandis, também no Brasil se sentem os efeitos dessa crise. Não tanto em seus aspectos econômicos, mas porque, havendo independência relativa entre as esferas econômicas e políticas, a temática referida por Touraine está presente entre nós. Se me parece um erro reduzir o sentimento das ruas a uma crise de indignação moral, é também errado não perceber que a crise institucional bate às nossas portas e as respostas não podem ser "economicistas". A insatisfação social é difusa: é a corrupção disseminada, são as filas do SUS e seu descaso para com as pessoas, é o congestionamento do trânsito, são as cheias e os deslizamentos dos morros, são a violência e o mundo das drogas, é a morosidade da Justiça, enfim, um rosário de mal-estar cotidiano que não decorre de uma carência monetária direta - embora também haja exagero quanto ao bem-estar material da população -, mas constitui a base para manifestações de insatisfação. Por outro lado, cada vez que uma instituição, dessas que aos olhos do povo aparecem como carcomidas, reage e fala em defesa das pessoas e dos seus direitos, o alívio é grande. O Supremo Tribunal Federal, numa série de decisões recentes, é um bom exemplo.
No momento em que o Brasil parece mirar no espelho retrovisor das corrupções, dos abusos e leniências das autoridades com o malfeito, corre-se o risco de crer que tudo dá no mesmo: os partidos, as instituições, as lideranças políticas, tudo estaria comprometido. É hora, portanto, para um discurso que, sem olhar para o retrovisor e sem bater boca com "o outro lado", até porque os lados estão confundidos, surja de base moral para mobilizar a população. Quem sabe, como na França, a palavra-chave seja outra vez igualdade. Na medida em que, por exemplo, se vê o Tesouro engordar o caixa das grandes empresas à custa dos contribuintes via BNDES, uma palavra por mais igualdade, até mesmo tributária, pode mobilizar. Para tal é preciso politizar o que aparece como constatação tecnocrática e denunciar os abusos usando a linguagem do povo.
Está na moda falar sobre as "novas classes médias", muitas vezes com exagero. Se até agora elas vão ao embalo da ascensão social, amanhã demandarão serviços públicos melhores e poderão ser mais críticas das políticas populistas, pois são fruto de uma sociedade que é "da informação", está conectada. Crescentemente, cada um terá de dizer se está ou não de acordo com a agenda que lhe é proposta. As camadas emergentes não são prisioneiras de um status social que regule seu comportamento. Aos líderes cabe politizar o discurso, no melhor sentido, e com ele tocar a alma dos recém-vindos à participação social, não para que entrem num partido (como no passado), mas para que "tomem partido" contra tanto horror perante os céus. Isso só ocorrerá se os dirigentes forem capazes de propor uma agenda nova, com ressonância nacional, embasada em crenças e esperança. Sem a distinção entre bem e mal não há política verdadeira. É esse o desafio para quem queira renovar.
*Extraído do artigo POLÍTICA E MORAL, de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

Collor: A estranha mania de se cercar com a escória política.

SINTONIA - Collor em 1992, impeachment por corrupção. Agora, coabitando com seus antigos algozes.
(Fotos: Lula Marques/ Folhapress - Orlando Brito)
Collor reencarna como defensor da moral. Ao colocar a carranca de investigador, senador reavivou a memória dos brasileiros sobre seu desastrado fim como presidente.
O senador Fernando Collor de Mello perdeu o mandato de presidente da República e os direitos políticos em 1992, depois de uma ampla investigação do Congresso. Investido agora na CPI do Cachoeira do papel de tarefeiro dos interesses subalternos dos integrantes do petismo radical, seus antigos algozes, Collor reencarnou-se como autoridade e como defensor da moral e dos bons costumes. Estranho papel. O ex-presidente faria um personagem mais crível se continuasse em sua última linha de defesa, a de raro político que realmente pagou pelos erros que lhe foram imputados. Pagou com a perda da faixa presidencial. A respeito dos crimes de que foi acusado, Collor obteve na Justiça o que mais lhe interessava. Nenhum dos processos criminais contra ele prosperou. Ele poderia passar à história, então, usufruindo esse empate técnico entre transgressão e punição.
No entanto, ao colocar a carranca de investigador, Collor reavivou a memória dos brasileiros sobre seu desastrado fim como presidente. Co­mo pode investigar as pessoas um ex-presidente que levou para dentro do governo federal o esquema de arrecadação de propinas comandado por Paulo César Farias, seu ex-tesoureiro de campanha? PC, como era conhecido, criou uma rede de contas-fantasma que era abastecida com dinheiro extorquido de empresas e usado, entre outras coisas, até para o pagamento de despesas da família do agora senador alagoano. Na Esplanada, Fernando Collor se cercou de um ministro que admitiu ter sido subornado e de outro que recebeu um jet ski de uma empreiteira. À frente do Banco do Brasil, alojou um aliado que se destacou por ameaçar adversários, inclusive fisicamente, e abusar da instituição bancária para espioná-los.
O estilo collorido lançou tentáculos sobre o Congresso. Deputados que se orgulhavam de pertencer à "República das Alagoas" marchavam armados (de revólveres!) pelos corredores da Casa e ainda se gabavam dessa truculenta estratégia de intimidação. Naquele período trevoso compartilhava da intimidade do presidente da República uma figura então corpulenta, que se apresentava como um dos expoentes da "tropa de choque collorida". Seu nome? Roberto Jefferson. Ele mesmo, o atual presidente do PTB, que, uma década mais tarde, ajudaria a trazer à luz o escândalo do mensalão, o maior caso de corrupção da história. Fernando Collor estava bem no seu limbo, mas saiu dele para entrar na CPI e piorar ainda mais sua história.
*Fonte: Texto e fotos Veja.abril.com

As peripécias de Cabral.

Mostramos, na Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal identificou Wilson Carlos, secretário de Governo de Cabral, como sendo beneficiário de 5% de todos os valores repassados à empreiteira Camargo Corrêa por conta de dívidas na Linha 4 do metrô do Rio.
Reprodução do relatório da Polícia Federal
Na mesma operação a Polícia Federal identificou outro homem a quem a propina era entregue.
Seu nome é Carlos Emanuel de Carvalho Miranda.
Investigamos e descobrimos que durante a gestão de Sérgio Cabral na presidência da Assembléia Legislativa ele ocupava o cargo de consultor técnico da Comissão de Orçamento.
Já seria um escândalo, mas prosseguindo nas investigações o nosso blog descobriu que Carlos Emanuel de Carvalho Miranda é sócio de Sérgio Cabral, o governador do Estado na SCF Comunicações e Participações Ltda.
Na composição acionária registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, Cabral tem 90% das ações, Carlos Emanuel tem 5% e pasmem, o Coordenador de Comunicação Social do Estado, jornalista Ricardo Luiz Rocha Cota tem outros 5%.
Incrível, mas a empresa que tem o CNPJ 28.722.767 / 0001 – 43 fica localizada na Avenida Borges de Medeiros 2.373 / ap. 201, na Lagoa. Detalhe: endereço residencial.
Essas comprovações mostram que Cabral provavelmente usava esta empresa ou outra, que mostraremos mais tarde, para lavar o dinheiro que recebia de propinas.
...segundo o relatório da Polícia Federal sobre a Operação Castelo de Areia, consta que Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, que nas anotações de um doleiro descoberto nas investigações era tratado pelo codinome Avestruz, era quem recebia a propina da empreiteira Camargo Corrêa e a entregava a Wilson Carlos, braço-direito de Cabral. Por coincidência (será?) no jogo do bicho Avestruz é o grupo 01, a mesma denominação usada para se referir a quem está no comando.
Mas Carlos Emanuel, o Avestruz não é apenas sócio de Cabral. Também é sócio do irmão do governador, Maurício de Oliveira Cabral Santos Filho, conhecido como Mauricinho Cabral, na empresa LRG CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA. Essa empresa (CNPJ 03.710.557/0001-04), existe desde 1999, na Rua São Salvador 24, apto 104.
*Blog do Garotinho