Títulos externos serão denominados em dólar e têm prazo de dez anos.Com crise, juros sobem e são os mais altos para este prazo desde 2006.
No seu retorno ao mercado externo, após ficar oito meses sem efetuar captações internacionais, o governo brasileiro emitiu US$ 1 bilhão em títulos denominados em dólar nos mercados europeu e norte-americano. Os papéis têm prazo de dez anos, com vencimento programado para janeiro de 2019.
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, os juros da emissão de títulos ficaram em 6,12% ao ano, os mais elevados para este prazo desde novembro de 2006 - quando os juros ficaram em 6,24% ao ano.
De 2006 até janeiro deste ano, foram realizadas duas captações externas, denominadas em dólar, com prazo de dez anos: em abril de 2007 (juros de 5,88% ao ano) e em maio de 2008, notadamente a última captação externa até hoje, com juros de 5,29% ao ano - a mais baixa da história.
O aumento nos juros pagos pelo Tesouro Nacional está relacionado com a crise financeira internacional. Nos últimos meses, o agravamento da crise tornou os investidores externos menos receptivos a esse tipo de operação. Em tempos de incertezas, os juros cobrados pelos investidores tendem a ser maiores, e a procura pelos papéis, mais fraca.
Comparação com outros países
Na comparação com outros países, os títulos lançados pelo governo brasileiro saíram com juros mais baixos do que a oferta da Colômbia, que pagou 7,5% ao ano para títulos de dez anos. O país captou US$ 1 bilhão no mercado externo também nesta terça-feira (6).
Os juros pagos pelo Tesouro Nacional na operação de hoje, de 6,12% ao ano, ficaram, porém, acima da taxa paga pelo México. Em meados de dezembro, o governo mexicano pagou 5,98% ao ano em sua captação de US$ 2 bilhões. Os papéis lançados pelo México também têm prazo de dez anos.
Entretanto, o spread do México, de 390 pontos base, ficou acima do brasileiro (370 pontos base, ou 3,7% ao ano, acima dos juros dos Estados Unidos).
Como funciona
O processo de lançar bônus no mercado internacional funciona como um leilão. Os investidores fazem sua proposta ao governo brasileiro, informando a taxa de juros e a quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro Nacional as aceita ou não.As emissões da dívida externa do país, que não podem ser adquiridas por investidores nacionais, têm por objetivo proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros. Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto poderiam pagar para fazer emissões de títulos no mercado externo. O risco Brasil é a principal referência para as captações no mercado externo. Quanto mais baixo o risco-país, melhores condições têm as empresas nacionais e o governo federal para captar recursos no exterior. Além disso, também são consideradas pelos investidores as avaliações de agências de classificação de risco. O Brasil já possui "investment grade" (grau de investimento) da Fitch e Standard & Poors, mas não da Moody's.
Os recursos das captações do governo ingressam diretamente nas reservas cambiais brasileiras - que estão acima de US$ 205 bilhões. A captação desta terça-feira ingressará no dia 13 de janeiro. Entretanto, os recursos das captações externas não estão sendo mais utilizados para o pagamento da dívida externa. Desde 2007, o governo federal informa que está pagando a dívida externa com dólares adquiridos no mercado interno de câmbio.
No seu retorno ao mercado externo, após ficar oito meses sem efetuar captações internacionais, o governo brasileiro emitiu US$ 1 bilhão em títulos denominados em dólar nos mercados europeu e norte-americano. Os papéis têm prazo de dez anos, com vencimento programado para janeiro de 2019.
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, os juros da emissão de títulos ficaram em 6,12% ao ano, os mais elevados para este prazo desde novembro de 2006 - quando os juros ficaram em 6,24% ao ano.
De 2006 até janeiro deste ano, foram realizadas duas captações externas, denominadas em dólar, com prazo de dez anos: em abril de 2007 (juros de 5,88% ao ano) e em maio de 2008, notadamente a última captação externa até hoje, com juros de 5,29% ao ano - a mais baixa da história.
O aumento nos juros pagos pelo Tesouro Nacional está relacionado com a crise financeira internacional. Nos últimos meses, o agravamento da crise tornou os investidores externos menos receptivos a esse tipo de operação. Em tempos de incertezas, os juros cobrados pelos investidores tendem a ser maiores, e a procura pelos papéis, mais fraca.
Comparação com outros países
Na comparação com outros países, os títulos lançados pelo governo brasileiro saíram com juros mais baixos do que a oferta da Colômbia, que pagou 7,5% ao ano para títulos de dez anos. O país captou US$ 1 bilhão no mercado externo também nesta terça-feira (6).
Os juros pagos pelo Tesouro Nacional na operação de hoje, de 6,12% ao ano, ficaram, porém, acima da taxa paga pelo México. Em meados de dezembro, o governo mexicano pagou 5,98% ao ano em sua captação de US$ 2 bilhões. Os papéis lançados pelo México também têm prazo de dez anos.
Entretanto, o spread do México, de 390 pontos base, ficou acima do brasileiro (370 pontos base, ou 3,7% ao ano, acima dos juros dos Estados Unidos).
Como funciona
O processo de lançar bônus no mercado internacional funciona como um leilão. Os investidores fazem sua proposta ao governo brasileiro, informando a taxa de juros e a quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro Nacional as aceita ou não.As emissões da dívida externa do país, que não podem ser adquiridas por investidores nacionais, têm por objetivo proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros. Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto poderiam pagar para fazer emissões de títulos no mercado externo. O risco Brasil é a principal referência para as captações no mercado externo. Quanto mais baixo o risco-país, melhores condições têm as empresas nacionais e o governo federal para captar recursos no exterior. Além disso, também são consideradas pelos investidores as avaliações de agências de classificação de risco. O Brasil já possui "investment grade" (grau de investimento) da Fitch e Standard & Poors, mas não da Moody's.
Os recursos das captações do governo ingressam diretamente nas reservas cambiais brasileiras - que estão acima de US$ 205 bilhões. A captação desta terça-feira ingressará no dia 13 de janeiro. Entretanto, os recursos das captações externas não estão sendo mais utilizados para o pagamento da dívida externa. Desde 2007, o governo federal informa que está pagando a dívida externa com dólares adquiridos no mercado interno de câmbio.
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