O juiz José Carlos Carvalho Neto, do Júri de Execuções Criminais de Santo André, decidiu hoje que Lindemberg Alves, de 22 anos, vai a júri popular. A decisão do juiz foi tomada após ouvir o depoimento de todas as testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação sobre o sequestro que culminou na morte de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos. Último a depor, Lindemberg se negou a falar. A defesa do sequestrador vai recorrer da decisão de Carvalho Neto.
Após o juiz ler o histórico do caso, Lindemberg afirmou: "Prefiro me manter calado nesta oportunidade". Após a negativa de Lindemberg, defesa e acusação do caso tiveram um debate com o juiz, cada um com 20 minutos para argumentação. Lindemberg almoçou três sanduíches de queijo e presunto e tomou uma garrafa de suco de maracujá. Cinco testemunhas falaram em defesa de Lindemberg - todos amigos e vizinhos do jovem. A maioria das testemunhas de defesa afirmou que ele não tinha um histórico de agressões. A defesa do jovem pediu que o juiz esperasse dois policiais que testemunhariam no caso, mas o pedido foi negado pelo juiz.
Nayara Rodrigues da Silva, de 15 anos, também mantida refém por Lindemberg no apartamento da família de Eloá em outubro passado, foi a primeira testemunha a depor. A adolescente repetiu suas versões sobre o sequestro. O depoimento começou às 9h20 e terminou às 11 horas. Ela reafirmou que Lindemberg não atirou minutos antes de o Gate invadir o local. Segundo ela, o sequestrador não queria reatar o namoro com Eloá, mas sim matá-la.
Os três policiais do Gate que prestaram depoimento contradisseram a afirmação de Nayara sobre o tiro que teria causado a invasão. Dois dos policiais também confirmaram que a polícia usou um copo para fazer escuta no apartamento onde o jovem de 22 anos mantinha as duas meninas reféns.
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