sábado, 29 de novembro de 2014

Aécio ironiza Dilma.

Aécio escreveu que Dilma reage ao noticiário “como se fosse apenas uma espectadora, uma cidadã indignada, como se o seu governo não tivesse nenhuma responsabilidade com o que ocorreu na empresa nos últimos anos. Como se não tivesse sido ela a presidente do Conselho de Administração da Petrobras, responsável pela aprovação de inúmeros negócios, hoje sob investigação.”
Para o ex-presidenciável tucano, Dilma “zomba da inteligência dos brasileiros” ao “agir como se a Petrobras não fizesse parte do seu governo.” Aécio lembrou que, nos debates eleitorais, convidou Dilma a “pedir desculpas ao Brasil pelo que acontecia na empresa.” Reiterou a provocação: “Presidente, a senhora não acha que está na hora de pedir desculpas ao país pelo que o seu governo permitiu que ocorresse com a Petrobras?”
*UOL.

Exemplo de nulidade: Sarney, 60 anos no poder sem mudar o Maranhão.

Sarney: Um exemplo de nulidade política.
Embora em anos recentes o Maranhão tenha acompanhado a tendência de redução de miséria do Brasil, ainda é um dos Estados mais pobres, o segundo mais miserável do País. De acordo com dados do IBGE, a renda mensal do trabalhador maranhense é de R$ 807, pouco mais da metade da média nacional, de R$ 1.527.
Quase 20% da população com mais de 15 anos – exatamente 18,5% - é analfabeta (a média nacional é de 8,3%). E apenas 13,2% das casas estão ligadas à rede de esgoto, enquanto no País este percentual é de 64,3%. O Maranhão é o Estado do ex-presidente e ainda senador José Sarney, que foi buscar os últimos mandatos no Amapá, o mais longevo político e cacique poderoso da história republicana.

É o quinto no Senado e o terceiro pelo Amapá. Ele disputou a eleição de 1990 no Estado recém-criado do Amapá devido a divergências com correligionários maranhenses e à baixíssima popularidade depois que deixou a Presidência da República. Nas eleições deste ano, ele e sua filha, a atual governadora Roseana Sarney (PMDB), apoiaram Lobão Filho, o filho do ministro Edson Lobão, para governador.
E perderam feio para o comunista Flávio Dino, eleito no primeiro turno. Dino, que pôs abaixo a maior oligarquia do País, equipara a longevidade de Sarney no poder a dom Pedro II. Em tempo: Sarney está há mais de 60 anos no poder. Em junho passado, Sarney anunciou que não concorreria mais a nenhum cargo eletivo. Seu atual mandato termina em 31 de janeiro de 2015.
E o Maranhão de Sarney não evoluiu.
Mas o Maranhão, no tempo em que Sarney mandou e desmandou, não avançou em políticas sociais nem em desenvolvimento da sua infraestrutura. Dona Maria de Fátima Bezerra, encontrada na estrada da comunidade do Pequizeiro andando a pé puxando um jumento e o seu filho João uma carroça, aparenta muito mais que seus 62 anos.
Na zona rural, a comunidade pobre anda a pé ou usa jumento como meio de transporte.
Os cabelos já começam a ficar grisalhos, a pele morena do rosto exibe sulcos profundos esculpidos pelo sol. “Aqui, a gente sofre muito, meu filho. Não fosse a bolsa que recebemos do governo não sobrevivia”, diz ela, segurando o jumento, seu meio de transporte, que usa para ir até o centro e ao açude mais próximo para pegar água de beber.
Fotos: Otávio Souto
Edição: Ítala Alves

Saúde do Rio pagou conta de R$ 19 mil em botequim.

Ao inspecionar a gestão do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, o Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio descobriu que Organização Social Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), gestora da unidade, pagou R$ 140 mil em passagens aéreas, R$ 1 mil em bares e churrascarias e R$ 19 mil em um botequim. Em 2012, a Cejam foi escolhida pela prefeitura para administrar o novo hospital da Ilha e teve o contrato renovado até março de 2015.

A suspeita do TCM é que estes gastos não têm relação com a administração da unidade. Mas OS informou que as despesas são de transporte e refeições de médicos e funcionário trazidos de São Paulo, para trabalhar na unidade e em outras duas casas de saúde administradas por ela.

O caso foi revelado hoje pelo RJ TV 2ª edição da TV Globo, em matéria dos repórteres Pedro Bassan, Luiz Paulo Mesquita e Artur Guimarães.

Segundo a reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que "gastos indevidos" não foram pagos à OS(Sic).

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela atriz Connie Nielsen

Futuro ministro da Dilma, que vai mandar no BNDES, é um dos donos de banco que fraudou empréstimos obtidos...no BNDES!

Escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ser o próximo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o senador e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto (PTB-PE) (foto), tem familiares processados por fraudes contra o BNDES, instituição diretamente subordinada à pasta que ele deve comandar a partir de 2015.

O próprio chegou a ser investigado no âmbito de uma ação que se arrasta desde 2005 na Justiça Federal, no qual o extinto Banco Mercantil de Pernambuco - controlado pela família Monteiro - é acusado de uma série de crimes contra o sistema financeiro, entre os quais desvios de recursos do banco de fomento.

Com base em um inquérito instaurado pelo Banco Central, a seção pernambucana da Procuradoria da República ofereceu, em julho de 2005, denúncia contra os administradores do Mercantil, que dez anos antes havia sofrido intervenção do BC. No curso das investigações, surgiram indícios de operações irregulares entre o banco e a Destilaria Gameleira, também de propriedade dos Monteiro.

Foram detectadas, entre outras irregularidades, operações conhecidas por "troca de chumbo", por meio da qual instituições financeiras burlam a vedação legal de concessão de crédito aos próprios administradores ou sociedades coligadas. De acordo com o inquérito, as apurações também constataram desvio, para empresas da família, de recursos do BNDES que deveriam ter sido repassados para investimentos do setor produtivo.

"Constatou-se que recursos repassados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ao Banco Mercantil por meio do Programa de Operações Conjuntas, que deveriam ser emprestados a empresas para implantação, expansão e modernização de seus empreendimentos, foram desviados para a destilaria Gameleira", diz um trecho do inquérito.

Os autos chegaram em 2007 ao Supremo Tribunal Federal (STF), visto que, à época, Monteiro Neto era deputado federal e dispunha de foro privilegiado. O caso foi arquivado em outubro de 2010, após o parlamentar convencer o Ministério Público de que não participava da gestão do banco e nem da destilaria, mesmo sendo detentor de ações e de um assento no conselho de administração do grupo.

"É verdade que a pequena participação do parlamentar no capital social das empresas, por si só, não retira dele a qualidade de controlador da instituição financeira para fins de responsabilização penal", ponderou o STF. Monteiro Neto, contudo, fez valer seus argumentos ao apresentar documentos que atestavam que ele não esteve presente em assembleias ou reuniões do conselho no período em que as fraudes teriam ocorrido.

Diante disso, ele foi excluído do inquérito e o caso retornou à 4ª Vara Federal de Pernambuco, onde está até hoje, em fase de alegações finais. Com idades superiores aos 70 anos na época da denúncia, quatro réus acabaram beneficiados pelo prazo prescricional reduzido, entre eles o pai e o tio de Monteiro Neto. Da família, restam como réus no processo o irmão do senador, Eduardo Queiroz Monteiro, e um primo, Antônio Dourado Cavalcanti Filho.

Um dos advogados da família no caso, Bráulio Lacerda disse ao Valor que os últimos argumentos da defesa e da acusação ainda vão ser apresentados, mas não informou prazo para que isso aconteça. Por meio de seus assessores, Monteiro Neto apenas reafirmou que sempre se manteve distante dos negócios do Mercantil.

Após anos sob intervenção, o banco da família Monteiro teve sua liquidação levantada pelo BC em 2012, mediante a quitação integral dos débitos pendentes com o governo federal e demais credores. O Mercantil também foi citado no desenrolar do escândalo do mensalão. Uma denúncia do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apontava que o Banco Rural - que detinha participação na massa falida do Mercantil - teria feito empréstimos ao PT em troca da facilitação do processo de levantamento da liquidação do banco da família Monteiro. (Valor Econômico)

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Com apoio dos EUA, árabes querem comprar dívidas da Petrobras antes que os chineses o façam.


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão serrao@alertatotal.net

Os investidores árabes querem comprar a imensa dívida da Petrobras, rolada quase que diariamente, para sanear a empresa e investir pesado no pré-sal, antes que os abundantes capitais capimunistas chineses o façam. Eis o motivo pelo qual deixaram vazar, na mídia internacional, a informação de que o Emir de Abu-Dhabi, o Khalifa bin Zayid Al Nahya, seria um dos "patrocinadores" políticos dos processos movidos pelo Departamento de Justiça e pela Securities and Exchange Commission dos EUA contra dirigentes da estatal de economia mista "brasileira".

As ações podem render multas de até US$ 5 bilhões, caso ocorra uma condenação com base no Foreign Corrupt Practices Act - Lei contra Atos de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês). Liderados pelos árabes, investidores "minoritários" promoverão enxurradas automáticas de ações judiciais pedindo ressarcimento de prejuízos. Os norte-americanos são parceiros dos petrodólares na complicada guerra comercial para impedir que chineses avancem sobre o próspero mercado brasileiro de petróleo e gás. As broncas da Lava Jato são providenciais para as manobras árabes, na hora em que o crédito da Petrobras for cortado ou dificultado, pelo rebaixamento das agências de risco.

O governo Dilma Rousseff se aliaria aos chineses - o que pode complicar ainda mais a confusão para a os políticos corruptos e seu cartel de empreiteiras. Por isso, a confederação das monarquias árabes, junto com o aparato legal e de inteligência norte-americano, vem com tudo para cima dos "adversários" ou "inimigos". Já se pressente um bombardeio sobre negócios em que os chineses têm brasileiros e portugueses (inclusive laranjas da terrinha) como parceiros em Angola, Moçambique e adjacências.

As empreiteiras pegas na Lava Jato estão no meio da guerra. Imagina o que pode acontecer quando as investigações chegaram aos negócios com diamantes e hotelaria, além das grandes obras, onde existem indícios de lavagem de dinheiro, pagamento de propinas e draw-back (grana roubada aqui, "investida" lá fora, que volta na forma de pretensos investimentos diretos estrangeiros)... No meio das maracutaias, bilionários fundos de pensão controlados politicamente... Escândalos podem vir à tona em profusão. Por aqui, mais de 70 políticos estão apertadinhos com os deles na reta... Até quem nunca poderia se imaginar preso - e se considera totalmente blindado, por ser "poderoso" politicamente - acaba na cadeia...

Vide a prisão de um grande aliado e parceiro da dupla brasileira Lula da Silva e José Dirceu é um sinal de tempos turbulentos. O ex-premiê de Portugal (2005-2011), José Sócrates Monteiro, foi detido, sexta-feira passada, e teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira em meio a denúncias de fraude fiscal, corrupção e lavagem de dinheiro. Foram registradas várias transferências na Caixa Geral de Depósitos para a conta de Sócrates, incompatíveis com suas declarações de renda. Um apartamento em Paris, avaliado em € 3 milhões de euros, chamou a atenção do fisco lusitano. Ultimamente, desde 2013, Sócrates trabalhava como "consultor para a América Latina" da empresa Octapharma.


A guerra de inteligência comercial contra os parceiros dos chineses também pode atingir a mulher mais rica de Angola. Filha do presidente angolano, a bilionária Isabel dos Santos pode ter dificuldades em concretizar a ousada oferta pública de aquisição feita pela empresa que preside. A companhia privada angolana de telecomunicações Unitel quer comprar indiretamente 25,6% da brasileira Oi. Dona também da empresa portuguesa Terra Peregrin, Isabel ofereceu € 1,35 por ação da Portugal Telecom SGPS na Oi. Isabel firmou, recentemente, uma parceria com o Google para lançar um cabo submarino de fibra ótica ligando os EUA, Brasil e África.

Grandes interesses sempre se confundem. O perigo maior para o Brasil é nunca saber qual o seu próprio interesse. O eterno comportamento comodista de colônia (de quem quer que seja) é a tragicomédia brasileira. Agora, o País se vê na situação de depender de uma força judicial externa para resolver um problema interno de canalhice e incompetência sem precedentes. Eis a exposição de nossa falta de vergonha nacional...

Procuradoria denuncia irmão de Toffoli por desvio de R$ 57 milhões.

José Ticiano Dias Toffoli Camara Municipal de Marilia
José Ticiano Dias Toffoli ao tomar posse na Prefeitura de MArília (SP), em 2012, após renúncia de Mário Bulgareli (Foto: Governo de SP)
O Ministério Público Federal denunciou Mário Bulgareli (PDT) e José Ticiano Dias Tóffoli (PT), irmão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por desvio de R$ 57 milhões do Fundo Municipal de Saúde e de atividades escolares para custear a folha de pagamento e outros gastos da Prefeitura de Marília, interior de São Paulo, entre 2009 e 2012. As verbas eram repassadas pela União para saúde e educação.
Três ex-secretários da Fazenda do município também foram denunciados por participação no desvio do dinheiro. Mário Bulgareli administrou a cidade de janeiro de 2005 a março de 2012, quando renunciou após denúncias de irregularidades em sua gestão. Durante o segundo mandato, o então prefeito foi responsável pelo desvio de R$ 28,2 milhões destinados à saúde e à educação. O vice José Ticiano Dias Tóffoli, que assumiu o governo após a renúncia de Bulgareli, teria movimentado irregularmente outros R$ 28,8 milhões nos dez meses que ficou à frente da Prefeitura.
Segundo a Procuradoria, os ex-secretários da Fazenda fizeram as transferências por determinação dos ex-prefeitos. Em depoimento, Dias Tóffoli admitiu o uso irregular do dinheiro. Ele teria afirmado que, quando tomou posse do cargo, havia um déficit de aproximadamente R$ 8 milhões no caixa da Prefeitura, o que o teria obrigado a dar sequência aos delitos já praticados pelo antecessor.
O Ministério Público quer a condenação dos denunciados por crime de responsabilidade. A pena é de três meses a três anos para gestores que aplicarem indevidamente verbas públicas. O procurador da República Jefferson Aparecido Dias, autor da denúncia, pede que a Justiça os obrigue a reparar os danos causados à União no valor de R$ 33,2 milhões, correspondente ao montante de recursos retirados das contas sem a devida devolução.
A reportagem tentou contato com o ex-prefeito Dias Tóffoli, mas não obteve retorno. O advogado de Bulgareli foi contatado, mas estava em reunião e não pôde atender. (Juliana Affonso/AE)
*http://www.diariodopoder.com.br/

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Petrolão: PT é lula, PMDB polvo.

O PT tem apenas um operador no mar de lama da corrupção na Petrobras. João Vaccari Neto é lula sugando toda a propina para financiar campanhas eleitorais e comprar apoios no Congresso. Já o PMDB é polvo. Tem vários tentáculos sufocando os cofres da estatal em busca de dinheiro público roubado para os principais caciques. Leia abaixo matéria do Estadão.

O PMDB tinha uma rede de operadores na Petrobrás para desviar recursos de contratos com empreiteiras, segundo as investigações da Operação Lava Jato. Ao contrário do que ocorria com o PP e o PT, no PMDB havia várias frentes que se beneficiavam do esquema, cada uma com seu interlocutor nas diretorias da estatal. 

As investigações indicam que o modelo peemedebista na Petrobrás reproduzia a organização descentralizada do partido, loteado por diversos caciques, e principal aliado do governo. Cada operador atuava para um padrinho, reportando-se a uma pessoa ou grupo de poder, e não à legenda como um todo. 

Em depoimento à Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa admitiu que além de operar para o PP, que o indicou ao cargo, também passou num determinado momento a atender o PMDB. O ex-diretor disse que começou a repassar dinheiro a peemedebistas após acordo para permanecer no cargo. A barganha foi a saída encontrada por ele para conter investida de uma ala da legenda, que se articulou para derrubá-lo da cúpula da companhia petrolífera. 

A negociação com o PMDB ocorreu quando Costa se afastou por meses do cargo para tratar uma doença adquirida em viagem à Índia. Segundo interlocutores, após voltar ao Brasil, o então diretor teve uma infecção generalizada e chegou a ser desenganado pelos médicos. Aproveitando-se da vacância, uma ala do partido teria se articulado para substituí-lo pelo ex-gerente executivo Alan Kardec. 

No depoimento, Costa contou que, depois de recuperado, esteve em Brasília e costurou o apoio à sua manutenção no cargo com um político do PMDB. Nessa época, o então deputado José Janene, seu padrinho, já estava enfraquecido por causa do seu envolvimento com o mensalão. Paulo Roberto precisava do PMDB para continuar no cargo. 

O PMDB também tem negado envolvimento do partido no esquema. Costa dirigiu a área de Abastecimento e Refino da Petrobrás de 2003 a abril de 2012. 

Baiano. Segundo as investigações, paralelamente, outro grupo do PMDB também se beneficiava do esquema por meio do consultor Fernando Soares, o Fernando Baiano - que está preso na superintendência da Polícia Federal no Paraná e teve R$ 8,5 milhões bloqueados nas contas de duas de suas empresas. A defesa nega que ele tenha participado de esquema de corrupção na estatal. A força-tarefa da Lava Jato, porém, concluiu que Baiano tinha influência na Diretoria Internacional, comandada até 2008 por Néstor Cerveró. 

No PP e no PT o esquema tinha operadores únicos, que atuavam para atender aos partidos como um todo, conforme os investigadores. No caso do PP, o operador era o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de corrupção na petroleira.

* DO BLOG COTURNO NOTURNO

Estado falido.


O papel do Estado - se define fundamentalmente por sua capacidade institucional de garantir o respeito aos direitos e garantias individuais, sobretudo a vida e a dignidade das pessoas.
Porém, avança na América Latina  o típico Estado inepto (improper state) – identificado e definido desde ADAM SMITH, em 1776 – injusto, inconveniente, contrário às regras estabelecidas ou aos bons costumes; irregular, impolítico, indecente, grosseiro, incorreto, gerador da síndrome anárquico-autoritária – que é a falta de equilíbrio entre seu gigantismo e o nanismo do poder ...
Mas há os que fingem acreditar que o Estado ‘máximo’ pode resolver os problemas coletivos (comunidade nacional) mesmo sabendo que o Estado, sobretudo em nosso rincão  está (re) configurado no estilo mafioso e em forma paquidérmica, excessivamente burocrático, voraz arrecadador de tributos e perdulário no uso dos recursos públicos, com uma gestão ineficiente, ineficaz e corrupta, cujo resultado não vai além de formar uma nababesca nomenklatura que se apropria criminosamente dos recursos públicos e dos incensados recursos naturais, aí sim de forma muito eficiente, inclusive na ‘nueva/nova’ derrama tributária, juros e preços mais altos do Planeta,  e,  em conseqüência abandona os serviços essenciais que deveriam ser prestados pelo Estado como justiça, segurança, saúde, educação básica, transporte e infraestrutura.

*Rivadávia Rosa, via Grupo Resistência Democrática.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O ministro e o síndico...

A pérola é do pensador petralha José Eduardo Cardozo:
"Vivemos numa sociedade que até o síndico de prédio superfatura quando compra o capacho. E é o mesmo síndico que por vezes sai protestando dizendo ‘esses políticos’. Políticos eleitos por ele".
A pérola é do pensador petralha José Eduardo Cardozo, que, por ser um dos três porquinhos da Dilma, e tendo virado ministro da Justiça, justifica a corrupção bilionária na Petrobras como se fosse uma questão de condomínio.

Bem feito para a audiência da Associação Brasileira de Magistrados, que se dispõe a ouvir qualquer estúpido com uma plaquinha na porta escrito "ministro".
*Ana Lima, via Facebook.

Dinheiro fácil.

Petrobras ressarciu construtora até por descoberta de formiga em extinção. Empresa aceitou pagar extra de R$ 64,3 milhões por presença de saúva, entre outros motivos.

SÃO PAULO - A descoberta de formigas ameaçadas de extinção da espécie Atta robusta, mais conhecida como saúva-preta, em área de uma obra da Petrobras, foi um dos motivos para a Mendes Júnior Engenharia, outra empresa investigada no âmbito da Lava-Jato, cobrar ressarcimentos depois que o contrato já estava encerrado, por meio de transação extrajudicial. A empresa havia recebido R$ 493,5 milhões para prestar serviços no Terminal Aquaviário de Barra do Riacho, em Aracruz (ES). Em dezembro de 2010, a Petrobras aceitou pagar um extra de R$ 64,3 milhões por razões diversas, entre elas “dificuldades geradas por motivos de ordem ambiental”.

Uma comissão de negociação da estatal cobrou da Mendes Júnior mais provas dos prejuízos com as formigas, que foram localizadas em 16% da área da obra. A empresa não as apresentou, mesmo assim conseguiu negociar o pagamento por horas adicionais de seus funcionários na obra. O trabalho na área foi liberado apenas 15 dias depois da descoberta da espécie.

* O Globo.

Obama reprova silêncio fugitivo de Dilma a investigadores dos EUA que apuram corrupção na Petrobras.

Os EUA estão injuriados com o Governo do Brasil. O presidente Barack Obama, em reunião reservada na cúpula do G-20 na Austrália, solicitou explicações oficiais a Dilma Rousseff sobre os problemas na Petrobras. A Presidenta não deu bola para ele. Fugiu de qualquer discussão séria sobre a grave crise da petrolífera, envolta em denúncias bilionárias de corrupção e lavagem de dinheiro, que ficam cada vez mais graves, pois avançam sobre a manipulação política de bilionários negócios com fundos de pensão de empregados de estatais que administram patrimônios de mais de R$ 450 bilhões.
Na conversa com altos diplomatas dos EUA, Dilma foi advertida de que a situação era delicada, porque a empresa brasileira era alvo de investigações pelo departamento de Justiça e pelaa Securities and Exchange Commission - a SEC.
Os norte-americanos advertiram sobre o rigor das ações criminais e civis, com base no Foreign Corrupt Practices Act. Reclamam, sobretudo, da "falta de humildade" de Dilma para tratar do assunto que envolve diretamente o nome dela, já que foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras na gestão Lula da Silva. Dilma e outros membros dos conselhos de Administração e Fiscal correm risco de processo.
*Ana Lima - Via Facebook

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Operador recebeu R$ 5 milhões de propina paga por empreiteira.


Um empresário recolheu propina de R$ 5 milhões, paga por uma empreiteira, dizendo-se representante da diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobras, à época dirigida por um indicado do PT.
O relato foi feito à Polícia Federal pelo presidente da divisão industrial da Galvão Engenharia, Erton Fonseca. Ele disse ter feito o pagamento a Shinko Nakandari –o sobrenome correto do executivo é Nakandakari.
A Folha apurou que a Galvão tem provas do pagamento, que serão apresentadas à Justiça. A reportagem não conseguiu localizar Shinko.
Segundo o executivo da Galvão, que está preso, Shinko atuava junto com o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que já fez uma delação premiada e prometeu devolver à União US$ 97 milhões obtidos ilegalmente do esquema.
Barusco e Renato Duque foram indicados para a diretoria de Serviços pelo PT, que ficava com 3% dos valores dos contratos dessa área, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Erton Fonseca afirmou à Polícia Federal que Shinko desempenhou, em relação aos contratos da diretoria de Serviços sob a gestão de Duque, um papel semelhante ao do doleiro Alberto Youssef nas obras tocadas pela diretoria de Abastecimento da estatal, então chefiada por Paulo Roberto.
A Folha revelou na última terça-feira (18) que, em depoimento à PF, o empresário da Galvão disse ter pago propina a empresas do doleiro Youssef. No depoimento, ele conta que o montante chegou a R$ 4 milhões. Segundo ele, houve "pressões" do deputado federal José Janene (PP-PR) –morto em 2010–, de Costa e de Youssef. O dinheiro teria ido para o caixa do PP.
Foi na etapa seguinte do interrogatório que Fonseca reconheceu o segundo pagamento de propina, agora para a diretoria de serviços. Ele contou que foi procurado por Shinko e este lhe disse que deveria pagá-lo para que "conseguisse contratos na Petrobras".
A Galvão diz ter sido vítima de extorsão: ou pagava suborno ou não obtinha novos contratos com a estatal.
Erton Fonseca contou que teve uma uma reunião com a presença de Barusco para tratar da propina. A empresa foi orientada a pagar um percentual que variava de 0,5% a 1% sobre o valor dos contratos.
Segundo a PF, a Galvão Engenharia fechou R$ 3,47 bilhões em contratos com a Petrobras entre 2010 e 2014. Por meio de consórcios, conseguiu mais R$ 4,1 bilhões em contratos entre 2007 e 2012.
Indagado sobre o papel de Duque nessas tratativas, ele disse que "não se recorda" de o ex-diretor ter "solicitado diretamente qualquer vantagem", mas acrescentou que em certa ocasião Duque lhe disse que "Barusco e Shinko não mais o representavam".

DESVIO EM VIRACOPOS

Shinko Nakandakari, 65, é sócio da Talude Comercial e Construtora Ltda., que se encontra em recuperação judicial. Em 2007, ele e oito funcionários da Infraero foram alvo de uma ação movida por procuradores por irregularidades nas obras de ampliação do aeroporto de Viracopos (SP) entre 2000 e 2002.
O relatório final da CPI do Caos Aéreo, em 2007, afirmou que a Talude recebeu "pagamentos por serviços não realizados, que evidenciam a implantação de um esquema de desvio na Infraero". A CPI calculou o valor dos desvios na reforma em R$ 3,5 milhões. 

* Via Folhapress

As marionetes de Dilma.

Comprovando que não importa a excrescência que pratiquem o importante é atender ao mandado de sua chefa, a Comissão Mista do Orçamento aprovou no início da madrugada desta terça-feira (25) o projeto que autoriza o governo Dilma a promover um abatimento sem limite da meta de resultado primário de 2014. 
A reunião foi marcada por protestos de manifestantes contrários à aprovação do projeto do Poder Executivo. 
Entre eles, havia aposentados e pensionistas do Instituto Aerus de Seguridade Social, que foram proibidos de ingressar na sala da comissão em que estava sendo votado o projeto. 
As tentativas dos parlamentares de oposição de evitar a aprovação do projeto também marcaram a votação. 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A Polícia Federal atribui a Adarico Negromonte o papel de ‘mula’ da organização criminosa de Youssef.



Ele era o “carregador de malas de dinheiro” do doleiro Alberto Youssef


Apontado nos autos da Operação Lava Jato como “carregador de malas de dinheiro” do doleiro Alberto Youssef no esquema de lavagem e pagamento de propinas, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mário Negromonte (Cidades), acaba de se entregar à Polícia Federal em Curitiba, base da investigação. 

Adarico era o único ( até hoje ) dado por “foragido da Justiça” da relação de 25 nomes sob suspeita que tiveram prisão decretada no dia 10 – todos os outros, até os principais executivos das maiores empreiteiras do País, já haviam sido presos ou se apresentaram. 

“Nem sabemos qual é a acusação contra o sr. Adarico, mas decidimos apresentá-lo voluntariamente”, declarou a advogada Joyce Roysen, que defende o irmão do ex-ministro e comunicou a medida à PF. Ela o acompanhou até a PF, no momento em que ele se entregou. 

Joyce destacou que soube pela imprensa da existência da ordem de prisão temporária contra Adarico. Na semana passada, ela pediu revogação do decreto judicial. “Como não houve manifestação do Ministério Público Federal, nem decisão da Justiça sobre o nosso pedido, achamos melhor apresentar (o irmão do ex-ministro).” 

A PF atribui a Adarico Negromonte o papel de ‘mula’ da organização criminosa de Youssef, alvo principal da Lava Jato. Segundo a PF, o doleiro usava o irmão do ex-ministro, um agente da própria corporação e um condenado por crimes financeiros, para fazer o transporte dos valores em espécie dentro de malas, maletas e no próprio corpo para agilizar a lavagem de dinheiro e manter um “eficiente sistema de delivery do caixa 2″. 

A advogada Joyce Roysen repudia o termo “foragido da Justiça” para Adarico. “Não é condizente, pois em momento algum foi realizada diligência na residência dele, na cidade de Registro (SP).
                    * OBSERVAÇÃO: Adarico acaba de apresentar a carceragem da Polícia Federal.

Barusco, ex-gerente da Petrobras diz que recebeu US$ 22 milhões da SBM Offshore para fechar negócio com a estatal.



O ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco confessou ter recebido US$ 22 milhões em propina da empresa holandesa SBM Offshore, que aluga navios-plataforma. Segundo o jornal O Globo, Barusco também admitiu, em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, que recebeu cerca de US$ 100 milhões em propina para fechar negócios entre grandes empresas com a estatal desde 1996, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
No acordo que fez para delatar o esquema, o ex-gerente se comprometeu a entregar aos cofres públicos todo esse valor, algo em torno de R$ 253 milhões, considerado o maior volume de dinheiro a ser devolvido a partir de uma investigação criminal no país, mostra a reportagem de Jailton de Carvalho. Barusco contou que conseguiu acumular fortuna maior do que outros diretores envolvidos no esquema porque recebeu propina por quase duas décadas – mais tempo que seus colegas.
O ex-gerente se aposentou na Petrobras em 2010 e atuou, em seguida, como diretor de Operações da Sete Brasil, empresa que tem contrato de US$ 80 bilhões com a estatal. Na Petrobras, ele era o braço direito do ex-diretor de Serviços Renato Duque, apontado pelos investigadores como principal operador do PT no esquema.
A suspeita de pagamento de propina para o aluguel de navios-plataforma foi o primeiro item a embasar o pedido de instalação da CPI mista da Petrobras. A denúncia foi feita por um ex-funcionário da empresa holandesa SBM Offshore ao Ministério Público da Holanda. Ele afirma que a SBM pagou o equivalente a cerca de R$ 280 milhões em propina para fechar negócios relacionados ao aluguel de navios-plataforma.
Segundo o ex-funcionário da empresa holandesa, a SBM Offshore pagou US$ 139 milhões para funcionários da Petrobras e intermediários entre 2005 e 2011. Em troca, os holandeses cobravam o fechamento de contratos com a estatal brasileira. De acordo com a denúncia, a propina equivalia a 3% dos valores dos contratos e era dividida da seguinte maneira: 1% ia para o representante comercial da SBM no Brasil e 2% para funcionários da Petrobras.
* Congresso em Foco, via O Globo.

Novo escândalo: o Ministério Público investiga um contrato da Petrobras na Bolívia.

Mergulhada em denúncias de corrupção e fraudes em contratos que podem ter tirado R$ 10 bilhões de seus cofres, com ex-diretores presos e sob a mira da Polícia Federal, a Petrobrasvê mais uma tempestade se aproximar no horizonte. O Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) quer entender por que a Petrobras pagou, em agosto deste ano, US$ 434 milhões (R$ 1,126 bilhão) a mais que o previsto em contrato à YPFB, a estatal boliviana de petróleo e gás, pela “extração teórica” de um combustível “sem nenhuma utilidade”.
A investigação do Ministério Público do TCU ainda não contempla o valor real dessa fatia. Ele pode chegar a US$ 596 bilhões, com a soma de um repasse de US$ 100 milhões (R$ 259,6 milhões) aos bolivianos em 2010 e do perdão de uma multa de US$ 62 milhões (R$ 161 milhões), por falhas na entrega do produto. O anúncio do perdão foi feito pelo presidente boliviano, Evo Morales, para a imprensa local, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, durante a assinatura do acordo milionário com a Petrobras. No Brasil, a benesse não foi divulgada. Os pagamentos foram feitos no início de 2010, após Morales ser reeleito pela primeira vez, e em agosto deste ano, às vésperas das eleições nos dois países. Os detalhes da ficção por trás dos pagamentos estão num aditivo ao contrato de fornecimento de gás entre Bolívia e Brasil a que ÉPOCA teve acesso.
A soma das operações na Bolívia, US$ 596 milhões – ou R$ 1,550 bilhão –, supera o prejuízo contábil de US$ 530 milhões (R$ 1,376 bilhão) deixado pela compra da refinaria de Pasadena, outro escândalo sob investigação. Com uma diferença: no caso de Pasadena, a Petrobras ficou com a refinaria, que pode valer menos que o valor pago, mas existe – é um ativo. A YPFB recebeu milhões de dólares pela “extração teórica” de um subproduto do gás já vendido anteriormente à Petrobras, como estabelecido no aditivo do contrato. “Esse aditivo não tem sentido comercial nem técnico. Muda a regra e não oferece nenhuma vantagem em troca. Está fora das melhores práticas da indústria do petróleo, que lida com contratos de longo prazo. É uma jabuticaba internacional”, afirma o advogado Claudio Pinho, professor da Fundação Dom Cabral na área de Petróleo e Gás. “Em mais de 20 anos no setor, nunca vi um contrato que vendesse gás com a molécula fracionada.”
Eis um resumo das tecnicalidades da manobra. O documento estabeleceu que a Petrobras deveria pagar mais pela “extração teórica” da “parte rica” do gás (elementos com nomes que lembram as aulas de química, como etano, metano, propano e butano; submetidos a alta pressão e baixas temperaturas, eles se tornam líquidos). A operação seria como se um frigorífico, depois de ter negociado com um criador de gado o preço da arroba do boi, tivesse de pagar uma quantia a mais pela “extração teórica” do filé-mignon que havia naquela arroba. Com um agravante: a extração dessa parte nobre do gás, tratada no aditivo como “teórica”, jamais foi rea­lizada. Por uma razão simples. Não existe no Brasil nem na Bolívia indústria processadora capaz de dar conta de extrair a “parte rica” de 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia, volume do fornecimento da Bolívia. Para ter uma ideia, a maior unidade brasileira, em Caraguatatuba, processa 7 milhões de metros cúbicos por dia.
Outro aspecto que chamará a atenção dos investigadores: a Agência Nacional do Petróleo (ANP) precisaria autorizar a importação do gás líquido. Consultada, a ANP informou que “não autorizou a importação de líquidos do gás natural proveniente da Bolívia”, porque hoje há “importação de gás natural por gasoduto”. A importação do gás liquefeito, afirma a ANP em nota, precisaria ser feita “de forma segregada. A separação dos líquidos na Bolívia e sua importação por meio de instalação dutoviária específica”, depois de obtida “uma autorização prévia da ANP”.
Herança das negociações do ex-presidente Lula com Evo, o acerto de contas entre as duas petrolíferas, concluído em setembro, foi comunicado de forma seca ao mercado como “um acordo vantajoso”. Na mesma nota, a Petrobras admitiu que o negócio teria um impacto negativo de US$ 268 milhões no balanço trimestral – aquele cuja divulgação foi adiada para se adequar às investigações em andamento na Operação Lava Jato.
A história da cooperação entre Brasil e Bolívia na área de gás é antiga. As primeiras tratativas datam de 1975, quando o governo Ernesto Geisel assinou o primeiro acordo para a construção de um gasoduto. O projeto só saiu do papel no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1996, quando Brasil e Bolívia assinaram o Tratado de La Paz. Dos 3.150 quilômetros do gasoduto, 2.593 foram planejados em território brasileiro. As obras começaram em 1997. O primeiro trecho foi inaugurado ainda na era FHC, e a Petrobras se tornou a maior empresa em atividade na Bolívia. A relação produtiva entre os dois países começou a estremecer em 2006, quando Evo, escudado na decisão de um plebiscito, nacionalizou o gás. Militares invadiram as refinarias, também as da Petrobras. Na época, o ex-presidente Lula afirmou: “Não faremos retaliação a um país infinitamente mais pobre que o Brasil, um povo mais faminto que o povo brasileiro”. Em alguns meses, chegou-se a um acordo, extremamente desfavorável ao Brasil. As refinarias foram expropriadas, e os royalties dispararam. Os impostos sobre a produção subiram de 50% para 82% – e a receita boliviana com impostos subiu de US$ 673 milhões, em 2005, para US$ 5,85 bilhões, em 2013. No ano passado, a Petrobras venceu uma licitação para explorar gás em Santa Cruz, região com as maiores reservas. Aqui, o consumo do gás boliviano permanece em ascensão. Em 2013, cresceu 17,8%.
LINHA DIRETA 
O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele negociava diretamente com o ministro Carlos Villegas (como mostra o documento ao lado) (Foto: Alan Marques/Folhapress)
Durante as negociações sobre os líquidos contidos no gás natural, ocorreu um movimento pouco usual em negociações envolvendo nações. A partir de determinado momento, o então diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, alvo de investigações na Operação Lava Jato, passou a tratar do assunto diretamente com o ministro boliviano para a área de Energia, Carlos Villegas (hoje presidente da YPFB). Pela praxe diplomática, ministros negociam com ministros; diretores de estatal, com diretores de estatal.
“Dirijo-me ao senhor com o propósito de avançar nos entendimentos que temos tido nos últimos dias sobre o pagamento pelos líquidos contidos no gás natural”, escreve Cerveró, em correspondência de 12 de dezembro de 2007 para o então ministro Villegas. No dia anterior, em papel timbrado da República da Bolívia, Villegas afirmava que “o uso dos líquidos pagos pela Petrobras será de livre disponibilidade em território brasileiro, contanto que se instale uma planta de extração de líquidos em território boliviano”. A tal “planta de extração de líquidos” nunca foi construída. A Petrobras confirma que os líquidos nunca foram separados. Continuam, portanto, dissolvidos no gás que vem da Bolívia, porque “elevam o poder calorífico do combustível”. (A quantidade mínima de energia no gás é prevista nesse tipo de contrato.)
A Petrobras afirma que, em troca do aditivo, o Brasil terá prioridade na remessa de gás que ela própria venha a descobrir na Bolívia. Considerando que a Bolívia não tem mercado para seu gás, que os demais vizinhos não rivalizam em porte com o mercado brasileiro e que sempre foi interesse do Brasil garantir esse suprimento, a nota da Petrobras reafirma o óbvio. “Diante da competição do gás que virá da Bacia de Santos, quem tenta se garantir é a Bolívia”, diz o consultor François Moreau, especialista no setor de petróleo e gás. “O Brasil pagou por algo que não existe. Um pagamento retroativo, sem benefício econômico.”
O contrato de fornecimento de gás com o Brasil rende para a Bolívia US$ 4 bilhões por ano. O combustível é transportado pelo gasoduto Brasil-Bolívia. Sem saída para o mar, a Bolívia tem como desafio aproveitar sua principal riqueza, a maior jazida de gás natural livre (sem petróleo associado) do continente. A Bolívia tem duas fábricas de extração de líquido de gás natural. Uma está em obras. A outra, em funcionamento há um ano em Santa Cruz, exporta combustível para Uruguai, Peru e Paraguai. O aditivo contratual está disponível no site da YPFB e pode ser um bom caminho para a investigação descobrir como uma “extração teórica” se transformou num prejuízo bilionário, que nada tem de teórico.
*Fonte: Época

Paulo Francis, anos atrás, já denunciava a corrupção na Petrobras.

Em seu artigo, "Justiça a Paulo Francis, Ainda que Tardia", de 23/09/2014, a professora de Direito Internacional da Universidade de São Paulo, Maristela Basso, recorda que anos atrás, no programa Manhattan Connection, Paulo Francis "sugeriu a privatização da Petrobras e chamou atenção para o fato de que seus diretores desviavam dinheiro para contas na Suíça, e era preciso investigar". Mas, o jornalista não tinha as provas necessárias, sendo então denunciado pelo presidente da Petrobras, Joel Rennó e mais sete diretores que o processaram através do Poder Judiciário dos Estados Unidos. "A indenização aos diretores, mais custas e honorários foi estipulada em 100 milhões de dólares", quantia impossível de ser paga por Paulo Francis. Como consequência ocorreu sua morte, em fevereiro de 1997, em Nova Iorque, por um enfarte fulminante.
O que diria hoje o brilhante Francis diante do assombroso, estrondoso, o mais gigantesco escândalo entre os muitos ocorridos no governo petista, chamado de petrolão e que agora começa vir à tona graças ao eficiente trabalho do juiz Sérgio Moro, da Polícia Federal e do Ministério Público?
Durante anos funcionários de carreira foram alçados por Lula a diretores da Petrobras. Eles funcionavam como receptadores de empreiteiras, que pagavam propinas para obter contratos de grandes obras da Petrobras, sendo que 1% a 3% eram repassados a partidos como o PT, PMDB e PP, segundo se sabe até agora. Tais repasses faziam com que as empreiteiras superfaturassem o custo das obras.
Ao mesmo tempo, um intricado sistema de lavagem de dinheiro era organizado pelo doleiro Alberto Youssef, que se encontra preso e optou pela delação premiada. Também o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, que se encontra em prisão domiciliar, seguiu o caminho da delação expondo juntamente com Youssef o assalto á Petrobras, do qual ambos participaram assiduamente.
Mais prisões aconteceram como a do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, indicado pelo mensaleiro José Dirceu, de quatro presidentes de grandes empreiteiras e de 15 executivos, na 7ª etapa da Operação Lava Jato denominada Juízo Final. O chamado "operador" do PMDB, Fernando Antonio Falcão Soares, cognome Fernando Baiano, entregou-se a polícia depois de permanecer foragido e deve ter grandes falcatruas a contar se optar pela delação premiada. Muitos outros ainda devem comparecer á Justiça, pois há uma extensa relação de políticos cujos nomes permanecem em sigilo.
A perda da Petrobras com os desvios pode chegar a 21 bilhões, segundo o banco americano Morgan Stanley. Tudo se passou durante os mandatos de Lula da Silva, sendo que Dilma Rousseff deles participou como ministra de Minas e Energia, depois ministra da Casa Civil, tendo sido também presidente do Conselho da Petrobras. Rousseff foi eleita presidente da República e a roubalheira se estendeu pelos quatro anos de seu primeiro mandato.
Por isso, quando petistas com aquele cacoete de atribuir sempre aos outros seus erros, falam que a culpa de tudo é dos governos anteriores, estão certos. Anteriormente foram oito anos de Lula da Silva e quatro de Dilma Rousseff. Mesmo assim estes não viram, não ouviram, não sabem de nada.
Some-se aos descalabros da Petrobras a condição econômica do País. Como bem resumiu Celso Ming, "a situação atual é de paradeira, alta inflação, contas públicas degradadas e deterioração das contas externas" (O Estado de S. Paulo, 19/11/2014).
Diante de tantas dificuldades o PT vai chocando seus ovos de serpente, dos quais na hora certa nascerão venenosíssimas urutus. Entre eles podem ser citados:
1 – O Decreto 8.243 que constitui os Conselhos populares, espécie de sovietes compostos pelos chamados movimentos populares ligados e sustentados pelo PT. Caberá a eles se sobrepor ao Legislativo e ao Judiciário. O Decreto já foi rejeitado pela Câmara, mas deverá voltar ao Congresso.
2 – O recente manifesto do PT que aponta para o objetivo de alcançar a hegemonia e se refere, entre outras coisas de cunho autoritário, à censura dos meios de comunicação.
3 – A visita não oficial ao Brasil de Elias Jaua, ministro-chefe das milícias bolivarianas da Venezuela. Posteriormente ele aparece no vídeo de um canal de TV estatal venezuelana assinando um convênio com o MST na cidade de Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. Esses convênios na verdade são cursos de treinamento para a revolução socialista.
4 – A insidiosa campanha contra a polícia acusada de matar pessoas. Não se menciona o número de assassinatos de pessoas por bandidos, nem quantos policiais morreram heroicamente para proteger a população. Só falta pedir que a polícia ande desarmada para enfrentar facínoras fortemente armados.
Diante de tanta degradação e de um futuro nebuloso, o que diria o brilhante polemista, o corajoso jornalista Paulo Francis? Pena que ele não pode mais se expressar, mas, pelo menos está vingado.
* Por Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga.

domingo, 23 de novembro de 2014

400 bilhões de dólares saíram ilegalmente do Brasil, diz entidade americana.

Mais de 400 bilhões de dólares saíram ilegalmente do Brasil em pouco mais de 40 anos, de acordo com a Global Financial Integrity (GFI). Segundo a entidade, em 1960, saíam ilegalmente do país cerca de 310 milhões de dólares por ano. No início dos anos 2000, o valor subiu para 14,7 bilhões de dólares e, atualmente, de 2010 a 2012, foram cerca de 33,7 bilhões de dólares anuais. A média equivale a 1% do PIB nacional.
No relatório produzido pela GFI, constatou-se que esse fluxo ilegal de verba nacional para fora do país seca os recursos internos, alimenta o mercado negro, além de fomentar o crime e a corrupção. “As saídas ilícitas drenam o capital da economia brasileira, facilitam a evasão fiscal, agravam a desigualdade e empobrecem a poupança interna”, afirmou o autor do estudo, o economista chefe do GFI, Dev Kar. A instituição americana, responsável pelo relatório, é especializada na análise de fluxo ilegais de recursos. A GFI auxilia governos de países em desenvolvimento na busca por soluções efetivas no combate ao problema e na promoção da transparência de transações. “Ao menos que ações corretivas sejam tomadas, o custo econômico destes fluxos ilícitos só vai continuar a crescer,” analisou Kar. De acordo com o relatório, o chamado “Trade Misinvoicing” é responsável pela maior parcela dos recursos que saíram ilegalmente do Brasil. O que quer dizer que 92,7%, o equivalente a 372,3 bilhões de dólares escoaram por meio de superfaturamento de notas fiscais. Segundo Kar, o Brasil é um caso especialmente crítico e preocupante, já que o percentual médio nesse tipo de lavagem de dinheiro supera a média global de 80%. O estudo ainda revela que de todas as transações econômicas internacionais realizadas entre o Brasil e outros países, o que significa cerca de 590 bilhões de dólares no período de 1960 a 2012, 68% são de fluxos ilícitos. Quanto ao mercado negro, estimou-se que ele é responsável por 38,9% do PIB no período em questão. Contudo, o relatório, pelo menos, indicou queda desse percentual, já que na década de 1960, o mercado negro formava 45,8% do PIB, em 1970, 55,1% e de 2010 a 2012, o peso do mercado negro no comércio exterior caiu para 21,8%. Segundo a instituição, o decréscimo ocorreu por conta do rápido crescimento econômico do país nos últimos anos. Os dados fazem parte do relatório intitulado “Brasil: a fuga de capitais, os fluxos ilícitos, e as crises macroeconômicas, 1960-2012″, divulgado pela entidade hoje (8), no Rio de Janeiro. Amanhã, a GFI promoverá durante todo o dia, seminário sobre o assunto, com a presença de diversos especialistas. Autoridades brasileiras também estão convidadas para o evento. “Esperamos que este estudo e o seminário estimulem o governo brasileiro a considerar medidas legislativas e regulamentares eficazes para conter o fluxo de dinheiro ilícito do país, maximizando assim os recursos internos para o crescimento econômico”, acrescentou Baker. “O objetivo da GFI é trabalhar de forma construtiva em conjunto com funcionários do governo para reduzir esses fluxos ilícitos danosos”. Para o presidente da GFI, Raymond Baker, há muitos anos o Brasil tem sido reticente ao tratar de transações internacionais e da saída ilícita de recursos. “É, no entanto, um problema real e crescente, como nossa pesquisa mostra, e merece uma séria atenção dos formuladores de políticas”, afirma. Além dos marcos legais, a instituição apontou a necessidade de desenvolvimento da capacidade técnica e humana necessária para utilizar eficazmente os dados sobre informações fiscais que são compartilhados. “No geral, o Brasil tem uma estrutura financeira definida, um forte compromisso com a governança democrática e muitas das leis e procedimentos necessários para conter os fluxos financeiros ilícitos e frear o mercado negro já em vigor”, observou o conselheiro fiscal da GFI, Joshua Simmons. Para ele, no entanto, essas vantagens devem ser conjugadas com a capacidade e vontade política para implementar e aplicar tais medidas. “Diminuir os fluxos financeiros ilícitos deve tornar-se uma prioridade em todo o governo brasileiro”, conclui Simmons.
Fonte: http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/9559