sábado, 16 de junho de 2012

Só no Brasil: Juiz Nicolau pode receber de volta mais de 6 milhões de dólares.

O Juiz Nicolau, prevalecendo a prescrição, em razão da idade, de alguns crimes dos quais fora acusado, poderá reaver cerca de 6 milhões de dólares depositados na Suiça, e ora bloqueados.
A prescrição penal em relação a Nicolau ocorre em dezembro, incluídos aí novos recursos ao STJ e ao Supremo (o prazo de prescrição é reduzido pela metade quando o réu tem mais de 70 anos na data da sentença).
Diante da alegação de que os processos sofrem com a morosidade da Justiça, o advogado Francisco Assis Pereira, que defende Nicolau, diz que "não há nenhum processo paralisado".
Para ele, "os juízes e desembargadores foram pontuais e rigorosos até demais".
"Não houve corpo mole, é o ciclo natural de todo e qualquer processo numa Justiça sobrecarregada", diz. Ele afirma que, de cinco crimes dos quais Nicolau foi acusado, três já prescreveram. (Folha de São Paulo)

Assassina se dizia "carinhosa".

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A bacharel em direito e ex-garota de programa Elize Matsunaga, 30, se descrevia como uma "loirinha muito carinhosa" em um anúncio de um site de acompanhantes. Ela deixou a profissão após conhecer Marcos Matsunaga, herdeiro da Yoki Alimentos, vendida recentemente por R$ 1,75 bilhão.
O anúncio ficou no ar ao menos até março de 2005, quando Elize dizia ter 19 anos --na verdade tinha 23. No anúncio da internet, já retirado do ar, Elize se identifica com o nome de Kelly, diz pesar 50 kg e usar manequim número 36.
De lingerie, ela diz que o cliente "não vai se arrepender".
Ela casou com o executivo há cerca dois anos.
O site onde foi publicado o anúncio diz ser "apenas uma empresa de classificados" que não cobra "nenhuma taxa ou comissão sobre os negócios realizados entre nossos clientes e nossas anunciantes". (Folha.uol.com)

A cara de palerma apaixonado confirma que a CPI é uma Confraria dos Pilantras e Idiotas.

O que será que ele está vendo?, intrigaram-se nesta quinta-feira incontáveis leitores da Folha confrontados com a foto na primeira página. A expressão superlativamente embevecida do deputado federal Jilmar Tatto grita que o líder da bancada do PT está cruzando, a bordo de um floco de nuvens multicoloridas, a difusa fronteira que separa o deslumbramento do êxtase. O que faz bater em descompasso o coração do companheiro?
Os olhos rútilos e os lábios trêmulos, na grande imagem de Nelson Rodrigues, avisam que Jilmar está grávido de admiração, orgulho e felicidade. Ou euforia, sugerem as mãos que batem palmas. O que estará acontecendo? O grupo de candidatas a miss em visita a seu gabinete resolveu homenageá-lo com um striptease coletivo? A ex-primeira dama Carla Bruni irrompeu no plenário para sussurrar-lhe que topa trocar Paris por Brasília? Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, apareceu de repente para comunicar que só aceitará depor na CPI se tiver a seu lado, e de mãos dadas, aquele parlamentar tão sensível?
Nada disso. Jilmar ficou assim sem que fosse apresentado a alguma singularidade assombrosa. Para exibir essa cara de palerma apaixonado, bastou-lhe testemunhar, sentado na fila do gargarejo da CPI, o momento em que o governador Agnelo Queiroz propôs a quebra do sigilo telefônico, bancário e fiscal já quebrado pelo Supremo Tribunal Federal. “Você é nosso e nós somos teu”, parece murmurar a fisionomia do líder do PT. O recado endereçado a Sérgio Cabral pelo torturador gramatical Cândido Vaccarezza é a mais perfeita tradução da CPI de araque.
Reveja a foto no alto. Contemple sem pressa a imagem que levou Jilmar Tatto a flutuar na estratosfera. Fica mais fácil entender por que a CPI do Cachoeira virou uma chanchada pornopolítica que finge investigar coadjuvantes para manter longe da cadeia os protagonistas de outro escândalo calculado em bilhões de reais. O deputado Miro Teixeira tem razão: abstraídos os raríssimos homens honrados, o que se vê é um duelo travado por tropas do cheque tão patéticas e desprezíveis quanto as velhas tropas de choque.
Governistas e oposicionistas aplaudem os bandidos de estimação e fazem de conta que estão bravos com os meliantes do lado de lá. A simulação ficou perigosa depois que a cachoeira desaguou na Delta. Nesta quinta-feira, o PT e a base alugada se juntaram para conjurar o perigo e excluíram Fernando Cavendish da lista de depoentes. Melhor encerrar os trabalhos antes que o Brasil inteiro enxergue na CPI o que ela é: uma Confraria dos Pilantras e Idiotas. Ou um Congraçamento de Políticos Imorais.

E o PT malufou ou Maluf petralhou?

O PP de São Paulo decidiu apoiar o pré-candidato do PT à Prefeitura da capital, Fernando Haddad. A decisão foi confirmada depois que o presidente estadual pepista, Paulo Maluf, conseguiu emplacar um aliado na Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. A pasta é controlada pelo PP, por meio do ministro Aguinaldo Ribeiro, que conduziu as articulações com os petistas. (Estadão)

Retrato de um calhorda.

PRIMEIRO CAPÍTULO
Entre julho de 2006 e agosto de 2006, o deputado federal Eduardo Paes, do PSDB fluminense, um dos mais veementes representantes do partido na CPI que apurou o escândalo do mensalão, fez as seguintes declarações:
“É preciso investigar o inexplicável crescimento do patrimônio dos filhos do presidente”.
“Lula sabe de tudo. A sede da quadrilha do mensalão é o Palácio do Planalto.
“O conjunto de escândalos que envolvem o governo é tanto, e a desfaçatez dos principais atores envolvidos neles tão grande, que às vezes parece que a CPI não conseguiu ainda provar muita coisa” .
“Comprovamos o mensalão com cópia de recibo e tudo. Como é que o Lula ainda tem coragem de negar?”
“Claro que Lula sabe quem é Delúbio Soares. Ele sabe de tudo”.
SEGUNDO CAPÍTULO
Durante a campanha eleitoral de 2008, depois de ter mendigado o apoio de Lula e implorado o perdão de Marisa Letícia por ter dito o que dissera sobre a Primeira Família, a nova versão de Eduardo Paes, candidato a prefeito do Rio pelo PMDB, fez as seguintes declarações:
“A gente tem que ter muita calma antes de sair apontando o dedo para as pessoas”
“Pedir desculpas pelos erros cometidos não envergonha ninguém”.
“Reconheço que exagerei nos trabalhos da CPI. Fiz acusações sem consistência e denúncias sem fundamento”.
“É uma honra estar ao lado do grande governador Sérgio Cabral e do maior presidente que este país já teve”.
“Não falo sobre o mensalão”.
TERCEIRO CAPÍTULO
Neste sábado, em campanha pela reeleição, o homem que vendeu a alma para virar prefeito do Rio discursou no Congresso Nacional da União da Juventude Socialista. Dois dos piores momentos do palavrório:
“Você já superou a crise. Vai se eleger vereador de São Paulo” (dirigindo-se a Orlando Silva, demitido por corrupção do ministério do Esporte).
“Daniel, é assim mesmo. O problema é o seguinte: as eleições estão chegando. Como a UNE se posiciona, fica difícil não apanhar” (dirigindo-se a Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes Amestrados, envolvido até o pescoço no desvio de dinheiro tungado dos cofres públicos graças à celebração de convênios malandros com seis ministérios).
Eduardo Paes chegou à prefeitura de joelhos. Pode acabar saindo na traseira de um camburão.
* Augusto Nunes

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela Juliana Paes, a nova "Gabriela" na TV

Gestão de PT/PMDB prejudica o Banco do Nordeste

"Afastado da chefia de gabinete da presidência do Banco do Nordeste sob denúncias de irregularidades, Robério Gress do Vale quebrou o silêncio. Concedeu ao diário cearense ‘O Povo’ uma entrevista radioativa.
Revelou que a casa bancária estatal, às voltas com um escândalo que envolve o desvio de mais de R$ 100 milhões em empréstimos fraudulentos, é gerida por uma diretoria integralmente aparelhada por PT e PMDB, os dois maiores partidos da coligação de Dilma Rousseff. Disse que as legendas travam no banco uma “briga” por espaço. (...)"
*Texto por Josias de Souza

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um advogado não pode agir como um comparsa.

"sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfa num tribunal, a Justiça é derrotada e a verdade morre outra vez"
“Serei eu o juiz do meu cliente?”, pergunta Márcio Thomaz Bastos no título do artigo publicado na Folha desta quinta-feira.
O cliente em questão é, segundo o doutor, “Carlos Augusto Ramos, chamado Cachoeira”, que contratou em março os serviços do ex-ministro da Justiça capaz de enxergar inocentes até em serial killers americanos.
“Não o conhecia, embora tivesse ouvido falar dele”, informa no quinto parágrafo. Ouvira o suficiente para cobrar R$15 milhões pela missão de garantir que envelheça em liberdade.
Depois de consumir dezenas de linhas na descrição do calvário imposto a um cidadão sem culpas por policiais perversos, promotores desalmados e juízes sem coração, o doutor enfim se anima a responder à pergunta do título.
“Serei eu então juiz de meu cliente?”, repete.
“Por princípio, creio que não.
Sou advogado constituído num processo criminal.
Como tantos, procuro defender com lealdade e vigor quem confiou a mim tal responsabilidade”.
Conversa fiada, demonstrou o grande Heráclito Fontoura Sobral Pinto num trecho de numa carta escrita em outubro de 1944 (veja post na seção Vale Reprise):
“O primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que lhe levam para patrocinar.
Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da justiça.
Só depois de que eu me convenço de que a justiça está com a parte que me procura é que me ponho à sua disposição”.
No artigo, Márcio Thomaz Bastos sustenta que todos os clientes e causas merecem o mesmo tratamento.
Assim, vale tudo para absolver tanto um ladrocida compulsivo quanto de um sacristão engaiolado por ter bebido o vinho do padre.
“Não há exagero na velha máxima: o acusado é sempre um oprimido”, afirma.
“Ao zelar pela independência da defesa técnica, cumprimos não só um dever de consciência, mas princípios que garantem a dignidade do ser humano no processo.
Assim nos mantemos fiéis aos valores que, ao longo da vida, professamos defender.
Cremos ser a melhor maneira de servir ao povo brasileiro e à Constituição livre e democrática de nosso país”.
Quem colocou o gabinete de ministro da Justiça a serviço da quadrilha do mensalão não pode disfarçar-se de guardião do Estado de Direito.
Quem procura enterrar em cova rasa as provas contra Cachoeira, colhidas pela Polícia Federal que chefiou, está convidado a dispensar-se de declarações de amor à democracia.
Sem imaginar como seria o Brasil da segunda década do século seguinte, Sobral Pinto desmoralizou as falácias desfiadas por Márcio:
“A advocacia não se destina à defesa de quaisquer interesses.
Não basta a amizade ou honorários de vulto para que um advogado se sinta justificado diante de sua consciência pelo patrocínio de uma causa.
O advogado não é, assim, um técnico às ordens desta ou daquela pessoa que se dispõe a comparecer à Justiça.
O advogado é, necessariamente, uma consciência escrupulosa ao serviço tão só dos interesses da justiça, incumbindo-lhe, por isto, aconselhar àquelas partes que o procuram a que não discutam aqueles casos nos quais não lhes assiste nenhuma razão”.
Na Folha, o advogado de Cachoeira tortura a verdade: “Aconteceu o mais amplo e sistemático vazamento de escutas confidenciais”, fantasia.
“A pródiga história brasileira dos abusos de poder jamais conheceu publicidade tão opressiva.
Estranhamente, a violação de sigilo não causou indignação.
Dia após dia, apareceram diálogos descontextualizados, compondo um quadro que lançou Carlos Augusto na fogueira do ódio generalizado.
Trocou-se o valor constitucional da presunção de inocência pela intolerância do apedrejamento moral”.
Tradução da discurseira em juridiquês: a culpa é da imprensa, responsável pelo que o articulista define como “publicidade opressiva”.
A expressão foi inaugurada na entrevista à Band em que o doutor acusou a imprensa de ter tomado partido no caso do mensalão.
O bando liderado por José Dirceu nada fez de errado, explicou o entrevistado. Só será punida se os ministros do STF cederem à “publicidade opressiva” produzida por jornalistas que insistem em ver as coisas como as coisas são.
Na carta, o jurista admirável coloca em frangalhos, com quase 70 anos de antecedência, a tese forjada para justificar a parceria entre márcios e cachoeiras:
“É indispensável que os clientes procurem o advogado de suas preferências como um homem de bem a quem se vai pedir conselho.
Orientada neste sentido, a advocacia é, nos países moralizados, um elemento de ordem e um dos mais eficientes instrumentos de realização do bem comum da sociedade”.
Desde 2005, quando o mensalão o induziu a excluir valores éticos dos critérios que determinam a aceitação de uma causa, o espetáculo tristonho se repete: sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfa num tribunal, a Justiça é derrotada e a verdade morre outra vez.
Gente com culpa no cartório escapa da cadeia, cresce a multidão de brasileiros convencidos de que aqui o crime compensa e ganha consistência a suspeita de que lutar pela aplicação rigorosa da lei é a luta mais vã.
É o que ocorrerá, por exemplo, se os argumentos invocados pelo ex-ministro forem acolhidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que designou três desembargadores para julgarem o pedido de habeas corpus impetrado em favor de Cachoeira.
O relator Tourinho Neto já encampou as reivindicações de Márcio.
Votou pela soltura do meliante, preso desde 29 de fevereiro, e considerou ilegal a escuta telefônica feita por agentes da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo.
Falta apenas um voto para a consumação da ignomínia.
Todo acusado, insista-se, tem direito a um advogado de defesa.
Mas doutor nenhum tem o direito de mentir para livrar de punições o acusado de crimes que comprovadamente cometeu.
O advogado, resumiu Sobral Pinto, é o juiz inicial da causa.
Não pode agir como comparsa.
* Augusto Nunes

quinta-feira, 14 de junho de 2012

MP pede R$ 40 mi por "fracasso" na cracolândia.

SÃO PAULO - Após finalizar inquérito sobre a ação da Polícia Militar na cracolândia, o Ministério Público entrou nesta terça-feira, 12, com ação civil pedindo à Justiça que o governo do Estado pague indenização de R$ 40 milhões por danos morais coletivos. Também foi pedida uma liminar que proíba que os policiais realizem as "procissões do crack", termo criado pelo Estado para definir a dispersão permanente dos usuários, sob pena de multa R$ 100 mil.
Para os promotores, a ação foi "um fracasso completo", violou direitos humanos e desperdiçou dinheiro público. "Começou de modo desastrado pela sua desarticulação, desenvolveu-se de modo violento e, se chegou ao final, chegou com resultado desastroso", definiu o promotor da Habitação e Urbanismo, Maurício Ribeiro Lopes.
Segundo os quatro promotores que assinam a ação, a operação não quebrou a logística do tráfico de drogas, um dos objetivos da intervenção que começou em 3 de janeiro.
Foram apresentados dados de autuações que mostram que houve menos apreensões de drogas em janeiro e fevereiro. Em 2011, foram apreendidas 5.123 pedras de crack, contra 3.037 no mesmo período de 2012, queda de 40,9%. Também houve redução das apreensões de cocaína (90,9%) e maconha (91,7%). "A operação ampliou a atuação dos traficantes para outros logradouros da capital, à medida que para lá dispersou os usuários", disse o promotor de Direitos Humanos, Eduardo Valério.
O inquérito também concluiu que a ação na região central foi malsucedida do ponto de vista de saúde. Três meses após a operação, de 129 internados, 86 não faziam mais tratamento. Entre os 43 que sobraram, a maioria não era da cracolândia. Segundo o MP, a Prefeitura estabelece que o tratamento ideal contra o crack dura seis meses e tem eficácia entre 10% e 30% dos usuários.
Além disso, documento da Secretaria Municipal de Saúde mostra que as instituições não comportam a demanda. De 255 internações solicitadas pelo Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) Boracea, que fica perto da cracolândia, só 148 pacientes foram atendidos. O Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) solicitou 74 internações, mas fez só 65. Promotores afirmaram que ação quebrou vínculos dos agentes de saúde com os viciados.
Responsabilidade. Apesar das críticas à Prefeitura, o Município não é alvo da ação. Promotores constataram que a Prefeitura foi pega de surpresa pelo episódio. Outro inquérito foi aberto para apurar se os agentes públicos cometeram irregularidades. Os promotores encaminharam a apuração para o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, que vai apurar se uma ação contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) é cabível.
Caso o Estado seja condenado, a indenização deve ser depositada em um fundo público e pode ser usado em ações contra as drogas. Se a liminar for concedida, policiais não poderão dispersar os usuários. Caso sejam flagrados usando drogas, devem ser levados à delegacia.
Falando em nome do Estado, a Secretaria de Estado da Justiça afirma que a operação "vem atingindo seus objetivos". Em nota, diz que houve internação voluntária de 660 dependentes e encaminhamento de 11 mil para abrigos. "A presença da PM resultou na captura de 121 condenados foragidos, bem como na prisão de 462 traficantes", afirma a nota. Por não ser alvo da ação, a Prefeitura não se manifestou. ( Estadão )
COMENTO: Por isso eu jamais esperaria. O MP politizando um episódio onde até eles mesmos não sabiam, e não sabem, como proceder da melhor forma.
Tentar responsabilizar a Polícia e o Governo, é fragilizar as instituições e cercear o incentivo necessário às ações contra o tráfico e uso de substâncias entorpecentes.
Sabe quem perde com isso? O povo!
Enquanto se protege viciados da cracolândia, protege-se, indiretamente, os traficantes se a ação protetora é concomitante a intenção de enfraquecer as instituições que combatem essa praga que é o crack.
Outro dia assisti a uma declaração de um policial da qual se depreendia sua frustação e medo de lutar contra o tráfico. Dizia o policial que o maior medo era do Ministério Público que parecia ficar radiante diante da possibilidade de punir um policial por ser rigoroso com o crime.
Cada vez mais, quem faz polícia, acha que não vale a pena combater o crime. A vítima pode ser o combatente.

Agnello e Perillo serão investigados pelo Ministério Público por suas citações na Operação Monte Carlo da Polícia Federal

Apesar de os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), não terem sido acuados nos depoimentos que prestaram à CPI do Cachoeira, no Congresso Nacional, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, impôs a ambos um desgaste político nesta quarta-feira.
O chefe do Ministério Público Federal confirmou ter pedido nesta terça ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a abertura de dois inquéritos contra o governador petista e um contra o tucano. Todos os casos correm em segredo de justiça.
Contra Agnelo e Perillo, o procurador-geral vê indícios de crimes relacionados à operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desbaratou um esquema de exploração de jogos de azar e cooptação de autoridades públicas e privadas pelo bando do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Para ele, estão mal explicadas questões como a venda da mansão de Perillo ao empresário Walter Paulo, em Goiânia, com uma suposta intermediação do contraventor. No caso de Agnelo, as suspeitas dão conta, por exemplo, de haver possibilidade de irregularidades no governo do DF pelo fato de o ex-chefe de gabinete do petista, Cláudio Monteiro, receber propina da quadrilha do contraventor para facilitar a infiltração da construtora Delta no governo local.
Ao STJ, Gurgel ainda pediu a abertura de outro inquérito contra o governador do Distrito Federal por supostas irregularidades na época em que ele era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
À CPI, Agnelo Queiroz disse hoje abrir mão de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico para comprovar que ele não mantinha relações escusas com o contraventor Cachoeira.
O governador também disse manter a confiança em Cláudio Monteiro. Agnelo também sustentou a tese de que não houve cooptação de seu assessor porque os objetivos da quadrilha não foram atingidos.
Admitiu, no entanto, ter se encontrado uma vez com Carlinhos Cachoeira ao visitar uma indústria farmacêutica do bicheiro quando era diretor da Anvisa.
Em depoimento na CPI do Cachoeira, Marconi Perillo negou ter participado de qualquer esquema fraudulento na venda de sua casa em Goiânia e disse que, se houve irregularidades na venda do imóvel, elas se devem ao ex-vereador Wladimir Garcez, intermediário da negociação.
Afirmou também que não pode responder por terceiros que usaram seu nome "de forma irresponsável".
Negou ter atendido aos interesses da quadrilha em seu governo e disse não ter qualquer proximidade com Carlinhos Cachoeira, a quem classificou como um “empresário”.
*Por Elza Fiúza/ABr, na Veja on line

Ex-relator da CPI dos Correios lista em discurso 12 provas contra Dirceu

O relator da CPI dos Correios (2005-2006), deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), foi à tribuna da Câmara nesta quarta-feira (13) para enumerar o que chamou de "a dúzia de provas" da participação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT-SP), no esquema do mensalão.
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Serraglio disse estar "farto da alegação de que o mensalão é fantasia". A gota d'água, segundo ele, foi um artigo assinado pelo produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, publicado ontem na *Folha", sob o "Por qué no lo matan?", que faz a defesa de Dirceu.
"Certamente me amofina essa cantilena repetida de que o 'mensalão' fora uma farsa, como se a investigação não se realizou por parlamentares dos mais diversos matizes político-partidários", discursou o deputado.
"Ainda agora assistimos José Dirceu concitando os jovens a se manifestarem diante de sua inocência", discursou o deputado.
O deputado listou os seguintes indícios coletados tanto pela CPI quanto pelo processo do mensalão, que poderá ser levado a julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) no segundo semestre deste ano:
1) à época em que Dirceu era ministro, "nada ocorria sem o beneplácito do super-ministro, como era chamado na imprensa e nos corredores do poder";
2) Roberto Jefferson, líder do PTB, "confessa que tratou por mais de dez vezes do mensalão com Dirceu";
3) o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza "afirmou que ouviu de Delúbio [Soares, ex-tesoureiro nacional do PT e da campanha presidencial de Lula em 2010], que Dirceu deu 'aval' aos empréstimos bancários que alimentaram o mensalão;
4) a mulher de Valério "assentou que Dirceu se reuniu com o presidente do Banco Rural no Hotel Ouro Minas para acertar os empréstimos do banco";
5) Valério "arrumou emprego para a ex-mulher de Dirceu no [banco] BMG em São Paulo";
6) um sócio do publicitário se "tornou 'comprador' do apartamento da ex-mulher de Dirceu em São Paulo";
7) Valério "afirma que foi quem ajustou a audiência havida entre os diretores do BMG e o ministro Dirceu";
8) segundo Valério, "Silvio Pereira [ex-secretário nacional do PT] lhe disse que José Dirceu sabia dos empréstimos junto aos bancos";
9) a presidente do Banco Rural "declarou que Valério era um 'facilitador' das tratativas com o governo" e "disse mais, que 'Dirceu foi a única pessoa do governo com quem ela falou" sobre o interesse do Rural relativo à aquisição de parte do Banco Mercantil de Pernambuco;
10) o ex-deputado Jefferson "afirmou que, por orientação de Dirceu, houve encontro no Banco Espírito Santo, em Portugal, à busca de R$ 24 milhões";
11) o ex-tesoureiro do PTB, "Emerson Palmieri relata que todas as tratativas eram ratificadas, ao final, por Dirceu;
12) a ex-secretária de Valério na agência de publicada em Belo Horizonte (MG), Karina Somaggio, "testemunhou que Valério mantinha contatos diretos com José Dirceu".
Serraglio disse que a CPI ajudou a "abrir o caminho" para a eleição de Dilma Rousseff, em 2010, como sucessora de Lula, ao enfraquecer Dirceu, nome natural dentro do PT, antes do escândalo, para uma eventual candidatura à Presidência.
"De fato, na época, parecia que estávamos sob sistema parlamentarista. José Dirceu, ambiciosa super-ministro, capitão do time, primeiro-ministro, inteligente e mefistofelicamente, confinava o migrante de Garanhuns [Lula] à sua dimensão sindical, tutelando-o, como se lho devesse ser o sucessor mais do que natural, inexorável, razão por que já atapetava a caminhada, fazendo-se onipresente e onisciente nas grandes decisões nacionais".
O ex-relator disse que a "CPI dos Correios não se converterá em pizza. Nosso Judiciário não tem vocação para isso".
Durante o discurso de Serraglio, os deputados da base aliada não apareceram para apartes --apenas dois parlamentares se manifestarem, em apoio a Serraglio.

A justiça daqui, a justiça de lá e a Igreja Renascer.

Condenados nos Estados Unidos, absolvidos no "paraíso" Brasil
O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o arquivamento de uma ação penal contra fundadores da Igreja Renascer em Cristo, Estevan e Sonia Hernandes, que corria na Justiça Estadual de São Paulo por suposta prática de lavagem de dinheiro.
Eles eram acusados de comandarem uma organização criminosa que utilizava a estrutura religiosa e de empresas vinculadas à Igreja para lavar o dinheiro.
Na denúncia se afirmava que eles arrecadavam grande volumes de dinheiro dos fiéis, que eram "ludibriados" pelo casal e os recursos eram utilizados em proveito do casal e de terceiros, "desvirtuando as atividades eminentemente assistenciais e aplicando seguidos golpes".
Mas, apesar de este fato ser constatado por muitos fiés e pelo ministério Público, a Justiça determinou o encerramento da ação penal por uma "questão técnica".
Segundo os integrantes do Supremo, a denúncia proposta pelo Ministério Público no caso em questão, acusou o casal apenas por "lavagem de dinheiro por meio de organização criminosa".
Os ministros argumentaram que "organização criminosa" não é tipificada como crime e por isso, a denúncia contra o casal deveria especificado qual irregularidade foi cometida antes da lavagem de dinheiro apontada pela acusação.
Estevan e Sonia Hernandes chegaram a ser presos nos Estados Unidos, em 2007. Quando chegavam àquele país, eles declararam que não carregavam mais de US$ 10 mil, mas portavam US$ 56 mil.
Parece que lá estes não tem dificuldade em tipificar como crime uma organização criminosa. (Fonte:Folha.com)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Jordana Kfouri esposa de Kavendisch desnuda Sergio Cabral.

O governador Sérgio Cabral está absolutamente descontrolado. Sabe que a divulgação das fotos e das filmagens de suas alegres visitas a Paris liquidaram com sua carreira política.
Seu plano político, conforme Helio Fernandes revelou aqui na Tribuna em primeira mão, era ser nomeado embaixador na capital francesa, passar três anos na farra pela Europa e depois voltar em 2018 como candidato a vice-presidente da República na chapa do PT.
Mas o sonho acabou.
Desde o começo do caso Cachoeira, Cabral não consegue dormir direito. Sabe que a derrocada de Fernando Cavendish, dono da Delta e seu cúmplice em muitas negociatas, vai atingir diretamente o governo estadual, e cada foto ou imagem divulgada pelo blog do deputado Anthony Garotinho vale mais do que um milhão de palavras.
Cabral, se pudesse, mandaria acabar com Garotinho. Mas seu ódio maior é dirigido agora ao ex-amigo Fernando Cavendish, porque as fotos foram  feitas pela então mulher dele, Jordana, que o acompanhava na farra em Paris.
Entre todos os membros da quadrilha, Cavendish foi o mais irresponsável. Ele até achava divertida a mania de Jordana viver fazendo fotos. Afinal, todo mundo curtia. Mas o resultado da brincadeira acabou sendo desastroso.
Para tirar uma onda e mostrar o quão importante o marido havia se tornado, Jordana cometeu o erro de enviar por email as imagens para outras pessoas. E uma delas, talvez por inveja, simples inveja, passou adiante as fotos e acabou prestando um serviço especial à nação.
Quem vazou as fotos e imagens na verdade se tornou um herói anônimo, que deveria merecer de uma estátua pelos serviços públicos que está prestando a todos os brasileiros, ao revelar quem é Sergio Cabral e quem está na sua quadrilha.
Como dizia o colunista Ibrahim Sued, e sociedade tudo se sabe. E logo se ficou sabendo que Jordana foi a autora das fotos. Mas não foi ela quem fez a filmagem do jantar de poucos lugares, na comemoração do aniversário da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo (que no ano passado até chegou a deixar de ser a primeira dama, quando Cabral namorava Fernanda, irmã de Jordana e cunhada de Cavendish. Porém, com a  morte da rival no acidente de helicóptero, Adriana voltou a  ocupar o antigo posto). Esta filmagem foi feita por outra  pessoa, porque Jordana aparece em cena.
Quanto a Cabral, também merece um monumento que o perpetue. Mas tem que ser uma estátua equestre – metade cavalo e a outra metade também, como nosso amigo Helio Fernandes sugere genialmente.
*Newton Carlos

Um fato.

"Não pude inscrever-me para o concurso público municipal de serviços gerais, pois não tinha o 2º grau. Pergunto se é engraçado ou desgraçado o País em que se exige segundo grau para um 'varredor de rua' e não se exige o primeiro grau para ser Presidente da República."
*Frase de um leitor, rolando na internet.

A próspera família de Agnelo.

Imóveis, fazenda, restaurantes e locadora engordaram o patrimônio da família do governador do DF em mais de R$ 10 milhões.
A PF investiga como a mãe, os irmãos e um sobrinho do petista acumularam essa riqueza em apenas três anos.
Na mira da PF por suspeitas de enriquecimento ilícito, irmão de Agnelo, o ex-vigilante Ailton de Queiroz (à dir.), adquiriu uma locadora de carros,a franquia de uma confeitaria e ainda ajudou a irmã, Anailde Queiroz,a fechar a compra de uma fazenda em Água Fria de Goiás.
O inquérito que apura o envolvimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, num esquema de desvio de verbas do Ministério do Esporte deverá atingir também sua família.
A Polícia Federal e o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF investigam o aumento vertiginoso do patrimônio da mãe, dos irmãos e até de um sobrinho de Agnelo.
Delegados e procuradores querem entender como a família do governador, que sempre fez questão de enfatizar sua origem humilde, passou a ostentar em apenas três anos mais de R$ 10 milhões em bens.
De acordo com as investigações, os sinais de enriquecimento surgem no início de 2008 e vão até setembro deste ano. Agnelo deixou o Esporte em 2006 e logo depois se tornou diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), de onde saiu em 2010 para concorrer ao governo da capital do País.
Levantamento preliminar da PF indica que os familiares do político petista não têm fontes de renda para justificar negócios celebrados nos últimos três anos, que incluem a compra de quatro franquias de restaurantes famosos de fast-food e da mais importante confeitaria de Brasília, todas localizadas nos principais shoppings da capital.
Carros de luxo, apartamentos e até uma fazenda de gado em Goiás também constituem o que os investigadores batizaram de “império dos Queiroz”.
O MP do DF e a PF suspeitam que a família de Agnelo esteja sendo utilizada para esquentar o dinheiro desviado dos cofres públicos. Além de ter conversado informalmente com agentes que apuram o caso, ISTOÉ obteve com exclusividade parte dos documentos que fundamentam a investigação.
O primeiro na lista dos familiares de Agnelo investigados pela Polícia Federal é o ex-vigilante Ailton Carvalho de Queiroz, 51 anos, irmão mais novo do governador.
Ailton tornou-se conhecido da mídia em 2008, quando trabalhava na área de inteligência do Supremo Tribunal Federal. Foi ele o responsável pela elaboração de um relatório que indicava a suposta existência de grampos contra ministros do STF. Logo depois do escândalo, o vigilante se licenciou do trabalho.
Em seguida, investiu R$ 200 mil numa locadora de veículos chamada Allocare. A empresa, que funciona numa pequena sala comercial na cidade-satélite do Guará, é administrada pelo filho Yuri.
Com 23 anos de idade, Yuri tem renda presumida pelo Serasa de R$ 1,1 mil, mas possui em seu nome quatro veículos de luxo, entre eles uma picape Mitsubishi L200 Triton 2011, avaliada em mais de R$ 100 mil.
Em maio passado, Ailton lançou-se num novo negócio. Ele e a irmã Anailde Queiroz Dutra, 49 anos, investiram quase R$ 800 mil numa franquia da Torteria di Lorenza, no Brasília Shopping, o principal shopping do Plano Piloto.
Irmã mais nova do governador, Anailde é outra que entrou na mira da PF. Além da Torteria, ela e o marido, Rui Dutra, figuram como proprietários de duas franquias da rede de fast-food Bon Grillê, uma no mesmo Brasília Shopping e outra no Pátio Brasil, também localizado na região central da cidade. Anailde, formada em economia em Salvador, tentou alguns concursos públicos em Brasília, mas não teve sucesso.
De uma hora para outra, no entanto, virou milionária. Cada franquia da Bon Grillê custa em média R$ 350 mil. O valor total do investimento num desses shoppings, considerando luva, taxas, equipamento e insumos, pode chegar a R$ 1 milhão, segundo avaliações do mercado.
As duas franquias foram adquiridas em 2008. A do Brasília Shopping foi comprada por Anailde em sociedade com outra irmã de Agnelo, Anaide Carvalho de Queiroz, 58 anos. Em 2010, Anaide vendeu sua parte para Rui Dutra.
A renda mensal de Anailde, de acordo com o Serasa, gira em torno de R$ 1,7 mil, enquanto a de Anaide Queiroz chega a R$ 1,8 mil.
Já os rendimentos da mãe dos irmãos Queiroz, Alaíde, na mesma base de dados, é de aproximadamente R$ 1,2 mil.
MEDIADOR
Glauco Alves negociou as franquias com a família Queiroz e atuou na Anvisa, que foi dirigida por Agnelo
Além das franquias, a família de Agnelo expande seus domínios fundiários. Em setembro, Anailde Queiroz Dutra tornou-se proprietária de 560 hectares de terra no município de Água Fria de Goiás, a 170 km de Brasília. A Fazenda Cachoeira, com área equivalente a 560 campos de futebol, foi comprada do oftalmologista Celso Inácio dos Santos em dinheiro, à vista.
Para não fazer alarde e desembolsar menos com imposto, o imóvel foi registrado no cartório local por R$ 800 mil. A PF, no entanto, apurou junto a autoridades locais que a compra foi feita por R$ 1,8 milhão.
E não foi feita por Anailde, como consta na escritura, mas pelo irmão Ailton Carvalho de Queiroz.
As compras da rede de restaurantes e da confeitaria carregam outro ingrediente que intriga a Polícia Federal. Antes de passarem para as mãos dos familiares de Agnelo, essas franquias foram compradas pela dupla Glauco Alves e Santos e Juliana Suaiden Alves e Santos.
O casal é o mesmo que vendeu em 2007 para o governador do DF a mansão em que ele mora hoje com a primeira-dama Ilza Maria.
Os investigadores descobriram que logo depois de fecharem o negócio da casa, Glauco passou a atuar na Anvisa por meio das consultorias Plannejare e Saúde Importação de Produtos Médicos.
Agnelo tornou-se diretor da agência no mesmo ano de 2007 e, recentemente, foi acusado de receber propina para beneficiar uma empresa do setor.
A PF suspeita que Glauco e Juliana emprestaram seus nomes para a compra das franquias, com o compromisso de repassarem essas propriedades ao clã dos Queiroz. Como pagamento pelo serviço, o casal teria recebido outra franquia da Torteria di Lorenza, na Asa Sul, e uma pequena cafeteria, a Café com Bolacha, no bairro Sudoeste.
Na sexta-feira 9, através de sua assessoria, o governador Agnelo afirmou desconhecer a investigação. Já Glauco Alves, o homem que negociou as franquias, foi abordado pela reportagem quando chegava à Torteria da 302 Sul a bordo de uma Mitsu­bishi Outlander.
Perguntado sobre os negócios com Agnelo, ele pediu tempo para pensar. “Estou com a cabeça cheia. Mas te ligo depois”, disse. Ailton, o irmão mais novo de Agnelo, reagiu com agressividade ao contato da reportagem. Disse que nunca fez negócios com o irmão ou com o governo e lançou ameaças.
“Não admito que ninguém se meta em minha vida, tá certo?!”, afirmou.
Ailton deu a entender que sabe onde o repórter mora e até a marca da motocicleta que usa no dia a dia.
“A única coisa é que de vez em quando ela (a moto) pega fogo e explode”, disse.
Questionado se estava ameaçando o repórter, o irmão de Agnelo perdeu a paciência. “Você sabe onde eu trabalhava? Acha que está lidando com algum boboca?
Depois a gente resolve.
Vou ter o que rebater depois na Justiça e por outros meios.
Você se cuida!”

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*Claudio Dantas Sequeira, na IstoÉ

CPMI dos petralhas trapalhões.

Odair tenta obedecer a Lula, imitando-o.
Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI, deixou a mesa por algum tempo. Levou uma carraspana de petistas dos bastidores por sua postura supostamente cordata com o governador Marconi Perillo. Como escrevi nesta manhã, a ala heavy metal do PT, comandada por Lula e José Dirceu, quer a cabeça de Perillo para exibi-la na campanha eleitoral e para fazer frente ao noticiário do mensalão.
Muito bem, ao reassumir seu lugar na mesa, Cunha se atrapalhou todo no papel de falcão — ou de “Falcão”. Meteu os pés pelas mãos, defendeu a quebra de todos os sigilos do governador e, quase aos berros, afirmou que Perillo estava ali como “investigado”. Não estava! A questão não é política; é jurídica também: o governador de Goiás falava à comissão como testemunha.
Os oposicionistas, obviamente, levantaram-se da cadeira também aos berros, com o dedo em riste, para acusar a parcialidade do relator e seu papel como procurador dos interesses do petismo. O senador Vital do Rego, presidente da comissão, teve de restabelecer os fatos.
* Texto por Reinaldo Azevedo

Atitudes indecentes.

Em quem votar? Por essas e outras existe uma manifestação para o voto nulo. Temos que escolher melhor para não ficarmos com uma herança igual a esta.
O aprendiz de déspota frustrado, o parlapatão asqueroso, o filho...do Brasil e sua canalhice.
A reentrada de Luiz Inácio Lula da Silva na vida política nacional tem se mostrado lastimável. Desde que se recuperou do câncer na laringe, para o que contou com a solidariedade incondicional de todos os brasileiros, ele tem adotado atitudes indignas para um ex-presidente.
Não difere em nada da postura indecente do partido dele, o PT.
O mais recente episódio envolvendo Lula em tenebrosas tratativas foi revelado pela revista Veja em sua edição desta semana. O ex-presidente sugeriu a Gilmar Mendes, um dos 11 ministros do STF, que postergasse o julgamento do mensalão para 2013, data considerada menos "inconveniente" por Lula.
Mas a conversa não parou por aí e foi seguida de uma chantagem explícita por parte do ex-presidente. Ele sugeriu que tem o controle da CPI que investiga as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira com o submundo da política e que, nesta posição, poderia livrar Mendes de qualquer apuração mais constrangedora.
"Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, seria blindado na CPI.
Desculpando a cena, o que se tem é um ex-presidente oferecendo salvo-conduto a um ministro da mais alta corte do país, como se o Brasil fosse uma nação de beduínos do século XIX com sua sorte entregue aos humores de um califa", resume a revista.
Como de praxe, Lula negou o conteúdo revelado pela revista, assim como o fez também o ex-ministro Nelson Jobim, anfitrião do encontro.
Mas hoje Jorge Bastos Moreno esmiúça, nO Globo, ainda mais a conversa, ocorrida em 26 de abril, uma quinta-feira:
"Gilmar teve a prova definitiva de que tinha sido escolhido pelo PT como símbolo da tentativa de desmoralizar o Judiciário".
Para tentar constranger a mais alta corte judiciária do país, Lula fia-se no fato de ter indicado seis dos 11 atuais ministros do Supremo. Acha que, por isso, teria ascendência e força suficientes para orientar-lhes os votos.
Trata-se de uma visão torpe de como devem funcionar as instituições num regime republicano. Lula acha que o que vale é o poder de mando.
A cruzada do ex-presidente para reescrever a história e tentar transformar o mensalão em farsa não tem limites. Vem desde que ele ainda ocupava o cargo mais alto do Poder Executivo. Mas Lula passou a dedicar-se especialmente à missão depois que voltou à planície.
É certo, por exemplo, que o ex-presidente esteve por trás da criação da CPI, cujo objetivo escancarado é desviar a atenção do julgamento do escândalo comandado por José Dirceu e seus outros 35 réus, atingir a imprensa e o Ministério Público, e constranger a oposição.
Lula é um líder partidário e suas atitudes deletérias acabam servindo de exemplo para seus simpatizantes. Se um ex-presidente se vê no direito de agir com tamanha desenvoltura para deflagrar um ilícito como o que propôs a Gilmar Mendes, o que esperar de seus seguidores?
A postura do PT não deixa dúvidas de que os maus hábitos, desde seu maior expoente, são a tônica por lá. É o que mostra, por exemplo, a suspeitíssima movimentação financeira do partido de Lula em 2011, ano em que os petistas encheram os cofres de dinheiro, arrecadado de empresas agraciadas com contratos firmados com o governo federal.
No ano passado, o PT obteve R$ 50,7 milhões em doações feitas por pessoas jurídicas. O valor corresponde a aproximadamente 20 vezes o que o PMDB e o PSDB, cada um, arrecadaram no mesmo período - respectivamente, o segundo e o terceiro maior montantes.
Equivale a 89,5% de tudo o que foi doado por empresas aos 29 partidos brasileiros em 2011, informa o Valor Econômico hoje.
Parte desta montanha de dinheiro - advindo de empresas com milionários contratos com o governo Dilma Rousseff, como mostrou O Globo no sábado - foi usada para pagar uma suposta dívida do PT com o Banco Rural, no valor de R$ 8,3 milhões.
O partido tenta dar ares de operação financeira ao que foi, na realidade, pura lavagem de dinheiro do mensalão. Irmana-se, portanto, a Lula na construção de sua própria farsa.
O comportamento do ex-presidente difere de tudo o que se espera de alguém que já ocupou o mais alto cargo da República. Afasta-se do que se poderia aguardar de quem gostaria de entrar para a história como o mais querido presidente brasileiro.
Mas que não restem dúvidas:
o mensalão existiu e o medo que os principais acusados têm de passar alguns anos na cadeia - corroborado pela atitude indecorosa de Lula - é a prova mais evidente disso.
*Fonte: Instituto Teotônio Vilela-Atitudes indecentes

terça-feira, 12 de junho de 2012

PSDB entra com representação contra Lula e Eduardo Paes.

RIO DE JANEIRO - O diretório municipal do PSDB apresentou nesta segunda-feira, 11, a Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) representação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB). Os tucanos acusam os dois de fazerem campanha antecipada e propaganda eleitoral extemporânea.
No domingo, o candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, deputado federal Otavio Leite, criticou o ex-presidente. "O presidente Lula tem todo o direito de expressar o seu ponto de vista e apoiar quem bem entender. É democrático. O que não é justo é fazê-lo num palanque custeado pelo povo do Rio, com dinheiro público. Ali houve uma ilegalidade porque foi campanha antecipada. Não se pode pedir voto antes do dia 6 de julho", afirmou o tucano. (Estadão)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Recado bem dado.

José Dirceu pediu aos estudantes que eles se dirijam para as ruas em sua defesa. O senador Álvaro Dias deu a resposta:

"O Supremo Tribunal Federal não será derrubado. Durante a ditadura, cassaram mandatos, fecharam o Congresso, mas não derrotaram o Supremo. Não é agora que um ex-presidente decadente irá derrotar o Supremo Tribunal Federal, que haverá de realizar um julgamento sério, rigoroso, para colocar na cadeia aqueles que lá devem estar. E não pelas ruas do país pedindo o apoio da nossa juventude."

E, ainda, para o senador Álvaro Dias:

"os estudantes têm que ir para as ruas em defesa do Brasil e não dos mensaleiros".

A UNE dos caloteiros e trambiqueiros...

UNE também meteu a mão no dinheiro da Saúde.

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Da Saúde, a UNE fraudou convênio de quase R$ 3 milhões. A União Nacional dos Estelionatários não tem limites. E agora vai ajudar José Dirceu a pressionar a Justiça....
* Fonte:  Blog Coturno noturno

domingo, 10 de junho de 2012

Eurocopa, com simplicidade.

Numa fase difícil da economia européia, a Polônia, país cuja economia se assemelha ( e é até menor)  do que o estado de Pernambuco, consegue sediar com beleza, organização e realizações estruturais excelentes, sem o dispêndio de fortunas, a EUROCOPA 2012.
Um evento monumental, semelhante a Copa do Mundo, com um primor de organização.

Nem Marta acredita em Haddad.

Foto/arte: lilicarabina
Um evento preparado com muita pompa, pelo marqueteiro de campanha, o PT lançou a candidatura de Haddad a Prefeitura de São Paulo.
A ex-prefeita Marta Suplicy havia confirmado presença. No entanto, não deu o ar da graça. Para os líderes petistas, o recado foi claro: Marta não pretende gastar seu salto em uma campanha em que foi preterida.
Durante o encontro, correligionários ligavam sem sucesso para o celular de Marta.
A resposta para a ausência só veio na segunda-feira 4:
“Um impedimento de caráter privado impossibilitou a senadora Marta Suplicy de comparecer ao evento”, tentou esclarecer a ex-prefeita por intermédio de sua assessoria.
“Se nem a Marta acredita na viabilidade de Haddad, por que os partidos aliados iriam entrar nessa canoa?”, perguntam-se companheiros de primeira hora ligados ao PCdoB.
Na última quarta-feira 6, Marta voltou a criticar a candidatura de Haddad. Disse que sua ausência no evento do sábado (lançamento da candidatura) transmitia a indignação.
A senadora complementou ainda que só entraria na campanha após o começo do horário eleitoral.

Custo Brasil gera preocupação com a estabilidade econômica do país.

A desaceleração da economia brasileira estourou o que muitos analistas acreditam ter sido uma "bolha" de entusiasmo pelo Brasil no exterior.

Esse ritmo mais lento da economia brasileira foi confirmado nesta sexta-feira com a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) pelo IBGE. Segundo os números, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil cresceu apenas 0,2% em relação aos três últimos meses de 2011.

Na segunda metade dos anos 2000, quando o Brasil ganhou a preferência de investidores estrangeiros, os holofotes da mídia internacional e, de quebra, o direito de sediar uma Olimpíada e uma Copa do Mundo, o termo "Brasilmania" passou a ser usado para referir-se ao crescente interesse internacional pelo país.

Agora, não só o fenômeno parece estar perdendo força como já há especialistas denunciando "exagero" nas análises negativas sobre a economia brasileira.

*Ruth Costas - Da BBC Brasil em Londres