sábado, 24 de outubro de 2009

Porque hoje é sábado, uma bela mulher

A bela Joana Marcarini

Liberdade para transgredir

O Presidente Luiz Inácio tem, repetidamente, tecido críticas severas aos órgãos fiscalizadores da República, sobretudo o TCU, em razão de seus membros no estrito cumprimento do dever legal, haver interditado algumas obras do PAC com claros indícios de irregularidades e superfaturamento.
Alega o Presidente “palanqueiro” que estes órgãos estão “travando” o país. Deduz-se, então, que o Presidente falastrão quer gastar sem nenhum controle e deixar que as irregularidades se sucedam e a roubalheira dos superfaturamentos se espalhem pelos “canteiros” de obras do PAC.
É evidente que de um homem que chama execução orçamentária de programa (PAC ) só poderíamos ter algo assim, que mais se assemelha a liberalização da anarquia com o dinheiro público que, no final das contas, é o nosso dinheiro transformado em impostos.
Em véspera de eleições, gastar sem controle é uma “mão na roda” para políticos mau intencionados.
Ué, mas Lula não se diz o Presidente “perfeito”???
Bem, tal indagação seria cômica se não fosse trágica. Recebendo um país pronto para crescer, com mecanismos de controle devidamente aprovados por leis severas a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal, e uma economia sólida e saneada, Lula pode navegar tranqüilo a reboque do crescimento da economia mundial nos últimos cinco anos.
Neste ínterim, sem ter que “esquentar” a cabeça com o arcabouço legal e estrutural do país, o Presidente viu-se livre para viajar e fazer “comícios”. Durante os últimos seis anos apresentou o espetáculo do falatório “inspecionando” obras e inaugurando meia-dúzia delas ,efetivamente, executadas em seu governo.
Sua claque, somada a base política e imprensa “alugadas”, o acompanha em suas apresentações onde o cômico se mistura à ficção de seus discursos e realizações, onde a realidade torna-se visível apenas na flagrante “gastança” desnecessária do dinheiro público em eventos que se caracterizam como comícios.
Todos os seus atos, inclusive a apologia ao descontrole das finanças do Estado, são encarados naturalmente por quase todos e escancarados nas páginas dos órgãos da imprensa alugada, a qual não dispensa primeira página ao único Presidente, na história deste país, que prega abertamente a liberdade de transgredir.

Frases da semana

“Eu não tinha ouvido falar do mensalão. Tomei conhecimento pelas notícias da imprensa”.
“Acho que isso não aconteceu, até porque era impossível. Não havia a menor possibilidade de isso ser aceito por nós”.
Dilma Rousseff, sobre o mensalão em depoimento a Justiça, fazendo cara de paisagem e demonstrando uma tremenda cara-de-pau diante de um fato que quase todos os políticos tinham conhecimento.

39 morrem em semana de confrontos no Rio

Na Folha Online:
O número de mortos nos confrontos entre traficantes de drogas e a polícia no Rio já chega a 39 --sendo que três pessoas eram policiais militares e pelo menos seis eram moradores. Os tiroteios começaram no último fim de semana e, somente nesta sexta-feira, seis pessoas morreram, doze foram presos e dois adolescentes foram detidos durante operações em favelas do Estado.
O balanço da polícia não inclui as duas mortes registradas nesta quinta-feira (22) na favela Vila Cruzeiro, na Penha. Segundo a PM, as duas vítimas foram encaminhadas para o Hospital Getúlio Vargas durante a madrugada por um morador da favela, mas já chegaram mortas ao local. A polícia ainda investiga se as mortes têm relação com os confrontos dos últimos dias.
Também nesta sexta-feira, três moradores foram baleados durante tiroteio entre criminosos e policiais na favela Vila Cruzeiro, na Penha (zona norte). As vítimas de bala perdida foram levadas para o hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte da cidade.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, um homem de 51 anos, atingido no rosto, permanecia internado em estado grave no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da unidade até a noite de hoje.
Um homem de 57 anos que ficou ferido na perna foi atendido e liberado, já um aposentado de 86 anos, atingido por um tiro de raspão no tórax dentro de um supermercado localizado em uma das entradas da favela, também já recebeu alta.
A PM informou que uma mulher foi atingida de raspão em frente a uma padaria na comunidade, mas não precisou de atendimento médico e por isso não entrou na estatística.
Somente nesta sexta-feira, a polícia apreendeu na favela Vila Cruzeiro 71 trouxinhas e 70 sacolés de maconha, 64 sacolés de pó branco, 95 de crack, 1 kg de cocaína, um tablete de maconha, 1 kg de maconha, 2 kg de crack moído, cinco morteiros, 5.000 cápsulas para embalar droga. Duas pistolas foram apreendidas na favela do Jacarezinho (zona norte).
Na favela do Fumacê, em Realengo (zona oeste), seis corpos foram encontrados pela polícia no início da manhã desta sexta. A PM disse que as vítimas têm ligação com os confrontos que acontecem desde sábado (17) no Estado.
As operação policiais fazem parte das buscas por traficantes envolvidos nos ataques criminosos do último fim de semana, quando um helicóptero da corporação foi abatido pelos criminosos --três PMs morreram e três ficaram feridos.

FMI adverte Brasil sobre riscos de impostos do capital externo

Da Agência EFE:
O diretor do departamento da América do Fundo Monetário Internacional (FMI), Nicolás Eyzaguirre, defendeu a autonomia do Brasil para taxar a entrada de capitais estrangeiros, medida adotado nesta semana, mas advertiu sobre os riscos que a medida pode trazer para a economia.O governo brasileiro começou a aplicar na terça-feira uma medida que taxa em 2% os capitais estrangeiros que entram no país para investimentos em renda fixa ou variável, a fim de evitar que o real continue se valorizando frente ao dólar.
"Esse tipo de medida pode dar algum espaço de manobra para evitar a valorização (da moeda). Não vejo problema em impor impostos à entrada de capitais, mas deve ser aplicado a toda entrada de capitais e não dar margem à especulação", advertiu Eyzaguirre em entrevista coletiva realizada em São Paulo.Eyzaguirre apresentou no Brasil o relatório "Panorama Econômico Regional", divulgado em Washington sobre a economia da América Latina, o qual destaca que a crise mundial custará à região mais de US$ 150 bilhões.O funcionário, especialista no tema de controle de capitais, e que foi integrante do Banco Central do Chile e ministro da Fazenda de seu país, enfatizou no entanto que esse tipo de medida não deve ser generalizado."O FMI não tem jurisdição sobre o controle de capitais nos países, mas temos uma apreciação: que sejam abrangidas todas as formas possíveis. Não é um problema ideológico, mas pragmático, e como fazê-lo é um problema do Brasil", ressaltou.Do tributo aplicado pelo Brasil estão isentos os investimentos estrangeiros diretos (IED), já que o interesse do governo é "proteger a produção nacional, incentivar a volta de investimentos e preservar o emprego", segundo o ministro brasileiro de Fazenda, Guido Mantega.Para conter a alta do real, que neste ano já se valorizou 33% frente ao dólar, o organismo aconselhou ao Brasil retirar parte de suas medidas de estímulo econômico."O Brasil é um lugar que o mercado financeiro olha com apetite e emerge com força no meio de uma situação mundial medíocre. O problema é como conduzir esse sucesso para manter o crescimento com um controle de capitais. Deve-se ter certeza de haver um sistema regulador forte", disse.Segundo Eyzaguirre, "o Brasil deve ter capacidade institucional para (aplicar) medidas heterodoxas como impostos para a entrada de capitais".

FHC diz que governo tem mais "fariseus do que cristãos"

Da Agência Folha:
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou hoje, em Belo Horizonte, que a aliança montada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva parece possuir "mais fariseus do que cristãos", em referência a declarações do presidente dadas à Folha ontem. Na ocasião, Lula falou que, no Brasil, "Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão".
Segundo o tucano, "pessoas atrasadas" na política sempre existirão e elas "não podem ser jogadas fora, fazem parte do jogo". FHC disse, porém, nunca ter feito aliança com "Judas".
"O ruim é quando você faz alianças espúrias, quando são feitas não para um programa para a eleição, mas depois da eleição e para ganhar votos no Congresso. E, quando chega o momento, parece que tem mais fariseus do que cristãos. Aí fica difícil, inverte a lógica. Em vez de puxar o atraso para melhorar, você que é puxado pelo atraso. Isso não aconteceu comigo", afirmou.
Leia mais em aqui

Lula diz que Jesus se aliaria a Judas


O autor do furto não perdoa o dono da ideia que surrupiou

Da coluna do Augusto Nunes:
Por que o presidente da República fez questão de assassinar no berço todas as tentativas de investigar as gravíssimas denúncias envolvendo o presidente do Congresso? Novamente confrontado com a intervenção obscena durante a entrevista à Folha, Lula fez uma ressalva falaciosa antes de recitar a sinopse da Teoria do Homem Incomum: “É verdade que ninguém está acima da lei, mas é importante não permitir a execração das pessoas por conveniências eminentemente políticas”, cruzou para a pequena área. ”Sarney foi presidente. Os ex-presidentes devem ser respeitados, porque foram instituições. Não pode banalizar a figura de um ex-presidente”, aparou com a mão e mirou no ângulo.
Acertou o pau de escanteio. Quem se curvou a conveniências políticas foi Lula. Para manter no cargo um comparsa obediente, tornou-se cúmplice do senador metido em delinquências comprovadas. Para justificar a ação imoral e ilegal, decidiu que a lei deve respeitar um ex-presidente. Errado: um ex-presidente é que deve respeitar a lei, como qualquer cidadão. Lula acha que ex-presidentes são homens incomuns. Não são. A Constituição estabelece que todos os brasileiros são iguais. Ninguém é mais igual que os outros.
Enquanto chefiou a oposição, Lula desrespeitou em público, sempre acintosamente, José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. No poder, passou a aplicar seletivamente a regra do respeito. Vale para os três primeiros, com quem trocou insultos. Não vale para Fernando Henrique Cardoso, que jamais o ofendeu. Enquanto cobre de favores e afagos o candidato a réu, Lula não consegue ser sequer gentil com o ex-presidente sem contas a acertar com a Justiça.
Um dia antes da entrevista à Folha, ao lançar em Belo Horizonte um certo PAC das Cidades Históricas, Lula cometeu mais um furto de direitos autorais. A mudança de nome não impediu que até os casarões já demolidos de Ouro Preto reconhecessem o Documenta, criado em 2000 pelo governo Fernando Henrique. O cinismo poderia ter estacionado na omissão do nome do criador. Lula sempre vai mais longe. Recorrendo às generalizações malandras de praxe, retomou a ladainha de críticas cretinas ao dono da ideia que surrupiou.
“Teve um tempo em que a gente ficava indignada”, fantasiou deliberadamente o orador que não consegue perdoar o antecessor, a língua portuguesa e a verdade. ”Não tinha quase nenhuma recuperação do patrimônio histórico brasileiro e setores importantes da sociedade brasileira viajavam para a Europa para ver o grande patrimônio histórico europeu”. Graças ao Monumenta, 26 cidades foram contempladas com R$ 250 milhões desde 2000.
Há anos, Marisa Letícia ordenou a um serviçal que infiltrasse a estrela vermelha do PT, com quatro metros de diâmetro, no jardim do Palácio da Alvorada. O serviço foi executado com um implante de sálvias. O marido achou aquilo muito bonito. Não sabia que o jardim havia sido tombado pelo Patrimônio Histórico. Não sabia que Burle Marx foi o autor do projeto, doado ao governo brasileiro pelo imperador japonês Hiroíto. Não sabia quem era Burle Marx, nem Hiroíto. Nenhum espanto. Ele nunca se interessou por essas irrelevâncias. Não sabe nada de História. Mas conhece a história do programa que rebatizou e ampliou ligeiramente para apagar pegadas e pistas.
Lula não precisa tratar FHC como “instituição”. Algum respeito já basta.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Aécio quer ser candidato. Se for colaborará com a vitória de Dilma

Da Folha Online:
O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que o partido deve lançar em 2010 o candidato com maior potencial de crescimento nas pesquisas e de agregar alianças. Atrás do governador José Serra (PSDB-SP) nas pesquisas de intenção de voto, Aécio disse que o resultado delas não é tudo na escolha do candidato.
"E vamos buscar uma candidatura que esteja bem nas pesquisas, isso é sempre muito importante, mas que mostra um potencial também de crescimento e de atração para novos parceiros", disse ele, segundo sua assessoria.
O mineiro citou pesquisas encomendadas por militantes que teriam mostrado o crescimento de sua candidatura. "Eu, na minha opinião pessoal, acho que foi muito positiva para mim que foi o que mais cresceu da última pesquisa do Ibope para cá", disse. "As pesquisas daqui até dezembro ou janeiro não vão mudar muito. Não tem porque mudar muito. Acho que elas continuarão mais ou menos na mesma toada, com algumas poucas variações, talvez em função de uma ou outra exposição maior, ou um ou outro fato que venha a ocorrer, elas não mudarão muito até lá."
Ele afirma que apoiará a decisão do PSDB. "No momento em que ou partido decidir, eu vou estar absolutamente à disposição para ser candidato à Presidência da República, já disse isso à direção nacional do partido, ou para apoiar o candidato que o partido vier a escolher, até porque o governador José Serra é um belo nome que o partido tem à disposição."
Aécio defende que o nome do PSDB seja escolhido até janeiro. Já o grupo de apoio de Serra quer deixar essa decisão para março.
Comento: Aécio não é bobo. Sabe que se sair candidato perderá da mesma forma que Alckmin perdeu no último pleito. A base aliada ao governo Lula ( ou será alugada?) torce para que ele seja candidato para a vitória de Dilma ser mais rápida, já no primeiro turno. Aécio - que demonstra ser mais amigo de Lula do que parece - poderá ter um ministério num futuro governo de Dilma.
*O título é nosso

CNBB diz que Cristo não fez alianças com fariseus e ironiza declaração de Lula

O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Dimas Lara Barbosa, rebateu a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a necessidade de fazer alianças. Em entrevista à Folha Lula disse que Jesus Cristo teria que fazer uma coalizão com Judas se precisasse de apoio numa votação. "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão", afirmou Lula.
Dom Dimas disse que, apesar de Judas ser um dos discípulos de Cristo, Jesus não fazia alianças com "fariseus" --numa referência a pessoas que parecem uma coisa por fora, mas por dentro são outra.
O representante da CNBB ainda ironizou a declaração do presidente. "Para governar o Brasil? Estamos tão mal assim? Queria dizer que, sem dúvida Judas foi discípulo de Cristo, mas Cristo conhece o coração das pessoas e reconhece a liberdade de cada um. Cristo não fez alianças com fariseus. Pelo contrário, teve palavras duras para com eles. Deus conhece o coração das pessoas", afirmou.
Questionado se os fariseus nesse caso poderiam ser representados pelo PMDB, dom Dimas disse que não avalia alianças políticas.
Leia mais na Folha on line

Governo quer "esquecer" erro na conta de luz paga a mais pelos consumidores

Da Folha de S.Paulo:
Os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda tentam fechar hoje um acordo final com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre o caso de erro nas contas de luz. Ontem, técnicos do governo e da agência passaram o dia buscando uma solução na sede do MME, em Brasília. A Folha apurou que a solução posta à mesa tenta resolver a falha de agora em diante e dar como perdido o dinheiro pago indevidamente pelos consumidores ao longo dos últimos anos.
Reportagem da Folha no domingo passado revelou uma falha na metodologia de cálculo do reajuste tarifário que leva os consumidores brasileiros a pagar, pelo menos desde 2002, mais do que deveriam pela tarifa de energia elétrica.
Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), o erro faz com que os consumidores paguem R$ 1 bilhão a mais por ano nas contas de luz. A estimativa é que em sete anos a conta já tenha alcançado R$ 7 bilhões. A situação beneficia as 63 concessionárias de energia do país, que, em nota, afirmam que não há o que ser devolvido.
A Aneel pede ao governo, desde novembro de 2008, a revisão da portaria interministerial nº 25, publicada em 24 de janeiro de 2002 -instrumento cuja finalidade é averiguar, no ato da revisão tarifária, se os custos não gerenciados pelas distribuidoras (como a compra de energia dolarizada de Itaipu, o custo da transmissão do ponto de geração ao consumidor e o repasse ao governo dos tributos e dos 11 encargos embutidos na tarifa) estão zerados.
Pelo modelo vigente do setor elétrico, a parcela da tarifa que banca essas contas não pode gerar prejuízos para as concessionárias, tampouco lucro.
A remuneração das companhias se dá noutra parte da tarifa, nos chamados custos gerenciáveis (grosso modo, custo de operação e manutenção, gerenciamento de pessoal e remuneração do capital).
A falha detectada pelo TCU (em 2008) e pela própria Aneel (antes ainda, em 2007) ocorre porque o modelo aplicado para a definição da tarifa ignora o crescimento do mercado brasileiro. Nessa situação, o que no Brasil é quase regra, o consumo só se expande.
Leia mais aqui

Estrangeiro tirou R$ 1,3 bi da Bovespa por causa do novo IOF

A Bovespa registrou saída líquida de estrangeiros de mais de R$ 1 bilhão na última terça-feira, primeiro dia de vigência do IOF sobre os investimentos externos, segundo dados da BM&FBovespa divulgados nesta quinta-feira.
As vendas de ações por não-residentes superaram as compras em R$ 1,262 bilhão no dia 20, com a reação inicial após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciar a alíquota de 2% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre apliações em renda fixa e ações.
Naquele pregão, o Ibovespa fechou em baixa de 2,88%, maior queda diária em quatro meses. Durante os negócios, a queda chegou a ser de quase 5%.
Com isso, o superávit estrangeiro na Bovespa em outubro até a última terça-feira caiu para R$ 3,757 bilhões, ao passo que o saldo líquido no ano até a mesma data cedeu a R$ 21,764 bilhões.
(Informações da Agência Reuters)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lula começa a querer sair da cartilha economica de FHC

Charge Sinfrônio_Diário do Nordeste

Te cuida Serra!

De O Globo:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou nesta quarta-feira as críticas da oposição às suas viagens pelo país para inaugurar e vistoriar obras, e disse que ainda promoverá muitos eventos desse tipo até o fim de seu mandato.
A oposição questionou junto ao Tribunal Superior Eleitoral na terça-feira a caravana realizada por Lula para vistoriar as obras de transposição do rio São Francisco, acusando o governo de fazer campanha eleitoral antecipada. Na comitiva, Lula levou dois pré-candidatos a presidente, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE).
- Agora desgraçou tudo. Agora, os homens estão ficando nervosos porque estamos inaugurando obras - disse Lula durante cerimônia de lançamento de projeto de inclusão digital em Belo Horizonte (MG).
- É a primeira vez na vida que eu vejo alguém ficar nervoso porque se inaugura obra. Quando eu fazia oposição, eu ficava nervoso porque não tinha obra, não tinha escola, não tinha estrada, não tinha ponte, não tinha nada - acrescentou.
Comentário de Ricardo Noblat: Ninguém reclama das inaugurações que Lula faz - e que por ora têm sido poucas. Reclama-se do uso de viagens administrativas para fazer campanha eleitoral. Essa é a questão. Lula sabe disso, mas finge que não.
Leia mais aqui

Os festeiros zombam de quem paga a conta da gastança

Não por terem atropelado alguma lei, mas porque mentiram, Ted Kennedy não chegou à presidência dos Estados Unidos, Richard Nixon foi despejado da Casa Branca e Bill Clinton quase teve o mandato amputado. Coisa de gente colonizada por puritanos, murmuram os brasileiros espertos. Pode ser. Mas também é coisa de quem sabe que, num regime democrático, o povo manda. Se um funcionário público mente, perde a confiança do patrão. Se não se comporta direito, perde o emprego. Os americanos, como todos os habitantes dos demais países civilizados, sabem disso. Os brasileiros nem desconfiam.
Se ao menos desconfiassem, já teriam ordenado aos festeiros do São Francisco que calassem a boca e devolvessem o dinheiro do desperdício. O passeio que manteve a turma longe do trabalho por três dias úteis custou R$ 400 mil. O governo não é uma entidade lucrativa. Todas as despesas são bancadas pelos pagadores de impostos. Essa foi mais uma. Pois os delinquentes não só se recusam a pedir desculpas como prometem reprisar a afronta quando e onde desejarem.
Não foi uma inspeção de obras. Foi uma sequência de comícios. Segundo a lei, isso só poderia acontecer depois de 5 de julho de 2010. O presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, não fez mais que enxergar o vale-tudo. Foi convidado por Marco Aurélio Garcia, uma abjeção homiziada no Planalto, a manifestar-se apenas nos autos dos processos. Tarso Genro, um bacharel de grotão que desonra o Ministério da Justiça, autorizou o presidente infrator a continuar delinquindo. “Os home estão ficando nervoso porque estamo inaugurando obra”, berrou em Belo Horizonte o Exterminador do Plural.
Na farra do São Francisco, o governante em trânsito não inaugurou obra nenhuma. Não havia nada a inaugurar, além de tendas de sheik de araque improvisadas no sertão. Se mentira desse cadeia, o condutor do rebanho e os devotos da comissão de frente estariam todos condenados à prisão perpétua. Excitados pela sensação de impunidade, já passaram ao furto ostensivo. O ministro Guido Mantega confessou há dias o desvio de R$ 3 bilhões das restituições do Imposto de Renda para socorrer o caixa esvaziado pelos pródigos incuráveis. Lula desmentiu a confissão com outra mentira, prontamente avalizada pelo subalterno.
O golpe só mudou de cara. Em vez de simplesmente adiar a restituição, a Receita Federal resolveu obstruir o caminho do pagamento com cobranças impertinentes, dúvidas improcedentes e outros truques cafajestes. Enquanto esperam, os homens comuns continuam extorquidos pela retenção do imposto na fonte. Não faltou verba para a gastança no São Francisco.
O brasileiro padrão não sabe que é o patrão do país, que é dono do próprio destino e que o empregado é o governo. Enquanto acreditar na existência de homens providenciais, será enganado até por oportunistas que não sabem ler nem escrever.

Faz um mês que o filhote de Hugo Chávez está no colo do Brasil

Da coluna do Augusto Nunes:
Manuel Zelaya completou nesta quarta-feira o primeiro mês de hospedagem na antiga embaixada brasileira em Honduras. A coluna já arranjou um emprego de presidente de acampamento do MST para o presidente sem país a presidir. E procura um ofício que agrade a Xiomara Zelaya ─ dama de companhia de Marisa Letícia é o recomendado pela maioria dos leitores. Nem assim os proprietários da Pensão do Lula se animam a desocupar o casarão em Tegucigalpa.
Se depender do resto do país, o hóspede ficará onde está muitos meses mais. Se depender do resto do mundo, ficará até o fim da vida. Os hondurenhos estão felizes com a conquista da vaga na Copa da África do Sul e mais interessados na eleição do próximo presidente que na discurseira do deposto. O governo interino vai emperrando as negociações por saber que, escolhido o futuro chefe de governo, Zelaya será reduzido a uma antiguidade sem serventia.
Já virou notícia pouco relevante nos jornais de Honduras. Na edição de hoje, La Tribuna destaca no alto da página a impressão de 14 milhões de cédulas eleitorais. As conversas entre representantes de Zelaya e do presidente em exercício, Roberto Micheletti, comprimem-se em poucos centímetros no rodapé. Só alguns soldados da imprensa brasileira se recusam a encerrar a guerra contra o ”governo golpista”, virtualmente esquecida pelos demais jornais do planeta. O mundo tem mais o que fazer. Até Hugo Chávez prefere tratar de outras confusões.
Passados 30 dias de hospedagem, Zelaya é um problema do Brasil. E o Planalto tem de escolher entre duas opções. A primeira é enquadrar o companheiro na categoria dos asilados políticos, embarcar o casal presidencial num avião fretado e alojá-lo por aqui. A segunda é proclamar a independência do terreno do casarão, anexá-lo ao mapa do Brasil, promovê-lo a província autonôma e eleger Zelaya governador-geral. Ou presidente.
O segundo caminho combina com o governo Lula. O primeiro é o que a sensatez recomenda.

STF examina os contratos ilegais da Fundação Geap

O Supremo Tribunal Federal já analisa as ilegalidades nos convênios da Fundação Geap com 89 órgãos públicos. Entidade privada, a Geap finge ser plano de saúde estatal para tomar mais de R$ 1 bilhão por ano do Tesouro, sem que o Tribunal de Contas ou a Corregedoria Geral da União a fiscalize. Os contratos são mascarados de convênios para driblar a licitação. E pode virar estatal sem lei que a tenha criado.
O TCU foi unânime (8x0): entidade de “autogestão”, a Geap só pode prestar serviços a dois ministérios e duas autarquias que a criaram.
Recorre-se sempre a uma velha chantagem para a Geap manter seus contratos ilegais: “a interrupção do serviço prejudicaria os servidores”.
A Geap se define como entidade de “autogestão”, mas é aparelhada por militantes do Partidos dos Trabalhadores.

Suplicy Urgente! A calcinha da Sabrina Sato é de Renda Mínima?

Do site Eramos Seis:
Continua a polêmica sobre a cueca do Suplicy! Avisa pro Emílio do Pânico que eu não quero ver o Suplicy de cueca, eu quero ver a Sabrina Sato SEM CALCINHA! E avisa pro Suplicy que a calcinha da Sabrina é de Renda Mínima! E deu na coluna da Mônica Bergamo que a Marta Suplicy tá lançando um site. Martabotox.com? A Marta Suplicy é PT: Perua de Tailleur. E no site ela dá dicas de comportamento. Imagine as dicas dela: “Como Aplicar Botox até ficar mais esticada que o mandato do Chavez.” “Como Ouvir um discurso do Suplicy sem ficar com depressão e dormir em pé”. “Como Ouvir o CD do Supla sem tapar os ouvidos e sentir um desejo incontrolável de arremessar o CD no rio Tietê.”E por falar em absurdos, acabei de receber uma charada sobre cinema. “A Dilma dá um beijo no Lula, qual é o nome do filme?” O Beijo do Dragão. E atenção, internautas! A enquete do Éramos 6 continua bombando: “Qual famoso merece o Troféu Ai que Vergonha 2009?”
1-) O Suplicy de cueca.
2-) O Rubinho com o pneu furado.
3-) O Galvão torcendo pra chover.
4-) O Joel Santana falando inglês.
E só faltou uma alternativa pra essa enquete: o Zé Mayer pegando a Giovana Antonelli depois de tomar 10 comprimidos de Viagra. Viu que ele já tá traindo a Helena? O Zé Mayer é o galã da Terceira Idade. Ou, como disse a minha vizinha: “Zé Mayer é GGG: galã, galinha e gostoso.” E aí uma repórter perguntou pro Zé Mayer: “Você acha que excesso de sexo provoca surdez?” “O queee? Heeeein? Não tô ouvindo nada.” Zé Mayer, o nosso galã-galinha. E como diz o Zé Mayer: “Deus é 10, Robinho é 11, uísque é 12, Zagallo é 13 e acima de 14 eu tô pegando.”
*Texto de Ciro Botelho

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Festival de pizza

Dilma diz que só ouviu falar do mensalão pela imprensa: Foi pela imprensa que a ministra Dilma Rousseff diz que ouviu falar de "mensalão".
Tudo que sabe sobre o mensalão foi publicado pela imprensa.
Nunca ninguém lhe pediu nenhuma vantagem financeira para aprovar projetos do governo no Congresso.
Nunca viu na vida o publicitário mineiro Marcos Valério, um dos cérebros do mensalão.
Quanto ao seu ex-colega de governo, José Dirceu, considera que ele foi injustiçado. Tem por ele "grande respeito".
Em resumo, foi tudo o que Dilma disse em depoimento à juíza Pollyana Kelly, da 12ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.
Ela foi ouvida na condição de testemunha de defesa dos ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Janene (PP-PR), acusados de participar do esquema do mensalão - o pagamento de propina a parlamentares para aprovar projetos do governo no Congresso.
O depoimento durou uma hora e meia. A ministra foi ouvida em uma sala próxima do seu gabinete no Centro Cultural Banco do Brasil. Ao chegar à sala, ele deu dois beijinhos na juíza. Que retribuiu.
*Severino Mota no Blog do Noblat

A guerra do Rio é uma metáfora cavilosa

De Elio Gaspari em O Globo:
O Rio ganhou um novo problema, a blindagem dos helicópteros da polícia (e por que só os da polícia?). Os três jovens mortos na entrada do Morro dos Macacos são uma nota de pé de página. Três dias de desordens nas estações da SuperVia já são coisa do passado. De uma hora para outra, o carioca sente-se num cenário de "Tropa de elite".
Primeiro ele parou de caminhar pelas ruas do bairro depois do jantar. Um país com a taxa de fecundidade de 6,3 filhos por casal não podia ir para a frente. Depois, faz tempo, surgiram as grades nos jardins do recuo dos edifícios. Do Leblon ao Leme há algo como 10 mil metros de calçadas gradeadas, mas não poderia ser diferente: nessa época a população favelada do Rio dobrara, de 335 mil pessoas para 722 mil.
Isso acontecia numa cidade em que, até 1983, pareceu irrelevante o fato de os ônibus não passarem pelo Túnel Rebouças, inaugurado em 1966. Parecia natural que a choldra da Zona Norte não tivesse acesso fácil a Copacabana e Ipanema.
Na virada do século foi preciso blindar o carro. Pensando bem, era uma impropriedade estatística. A taxa de fecundidade das brasileiras caíra para 2,9 filhos por casal. Estavam nascendo menos pobres, portanto, não fazia sentido que a população favelada chegasse a 722 mil almas, quase 15% da população da cidade.
Aos perigos e transtornos impostos ao carioca somou-se a cenografia de uma guerra. A crise da segurança pública do Rio não é uma guerra. Pode ser pior, mas não é guerra. Os quatro anos da ocupação alemã em Paris foram menos cruentos que quaisquer quatro anos do Rio, desde 1980.
A ideia de uma guerra pressupõe um inimigo perfeitamente identificado e a disposição de se utilizar todas as forças disponíveis para submetê-lo. Guerra pressupõe tentar devolver o Vietnã do Norte à Idade da Pedra.
Não há guerra no Rio, o que há é uma metáfora de conveniência. Ela cria o cenário da emergência, mas não pode dar o passo seguinte, que seria o reconhecimento de que uma parte da cidade está em guerra com outra, como aconteceu na Argélia, ou na África do Sul da fase mais agressiva do apartheid.
Esse passo não é dado porque, apesar dos surtos demofóbicos, a sociedade brasileira nunca se associou a um projeto desse tipo. Colocando a coisa de outro modo: o pedaço da sociedade que seria capaz de apoiar uma política de violência segregacionista, levando-a a consequências extremas, ainda não tem coragem para vocalizar suas propostas e não haverá de tê-la nos próximos anos. Pensar que essa linha de pensamento não existe é colocar a ingenuidade a serviço das boas maneiras.
A metáfora da guerra não define o inimigo mas, cavilosamente, deixa-o subentendido. Ele está na favela ("fábrica de marginais", na definição do governador Sérgio Cabral). Essa guerra sem inimigo produz cenários, cenas de batalha, vítimas e juras de vingança, nada mais. Tudo fica parecido com "Tropa de elite".
Uma metáfora pode sustentar um filme, mas não resolve as questões da segurança de uma cidade. Se o clima de guerra sair da agenda do Rio não há qualquer garantia de que as coisas melhorem, mas pelo menos será retirada a cortina de fantasia que mascara políticas públicas fracassadas.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Frase do dia

"Tudo indica que vão pedir a mão do Michel Temer em casamento. Será um jantar de noivado"
Romero Jucá, expoente do PMDB de Roraima, líder do governo no Senado, com cara de tio desempregado do noivo, suando de ansiedade horas antes da conversa em que a famiglia combinaria com o PT o tamanho do dote da noiva e a ajuda de custo para a lua-de-mel.

Lula quer virar Pedro II

Da coluna do Augusto Nunes:
No primeiro dia da Grande Viagem pelo São Francisco, o país ficou sabendo que o maior dos presidentes é também muito melhor que os dois imperadores. D. Pedro I foi ultrapassado em 6 de setembro, quando Lula, de uma vez só, anunciou o Descobrimento do Pré-Sal e proclamou a Segunda Independência. D. Pedro II capitulou nesta semana, na cidade mineira de Buritizeiros, durante o improviso do chefe da nação e chefe da caravana de pais-da-pátria convocada para conferir, olho no olho, a transposição das águas do rio.
“Nós nos damos até o luxo de fazer uma obra que dom Predo queria fazer há 200 anos atrás”, informou. A inversão das letras no nome ilustre reitera que o orador precisa contratar urgentemente um revisor oral instantâneo. O recuo no tempo avisa que alguém tem de enfiar noções de História na cabeça do presidente que nunca estudou: em 1809, quem reinava no Brasil era o pai do primeiro imperador e avô do segundo. A omissão do I ou do II acompanhando o Pedro mencionado no discurso sugere que Lula, embora desconfie de que o Pedro da transposição foi aquele de barbas brancas, acha que alguém resolveu embaralhar ainda mais a memória do Brasil com a troca dos algarismos romanos. Desde que viu os retratos dos dois, não acredita que o moço com cara de quem está pensando na mucama seja o pai do outro com cara de avô.
Não importa: Lula fez em menos de sete anos o que não fizeram, juntos, todos os Orleans e Bragança. “Quase 200 anos depois”, continuou a fala do trono, já de volta aos inimigos da República, “essa obra não conseguiu andar para a frente, porque nós tivemos muitos governantes de duas caras, que prometiam fazer a obra em um Estado e não faziam”. Se fosse só a transposição do São Francisco, Lula nem perderia tempo com a multidão de bifrontes. Mas tem todo o direito de queixar-se da trabalheira o presidente que, como os antecessores nada fizeram, também teve de acabar com a fome, erradicar o analfabetismo e fabricar em poucos meses um sistema de saúde que está perto da perfeição. Sem falar do tsunami reduzido a marolinha. Fora o resto.
“A água é criada pela natureza, o rio é federal, é o rio da integração nacional”, concluiu o rei do improviso, que apareceu na escala seguinte já encarnando o déspota não esclarecido. Ao longo de 3 dias, levou Dilma Rousseff para não pescar nenhum peixe, autorizou o povo do Nordeste a comer cobras, calangos e passarinhos, ordenou a José Serra que fique esperto e se limite a governar São Paulo, dormiu em aposentos de barão sertanejo, comparou a ONU a uma fruta caindo do galho, foi o primeiro a acordar e o último a dormir, cantou muito, conversou muito, comeu muito e bebeu socialmente. Tremenda viagem. Melhor que isso, só uma eleição presidencial com dois candidatos: “Só nós contra eles, pão, pão, queijo, queijo”, vislumbrou o olhar de comício.
Quem poderá resistir a uma candidata escolhida por quem fez a transposição que vai acabar com a sede e a seca no sertão? É verdade que o que foi investido na revitalização do rio representa apenas 3,88% do total. É verdade que o conjunto da obra mal chegou a 15%, que o dinheiro chega sempre com atraso, que a coisa vai demorar. Mas só os famosos 6% de descontentes encontram tempo para lembrar-se disso bem na semana em que o maior dos presidentes ficou pronto para virar Pedro III.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O NOSSO IRAQUE: 19.500 PESSOAS DESAPARECIDAS E 4.650 TRAFICANTES MORTOS EM QUATRO ANOS, NO ESTADO DO RIO!

Helicóptero da PM do Rio abatido por traficantes
1. Normalmente, as estatísticas de mortes violentas tratam dos homicídios e latrocínios, e com esses números se faz as comparações internacionais. No caso do Estado do Rio, e provavelmente do Brasil, há que se fazer uma estatística paralela para expressar o quadro geral de violência, SEM incluir os homicídios e latrocínios.

2. Para isso, as estatísticas oficiais do Instituto de Segurança Pública (ISP-SSP-RJ) fornecem números assombrosos, macabros. Destaco 3 tipos de ocorrências. Em primeiro lugar, "Pessoas Desaparecidas", em grande parte mortas e com cadáveres ocultos. Em segundo, os "Autos de Resistência", ou pessoas mortas em confronto com a polícia, traficantes, delinquentes, segundo a polícia.

3. Finalmente, o encontro de Cadáveres e Ossadas. Supondo que cadáveres e ossadas correspondam a pessoas desaparecidas em períodos anteriores, mesmo sendo um volume relevante, 50 por mês ou 600 por ano, exclui-se, para evitar dupla contagem.

4. As estatísticas oficiais do ISP mostram nos anos 2006, 2007, 2008 e 2009 até agosto, a média mensal de 406 pessoas desaparecidas, ou 19.500 em 4 anos. Os autos de resistência alcançam 97 pessoas (traficantes/delinquentes) por mês, ou 4.650 em 4 anos. É provável que a quase totalidade das pessoas desaparecidas o seja pelos confrontos dentro do tráfico de drogas, e outros do crime organizado.

5. Sendo assim, nos últimos 4 anos, no Estado do Rio, 24.150 pessoas desapareceram/morreram num quadro de ação do crime organizado, provavelmente relacionados a esse. Os números nos anos anteriores são iguais ou maiores. Desta forma, temos num período de 10 anos, 60 mil pessoas desaparecidas/mortas pela violência associada ao crime organizado no Estado do Rio. Em tempo: (euronews, 17/10/09) "Em conferência de imprensa, no Pentágono, o general George Casey afirmou sobre o número de mortos no Iraque desde março de 2003: Nunca vi números superiores a 50 mil, disse o responsável militar."

Rubinho Barichello

Chage de Sinfrônio-Diário do Nordeste

Mobilização do CNJ descobre cinco milhões de processos sem baixa

No Estadão:
BRASÍLIA - Acostumados a trabalhar sem dar satisfações sobre resultados, os juízes se defrontaram com uma novidade decidida e anunciada no 2º Encontro Nacional do Judiciário, em fevereiro. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu a chamada meta 2 para a identificação e julgamento, ainda neste ano, de todos os processos ajuizados até 31 de dezembro de 2005.
O pente-fino nos arquivos ajudou numa descoberta impressionante: 5 milhões de processos estavam julgados em definitivo, mas engordavam a estatística da morosidade do Judiciário, pois ainda não haviam recebido baixa. Além desses, havia 5,2 milhões de ações anteriores à espera de julgamento há mais de quatro anos.
Um processo julgado, mas não baixado, aparece para a Justiça como se ainda estivesse pendente. Um réu absolvido, após ser acusado por um crime, continua com a ficha suja até que haja a baixa do processo. Mas o efeito das sentenças independe da baixa. Uma condenação, por exemplo, passa a valer imediatamente após a publicação do acórdão, mesmo que o processo ainda conste nas estatísticas dos pendentes.
- O CNJ não persegue ninguém, não é um órgão de repressão - disse ao Estado o corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp. - Estamos apenas trabalhando em cima do problema mais grave do Judiciário, que é a falta de planejamento e gestão - acrescentou.
As primeiras críticas à meta 2 partiram dos juízes, que já se dizem sobrecarregados e afirmam que impor metas quantitativas para julgamentos pode provocar decisões erradas.
Mas o CNJ bateu pé e os juízes passaram a perseguir o cumprimento da meta. - O cartório da Vara do juiz de primeiro grau e o gabinete do desembargador não são feudos impermeáveis a novos métodos. Não basta que o juiz e os servidores trabalhem muitas horas. É preciso trabalhar de modo eficiente - disseram os juízes no relatório da inspeção no Pará.
Desde o início do ano, os magistrados julgaram 1,4 milhão (27%) do total de 5,2 milhões de ações identificadas como pendentes. Restam, portanto, 3,8 milhões para os próximos dois meses. Segundo o CNJ, a meta já foi cumprida pelos tribunais regionais do Trabalho das 11ª, 13ª, 14ª, 16ª e 22ª regiões, pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do Amapá e do Acre e pelo Superior Tribunal Militar (STM). Outros estão próximos de atingir o objetivo.
Mas nem todos chegarão lá, admitem o presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes, e o corregedor Dipp. Mas 70% de todos os processos ajuizados até 2005 devem estar julgados até o final do ano. Não há punição para quem descumprir a meta, mas, como todos os números serão divulgados, os magistrados poderão ser cobrados pelo desempenho.
Uma forma de buscar o saneamento dos processos antigos foi promover semanas de conciliação nos tribunais. As partes foram chamadas para discutir a possibilidade de um acordo. Entre 14 e 19 de setembro, o mutirão da conciliação homologou 25.723 acordos em 69.728 audiências.
Além da meta de julgar os processos antigos, os tribunais têm outras nove balizas traçadas que envolvem a informatização dos processos e a implementação de sistemas para controlar a execução das penas.
*Informações do jornal O Estado de S. Paulo

Suplicy diz que cueca vermelha foi brincadeira e nega quebra de decoro

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) não cansa de protagonizar cenas inusitadas no Senado. Depois de usar os microfones do plenário para cantar e subir na tribuna para levantar um cartão vermelho ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), o petista desfilou ontem pelos corredores do Senado trajando uma cueca vermelha por cima do terno.
Suplicy afirmou que atendeu a um pedido da apresentadora Sabrina Sato, do programa "Pânico na TV", da Rede TV. A ideia era que ele ficasse parecido com o personagem do Super-Homem. A gravação deve ser exibida no próximo domingo. O senador disse que a cena não passou de uma "brincadeira". Segundo o petista, a apresentadora estava em busca de senadores super-heróis.
"Ela [Sabrina] me procurou perguntando se no Senado existiam super-heróis. Eu disse que nesta Casa há muitos senadores batalhadores que lutam por causas enobrecedoras e lembrei que eu sou o autor do projeto que deu origem a lei da renda básica de cidadania. Ela disse que tinha um presente para me dar e me ajudou a colocar a sunga", disse.
Suplicy disse que não teme nenhum desgaste por causa do episódio. "Foi uma brincadeira. Não ofendi ninguém. Não acredito que tenha sido uma quebra de decoro parlamentar", afirmou.

Relatório da CPI das ONGs vê braço do MST na Câmara

Relatório da CPI das ONGs, no Senado, mapeou entidades ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que contam com representantes na Câmara a trabalhar por mais verbas para si, informa reportagem de Fernanda Odilla, publicada nesta segunda-feira pela Folha.
Segundo a reportagem, o documento revela que parte delas recebeu mais recursos da União depois que seus representantes foram trabalhar para deputados.
O texto cita assessores e ex-assessores dos deputados petistas Marco Maia (RS), Assis do Couto (PR), Anselmo de Jesus (RO) e Adão Preto (RS), já morto.
A Folha informa que o documento deu base para as quebras de sigilos de ao menos quatro entidades parceiras do MST que receberam cerca R$ 50 milhões dos cofres públicos --Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola), Concrab (Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil), Cepatec (Centro de Formação e Pesquisas Contestado) e Fetraf-Sul (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul).