sábado, 5 de dezembro de 2015

Dilma pensou em deixar o PT


A presidente acredita que os escândalos envolvendo o partido abalam ainda mais sua imagem. Por ora, nada muda
Nas últimas semanas, a presidente Dilma Rousseff cogitou seriamente deixar o PT. O assunto foi discutido com os ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini. Dilma acredita que as falcatruas em que o partido está metido na Lava Jato a deixam ainda mais vulnerável. 
Após a autorização para o processo de impeachment na quarta-feira, o assunto voltou para a gaveta. 
Mas não foi esquecido.

Vaccari disse que "era necessário" pagar a campanha de Dilma.

Os depoimentos de Ricardo Pessoa não constam do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.
Constam, porém, do processo que corre no TSE.
E são devastadores.
Ricardo Pessoa prestou 29 depoimentos em maio deste ano, que foram publicados integralmente pelo STF na última quinta-feira.
A Folha de S. Paulo reproduziu as passagens mais importantes.
Ricardo Pessoa contou que se encontrou três vezes com Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff: duas vezes no comitê central do partido e uma vez na sede da UTC.
O contato com Edinho Silva foi feito a pedido do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, com quem Ricardo Pessoa negociava a propina dos contratos da Petrobras.
João Vaccari Neto disse a Ricardo Pessoa "que era necessário contribuir para as eleições de 2014, inclusive para a campanha presidencial".
Isso mesmo: “era necessário” dar dinheiro para a campanha Dilma Rousseff. (Antagonista)

Um país nada sério.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Não há lugar para dilmas e cunhas no Brasil que vai brotar das cinzas do lulopetismo.


Por Augusto Nunes

O pedido de impeachment formulado por Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr foi entregue em 21 de outubro ao presidente da Câmara, que certamente leu o documento antes de dormir. Por que demorou tanto para descobrir que os argumentos arrolados pelos dois juristas tinham solidez suficiente para justificar a abertura do processo? Por que deixou para fazer neste 2 de dezembro o que poderia ter feito há 40 dias? Porque o terceiro homem na linha de sucessão não tem tempo para pensar no país, nos brasileiros ou em outras irrelevâncias. Eduardo Cunha só pensa em Eduardo Cunha. 

O presidente da Câmara dos Deputados foi denunciado por corrupção, em 10 de agosto, pelo procurador-geral Rodrigo Janot. De lá para cá, nem mesmo em feriados e dias santos deixou de aparecer no noticiário político-policial. Para livrar-se da enrascada em que se meteu com a descoberta das contas na Suiça, virou exportador de carne enlatada (para países africanos), namorou a oposição, flertou com o PT e por pouco não voltou a amasiar-se com o governo. Por que Dilma demorou 100 dias para descobrir que Eduardo Cunha faz o que fazem seus bandidos de estimação? Porque só pensa em manter o emprego. 

Nesta quarta-feira, Cunha fez a coisa certa porque deu errado o acordo que lhe garantiria o apoio do PT no Conselho de Ética. Melhor assim. Mas o Brasil decente não lhe deve nada. O que está em curso é uma ofensiva do país que presta contra um fantasma que zanza pelo Planalto. É um confronto entre a nação com cérebro e uma nulidade desmoralizada pela corrupção e pela inépcia. Esse embate não pode ser reduzido a um duelo entre filhote do baixíssimo clero e a mãe do Petrolão. O Brasil que há de brotar das cinzas do lulopetismo não tem lugar para nenhum dos dois. 

O Congresso faz o que o povo quer, repetia Ibsen Pinheiro, presidente da Câmara durante o processo de impeachment de Fernando Collor. Também desta vez assim será. Os cunhas e as dilmas não passam de figurantes. Acabarão confinados em asteriscos nas páginas escritas por milhões de indignados. Esses sim são os reais protagonistas da história. E sabem que o fim da era da canalhice começa pela remoção do poste que Lula instalou no coração do poder. 

Entre os detidos em protestos de falsos estudantes, uma aluna de jornalismo, funcionária da Prefeitura de SP.

(Foto: Reprodução/TV Globo)
E os petistas e esquerdistas menos relevantes continuam a promover bloqueios de ruas de São Paulo, sempre com grupelhos de meia dúzia de gatos-pingados. O pretexto é falso: o fechamento de escolas estaduais, o que não vai acontecer.
Já foram registrados protestos em ao menos dez vias da capital paulista. Os ditos alunos chegaram a travar o cruzamento da avenida Angélica com a avenida São João, na região central, mas foram dispersados pela Polícia Militar. No início da tarde, invasores do colégio Fernão Dias, localizado em Pinheiros, fecharam o cruzamento das avenidas Nove de Julho e Cidade Jardim.
Nos protestos desta quinta, quatro manifestantes foram detidos, sendo três maiores de idade e um menor. Entre eles está uma estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero chamada Isabela. Tem 21 anos e é funcionária da Prefeitura de São Paulo.

Impeachment, passo a passo.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Dilma ataca Cunha, mente e nada fala sobre razões do impeachment.

A presidente Dilma Roussef durante coletiva no Palácio do Planalto após o presidente da Camâra, Eduardo Cunha, autorizar a abertura de um processo de impeachment. (Ueslei Marcelino/VEJA)

Presidente usou discurso para atribuir acolhimento do pedido de impeachment a revanche. 

Disse que nunca barganhou com o peemedebista e se calou sobre mérito do documento que pede sua deposição


A presidente Dilma Rousseff se pronunciou por volta das 20h30 desta quarta-feira sobre a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acolher o pedido de impeachment contra ela. Metade do discurso foi dedicado a cotoveladas em Cunha. A outra, a mentiras - a presidente negou que o Planalto tenha tentado barganhar o arquivamento do documento em troca dos votos petistas a favor de Cunha no Conselho de Ética. Nenhuma frase tratou do mérito do pedido encaminhado pelos juristas Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Jr. 



Ao tomar conhecimento da decisão de Cunha, a presidente se reuniu com seus ministros mais próximos, como Jaques Wagner (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça).



Em seu pronunciamento, ela estava acompanhada por onze ministros, inclusive do PMDB, partido de Eduardo Cunha. Dilma tentou solapar a legitimidade do processo impeachment com o argumento de que Cunha já não tem condições de presidir a Câmara. 



Em um ataque direto a Cunha, ela afirmou que "não possui bens no exterior" e que "nunca coagiu ou tentou coagir" pessoas. Cunha responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de ter contas secretas na Suíça onde teriam sido depositadas propinas do escândalo do petrolão e foi oficialmente acusado pelo doleiro Alberto Youssef de ter mandado o coagir na CPI da Petrobras. 



Ela afirmou que recebeu com "indignação" a atitude do deputado. Dilma disse que a tentativa de deposição não tem fundamento e que o processo que pode levar a seu afastamento do Palácio do Planalto é uma ofensiva "contra um mandato democrático conferido a mim pelo povo brasileiro". A presidente reforçou, assim, o discurso petista, já propalado nas redes sociais do partido, segundo o qual o impeachment seria um golpe contra a democracia. "Não podemos deixar conveniências e interesses inconfessáveis abalar a democracia", resumiu. "[Os argumentos] são inconsistentes. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim", alegou. 



Dilma afirmou ainda que nunca autorizou qualquer tipo de barganha entre representantes do governo e o presidente da Câmara. "Eu jamais aceitaria qualquer tipo de barganha que colocasse em risco o funcionamento das instituições ou o Estado democrático de direito", disse. No entanto, durante toda a tarde o governo procurou Cunha para oferecer-lhe uma última tentativa de acordo: não apenas os três votos no Conselho de Ética como uma defesa pública do peemedebista. 



O pedido - A linha de defesa adotada no governo é de eficácia duvidosa. Não é o caráter de Cunha que estará em julgamento a partir de agora: a decisão de dar seguimento ao processo é do Congresso e a questão que os parlamentares terão de analisar é a das pedaladas fiscais. 



No dia 21 de outubro, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu o pedido de impeachment que começará a tramitar no Congresso. Elaborado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr e pela criminalista Janaina Paschoal, o documento elenca argumentos com base nos quais a petista deveria perder o mandato. Os autores alegam que Dilma cometeu crime de responsabilidade, por exemplo, por manter as chamadas pedaladas fiscais em 2015, com atrasos de repasses de recursos do Tesouro a bancos públicos, como o Banco do Brasil, o BNDES e a Caixa Econômica, e omissão de passivos da União junto a essas instituições. 



A tese considerada crucial por Cunha, porém, foi o fato de o governo federal ter editado decretos sem número para abrir créditos sem autorização do Congresso Nacional. Isso já foi motivo para a rejeição das contas do governo e, na avaliação do peemedebista, configura crime de responsabilidade. "A argumentação para 2015 envolve a edição de decretos sem número no montante de 2,5 bilhões de reais que foram editados em descumprimento à lei orçamentária", disse o presidente da Câmara. Pela Lei 1079, de 1950, é crime de responsabilidade "infringir, patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei orçamentária" e "ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal". Sobre esses fatos, Dilma se calou. 



Confira a íntegra do pronunciamento da presidente:  

Boa noite a todos. Dirijo agora uma palavra de esclarecimento a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. No dia de hoje, vocês viram foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei que atualiza a meta fiscal, permitindo continuidade de serviços públicos fundamentais para todos os brasileiros. Ainda hoje recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro. São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam esse pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais, nunca coagi nem tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública. Nos últimos tempos e em especial nos últimos dias, a imprensa noticiou que havia interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment. Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública. Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido, bem como a seu justo arquivamento. Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade do nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado democrático de Direito. Obrigada e todos vocês e muito boa noite.
         *Por Laryssa Borges, de Brasília - Veja.com

Cunha aceita pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

Presidente da Câmara acatou argumentos da peça apresentada pelos juristas Hélico Bicudo e Miguel Reale. 

Seguimento do processo agora terá de ser votado em plenário.
A presidente Dilma Rousseff
(Ueslei Marcelino/Reuters)
A crise política que o governo Dilma Rousseff atravessa atingiu nesta quarta-feira seu mais alto grau até agora: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment contra a presidente. Cunha deu aval à representação ingressada no dia 21 de outubro pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal e que foi endossada por partidos de oposição. A decisão se dá justamente no dia em que a bancada do PT fechou questão pela continuidade das investigações contra Cunha no Conselho de Ética, que podem dar ensejo à perda do seu mandato. Pressionado pela militância, a bancada acabou por ir contra os interesses do Palácio do Planalto, que trabalhava para poupar o peemedebista do processo de cassação - ao negar a Cunha os três votos que o salvariam no colegiado, a legenda acabou por selar também o destino de Dilma. 


Pouco depois do anúncio petista, o gabinete de Cunha foi palco de umverdadeiro entra e sai de deputados: o peemedebista convocou aliados e membros da oposição para informá-los de que estava decidido a anunciar uma decisão até hoje e consultar os parlamentares sobre o caminho a seguir. Instaurou-se, então, um clima de grande expectativa. Participaram das reuniões com o presidente da Casa o ex-deputado Sandro Mabel (PL-GO) e os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Jovair Arantes (PTB-GO), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Mendonça Filho (DEM-PE). Além do impeachment, os parlamentares discutiram alternativas para barrar o seguimento do processo contra Cunha no Conselho de Ética. A oposição, então, se reuniu no gabinete do PSDB. 



O documento protocolado pelos juristas traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais. 



A autorização de Cunha é apenas o primeiro passo para o processo de impeachment. Agora, deve ser criada uma comissão composta por representantes de todas as bancadas da Câmara para emitir um parecer favorável ou contrário à continuidade da ação e será aberto prazo para a presidente apresentar sua defesa. O processo ainda precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara e aceito por pelo menos dois terços dos deputados - ou seja, 342 congressistas. Mas com a popularidade no chão, a economia em frangalhos, acuada pelos tribunais e sem apoio no Congresso, Dilma terá dificuldades para evitar a abertura do processo. 



Os juristas apresentaram dois pedidos de afastamento de Dilma Rousseff. O último deles, protocolado no fim de outubro, foi atualizado com a acusação de que as chamadas pedaladas fiscais, já condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), se perpetuaram também neste ano - ou seja, no atual mandato. Isso pavimentou o caminho para a admissão do pedido, uma vez que Cunha havia dito que não aceitaria nada que não dissesse respeito ao mandato iniciado em janeiro. 



Na peça que pede o impedimento de Dilma Rousseff, os autores citam ainda a corrupção sistêmica desvendada pela Operação Lava Jato e dizem que a ação da Polícia Federal "realizou verdadeira devassa em todos os negócios feitos pela Petrobrás, constatando, a partir de colaborações premiadas intentadas por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, que as obras e realizações propaladas como grandes conquistas do Governo Dilma não passavam de meio para sangrar a promissora estatal que, atualmente, encontra-se completamente descapitalizada e desacreditada". 



O fator Cunha - Na tentativa de evitar a decisão que se deu hoje, o Palácio do Planalto havia dado início a negociações com Cunha, um desafeto de Dilma Rousseff: agiria para poupá-lo da cassação em troca do engavetamento do processo de impeachment. O acordo se tornou explícito quando o peemedebista adiou o anúncio de sua decisão, mesmo tendo garantido que o faria até o fim de novembro. Enquanto isso, seus aliados, com a ajuda de petistas, encaixavam sucessivas manobras para adiar a votação, no Conselho de Ética, do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP) que pede o prosseguimento das investigações contra Cunha. 



Eleito em fevereiro após concorrer com o candidato petista Arlindo Chinaglia (SP), o peemedebista impôs uma série de derrotas ao Planalto e autorizou a criação de CPIs para pressionar a gestão petista. A proposta do impeachment passou a ser colocada na mesa depois que o presidente da Câmara foi alvo de denúncia pelo Ministério Público no escândalo do petrolão. Para Cunha, o governo, em busca de retaliação, teve influência na ação da Procuradoria. 



Rompido com o Planalto desde o episódio, Cunha se aproximou ainda mais da oposição e passou a fazer reuniões em sua casa para discutir o andamento do processo de impeachment. Um acordo para rejeitar o pedido e, em seguida, pautar um recurso em plenário chegou a ser ventilado. No entanto, a situação foi revertida após o peemedebista se enrolar ainda mais na Lava Jato e aparecer como proprietário de contas na Suíça. 



Sem se posicionar sobre o afastamento de Dilma, Cunha acabou abandonado pelo PSDB e passou a negociar com o governo para salvar o seu próprio mandato. O acordo de proteção mútua foi articulado pelo ex-presidente Lula, que defendeu a petistas a necessidade de poupar Cunha para salvar o mandato de Dilma. Diante da avalanche de indícios contra Cunha, porém, a pressão sobre o presidente da Câmara não deu trégua. 



As derrotas de Dilma - Também não cessou o desgaste da presidente Dilma Rousseff: ela acumula desde outubro importantes derrotas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Supremo Tribunal Federal (STF), no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Congresso. O TSE reabriu uma ação que pode resultar na cassação do mandato de Dilma e do vice Michel Temer, acusados pelo PSDB de abuso de poder político e econômico na eleição do ano passado. 



Já o TCU reprovou as contas de 2014 da presidente e recomendou ao Congresso que faça o mesmo. Dilma foi formalmente acusada de usar bancos públicos para cobrir despesas da União, o que é proibido por lei - pouco antes, o STF havia negado pedido do Planalto para suspender o relator do caso, ministro Augusto Nardes. Há dois meses, amargando a pior avaliação popular da história, a presidente afastou seus ministros mais próximos e nomeou pessoas ligadas a Lula e ao PMDB. Na semana seguinte, sofreu duas derrotas na Câmara.



Com o país mergulhado na crise política, o vendaval econômico não deu trégua. Nesta terça-feira o IBGE informou que Entre janeiro e setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,2%. Esse é o pior desempenho da economia brasileira para esse período desde o início da série histórica, em 1996. 



Reportagem de VEJA publicada no início deste mês revelou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se prepara para a possibilidade, cada dia mais real, de Dilma Rousseff ser afastada do poder. Temer já conversa com políticos, juristas e empresários enquanto traça um plano para si e para o Brasil pós-Dilma. 



Sem apoio popular nem parlamentar, diante de um cenário de recessão e inflação, a presidente Dilma já há muito não governa - apenas se sustenta no cargo. Agora, contudo, ficará mais difícil fazê-lo até 2018.
                    *Por Marcela Mattos, de Brasília - Veja.com

Por que o PT tem tanto medo de Cerveró.

Além de colocar Dilma, Lula, Palocci e Gabrielli no Petrolão, ex-diretor Internacional da Petrobras pode levar a Lava Jato para dentro do BNDES

Mário Simas Filho 


Desde 14 de janeiro, quando os agentes da Lava Jato levaram o ex-diretor de Assuntos Internacionais da Petrobras, Nestor Cerveró, para a carceragem de Polícia Federal em Curitiba (PR), petistas de alto escalão vinham demonstrando uma enorme preocupação com uma possível delação premiada. Ao longo dos últimos dois meses, em conversas reservadas, amigos de Lula que têm o hábito de frequentar o instituto que carrega o nome do ex-presidente, mais de uma vez disseram que uma delação de Cerveró teria maior teor explosivo do que as colaborações policiais que pudessem ser feitas por empresários e lideranças políticas. No Palácio do Planalto, entre os mais próximos da presidente Dilma, a conversa não era diferente. Na semana passada, quando ficou praticamente sacramentada a delação de Cerveró, o que era preocupação se transformou em medo explícito. Petistas e aliados têm a certeza de que as revelações do ex-diretor da Petrobras podem levar tanto Dilma como Lula para o olho do furacão, além de comprometer outros líderes ilustres como José Dirceu, Antônio Palocci, Graça Foster e José Sérgio Gabrieli. Na noite da quinta-feira 26, era voz corrente tanto no Planalto como no Instituto Lula que Cerveró detém informações que vão além das falcatruas perpetradas na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA – um negócio que trouxe à estatal um prejuízo avaliado em cerca de US$ 800 milhões – e que pode efetivamente vincular a presidente Dilma ao escândalo do Petrolão (leia reportagem na pág. 48). “Como conhece muito bem os negócios feitos pela Petrobras fora do País, o Cerveró poderá colocar a Lava Jato dentro do BNDES”, avalia um cacique petista que conversa frequentemente com o ex-presidente Lula.
ELE ESTREMECE O PODER
Delação de Nestor Cerveró transcenderá compra de Pasadena

Mais do que Pasadena, o que assusta os petistas é a possibilidade de Cerveró detalhar outras operações irregulares feitas pela Petrobras no exterior e que teriam servido para bancar o PT, os petistas e muitas de suas campanhas. Já sabem, por exemplo, que em depoimento prestado aos investigadores da Lava Jato, Cerveró revelou que a campanha de Lula em 2006 recebeu de forma irregular cerca de R$ 50 milhões que teriam sido desviados da Petrobras. A operação se deu a partir de um contrato de exploração de petróleo em águas profundas no litoral de Angola. Cerveró detalhou a operação e revelou que a estatal entrou no negócio com aproximadamente US$ 300 milhões sabendo que teria prejuízo e que estariam aportando recursos em áreas pouco viáveis. Procuradores que ouviram o depoimento, dizem que Cerveró afirmou ter ouvido de Manuel Domingos, ex-presidente da estatal angolana de petróleo, que entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões pagos pela Petrobras voltaram ao Brasil para abastecer a campanha do PT. No mesmo depoimento, Cerveró teria dito que toda a operação foi feita com o consentimento e orientação do ex-ministro Antônio Palocci, que na época era membro do Conselho de Administração da Petrobras. Há cerca de duas semanas, os procuradores e delegados da Lava Jato informaram ao ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal, que essas revelações de Cerveró acabaram confirmando o que já dissera em delação premiada um ex-funcionário da Petrobras cujo nome é mantido em sigilo. As declarações do ex-funcionário foram prestadas no primeiro trimestre do ano passado. “O caso de Pasadena pode ser apenas um capítulo de um roteiro bem mais amplo. E Cerveró poderá nos esclarecer muita coisa”, disse à ISTOÉ na quinta-feira 26 um dos procuradores da Lava Jato.



Outro caso que os procuradores esperam contar com a colaboração de Cerveró para comprovar o pagamento de propinas diz respeito à venda da refinaria de San Lourenço, na Argentina, que envolve o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Ao contrário do que ocorreu em Pasadena, quando a estatal brasileira fez uma compra superfaturada, na operação da refinaria de San Lourenço, a Petrobras fez uma venda subfaturada e arcou com um prejuízo de US$ 100 milhões. Já há na Polícia Federal um inquérito que investiga o pagamento de propinas com remessas de dinheiro feitas da Argentina para o Brasil. Cerveró disse aos procuradores que a Gabrieli autorizou a venda desprezando diversos relatórios e avaliações internacionais. Uma delas foi feita pela Petrobras Argentina e encaminhada à matriz, no Rio de Janeiro. Segundo esse estudo e relatórios de auditorias independentes também já em poder da PF, o valor da refinaria incluindo 360 postos de distribuição e estoques de combustível poderia chegar a US$ 351 milhões, mas a Petrobras concretizou a venda por US$ 102 milhões.
Funcionário da Petrobras desde 1975, Nestor Cerveró assumiu a diretoria Internacional da empresa em 2003. Inicialmente ocupou uma cota destinada ao PMDB, mas com o aval do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Com o passar dos anos, ganhou a confiança de Lula e do ex-presidente José Sérgio Gabrielli. Permaneceu na diretoria Internacional até 2008, quando foi transferido à BR Distribuidora, onde ficou até março de 2014. Condenado a mais de 17 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Cerveró é apontado pela Lava Jato como um operador que pode ter recebido propinas superiores a US$ 30 milhões. “Chegamos a Cerveró a partir das delações feitas pelo doleiro Alberto Youssef e por Paulo Roberto Costa, mas temos a certeza de que ele pode nos contar muito mais do que os dois disseram”, conclui um dos procuradores responsáveis por conduzir a deleção premiada do homem que mais assusta o PT.


Fotos: Paulo Lisboa/Folhapress 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Impeachment de Dilma, já!

A tragicomédia da ética no país da avacalhação.

1) Governo informou que Dilma não foi ao Vietnã e ao Japão após fim de semana em Paris para fazer economia. O fato: Dilma ficou em um dos hotéis mais caros de Paris, com suíte de R$ 70 mil por dia, e depois voltou ao Brasil para salvar seu mandato. Mas o escárnio continua vencendo o cinismo.

2) Ao chegar de Paris, Dilma reuniu líderes da base aliada para fazer um apelo pela aprovação do projeto que altera a meta fiscal de 2015. Sem essa mudança, a petista poderá ser enquadrada no crime de responsabilidade fiscal, o que legitimaria ainda mais o impeachment.
É isto que o governo chama de “fazer economia”.

3) PIB caiu 1,7% no terceiro trimestre, consumo das famílias encolheu 1,5%, investimentos despencaram 4%, mas, segundo a coluna Radar, de VEJA, os gastos da máquina pública subiram 0,3%.
É isto, repito, que o governo chama de “fazer economia”.

4) Antes dos votos dos petistas, o Conselho de Ética da Câmara remarcou para quarta-feira, às 14h23, a votação sobre a continuidade do processo de cassação de Eduardo Cunha, que perdia por 7 a 1 quando a sessão foi interrompida graças às manobras feitas pelos aliados de Cunha durante toda a tarde para atrasá-la. Depois de mais essa avacalhação, é melhor o Conselho mudar de nome de uma vez.



BTG orientou Cunha a alterar MP que trata de tributação no exterior.

Banco tinha Linha Direta por e-mail com Deputado Paragrafo reescrever Medida Provisória.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) 
                     Ailton de Freitas / 30/11/2015 / Agência O Globo

E o vergonhoso Congresso Brasileiro aprova a CPMF.

Resultado de imagem para jogar tomate no congresso

A Comissão Mista do Orçamento (CMO) aprovou nesta terça-feira o destaque que inclui nas receitas do Orçamento de 2016 a previsão de arrecadação de 12,7 bilhões de reais com a CPMF no próximo ano. O texto, apresentado pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), considera a aprovação do "imposto do cheque" em definitivo até junho e sua aplicação a partir de setembro. O imposto ainda precisa ser recriado pelo Congresso Nacional.
A estimativa do governo era de que o tributo tivesse tramitação mais rápida e gerasse receitas de cerca de 32 bilhões de reais no ano que vem. Assim, a decisão da CMO pode ser mais um obstáculo para o Executivo tentar registrar superávit primário no próximo ano, a fim de buscar colocar as contas públicas do país em ordem.

O mega petralha Paulo Pimenta, deputado do PT gaúcho foi quem apresentou o pedido da deletéra CPMF, vulgo "imposto do cheque".
A recriação da CPMF, que incidirá sobre operações financeiras, é bastante polêmica e tem sido criticada por muitos parlamentares, inclusive da base aliada. O cenário de recessão econômica e de inflação e desemprego elevados dificultam sua aprovação.
Mais cedo nesta terça, o governo tinha encaminhado ao relator das receitas de 2016, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), ofício solicitando que incluísse em seu relatório a previsão de arrecadação de 32,24 bilhões de reais com a CPMF, levando em conta o cenário de que a volta do tributo fosse aprovada neste mês, começando a valer a partir de abril de 2016. O pedido não foi aceito e, assim, a recriação da CPMF foi votada por meio de destaque, mas com menor previsão de receita.
VAMOS DERRUBAR MAIS ESSA SACANAGEM DO PT
A eventual recriação da CPMF terá um processo longo, passando pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até chegar no plenário do Congresso.
Após a votação sobre as receitas, o Orçamento do próximo ano ainda terá outras etapas, como apresentação do relatório geral -- cuja relatoria está com o deputado Ricardo Barros (PP-PR) -- até chegar ao plenário do Congresso. Ou seja, a previsão de receitas com a CPMF pode ser derrubada ainda durante esse caminho.
O governo quer que o setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais) alcance superávit primário de 43,8 bilhões de reais no ano que vem, montante equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme definido no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada na CMO. Desse total, 34,4 bilhões de reais viriam do governo central (governo federal, Banco Central e INSS) e 9,4 bilhões de reais dos Estados e municípios.
O país vive uma das piores recessões em décadas, tendo fechado o terceiro trimestre com o PIB encolhendo 1,7% em comparação com os três meses anteriores, sem sinal de recuperação em breve, o que acaba afetando a arrecadação e, consequentemente, as contas públicas.
A sessão da CMO nesta terça foi encerrada sem que outros destaques das receitas de 2016 fossem votados. Novo encontro dos parlamentares na comissão deve ocorrer nesta quarta-feira, a partir das 13h. (Com Veja.com e Aluizio Amorim)

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Brasil adotou o modelo que faliu a Argentina.

Dilma e Lula seguiram o kirchnerismo na Economia e tiveram o MESMO Fracasso; ágora, em Situações Políticas Diferentes, Os Dois Países buscam Reformas.
Economistas e Cientistas Políticos do TEM na América Latina hum rico Laboratório de Experiências em escala real, - infelizmente, como Vítimas do experimentalismo excessivo nenhum continente, em Termos de Política Econômica e modelo Político, also São reais. 


Nenhuma momento, Testemunha-se, na Argentina, com a derrota do kirchnerismo NAS Eleições presidenciais de domingo, o Inicio de Mais uma reviravolta de modelo na Economia, desta vez Para consertar estragos serios. Pois, Além do estilo belicista de Fazer Política seguido POR Cristina Kirchner e Seu grupo, Uma facção do peronismo, foi derrotada Uma Administração ruinosa da Economia. E Neste Aspecto, a Argentina dos Kirchner (Néstor e Cristina) NÃO ESTÁ Isolada. 



O receituário Econômico, em Alguns Básicos Pontos, seguido POR Néstor Kirchner, Ao assumir um em Casa Rosada 2002, e Mais AINDA POR SUA mulher e sucessora, Cristina, reuniu Alguns Ingredientes do modelo populista e intervencionista cultuado POR parte da Esquerda latino-americana. 



Controle de Preços, intervenções nenhuma Câmbio, Incentivos generalizados Em Nome da "Justiça Social", mantidos artificialmente Juros Baixos Por Um Banco Central soluço Controle do Executivo, e ASSIM POR Diante. 



Não É Coincidência that this Política se assemelhe AO "novo marco macroeconômico" que Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, com Guido Mantega na Fazenda, induziu Lula uma Começar um Seguir nenhum Segundo mandato DELE, e Que Ela, presidente, aprofundou. E o resultado ESTÁ aí. 



A estirpe do Pensamento Econômico kirchnerista TEM O MESMO DNA do "desenvolvimentismo" de Dilma e PT. E vice-versa. O saldo da Aplicação dos modelos aparentados foi desastroso, era de Como previsto. No Brasil, uma Tentativa de Controlar um INFLAÇÃO com o Congelamento Tarifas de - Como na Argentina - foi hum Fracasso e AINDA CRIOU uma necessidade de Uma Rápida Atualização Desses Preços, na forma de hum tarifaço Problema that o novo presidente, Mauricio Macri, terá de enfrentar.. 



Como a Argentina comete Erros de Política Econômica Há Mais tempo, SUAS mazelas São MAIORES that As Brasileiras: uma INFLAÇÃO se aproxima dos 30% - Medida POR índices Privados, Porque OS Oficiais São MANIPULADOS -, como Reservas cambiais estao no Chão, also Porque o país resolveu Ser beligerante com credores e, ISSO POR, se Tornou hum Paria não internacional Sistema Financeiro. 



Houve altas taxas de Crescimento na era dos Kirchner, Como em 2010 no Brasil. Crescimento natural, hum E Econômico Neste tipo de Política Econômica populista, AINDA Mais num ciclo de Crescimento mundial. DEPOIS, VEM uma ressaca. A Argentina Já estava Nela when o Brasil de Dilma 2 also deu entrada na enfermaria. 



Os Vizinhos Tem um Vantagem de Contar com hum novo Governo, eleito Fazer Pará como Reformas. No Brasil, E um Responsável Pela crise Que Precisa conduzi-las. Mas Aqui Há Instituições republicanas Mais Fortes. Nenhum ano Que vai-se ver VEM Quem obterá Melhores Resultados.
                    * Editorial de O Globo

José Carlos Bumlai diz ter ganhado R$ 2 milhões em sorteio.

Paulo Lisboa / Folhapress
                                        O pecuarista José Carlos Bumlai APOS Ser preso
Preso  na semana Passada POR Suspeita de Envolvimento com Corrupção na Petrobras, o Empresário José Carlos Bumlai figura Como ganhador de R $ 2 Milhões em sorteio de hum título de capitalização Pela loteria federais. A Prisão na semana Passada acendeu temor de Novos estragos e sem nenhuma Planalto PT em Virtude da Proximidade de Bumlai com o ex-presidente Lula e Pela Atuação Fazer Empresário em áreas sensíveis, Como hum Petrobras, o BNDES EO Setor elétrico. A "sorte" de Bumlai E UMA das dezenas de Operações consideradas atípicas que integram Relatório com INFORMAÇÕES fornecidas Pelos Bancos Ao Orgão de Inteligência Financeira do Ministério da Fazenda. O material de de ESTÁ Nos autos da Lava Jato. O Chamado "Pé Quente Bradesco", que rendeu R $ 2 Milhões, foi comprado POR ELE POR R $ 1.000. O Número de Bumlai foi sorteado em dezembro de 2012 ea Bolada, resgatada em 15 de janeiro de 2013. E o Maior Prêmio pago anualmente Neste tipo de papel. Títulos de capitalização Sequer PODEM Ser chamados de Investimento Porque NÃO rendem Juros. Em Aplicação Semelhante à de Bumlai na MESMA Instituição, o comprador Fazer título Só consegue Receber de volta o valor Que Fazer Integrante pagou SE NÃO tocar Nenhum Dinheiro Dentro de 24 meses. Período de: Não, ASSIM h correção monetária Pela TR (Taxa Referencial). O título de capitalização Mais populares Fazer Pais e hum Tele Sena, que Faz sorteios Pela TV. Bancos costumam Dizer Que Estes Papéis São hum Meio de Estimular a Poupança com o atrativo do sorteio. Ao Lado de jóqueis inveterados, Especialistas em Segundo Investimentos Ouvidos Pela Folha, o PERFIL Mais Comum de Quem Compra este tipo de Aplicação E Gente que Precisa de Dinheiro emprestado. E Comum que Gerentes Vejam Nenhum momento da Libertação de hum Financiamento, POR Exemplo, Uma Oportunidade Para vender hum SEUS Clientes títulos de capitalização, hum dos Produtos Maïs lucrativos Paragrafo OS Bancos. Sem Caso do Prêmio do amigo de Lula, OS R $ 2 Milhões foram pagos em Uma Agência de Guajará-Mirim (RO). O patrimônio e OS Negócios DELE e de SUA Família concentram-se em MS e SP. Além do Prêmio Fazer titulo de capitalização, o Relatório Mostra Que o Empresário sacou R $ 5 Milhões EM Dinheiro Vivo. Entre janeiro de 2010 e outubro de 2013, o Empresário foi 37 vezes de Agências Fazer o Banco do Brasil e da Caixa e Saiu Carregando pacotes com Valores Entre R $ 100 mil e R $ 265 mil. OUTRO LADO O advogado Arnaldo Malheiros Disse Que NÃO poderia Comentar Detalhes POR desconhecer Fazer Prêmio Recebido POR Bumlai. Emissor Fazer "Pé Quente", um Disse Que Bradesco Seguros "de um a Acordo com SUAS Regras Internas de 'cumprimento', Não fornece NEM comenta INFORMAÇÕES relativas a SEUS clientes".   

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Famílias se articulam para reverter ocupação de escolas em SP.

Foto:Zanone Frais/FSP
Em resposta às ocupações de escolas estaduais paulistas, pais e estudantes têm se organizado para liberar colégios bloqueados ou evitar que novos sejam tomados.
Balanço da Secretaria da Educação aponta que 29 unidades foram desocupadas desde o início do movimento, há 15 dias. Mas, como houve novas ocupações, o número de colégios bloqueados subiu de 151 para 174 entre terça e quarta-feira (25).
O protesto de alunos, pais e movimentos sociais pede a suspensão da reorganização da rede, proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). A ação prevê o fechamento de 92 unidades e o remanejamento de 300 mil estudantes. O governo diz que ela irá melhorar a qualidade do ensino em SP.
As ocupações despertaram reação de quem quer que as aulas sejam retomadas. Foi o caso da comerciante Rosemeire de Souza Ferreira, 38.
Junto com colegas, ela tem feito vigília em duas escolas de Osasco (Grande SP) para evitar que haja ocupação.
Uma das unidades, a Leonardo Villas Boas, chegou a ser ocupada. "No fim da semana passada, não ficou ninguém lá. Pulamos o muro e arrebentamos o cadeado. Minha filha precisa de aula."
Os protestos na região começaram antes mesmo da ocupação. Há um mês, circulava a informação de que os colégios seriam fechados.
"Fomos para a rua e revertemos. Agora o pessoal quer fechar a escola? Não pode."
Na zona oeste da capital, a aluna Flávia Moura, 17, escreveu carta encaminhada à Secretaria de Educação. Sua escola, Andronico de Mello, foi ocupada na segunda (23).
"Hoje, ao chegar em minha escola, fui informada de que o prédio havia sido tomado. O grupo tirou de mim e de meus colegas o direito a mais um dia de aula", afirmou.

BTG Pactual pagou R$ 45 milhões de pixulecos a Cunha por MP.

Banco de André Esteves pagou R$ 45 milhões a Cunha, aponta documento
Documento colhido em buscas feitas na casa do assessor do senador Delcídio Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, cita pagamento de R$ 45 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para aprovar emenda em medida provisória que beneficiaria o BTG Pactual, de André Esteves. O banqueiro, assim como Delcídio, foi preso na última quarta-feira, 25.
“Em troca de uma emenda a medida provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões de reais”, diz o texto.
Ainda segundo o escrito no documento: “Pelo BTG participaram da operação Carlos Fonseca, em conjunto com Milthon Lyra. Esse valor também possuía como destinatário outros parlamentares do PMDB. Depois que tudo deu certo, Milton Lyra fez um jantar pra festejar. No encontro tínhamos as seguintes pessoas: Eduardo Cunha, Milton Lira, Ricardo Fonseca e André Esteves”.
O texto aparece no verso de um documento que seria o roteiro de uma das reuniões em que o senador Delcídio Amaral tentou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No encontro, o senador teria dito que conversaria com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para viabilizar um habeas corpus para Cerveró e evitar um acordo de delação premiada.
O documento consta no material enviado pela PGR ao Supremo para pedir a conversão da prisão temporária de Esteves em prisão preventiva. Procurado, o presidente da Câmara desmentiu o bilhete. “É um absurdo. Não conheço esse assessor e tem de perguntar a ele isso, não a mim. Eu desminto com veemência”, afirmou Cunha. Uma das filhas de Cunha, Camilla Dytz da Cunha, diz em redes sociais ser advogada do BTG Pactual desde janeiro de 2014.
COM A PALAVRA, O BTG
Nota à imprensa
O BTG Pactual nega veementemente a realização de qualquer tipo de pagamento para suposto benefício referente a Medida Provisória n. 608, de 1º de março de 2013. O BTG Pactual informa que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.
Roteiro de esclarecimento sobre a MP 608/13
1 – A Medida Provisória 608/13, no âmbito das novas regras de Basiléia 3, que visaram aperfeiçoar a capacidade das instituições financeiras de absorverem choques na economia diminuindo riscos dos depositantes e severidade de crises bancárias, dispõe basicamente sobre os pontos abaixo:
a) Crédito presumido apurado com base em créditos decorrentes de diferenças temporais;
b) Títulos de crédito e instrumentos emitidos por instituições financeiras para a composição do seu patrimônio de referência para o cômputo dos índices de Basiléia.
2 – Note-se que com referência ao item 1A, o artigo 17º da MP determina que ele só se aplica aos eventos que vierem a ocorrer a partir de 1º de janeiro de 2014. (Portanto, não se aplica a nenhuma das liquidações ocorridas antes dessa data).

domingo, 29 de novembro de 2015

Acuado, Delcídio dispara em todas as direções.

             Senador Delcídio Amaral (PT-MS) (Foto: Evaristo Sá / AFP)
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) aproveitou seu primeiro depoimento à Polícia Federal para mandar recados em todas as direções.
Mandou primeiro para a presidente Dilma. Disse que ela o consultara, quando era ministra das Minas e Energia do primeiro governo Lula, sobre a indicação de Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras.
Segundo ele, Dilma conhecia Cerveró desde a época em que era secretária municipal de energia de Porto Alegre.
A revelação de Delcídio deixou Dilma indignada. Ela voltou a insistir que jamais consultou ninguém antes de nomear Cerveró. Até por que não foi ela que o nomeou.
Cabe ao presidente da República nomear os diretores da Petrobras. Foi Lula quem nomeou Cerveró.
Em seguida, Delcídio mandou recado para o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). Afirmou que ele está preocupado com a situação de Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras, envolvido na roubalheira da empresa.
Temer soltou uma nota desmentindo Delcídio. Admitiu ter sido apresentado a Zelada. E nada mais do que isso. Resmungou mais tarde para o jornalista Gerson Camarotti, da Globo News:
- Não vou deixar que um Delcídio qualquer manche minha biografia.
Ao referir-se a Temer, Delcídio quis dizer ao PT que mesmo preso, alvo de constrangimentos, ele ainda serve aos interesses do partido.
Enfraquecer Temer é bom para o PT, que não gosta dele. Irritar Dilma também é bom porque o PT não gosta dela. Apenas a atura.
Finalmente, Delcídio mandou recado para Lula ao suspender o depoimento pela metade depois de informado de que ele o criticara.
Quem assistiu ao depoimento conta que Delcídio “descontrolou-se”. Jamais imaginara que Lula seria tão duro com ele.
Os dois são grandes amigos. Mais do que isso: são cúmplices em jogadas políticas. Delcídio sentiu-se traído por Lula.
Não só por Lula. O PT abandou-o. E fez questão de marcar o abandono com a divulgação de uma nota.
Os colegas de Delcídio no Senado deram-lhe as costas ao referendar a decisão do Supremo Tribunal Federal de prendê-lo.
O governo abandonou Delcídio. Por meio de Ricardo Berzoini, ministro das Relações Institucionais, disse que a prisão de Delcídio não se deveu às suas atividades de líder do governo no Senado.
Quis dizer: Delcídio agiu em proveito pessoal.
Nada é mais perigoso do que uma pessoa acuada. Delcídio está acuado. Sem apoio de ninguém, nem mesmo dos amigos.
Uma pessoa assim, para sobreviver, costuma sair atirando. Ou mata ou morre.
* Ricardo Noblat

Delcídio do Amaral: "A testemunha".

Nos últimos doze anos, o senador acompanhou de dentro o lado sombrio dos governos petistas.

Viu o nascimento dos esquemas de corrupção, seus desdobramentos financeiros e eleitorais, participou dos esforços para debelá-los e agora pode apontar com precisão quem são os mentores e beneficiários.

Saída de Delcídio é o mais duro golpe para a articulação política do governo Dilma

(Ueslei Marcelino/Reuters)


Para entender a magnitude da prisão, na semana passada, de Delcídio do Amaral, senador petista e líder do governo, é preciso até um pouco de imaginação. Pois imaginemos que nenhum empresário preso na Operação Lava-Jato tivesse até hoje quebrado o silêncio nas delações premiadas - ou que nenhum político estivesse na lista que a Procuradoria-Geral da República mandou para o Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo no cenário irreal acima, a prisão de Delcídio e a possibilidade de ele recorrer à delação premiada - uma vez que foi abandonado pelo PT, ignorado por Dilma e ofendido por Lula - terão consequências devastadoras para a estabilidade do já cambaleante regime lulopetista. Delcídio do Amaral testemunhou os momentos mais dramáticos dos escândalos do governo do ex-­presidente. Viveu e participou desses mesmos momentos no governo Dilma. Delcídio não é uma testemunha. Ele é "a" testemunha - e a melhor oportunidade oferecida à Justiça até agora de elucidar cada ação da entidade criminosa que, nas palavras do ministro Celso de Mello, decano do STF, "se instalou no coração da administração pública". 



Terminada uma reunião no gabinete de Dilma Rousseff, em junho passado, Delcídio chamou-a de lado e disse a seguinte frase: "Presidente, a prisão (de Marcelo Odebrecht) também é um problema seu, porque a Odebrecht pagou no exterior pelos serviços prestados por João Santana à sua campanha". Delcídio contrariou o diagnóstico de Aloizio Mercadante, que ainda chefiava a Casa Civil, segundo quem a prisão de Marcelo Odebrecht "era problema do Lula". Ao deixar o Palácio do Planalto, Delcídio definiu Dilma a um colega de partido como "autista", espantado que ficou com o aparente desconhecimento da presidente sobre o umbilical envolvimento financeiro do PT com as empreiteiras implicadas na Lava-Jato. Na reunião, Dilma dissera aos presentes que as repercussões da operação nada mais eram do que uma campanha para "criminalizar" as empreiteiras e inviabilizar seu pacote de investimento e concessões na área de infraestrutura. "A Dilma não sabe o que é passar o chapéu porque passaram o chapéu por ela", concluiu Delcídio. 



Passar o chapéu é bater na porta das empreiteiras e pedir dinheiro para campanhas políticas. Quando feitas dentro da lei, as doações não deixam manchas no chapéu. Mas, quando fruto de propinas como as obtidas nos bilionários negócios com a Petrobras, a encrenca, mesmo que seja ignorada por sua beneficiária, não vai embora facilmente. Menos de um mês após a reunião no Planalto, a Polícia Federal divulgou as explosivas anotações com que Marcelo Odebrecht incentivava seus advogados a encontrar uma maneira de fazer chegar a Dilma a informação de que as investigações sobre as contas da empreiteira na Suíça bateriam nela. 



Poucos políticos tiveram mais acesso do que Delcídio aos bastidores do mensalão e do petrolão. Poucos políticos conhecem tão bem como ele as entranhas da Petrobras, onde trabalhou e fez amigos. Poucos políticos têm tanto trânsito como ele nos gabinetes mais poderosos da política e da iniciativa privada. Até ser preso, Delcídio atuava como bombeiro, tentando reduzir os focos de tensão existentes para Lula, Dilma e o PT. Na condição de encarcerado, é uma testemunha decisiva. A possibilidade de ele colaborar com os investigadores está sob avaliação de sua família.
*Por Daniel Pereira e Rodrigo Rangel, na Veja.com

Lava Jato exibe lado de dentro do nosso abismo.

Que semana! Entre a terça e a quarta, foram em cana o amigo de Lula, José Carlos Bumlai, e o líder de Dilma, Delcídio Amaral. Na sexta, descobriu-se que a Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do país, entregou os pontos. Pagará multa de R$ 1 bilhão e confessará crimes que vão muito além da Petrobras. O país virou uma espécie de trem fantasma rumo ao precipício.

Para muitos, o mensalão foi a beira do abismo. O petrolão é a vivência do abismo. Com sua vocação para a busca das verdades mais profundas, sem limites, a força-tarefa da Lava Jato apresenta ao Brasil o lado de dentro do abismo. A caminho das profundezas, o brasileiro percebe que, vista desde o buraco, a crise é mais nítida. O grotesco ganha uma fabulosa visibilidade.

No abismo, o hipócrita tem cara de hipócrita, a incompetente tem jeitão de incompetente. E o séquito de canalhas tem a aparência de um cortejo de canalhas. Olhando de baixo, percebe-se com mais clareza a teia.

Delcídio tentou silenciar Nestor Cerveró, que coordenou a compra de Pasadena, que foi avalizada por Dilma, que era a bambambã do governo Lula, que é amigão de José Carlos Bumlai, que é pai de Fernando Barros Bumlai, que é marido de Neca Chaves Bumlai, que é filha de Pedro Chaves dos Santos, que é suplente de Delcídio, que monitorava os humores de Bumlai a pedido de Lula, que não sabia de nada.


Um país inteiro tem que cair para salvar a pantomima. Só a derrota nacional salva o grupo hegemônico.