sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Lula está pronto para o carnaval.


Um PAC com Dilma

Miguezim de Princesa
I
Quando vi Dilma Roussef /Sair na televisão
Com o rosto renovado /Após uma operação,
Senti que o poder transforma: /Avestruz vira pavão.
II
De repente ela virou /Namorada do Brasil:
Os políticos, quando a vêem, /Começam a soltar psiu,
Pensando em 2010 /E nos bilhões que ela pariu.
III
A mulher, que era emburrada, /Anda agora sorridente,
Acenando para o povo, /Alegre, mostrando o dente,
E os baba-ovos gritando: /É Dilma pra presidente!
IV
Mas eu sei que o olho grande /É na montanha de bilhões
Que Lula botou no PAC /Pensando nas eleições
E mandou Dilma gastar, /Sobretudo nos grotões.
V
Senadores garanhões, /Sedutores de donzelas,
E deputados gulosos, /Caçadores de gazelas,
Enjoaram das modelos, /Só querem casar com ela.
VI
Eu também quero uma lasquinha /Uma filepa de poder
Quero olhar nos olhos dela /E, ternamente, dizer
Que mais bonita que ela /Mulher nenhuma há de ser.
VII
Eu já vi um deputado /Dizendo no Cariri
Que Dilma é linda e charmosa, /Igual não existe aqui,
E é capaz de ser mais bela /Que Angelina Jolie.
VIII
Dilma pisa devagar /Com seu jeito angelical,
Nunca deu grito em ninguém /Nem fez assédio moral
Ou correu atrás der gente /Com um pedaço de pau.
IX
Dilma superpoderosa: /8 bilhões pra gastar
Do jeito que ela quiser, /Da forma que ela mandar,
Sem contar com o milhão /Do cofre do Adhemar
X
Estou com ela e não abro: /Viro abridor de cancela,
Topo matar jararaca, /Apagar fogo na goela,
Para no ano vindouro /Fazer um PAC com ela.

O carnaval está chegando. Mas qual a origem do carnaval?

Embora tenha anos de tradição no Brasil e no mundo, o carnaval não começou com escolas de samba desfilando pelas ruas e mulheres bonitas sambando com fantasias superproduzidas. A história da festa que hoje mobiliza milhares de pessoas durante o ano tem início controverso: alguns dizem que já existiam comemorações parecidas nas sociedades greco-romanas e egípcias da antiguidade, e outros argumentam que o verdadeiro carnaval nasceu na Idade Média, com o surgimento da Quaresma criada pela igreja Católica.
O conceito de carnaval é duplo, podendo significar tanto um espírito festeiro, que pode se manifestar em qualquer época do ano, quanto o carnaval em si. Em suma, no carnaval existe carnavalização, mas nem toda carnavalização é um carnaval.
No ano de 604, o papa Gregório I definiu que, num período do ano, os fiéis deveriam se dedicar exclusivamente às questões espirituais. Seriam 40 dias em que se deveria evitar sexo, carnes vermelhas e festas. Quase quinhentos anos depois, a irmandade católica definiu as datas oficiais da chamada 'Quaresma', e o primeiro dia dela se chamaria ‘quarta-feira de cinzas’.
Aconteceu que os dias antes dessa quarta-feira começaram a ser de intenso consumo de carnes, bebidas e de festa. A esse período deu-se o nome de ‘adeus à carne’, ou ‘carne vale’ em italiano, que, depois, passou a ser ‘carnevale’.
Os dias de festa antes da Quaresma passaram a ser apoiados, embora não oficialmente, pela própria igreja, que dessa maneira podia cobrar mais rigor religioso no perído pós-folia.
Durante a Idade Média, o 'bota-fora' para a Quaresma tinha máscaras e fantasias. As mais comuns eram de urso e de homem selvagem. Em peças teatrais, que se tornaram uma das principais atrações das comemorações carnavalescas, o 'Senhor Carnaval' lutava contra a 'Dona Quaresma'. Nessa época, os jovens eram os grandes organizadores das brincadeiras de carnaval, formando grupos (as 'sociedades alegres') e se apresentando na cidade.

Marta Suplicy se separa mais uma vez

Marta e Favre ( foto ) estavam juntos desde 2001, quando ela separou-se de Suplicy.O casamento civil de Marta e Favre foi realizado em setembro de 2003.
A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT-SP), está separada, após oito anos de união, de Luiz Favre. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da petista. O relacionamento dos dois começou após o término do casamento de Marta com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). A então prefeita casou-se Favre em cerimônia civil em setembro de 2003. A festa foi realizada em uma chácara, no interior paulista. O presidente Lula e a primeira-dama, Dona Marisa, foram padrinhos da noiva. Cerca de 400 convidados participaram da festa. De acordo com a assessoria de imprensa de Marta, ela não vai comentar a separação. A assessoria informou ainda que os dois continuam “bons amigos”. A notícia foi divulgada na coluna "Mônica Bergamo", do jornal "Folha de S.Paulo" nesta quinta-feira (19).

Prostituição via celular.

Durante o Mobile World Congress, em Barcelona, até mesmo aquelas que trabalham na chamada profissão mais antiga do mundo abraçam a tecnologia. Uma agência de prostituição da cidade criou um site específico para telefones celulares para oferecer garotas aos participantes do evento.
A agência, que segundo os criadores do site foi uma das primeiras da Europa a entrar na internet, funciona como um “catálogo” online de mulheres. Em folhetos distribuídos abertamente na saída do evento de tecnologia mobile constam fotos das prostitutas e o endereço para acessar novas imagens e obter informações de como contratar os serviços diretamente pelo telefone celular.

Senadores e o ócio remunerado.

O Senado completa, hoje (20) 18 dias de absoluta improdutividade. Nada foi votado no plenário. Nenhuma das 11 comissões se reuniu.
Os senadores voltaram do recesso de final de ano em 2 de fevereiro. Nesse dia, elegeu-se José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa. E foi só.
A maioria dos senadores deixou Brasília entre quarta (18) e quinta (19). O expediente parlamentar só será retomado depois do Carnaval, em 3 de março.
A despeito da inatividade, os 81 senadores receberão o salário do mês: R$ 16,5 mil por cabeça. Ou R$ 1,336 milhão no total.
Considerando-se que, além do contracheque, há a verba indenizatória de R$ 15 mil, a Viúva vai gastar R$ 2,551 milhões para remunerar o nada.
“Se tivéssemos esticado o recesso, teríamos feito papel menos constrangedor”, disse, na última quarta, um resignado Osmar Dias (PR), líder do PDT.
“Só não digo que antecipamos o Carnaval porque o ambiente aqui combina mais com o de um velório”, ecoou, no dia seguinte, Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB.
Deve-se a paralisia do Senado a um rol de encrencas fomentadas por Renan Calheiros (AL), líder do PMDB.
Para colecionar os votos que permitiram a Sarney prevalecer sobre o rival Tião Viana (PT-AC), Renan vendeu terrenos na Lua, como se diz.
Prometeu a diferentes partidos cargos na Mesa diretora e nas comissões. O problema é que levou à gôndola das negociações subterrâneas mercadoria alheia.
Tradicionalmente, os cargos no Legislativo são distribuídos segundo o critério da proporcionalidade. Quanto maiores as bancada, melhores as posições.
Entre outras tratativas, Renan prometera ao PR uma secretaria na Mesa que cabe ao PDT. Comprometeu-se a instalar o PTB numa comissão que pertence ao PSDB.
A resolução do quiproquó da Mesa consumiu uma semana. O PDT ficou com a secretaria. O PR teve de contentar-se com uma suplência.
Suplência que pertencia ao PT, que já a havia cedido ao PRB, que ficou a ver navios.
No front das comissões, a guerra foi inaugurada na de Relações Exteriores. Foi às manchetes na forma de um cabo-de-guerra entre Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Fernando Collor (PTB-AL).
Ao perceber que Renan o metera numa roubada, Collor desistiu de medir forças com Azeredo. E passou a mirar a comissão de Infra-Estrutura.
Uma comissão que, pela proporção das bancadas, pertence ao PT, que indicara Ideli Salvatti (SC), que disputava o posto com Valdir Raupp (PMDB-RO).
Um Raupp que acabou sendo triturado por Renan, que empurrou Collor para a briga com a petista Ideli. Em meio ao furdunço, os líderes cobraram a mediação de Sarney, que preferiu fingir-se de morto.
Durante todo o mês de fevereiro, Sarney simulou normalidade. Abriu as sessões plenárias pontualmente às 16h. E repetiu uma pantomima imutável.
Anunciava a abertura da “ordem do dia”, como os senadores se referem à lista de projetos pendentes de votação. Declarava a falta de quorum.
E, minutos depois de tê-la aberto, dava por encerrada a “ordem do dia”, franqueando os microfones para a discurseira dos senadores inscritos para ocupar a tribuna.
Assim foi consumido todo o mês de fevereiro. Que terminou sem um acordo entre o PT de Ideli e o PTB de Collor.
Essa e outras brigas foram adiadas para depois do Carnaval. Uma fase em que a conta bancária dos senadores já estará forrada com os vencimentos obtidos na folia pré-carnavalesca.
Leia mais em:http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

Brasil perde 797 mil vagas de trabalho formal desde novembro.

A EMBRAER, (foto) após anos de sucessos, ressente-se da crise internacional. O mês de Janeiro registra a eliminação de 101 mil postos de trabalho formais, o pior resultado para o mês na série histórica.

O mercado de trabalho formal brasileiro já perdeu 797,5 mil vagas desde novembro. O número é equivalente ao da população de São Bernardo (SP), com 781 mil habitantes. Em janeiro, pelo terceiro mês seguido, as demissões superaram as contratações com carteira assinada, e o saldo de vagas ficou negativo em 101.748 postos.Foi o pior resultado para o mês de janeiro da série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), levantamento mensal de vagas formais do Ministério do Trabalho. A última vez em que houve saldo negativo de empregos formais em janeiro foi em 1999- ano da desvalorização do real.No mês passado, a indústria de transformação mais uma vez liderou a queda do emprego com carteira assinada, sendo responsável por mais da metade dos postos eliminados no período. O desempenho fortemente negativo do setor de comércio também contribuiu para o encolhimento do mercado formal em janeiro, assim como o da agropecuária e do setor extrativo mineral.São Paulo -maior Estado empregador do país- continuou puxando a queda do emprego formal. A cada cem vagas fechadas no mercado em janeiro, 38 ocorreram em empresas do Estado. Rio de Janeiro e Minas Gerais vieram em seguida.Apesar dos números negativos do mês passado, o Ministério do Trabalho avalia que já há sinais de recuperação do mercado. "O resultado [de janeiro] não é bom para o país. Mas já há uma demonstração inequívoca de melhora. Quatro setores apresentaram números positivos, e oito Estados, também", afirmou o ministro Carlos Lupi, acrescentando que o "pior da crise já passou".Em dezembro, o emprego formal registrou a perda inédita de 654 mil postos de trabalho. Em todos os setores da economia e em todas as regiões, os dados foram negativos.Os quatro setores listados pelo ministro devido ao desempenho positivo no mês passado são: construção civil, serviços, administração pública e serviços de utilidade pública. Já os Estados com desempenho positivo foram: Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Roraima e Rondônia.Fevereiro fracoO ministro acha que fevereiro será um mês "fraco" para o mercado de trabalho, com saldo ainda negativo. Na opinião dele, em março o emprego formal voltará a ser positivo, permitindo a geração líquida de 1,5 milhão de postos neste ano. "Não caminhamos para a catástrofe anunciada. O mercado está começando a inverter a curva."Para Fábio Romão, da LCA Consultores, a resposta do mercado de trabalho à chegada da crise no Brasil foi muito rápida, pois em geral a desaceleração da atividade econômica leva quatro meses para afetar o nível de emprego. Isso indicaria, na análise do economista, que o pior realmente já pode ter passado como afirma Lupi."Não é que não haverá mais fechamento de postos, mas o principal ajuste na indústria já foi feito", disse ele, explicando que o setor responde por um quarto dos empregos formais. As projeções da LCA previam um saldo negativo de 170 mil postos em janeiro. "A construção civil surpreendeu positivamente. Esperávamos um resultado negativo", disse Romão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quando a vítima, somos nós!

Hoje, às 19:06 hs, na Rua Tereza de Azevedo, Bairro do Farol,em Maceió-Alagoas, parei meu veículo na porta de um estabelecimento de prestação de serviços.
Ao descer do veículo, de uma forma rápida e surpreendente fui abordado e tomado de assalto por dois homens armados de pistolas automáticas, que apontaram para o meu rosto e me roubaram o meu veículo, além de me subtrairem o relógio e minha carteira de cédulas com dinheiro e cartões de créditos e uma pasta com todos os documentos. Cabeça baixa, enquanto me apontavam as armas, senti que entraram no veículo e se evadiram.
Fiquei sem nenhum dos meus documentos pessoais e de identificação, além de diversos cartões de crédito e talão de cheques e, inclusive, diplomas de gradução e pós gradução, já que estes se encontravam no veículo pois eu havia tirado cópias para apresentar ao Censo dos Funcionários Públicos do estado de Alagoas, agendado para amanhã.
Infelizmente fiquei sem carro, sem nenhum documento ou dinheiro. Graças a ajuda de amigos da Polícia Civil, consegui lavrar um BO em tempo Recorde.
Mas uma das coisas, também importantes a colocar é que, possuindo Seguro Geral e ratreador, cerca de duas horas depois de informada, a empresa SASCAR, de rastreamento de veículos, encontrou meu carro escondido em uma garagem no bairro do Jacintinho e, segundo o assaltante, ele teria o destino de Recife, por ser um tipo de carro "encomendado".
O susto do assalto e suas sequelas ainda, a esta hora da madrugada - quando chego da delegacia onde prestrei declarações - me são mais psicológicas.
Sei do meu périplo para tirar novos documentos - estes foram jogados fora pelos assaltantes - e dos dissabores que terei com cartões de crédito e cheques que poderão ser usados, indevidamente, claro.
A esta hora, ainda me dói a cabeça, reação que só viria horas depois do acontecido, quando, ao lembrar dos conselhos dos meus velhos mestres na Polícia Civil adotei uma conduta passiva, sem reações ou ponderações com os meliantes. Talvez isto, tenha me preservado a vida.

Coisas do Brasil: Brasileiro descobre que foi enterrado.

Vendedor liga para família e descobre que havia sido 'enterrado'.

Um vendedor que mora em Canindé (CE) levou um susto ao descobrir que havia sido "enterrado". A confusão começou no Instituto Médico Legal (IML). Três pessoas da mesma família fizeram o reconhecimento do corpo errado.
A vítima morreu com vários tiros no rosto, o que dificultou a identificação. E os parentes acabaram concluindo que era o vendedor, depois de encontrar uma cicatriz no pé, semelhante à que ele tem, e verificar que as roupas eram semelhantes.
O vendedor Antônio Rodrigues ( foto ) viajava, a trabalho, quando aconteceu a confusão. Depois do sepultamento, a família chegou em casa e recebeu uma ligação do suposto morto. "Minha filha disse que tinha acabado de me enterrar", disse ele.
Rodrigues afirmou que agora quer aproveitar cada minuto da vida: "Morrer é coisa ruim. Não quero morrer tão cedo".

Ministério Público da Suiça, abre inquérito contra brasileira.

A brasileira é suspeita de ter inventado agressão por radicais neo-nazistas.
O Ministério Público de Zurique anunciou nesta quarta-feira (18) que abriu uma investigação penal contra a brasileira Paula Oliveira, ( foto ) agredida na Suíça.
Ela é suspeita de ter inventado a história de que foi agredida por três neonazistas e, em decorrência disso, abortado de gêmeos, o que teria induzido a Justiça ao erro.
A polícia de Zurique põe em dúvida a versão de Paul . Segundo a investigação, ela não estava grávida no momento do ataque e poderia ter sido a própria autora dos ferimentos que recebeu.Um tribunal distrital de Zurique designou um advogado para defendê-la e ela teria aceitado, segundo comunicado do Ministério Público.
Paula não poderá deixar o país enquanto durar a investigação, segundo o comunicado do Ministério Público. Seu passaporte e seus demais documentos foram bloqueados.
Caso condenada, Paula pode ser sujeita a penas como tratamento psicológico, multa ou até mesmo prisão de três anos.
A nota também diz que a investigação policial sobre a agressão, iniciada após denúncia feita por Paula, continuará em curso apesar do indiciamento.
Na volta, a surpresa. Paula, que o pai diz sofrer de lúpus, tinha preferido sair por uma porta dos fundos. O pai argumentou que a filha ficou muito estressada depois que soube que a polícia suíça negou que ela estivesse grávida na hora do suposto ataque e chegou a considerar a hipótese de que Paula tenha cometido autoflagelo.

Sarkozy tenta evitar a derrocada da classe média francesa.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, informou nesta quarta-feira, segundo a imprensa francesa, propostas de diminuição temporária de impostos e incremento de benefícios sociais de até 2,65 bilhões de euros (cerca de US$ 3,3 bilhões) para ajudar as famílias francesas de classe média a enfrentar a crise econômica.
Sarkozy também disse que apoia uma proposta sindical para criar um fundo de 3 bilhões de euros para requalificação profissional, admitindo que o Governo Francês deverá assumir metade dos dispêndios.
O conjunto de medidas, denominado de medidas sociais foi revelado durante reunião com líderes sindicais no Palácio do Eliseu, sede da presidência.
A decisão de Sarkozy, em se posicionar com rapidez, sobre as medidas anunciadas, deu-se em razão de protestos organizados por mais de um milhão de manifestantes provocaram fortes perturbações na França.
No bojo das medidas há a previsão de aumento do seguro-desemprego, extensão de benefícios sociais para famílias mais pobres e idosos, além de compensações financeiras para jovens que acumulem contratos de trabalho precários. Estaria em estudo, também, a supressão de uma das parcelas da primeira alíquota do imposto de renda, benefício que atingiria 4 milhões de famílias.
Christine Lagarde, Ministra da Economia, confirmou que o PIB francês, em 2009, deverá registrar crescimento negativo e deve sofrer retração de cerca de 1%. Segundo o Órgão oficial de estatística Francês, 2008 foi o período em que o desemprego atingiu um aumento de cêrca de 11,4%, que significa um aumento de desempregados na ordem de 2 milhões de trabalhadores.

Oposição entra com ação contra Lula e Dilma por suposta propaganda eleitoral irregular.

A magra e combalida, oposição no Congresso Nacional Brasileiro, ingressou nesta quarta-feira no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) por propaganda eleitoral antecipada.
O DEM e o PSDB sustentam, na ação, que Lula e Dilma usaram o encontro nacional de prefeitos realizado em Brasília na semana passada para divulgar a pré-candidatura da petista ao Palácio do Planalto.
"Realizado o primeiro dia do evento, já se pôde constatar que, a rigor, o seu objetivo principal não era outro senão vincular a criação e a gestão de programas públicos a possíveis candidatos a cargos eletivos do próximo pleito eleitoral", diz a ação.
O DEM questiona o fato de Lula e Dilma terem anunciado, no evento, um "pacote de bondades" aos prefeitos tendo a ministra como sua principal divulgadora.
Como o evento foi patrocinado pelo governo federal, o DEM e PSDB sustentam que o ato assumiu viés "tipicamente eleitoreiro" --especialmente pelas sucessivas citações de Lula a Dilma.
A oposição menciona, na ação, a fotomontagem montada do lado de fora do evento pela qual os prefeitos podiam inserir suas imagens ao lado de Lula e Dilma, numa espécie de "santinho eleitoral".
"O clima eleitoreiro do evento era tão evidente que os participantes dos encontro poderiam até mesmo levar de recordação fotografias digitalmente montadas com as 'estrelas' do evento: o Presidente da República e a sua candidata preferida à sucessão presidencial", diz a ação.
O DEM e PSDB afirmam que, como Lula e Dilma infringiram a lei eleitoral que proíbe a divulgação de propaganda antecipada, devem ser punidos pelo tribunal. O partido pede que os dois sejam notificados e penalizados com o pagamento de multa estipulada pela lei eleitoral.
"Desse modo, tem-se por acertado o entendimento de que não é pelo fato de não ter havido expressa referência ao pleito presidencial vindouro e nem a votos que a característica de propaganda eleitoral fica afastada. Isto porque para a sua configuração é mister apenas o propósito eleitoral, como, de fato, ocorreu no caso concreto", afirma o partido.
Comento: A oposição pensa que poderá conseguir alguma coisa contra Lula no TSE. Parece que não valeu a lição de Cássio Cunha Lima na Paraíba. Distribuir dinheiro com programas sociais durante o ano eleitoral só se concebe ao Lula, com o tal Bolsa Família, a qualquer outro gestor- que não seja atrelado ao digno e retíssimo Presidente - aplica-se o "rigor da Lei".
Com base em informações de:http://www.folha.uol.com.br/

Governo Lula propicia corrupção ao lotear cargos, afirma Quércia.

Agora é Quércia, do PMDB histórico, quem bate forte.
Aliado do tucano José Serra, o presidente estadual do PMDB, Orestes Quércia, acusou o governo Lula de criar um ambiente propício à corrupção no país.
Quércia afirmou que o governo dilui responsabilidade ao promover o loteamento de cargos na máquina, em vez de deixar um ministério inteiro a cargo de um único partido.
Ao comentar a entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (PE), Quércia disse não concordar que "boa parte do PMDB" queira corrupção. Mas admitiu que "o PMDB pode ser contaminado à medida que participa do governo, desse processo da forma que o governo faz, loteando cargo".
Questionado se acredita em corrupção no PMDB, disse que "existe isso tudo, de maneira geral, no país, no governo". Mas, poupando os senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL), duvidou que seja generalizada.
Ontem, a ministra Dilma Rousseff se recusou a falar sobre as declarações de Jarbas. Diante da indagação de repórteres sobre o PMDB, Dilma agiu como todo Petista flagrado diante de uma falha, erro ou falcatrua, deu as costas e, numa demonstração de desagrado, disse: "Tem dó".

Hamas rejeita libertação de soldado israelense.

O movimento islâmico radical palestino Hamas rejeitou nesta quarta-feira as condições impostas pelo gabinete de segurança de Israel para uma trégua duradoura na faixa de Gaza --que exigiu a libertação do soldado israelense Gilad Shalit, capturado por palestinos em 2006.
"O Hamas rejeita estas condições que obstruem deliberadamente os esforços do Egito", afirmou em um comunicado o grupo, que controla a faixa de Gaza desde junho de 2007, quando tomou o poder do rival Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mamhoud Abbas --que controla a Cisjordânia.
O cabo Shalit foi sequestrado em junho de 2006 por grupos armados palestinos, em uma ação na fronteira da faixa de Gaza. Desde então, Jerusalém sofre grande pressão da opinião pública pela libertação do soldado, um símbolo dos confrontos com os palestinos do Hamas.
"Israel quer utilizar a trégua e [a libertação de] Shalit com fins políticos", disse um porta-voz do movimento, Fawzi Barhum, sobre o novo governo israelense que deve se formar após as eleições legislativas de 10 de fevereiro (nas quais a direita, contrária às negociações com Hamas, ganhou maioria).
O principal negociador israelense para a trégua, o general da reserva Amos Gilad, criticou duramente a decisão do governo de Olmert de atrelar a libertação do soldado à trégua.
"Não entendo o que tentam fazer. Insultar os egípcios? Nós já os insultamos? É uma loucura. Simplesmente é uma loucura. O Egito é nosso aliado na região", afirmou Gilad, sobre os esforços do Egito para obter uma nova trégua duradoura que substitua o último acordo, encerrado no último dia 19 de dezembro.
Antes da decisão israelense ser anunciada, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, se recusou a vincular o futuro do soldado Shalit a uma trégua no território palestino. "O Egito não mudará de posição a respeito da trégua. O tema do soldado israelense Gilad Shalit é um assunto separado que não pode, de maneira nenhuma, ser vinculado às negociações sobre a trégua", afirmou o presidente.
"Os egípcios têm um valor extraordinário. Nos deram margem de manobra (...) Têm manifestado uma vontade sem precedentes. Mubarak tem sido justo e corajoso. O ponto de passagem em Rafah está fechado. O Hamas cercado", afirmou Amos Gilad, segundo o jornal "Maariv".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Hugo Chávez, o maior "malandro" da América do Sul.

Hugo Chávez, sem dúvida, demonstrou ser um grande malandro, na mais pura essência do sentido carioca do termo.Leiam a pergunta do referendo:
"Você aprova a emenda dos artigos 160, 162, 174, 192 e 230 da Constituição da República, tramitada pela Assembléia Nacional, que amplia os direitos políticos do povo, com o fim de permitir que qualquer cidadão ou cidadã em exercício de um cargo de eleição popular possa ser sujeito à postulação como candidato ou candidata para o mesmo cargo pelo tempo estabelecido constitucionalmente, dependendo sua possível eleição exclusivamente do voto popular?"
Me digam: Foi ou não uma tamanha malandragem de Hugo Chávez, ao elaborar a pergunta do referendo que obteve o "sim" para sua eterna reeleição?
Na forma e no conteúdo, trata-se de um acinte. Com que então se pergunta ao povo se ele é favorável a ter seus direitos ampliados... E, vejam que coincidência!, tal “ampliação” coincide com os interesses de Chávez, que teve abertas as portas para o mandato vitalício. E o bufão conseguiu tal feito com o apoio de pouco mais de um terço do eleitorado. O método é manjado: recorrer aos instrumentos da democracia para solapá-la.
Isso, minha gente, foi um ato aplaudido e elogiado em verso e prosa pelo Ministro das Relaçoes Esteriores do Brasil. Sua...excelência,Celso Amorim, dizem,fã incondicional do Coronel Chávez.

Um país onde os políticos têm vergonha e, ao errar, renunciam.

O ministro das Finanças do Japão, Shoichi Nakagawa, anunciou nesta terça-feira sua renúncia por problemas de saúde, depois de surgirem boatos de que ele estava bêbado durante uma reunião do G7 (o grupo dos sete países mais industrializados do mundo) no último sábado.
Nakagawa afirmou que deixará o cargo assim que a Câmara Baixa do Parlamento japonês aprovar o orçamento do governo para o próximo ano fiscal.
Nesta segunda-feira, ele já havia pedido desculpas por seu comportamento durante uma entrevista coletiva em Roma, Itália, no último sábado, quando imagens de TV mostraram o ministro falando com dificuldade e fechando os olhos várias vezes, como se estivesse cochilando.
Em um momento da entrevista, Nakagawa pensou que uma questão dirigida ao chefe do Banco Central do Japão fosse dirigida a ele.
Nakagawa afirmou que, no momento da entrevista, estava sob o efeito de medicamentos e que havia tomado apenas "um gole de álcool" no dia do evento.
"Eu gostaria de pedir desculpas mais uma vez por ter causado tanto incômodo por causa da coletiva de imprensa depois do G7, em Roma", disse ele a repórteres em Tóquio nesta terça-feira.
Vem para cá Nakagawa! Aqui até presidente toma uns goles, fala sandices, e não precisa renunciar nem pedir desculpas!

Oito senadores do PMDB são investigados no STF.

Crimes incluem corrupção, compra de votos e sonegação fiscal.

Oito dos vinte senadores do PMDB respondem atualmente a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que 40% da maior bancada do Senado são investigados por crimes como corrupção, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, compra de votos e sonegação fiscal. A lista inclui de veteranos como o líder do governo Romero Jucá (RR) a novatos como Lobão Filho (MA), que acaba de completar um ano de mandato.
A bancada do PMDB no Senado foi um dos principais alvos do senador peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) - que não aparece na lista de investigados. No topo da lista de complicações no STF está Valdir Raupp (RO), que acaba de entregar a liderança do PMDB a Renan Calheiros (AL). Ele é réu em duas ações penais e responde a dois inquéritos. Numa ação por peculato (desvio de dinheiro público), que se arrasta desde 2003, é acusado de desviar mais de R$ 1 milhão de uma estatal quando governava o estado. Raupp já foi condenado em primeira instância a seis anos de prisão em regime semiaberto, mas o processo está parado há quase um ano.
Raupp também responde a inquéritos por crimes contra a administração pública e contra o sistema financeiro. Ex-ministro da Previdência, Jucá é alvo de dois inquéritos - por compra de votos e crime de responsabilidade - que tramitam em segredo de Justiça. Ele é acusado de desviar verbas de obras federais em Roraima.
O senador Leomar Quintanilha (TO) é acusado de direcionar verbas em troca de propinas de empreiteiras. O Ministério Público estima os desvios em R$ 25 milhões. O suplente do ministro Hélio Costa, Wellington Salgado (MG), tem dois inquéritos, ambos por crimes de sonegação. Lobão Filho (MA), suplente do pai, ministro Edison Lobão, tem uma ação penal e um inquérito. Leia mais em O Globo
Com seis ministros no governo Lula e mais as presidências da Câmara e do Senado, o PMDB administra um orçamento de R$ 151 bilhões, segundo a lei orçamentária de 2009 aprovada pelo Congresso. Só o ministério da Saúde, com o ministro José Gomes Temporão à frente, tem o maior orçamento da Esplanada, R$ 59,52 bilhões. O partido controla ainda o Ministério da Defesa, com Nelson Jobim, que teve sua verba aumentada no governo Lula ano após ano e em 2009 chegou a R$ 51,38 bilhões. O Ministério de Minas e Energia, com o senador Edison Lobão (MA), controla R$ 7,1 bilhões, sem contar os recursos das cobiçadas estatais do sistema elétrico, também sob influência do partido.
O ministro Geddel Vieira Lima (BA), que patrocinou a adesão do PMDB da Câmara ao governo Lula, administra um orçamento de R$ 12,96 bilhões (incluindo os fundos constitucionais) no Ministério da Integração Nacional, que tem entre suas principais atribuições a revitalização e transposição do Rio São Francisco.
Leia mais em:http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Lula sofre ao condecorar um exemplar chefe de Estado.

Lula com atadura na mão condecorando Uribe: puro fingimento?
O presidente Lula recebeu hoje pela manhã no Planalto o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, que visita oficialmente o Brasil. O governo Lula não moveu uma palha no esforço de libertação da ex-senadora Ingrid Bettancourt, que ficou mais de seis anos sequestrada pelos narcoterroristas das Farc, mas o Ministério das Relações Exteriores brasileiro informa que a visita é para agradecer "a participação do Brasil na operação de libertação de reféns",e também para analisar perspectivas de negócios. Lula condecorou com a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, muito embora jamais tenha condenado claramente a ação os narcoterroristas das Farc, que, financiados pelo trafico de drogas, tentam derrubar o governo democraticamente eleito da Colômbia. O presidente brasileiro sofreu para condecorar Uribe, até porque sente dores na tendinite que desenvolveu na mão esquerda, obrigando-o a usar uma atadura elástica.
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Aécio Neves:O pai da verba indenizatória da Câmara.

A imprensa, sem dúvida, gosta de Aécio Neves (PSDB-MG). E não só a mineira. Um exemplo é a verba indenizatória, que está em debate. Os parlamentares têm direito a R$ 15 mil reais por mês, sobre os quais não pagam um centavo de Imposto de Renda. É para arcar com os custos do mandato, sabem? O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), defendeu que o dinheiro seja incorporado ao salário. Se a verba não for extinta, e não será, é o mínimo que se pode fazer. A tal verba é uma criação de Aécio Neves, de 2001, quando presidente da Câmara. Os parlamentares pressionavam por aumento, a opinião pública era contra. Aécio se candidataria ao governo de Minas no ano seguinte e não queria comprar a briga. Então fez o quê? Conciliou o seu interesse eleitoral com os interesses dos seus pares: não deu o aumento, mas deu a tal verba indenizatória. Os parlamentares saíram ganhando mais do que se tivessem tido o reajuste, já que não pagam imposto sobre a bufunfa. E a imprensa? Pois é. Quase não se lembra que essa modernidade é obra de Aécio Neves.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Guerra nas escolas: políticagem atrapalha ensino das crianças.

O governo do estado de SP realizou no final de 2008 uma prova de avaliação de todos os professores temporários da sua rede de ensino (aprox. 100 mil professores) no intuito de avaliar e premiar os que obtivessem melhores resultados, além de impedir de lecionar aqueles que não tirassem uma nota mínima (50% de acerto) estabelecida como nota de corte. A medida tem o intuito de melhorar o corpo docente da rede estadual e encontrou forte resistência da APEOESP (o sindicato dos professores, hoje dominado por militants do PT). Devido a uma enxurrada de liminares promovida pelo sindicato, o ano letivo de 2009 teve seu início atrasado em uma semana e os efeitos da prova de avaliação suspensos, o que forçou o governo a ter que admitir que 30 mil professores que tiraram menos que a nota mínima ou mesmo zeraram na prova continuem lecionando. A seguir, leiam o depoimento enviado por e-mail pelo leitor André, de Guarulhos.
"Bom, meu irmão é professor do estado não concursado. Como ele, existem milhares nessa condição. Nós temos visão de mundo diferentes, debatemos muito, principalmente porque defendo as mudanças que o Serra tem implantado na educação (e que aviso para os que são mero puxa-sacos de políticos: Ainda acho pouco o que o Serra tem feito, mas tem feito, coisa que outros governos não fazem em seus estados).
Meu irmão reclamou quando o Serra cortou a "boiada" de professor poder faltar praticamente meio ano letivo sem desconto do salário. Ele veio com a velha ladainha de que professor ganha mal e ainda perde suas regalias. Rebati que o certo é lutar por melhores salários, não por manter REGALIAS que prejudicam os alunos. Ai ficamos naquela coisa de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha... mas faz parte do debate.
Enfim, ele me ligou ontem reclamando adivinhe de quem? Da APEOESP! Dessa vez ele veio defender o Serra, sobre a tal prova que foi aplicada para selecionar os professores que teriam prioridade na atribuição de aula.
Para quem não sabe, essa tal atribuição é uma espécie de lista de escolas onde os professores podem escolher em qual dar aula. Significa que os que tem prioridade, escolhem escolas mais perto de onde moram, ou onde preferem lecionar, uma espécie de lista de escolha onde os melhores na tal PROVA teriam esse direito como prêmio. O caso é o seguinte, segundo meu irmão que é professor: o governo distribuiu no final do ano passado uma série de materiais, apostilas, etc, com as novas sugestões de diretrizes pedagógicas para o ano letivo de 2009. Nada obrigatório, mas que, segundo meu irmão, são diretrizes de ótima qualidade, sendo o material muito relevante para quem quer melhorar sua capacidade de ensinar.
A tal PROVA foi baseada nesse material, e segundo meu irmão, quem leu e estudou as apostilas foi bem na avaliação. Ele próprio acertou 24 das 25 questões, e ficou bem colocado na lista para poder escolher sua escola. Pois bem. Essa prova acabaria com o antigo privilégio de antes, que era dado aos que tinham mais tempo de serviço. Significa que um professor RUIM, porém que está dando aula a vários anos tinha prioridade sobre um professor APLICADO, mas que tem pouco tempo de carreira. O critério era apenas tempo de serviço.
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Dilma se espalha, se mostra como candidata, mas nega.




Serra envia projeto com aumento do mínimo de SP maior que o piso nacional.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), assinou e encaminhou hoje à Assembleia Legislativa projeto de lei que institui novos valores para os pisos salariais do Estado. Pela proposta, a primeira faixa do piso regional de São Paulo terá um aumento de 12,22% e passará de R$ 450 para R$ 505.
O reajuste proposto por Serra é superior ao último aumento do salário mínimo federal, que passou de R$ 415 para R$ 465, representando um aumento de 11,29%.
Pela proposta de Serra, o piso regional de São Paulo é dividido em três faixas salariais. Na primeira faixa estão trabalhadores domésticos, rurais, serventes, pescadores, motoboys, entre outros.
A segunda faixa, que inclui cabeleireiros, manicures e carteiros, sobe de R$ 475 para R$ 530 --um aumento de 11,57%.
A terceira inclui administradores agropecuários, trabalhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transporte, entre outros, que passam a ter como piso R$ 545 frente aos atuais R$ 505 --aumento de 7,92%.
"São aumentos responsáveis, que podem ser absorvidos pela economia paulista, defendendo a renda sem causar desempregos", disse Serra.
O secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, afirmou que os aumentos foram calculados com base na inflação e no PIB de 2007. Segundo ele, é preciso ter cautela por causa do atual momento da economia. "Tem que tomar cuidado para não gerar desemprego e/ou informalidade", disse o secretário.
O evento foi acompanhado por representantes de quatro centrais sindicais, que, segundo o governador, aprovaram o reajuste.
De acordo com o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, o aumento foi superior a qualquer acordo obtido por categoria em 2008.
O projeto agora segue para aprovação na Assembleia Legislativa de São Paulo, e a expectativa de Serra é que seja aprovado em março e passe a vigorar em abril.

Grupo de Renan articula enfraquecimento de Jarbas Vasconcelos em Pernambuco.

O comando nacional do PMDB desistiu de realizar nesta segunda-feira uma reunião de emergência para avaliar as repercussões da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (foto), que fez uma série de críticas ao partido e a integrantes da legenda. Nos bastidores, porém, as ações são diferentes do declarado em nota oficial --na qual a Executiva Nacional do PMDB minimizou os efeitos das críticas de Jarbas informando que foi apenas um "desabafo" e que não dará mais atenção ao tema.
Em entrevista à revista "Veja" o senador disse que "boa parte do partido quer mesmo é corrupção".
Há uma articulação intensa para que os senadores encaminhem um requerimento à executiva solicitando a expulsão de Jarbas. Ainda não há definição de quem representará contra o ex-governador de Pernambuco.
O objetivo é abrir um processo interno contra Jarbas de que ele teria tornado sua permanência na legenda insustentável. Quem deverá comandar as articulações é o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).
Paralelamente, os líderes do PMDB articulam para o enfraquecimento político de Jarbas em Pernambuco. Assim, fragilizando o ex-governador a menos de dois anos das eleições majoritárias, o partido atuaria para tentar favorecer um outro político da região --o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais).
Peemedebistas afirmam que, com o enfraquecimento político de Jarbas, que ficará sem sustentação do partido, o incentivo regional será canalizado para Múcio. Mas as negociações serão realizadas sutilmente, sem alarde, para evitar a interpretação de que há represália contra o senador.
Porém, as articulações contra Jarbas não têm apoio de todo o PMDB. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) apoiou o colega do Senado e de legenda. Para ele, o pernambucano cometeu alguns equívocos, mas acertou de uma forma geral ao criticar o partido na entrevista.
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u504622.shtml

Remédio pode amenizar memórias relacionadas ao medo.

Um estudo holandês sugere que um remédio usado no tratamento de hipertensão pode ser usado para amenizar memórias relacionadas ao medo.
Segundo pesquisadores da Universidade de Amsterdam, essas memórias poderiam ser alteradas quando evocadas após a ingestão de um beta-bloqueador chamado propanolol, frequentemente usado na prevenção de doenças cardíacas.
Eles explicam que estudos em animais já haviam demonstrado que memórias relacionadas à sensação de medo poderiam ser alteradas quando evocadas - um processo conhecido como reconsolidação.
Para testar se o mesmo poderia acontecer com humanos, os pesquisadores reuniram um grupo de 60 pessoas e mostraram aos voluntários fotografias de uma aranha.
Ao mostrar a imagem aos voluntários, os cientistas aplicavam um pequeno choque elétrico para condicionar os participantes a criarem uma associação entre a foto e uma sensação dolorosa, ou de medo.
Depois do teste, alguns participantes tomaram uma dose de propranolol, enquanto outros receberam apenas placebo.
No dia seguinte ao teste, os cientistas mostraram novamente as imagens aos voluntários. Segundo os resultados, publicados na edição dessa semana da revista científica Nature Neuroscience, os participantes do grupo que ingeriu o propranolol reagiram de maneira mais tranquila quando expostos novamente às fotografias.
Segundo os cientistas, alguns dos participantes que tomaram o beta-bloqueador tiveram a memória relacionada ao medo de receber o choque totalmente eliminada.
"As pessoas não esqueceram que tinham visto a fotografia da aranha. Mas o medo associado à imagem foi apagado", disse Merel Kindt, que coordenou o estudo.
De acordo com os pesquisadores, é possível que o propranolol atue no modo como as memórias dolorosas são armazenadas. Segundo eles, o beta-bloqueador poderia interagir com substâncias químicas no cérebro, bloqueando a reconsolidação do componente emocional da memória, e deixando o restante da lembrança intacta.
O estudo sugere que o tratamento poderia ser usado em pacientes com distúrbios de ansiedade e que sofreram algum trauma.
Segundo os pesquisadores, o próximo passo seria testar o tratamento nestes pacientes e analisar por quanto tempo o beta-bloqueador seria capaz de amenizar a memória dolorosa.

Suécia julga ação contra maior site de pirataria do mundo.

A Justiça da Suécia começa a julgar nesta segunda-feira um processo contra os criadores do site de buscas de material pirateado mais popular da internet.
Os quatro criadores do Pirate Bay, que estimula a pirataria de músicas, filmes e programas de televisão, estão sendo processados pelas multinacionais Sony e Warner Bros.
Se condenados, Frederik Neij, Gottfrid Svartholm Warg, Peter Sunde Kolmsioppi ( foto ), Frederik Neij e Carl Lundstorm podem pegar até dois anos de prisão, além de uma multa de mais de US$ 140 mil.
No domingo, dois dos acusados disseram que o Pirate Bay é "100% legal". Os quatro se dizem "libertadores digitais" e afirmam que nenhum direito autoral foi violado pelo site, já que os servidores do Pirate Bay não hospedam qualquer arquivo de filme, música ou programa de televisão.
O site faz buscas por links do tipo "torrent" na internet, que permitem que softwares especiais façam download de arquivos que contêm músicas e vídeos.
"O que eles vão fazer sobre o assunto? Eles já tentaram derrubar o site uma vez. Deixem eles fracassarem novamente. O site possui uma vida sem nós", disse Ward em um comunicado pela internet no domingo.
O diretor da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, John Kennedy, disse que o site prejudica artistas.
"O Pirate Bay atingiu criadores de muitos tipos diferentes de obras, desde músicas até filmes, de livros a programas de televisão. Ele é particularmente nocivo ao distribuir material com direitos autorais antes do lançamento oficial", disse Kennedy, cuja federação representa mais de 1,4 mil empresas de todo o mundo.
Kennedy alega que os criadores ganharam "valores expressivos de dinheiro" com o site, "apesar de dizerem que estão apenas interessados em espalhar cultura de graça."

A crise e o dia dos namorados.

Enquanto os tambores começam a esquentar para o Carnaval no Brasil, os britânicos celebraram, no último sábado, o Dia dos Namorados, ou Valentine's Day.
Na semana que antecedeu o grande dia, os principais jornais, revistas e websites do país publicaram dicas e mais dicas sobre a melhor maneira de passar o sábado, sozinho ou acompanhado.
Os já bem tradicionais presentes como flores, cartões, noites em hotéis diversos, e as festas para solteiros ou pra quem não quer comemorar, todos vieram com um diferencial nesse dia dos namorados de 2009: como agradar o parceiro ou celebrar o dia da maneira mais barata?
Em meio à crise, o romantismo normalmente associado à data deu lugar a guias e recomendações sobre como celebrar sem gastar muito. Para tentar incentivar o consumo, restaurantes, floriculturas e outros segmentos do comércio bombardearam o consumidor com promoções, descontos e a promessa de um Valentine's Day mais econômico.
Ainda não sei se a tentativa funcionou. O que deu pra perceber é que os restaurantes mais populares estavam cheios e não foi assim tão difícil encontrar uma menina com flores nos braços ao andar pela cidade.
Eu economizei e ainda tive um dia dos namorados pra lá de brasileiro. Feijoada na casa dos amigos, com direito a fogueira pra esquentar e boa companhia - nada de bombons, cartão cor-de-rosa ou flores. E ainda tudo por um precinho bem camarada na onda da vaquinha pra dividir as despesas.
De um jeito ou de outro, brasileiro sempre acha um jeitinho de economizar, se divertir e curtir um carnaval, ou um dia dos namorados, fora de época.
Texto de Neli Pereira em:

Chávez ganha direito a eleição ilimitada em referendo na Venezuela.

Chávez usa a força e influência do Estado para se manter, eternamente, no poder.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, conseguiu uma vitória importante para seu governo no referendo deste domingo (15) ao obter o direito à reeleição ilimitada no país. Presidente há dez anos, Chávez deve voltar a concorrer em 2012, ao término de seu atual mandato.
Com mais de 95% das urnas apuradas no país, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) divulgou que o "sim" ao referendo teve mais de 54% dos votos. O "não" ficou com pouco mais de 45%, o que garante a vitória ao governo.
"Abrimos hoje as portas do futuro. A Venezuela não voltará ao passado de indignidade", disse Chávez, diante de milhares de pessoas que acorreram ao Palácio Miraflores, em comemoração transmitida por cadeia nacional de rádio e TV. "Todos os que votaram pelo sim votaram pelo socialismo, votaram pela revolução."
A chefe da CNE, Tibisay Lucena, comemorou o resultado: "Queremos felicitar o povo de toda a Venezuela por seu comportamento cívico e democrático no dia de hoje. Foi uma jornada extraordinária", afirmou Lucena, que revelou que a abstenção foi de 32%.
Após votar, Chávez, 54, afirmou que seu destino político dependia do dia de hoje. "Hoje nas mesas eleitorais o meu destino político está sendo decidido, para mim como ser humano é importante, eu peço a Deus que todo o processo termine bem", afirmou o presidente, segundo o jornal venezuelano "El Nacional".
Oposição
Embora tenha reconhecido a vitória de Chávez, a oposição criticou a divulgação dos resultados antes do fim da apuração dos votos. Políticos oposicionistas exigiram o respeito à proibição sobre a divulgação de resultados antes de um boletim oficial.
"Esperamos que o resultado final seja dado pelo CNE", pediu o representante do partido opositor Primero Justicia, Juan Carlos Caldera. Jornais como o "El Nacional" e o "El Universal" já noticiavam a liderança de Chávez pouco após o fechamento das urnas.
"Somos democratas, reconhecemos os resultados que foram influenciados pelo vantagismo oficial, declarou o dirigente do partido Um Novo Tempo (UNT), Omar Barboza.
Os opositores afirmam que a emenda que atenta contra o princípio da alternância, consagrado na Constituição, e lembram que a reeleição sem limites já foi rejeitada em um referendo em 2007.
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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cronica de uma roubalheira anunciada.

A Controladoria-Geral da União encontrou diversas irregularidades nos convênios entre governo federal e o Estado da Bahia. O relatório, concluído no último dia 19 de dezembro, aponta, por exemplo, o “sobrepreço” de R$ 21.195.040,67 na construção da Via Portuária, o acesso ao porto de Salvador.
Programas sociais e de assentamento também são citados no relatório da CGU.O relatório sobre a maracutaia da Via Portuária tem 68 páginas e é assinado pelo chefe da CGU na Bahia,Francisco da Cruz Silva. A coluna de Claudio Humberto Rosa e Silva, revelou no ano passado, o “acerto” entre empreiteiras para burlar a licitação da Via Portuária, em Salvador.
Li em:http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php

Festival de botox, estica-estica e batons..

Marta Suplicy e Dilma: Festival de botox, estica-estica, e batons.

Política, vocês sabem, tem muito de representação. Merece sempre um ensaio sobre as formas do falso. Ontem, Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, ofereceu um jantar à ministra Dilma Rousseff, apresentada como a pré-candidata do PT à Presidência da República.Dilma, chamada de “Vilma” pelo “povo popular” (como dira o pessoal do Casseta & Planeta) que comparece aos comícios armados pela marquetagem, estava lá, lépida e fagueira. Prestou o devido tributo a Zeus, que engoliu o PT: “Não estou e também ainda não sou candidata porque, para eu ser candidata, eu já teria que ter debatido isso com o presidente, e eu ainda não o fiz, e teria de ter apoio do meu partido. As duas coisas não são dadas ainda".Embora Dilma seja, hoje em dia, a candidata do establishment — ainda voltaremos ao assunto neste blog —, não abre mão do charme da resistência. Segundo a ministra, este é o século das mulheres, dos negros e dos índios da América. Esqueceu de Chávez: é também o século dos coronéis golpistas... Tanta modernidade, como se vê, e sua candidatura, ela deixou claro, depende da vontade de “painho”.Volto ao ponto. Vejam bem essa foto de Marta e Dilma. É o que chamo de retrato concentrado de um saber, de uma expertise. Marta e “Vilma”, juntas, demonstram que o legado do médico indiano Sushruta, relatando, dois mil anos antes de Cristo, a reconstrução de narizes deformados por causa de práticas religiosas, não foi em vão. É uma das primeiras notícias que temos da cirurgia plástica, de que a foto acima é uma espécie de showroom, julguem vocês se convidativo.Eu já disse certa feita: as mulheres não deveriam abrir mão da cicatriz da fissura labial, aquele buraquinho sobre o lábio, abaixo do nariz. Ele desaparece nas operações. Elas ficam com boca de peixe — ou de chimpanzé: o bicho tem o focinho comprido, e a fissura se distancia muito do lábio. Sushruta descreve a correção de deformidades em razão de práticas religiosas. A política é uma espécie de religião que atua em sentido contrário: leva à deformação.A propósito: quem pagou esse batom de Dilma? Fui eu, com meus impostos, confesso!

O PMDB é corrupto! Afirma Jarbas Vasconcelos.

O PMDB é corrupto

Senador peemedebista diz que a maioria dos integrantes do seu partido só pensa em corrupção e que a eleição de José Sarney à presidência do Congresso é um retrocessoA ideia de que parlamentares usem seu mandato preferencialmente para obter vantagens pessoais já causou mais revolta. Nos dias que correm, essa noção parece ter sido de tal forma diluída em escândalos a ponto de não mais tocar a corda da indignação.Mesmo em um ambiente político assim anestesiado, as afirmações feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos, de 66 anos, 43 dos quais dedicados à política e ao PMDB, nesta entrevista a VEJA soam como um libelo de alta octanagem.Jarbas se revela decepcionado com a política e, principalmente, com os políticos. Ele diz que o Senado virou um teatro de mediocridades e que seus colegas de partido, com raríssimas exceções, só pensam em ocupar cargos no governo para fazer negócios e ganhar comissões. Acusa o ex-governador de Pernambuco: "Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção".
O que representa para a política brasileira a eleição de José Sarney para a presidência do Senado?
É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. Havia um candidato, Tião Viana, que, embora petista, estava comprometido em recuperar a imagem do Senado. De repente, Sarney apareceu como candidato, sem nenhum compromisso ético, sem nenhuma preocupação com o Senado, e se elegeu. A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador.Mas ele foi eleito pela maioria dos senadores.Claro, e isso reflete o que pensa a maioria dos colegas de Parlamento. Para mim, não tem nenhum valor se Sarney vai melhorar a gráfica, se vai melhorar os gabinetes, se vai dar aumento aos funcionários. O que importa é que ele não vai mudar a estrutura política nem contribuir para reconstruir uma imagem positiva da Casa. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão.
Como o senhor avalia sua atuação no Senado?
Às vezes eu me pergunto o que vim fazer aqui. Cheguei em 2007 pensando em dar uma contribuição modesta, mas positiva – e imediatamente me frustrei. Logo no início do mandato, já estourou o escândalo do Renan (Calheiros, ex-presidente do Congresso que usou um lobista para pagar pensão a uma filha). Eu me coloquei na linha de frente pelo seu afastamento porque não concordava com a maneira como ele utilizava o cargo de presidente para se defender das acusações. Desde então, não posso fazer nada, porque sou um dissidente no meu partido. O nível dos debates aqui é inversamente proporcional à preocupação com benesses. É frustrante.O senador Renan Calheiros acaba de assumir a liderança do PMDB...Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido. Renan é o maior beneficiário desse quadro político de mediocridade em que os escândalos não incomodam mais e acabam se incorporando à paisagem.O senhor é um dos fundadores do PMDB.
Em que o atual partido se parece com aquele criado na oposição ao regime militar?
Em nada. Eu entrei no MDB para combater a ditadura, o partido era o conduto de todo o inconformismo nacional. Quando surgiu o pluripartidarismo, o MDB foi perdendo sua grandeza. Hoje, o PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos.Para que o PMDB quer cargos?Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção.
Quando o partido se transformou nessa máquina clientelista?
De 1994 para cá, o partido resolveu adotar a estratégia pragmática de usufruir dos governos sem vencer eleição. Daqui a dois anos o PMDB será ocupante do Palácio do Planalto, com José Serra ou com Dilma Rousseff. Não terá aquele gabinete presidencial pomposo no 3º andar, mas terá vários gabinetes ao lado.
Por que o senhor continua no PMDB?
Se eu sair daqui irei para onde? É melhor ficar como dissidente, lutando por uma reforma política para fazer um partido novo, ao lado das poucas pessoas sérias que ainda existem hoje na política.
Lula ajudou a fortalecer o PMDB. É de esperar uma retribuição do partido, apoiando a candidatura de Dilma?
Não há condições para isso. O PMDB vai se dividir. A parte majoritária ficará com o governo, já que está mamando e não é possível agora uma traição total. E uma parte minoritária, mas significativa, irá para a candidatura de Serra. O partido se tornará livre para ser governo ao lado do candidato vencedor.O senhor sempre foi elogiado por Lula. Foi o primeiro político a visitá-lo quando deixou a prisão, chegou a ser cotado para vice em sua chapa.
O que o levou a se tornar um dos maiores opositores a seu governo no Congresso?
Quando Lula foi eleito em 2002, eu vim a Brasília para defender que o PMDB apoiasse o governo, mas sem cargos nem benesses. Era essencial o apoio a Lula, pois ele havia se comprometido com a sociedade a promover reformas e governar com ética. Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com ética. Também não fez reforma tributária, não completou a reforma da Previdência nem a reforma trabalhista. Então eu acho que já foram seis anos perdidos. O mundo passou por uma fase áurea, de bonança, de desenvolvimento, e Lula não conseguiu tirar proveito disso.
A favor do governo Lula há o fato de o país ter voltado a crescer e os indicadores sociais terem melhorado.
O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.
Mas esse presidente que o senhor aponta como medíocre é recordista de popularidade. Em seu estado, Pernambuco, o presidente beira os 100% de aprovação.
O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.
O senhor não acha que o Bolsa Família tem virtudes?
Há um benefício imediato e uma consequência futura nefasta, pois o programa não tem compromisso com a educação, com a qualificação, com a formação de quadros para o trabalho. Em algumas regiões de Pernambuco, como a Zona da Mata e o agreste, já há uma grande carência de mão-de-obra. Famílias com dois ou três beneficiados pelo programa deixam o trabalho de lado, preferem viver de assistencialismo. Há um restaurante que eu frequento há mais de trinta anos no bairro de Brasília Teimosa, no Recife. Na semana passada cheguei lá e não encontrei o garçom que sempre me atendeu. Perguntei ao gerente e descobri que ele conseguiu uma bolsa para ele e outra para o filho e desistiu de trabalhar. Esse é um retrato do Bolsa Família. A situação imediata do nordestino melhorou, mas a miséria social permanece.
A oposição está acuada pela popularidade de Lula?
Eu fui oposição ao governo militar como deputado e me lembro de que o general Médici também era endeusado no Nordeste. Se Lula criou o Bolsa Família, naquela época havia o Funrural, que tinha o mesmo efeito. Mas ninguém desistiu de combater a ditadura por isso. A popularidade de Lula não deveria ser motivo para a extinção da oposição. Temos aqui trinta senadores contrários ao governo. Sempre defendi que cada um de nós fiscalizasse um setor importante do governo. Olhasse com lupa o Banco do Brasil, o PAC, a Petrobras, as licitações, o Bolsa Família, as pajelanças e bondades do governo. Mas ninguém faz nada. Na única vez em que nos organizamos, derrotamos a CPMF. Não é uma batalha perdida, mas a oposição precisa ser mais efetiva. Há um diagnóstico claro de que o governo é medíocre e está comprometendo nosso futuro. A oposição tem de mostrar isso à população.
Para o senhor, o governo é medíocre e a oposição é medíocre. Então há uma mediocrização geral de toda a classe política?
Isso mesmo. A classe política hoje é totalmente medíocre. E não é só em Brasília. Prefeitos, vereadores, deputados estaduais também fazem o mais fácil, apelam para o clientelismo. Na política brasileira de hoje, em vez de se construir uma estrada, apela-se para o atalho. É mais fácil.
Por que há essa banalização dos escândalos?
O escândalo chocava até cinco ou seis anos atrás. A corrupção sempre existiu, ninguém pode dizer que foi inventada por Lula ou pelo PT. Mas é fato que o comportamento do governo Lula contribui para essa banalização. Ele só afasta as pessoas depois de condenadas, todo mundo é inocente até prova em contrário. Está aí o Obama dando o exemplo do que deve ser feito. Aqui, esperava-se que um operário ajudasse a mudar a política, com seu partido que era o guardião da ética. O PT denunciava todos os desvios, prometia ser diferente ao chegar ao poder. Quando deixou cair a máscara, abriu a porta para a corrupção. O pensamento típico do servidor desonesto é: "Se o PT, que é o PT, mete a mão, por que eu não vou roubar?". Sofri isso na pele quando governava Pernambuco.
É possível mudar essa situação?
É possível, mas será um processo longo, não é para esta geração. Não é só mudar nomes, é mudar práticas. A corrupção é um câncer que se impregnou no corpo da política e precisa ser extirpado. Não dá para extirpar tudo de uma vez, mas é preciso começar a encarar o problema.
Como o senhor avalia a candidatura da ministra Dilma Rousseff?
A eleição municipal mostrou que a transferência de votos não é automática. Mesmo assim, é um erro a oposição subestimar a força de Lula e a capacidade de Dilma como candidata. Ela é prepotente e autoritária, mas está se moldando. Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma.O senhor parece estar completamente desiludido com a política.Não tenho mais nenhuma vontade de disputar cargos. Acredito muito em Serra e me empenharei em sua candidatura à Presidência. Se ele ganhar, vou me dedicar a reformas essenciais, principalmente a política, que é a mãe de todas as reformas. Mas não tenho mais projeto político pessoal. Já fui prefeito duas vezes, já fui governador duas vezes, não quero mais. Sei que vou ser muito pressionado a disputar o governo em 2010, mas não vou ceder. Seria uma incoerência voltar ao governo e me submeter a tudo isso que critico.
Transcrito da VEJA de 18/2/2009 - edição 2100