sábado, 14 de novembro de 2009

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher



A bela Aline Morais

Momento poesia

ALEGRIA DA MINHA VIDA

É quando sinto guarida
No peito, indizível, emoção
Na mente, um pouco carente
E paz, calor, devoção...
É claro que te acho linda
Bendita, santa emoção!
Alegria da minha vida
Inunda o meu coração.



(Katya Marques)

Cleo Pires: "Não sou viciada em sexo!"

Cléo Pires arranca suspiros por onde passa e agora vai arrancar mais ainda. A atriz posou totalmente nua para a edição de novembro da revista "Trip". Na primeira foto divulgada, Cleo aparece entre duas árvores, nua, usando apenas uma sandália preta. Com vários cenários e fotografada por André Passos, a atriz conseguiu encarnar vários personagens. E parece que o cenário - pelo menos o das árvores - foi agradável para Cleo. A atriz disse que tem uma relação muito forte com o verde e a selva: "Gosto de mato e água doce, mais do que praia e mar. Me sinto em casa. Os bichos não têm medo da gente, é uma relação natural, dá segurança".
Em entrevista para a revista, a atriz declarou que acha sexo importante, mas "a libido é uma energia de vida que podemos direcionar pra várias coisas". "Gosto de sexo, mas não sou viciada, tipo 'ah, estou sem namorado, preciso dar'", explicou. Além disso, Pires afirmou que só faz algo quando e porque quer: "Se alguém me fala 'você tem que fazer isso', já era, não faço. Tem que ser do meu jeito, pra mim isso é autonomia. Quando falam 'ah, mas as pessoas fazem', penso: 'dane-se'".
http://entretenimento.br.msn.com/

Nunca antes na história deste país

Nunca antes na história deste país houve um apagão destes.
Nunca antes na história deste país a Usina de Itaipu parou de fornecer energia elétrica.
Nunca antes na história deste país caiu o fornecimento de energia elétrica simultâneamente para 18 estados da federação e mais o Paraguai.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quarta-feira que a falta de energia que atingiu 18 Estados na noite desta terça-feira tenha sido um apagão elétrico. Lula afirmou que o país não enfrentou problemas de geração de eletricidade, mas sim na transmissão.
Para ele, houve um "incidente energético". Fonte: Folha Online.
Eu não sei se esta declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é para rir ou para chorar.
O cara fala uma asneira atrás da outra..Está claro que a tempesdade da região não foi responsável pelo apagão pelos seguintes motivos, e me corrijam os que entendem de eletricidade se eu estiver errado em minhas suposições:
1. Nenhuma torre de transmissão de eletricidade foi derrubada pelos ventos.
2. Os cabos de eletricidade não estavam rompidos, tanto que quatro horas depois, segundo o governo, estavam transportando eletricidade novamente.
3. Se tivessem proteção contra descargas elétricas apropriadas nas estações e nas torres, não haveria problema de descargas elétricas.
4. Me parece que o problema foi devido a falhas resultantes na falta de investimentos em manutenção e na distribuição de eletricidade...
Em 2001 o PT e Lula foram rápidos em culpar o governo pelo racionamento de energia elétrica .
devido a condições climáticas (seca) e falta de investimentos no setor...
Neste governo já tivemos dois ou três apagões, segundo o governo devido a condições atmosféricas, mas que na realidade refletem a falta de investimentos no setor...
Agora vem Lula dizer que não foi um apagão, mas sim um " incidente energético".
Qual a diferença? O povo ficou sem lua do mesmo modo...
E ainda tem gente que acredita neste mentiroso!
http://brasillivreedemocrata.blogspot.com/

O Brasil perde a alegria de Mara Manzan

Faleceu nesta sexta-feira (13), aos 57 anos, a atriz Mara Manzan que vinha lutando contra um câncer no pulmão desde o ano passado e estava internada desde sábado (7) no Hospital Rio's D'or. Mara esteve recentemente em "Caminho das Índias" (Globo), quando teve que se afastar das gravações devido ao tratamento de quimioterapia. No dia 5 de outubro, a atriz deixou uma mensagem em seu blog. "Hoje li uma frase do Neguinho da -Beija-Flor que vale para todos nós: a só da gente ter direito a vida, é o suficiente para viver sorrindo. Quero morrer bem velhinha, ver meus netos grandes e trazendo alegria ao meu coração para meus queridos fãs que estiveram o todo o tempo do meu lado", escreveu. Segundo comunicado da Rede Globo, Mara será velada nesta sexta-feira, a partir das 20h, na capela 1 do cemitério Memorial do Carmo, no Caju. O enterro deve acontecer no sábado. Trajetória Mara Manzan, nascida no dia 28 de maio de 1952, descobriu o teatro aos 17 anos, quando ainda morava em São Paulo. A atriz foi assistir a uma peça e se encantou pelas artes cênicas. Disposta a seguir carreira, Mara passou a sair com a turma do Teatro Oficina até que teve a chance de subir aos palcos e fazer seu primeiro personagem. Na TV, atuou em "A Viagem", "Salsa e Merengue", "Hilda Furacão", "Pecado Capital", "Ô Coitado" e "Terra Nostra". Com destaque para o "O Clone", onde registrou o bordão "Cada mergulho é um flash!". Mara também esteve em novelas mais recentes, como "Kubanacan", "Da Cor do Pecado", "Senhora do Destino", "América", "Cobras e Largatos", "Duas Caras" e a última, "Caminho das Índias". No cinema, ela atuou em "Herman", "De Cara Limpa", "Mundo VIP" e "Bonecas da Noite". A atriz fumou durante 40 anos e descobriu um câncer no pulmão direito quando estava no ar em "Duas Caras" (2008). Mara se afastou das gravações para passar por uma cirurgia, onde retirou o tumor maligno. Mara Manzan com certeza vai ficar marcada pelo seu bom humor, que não sumiu nem quando estava doente. Ao longo dos seus 57 anos, ela protagonizou episódios bem curiosos. A atriz chegou a fazer um show de pirofagia na janela de um hotel onde Madonna estava hospedada.

A república da quantidade

Um seguidor do confucionismo, Ji Mèngke, que passou para a história como Mêncio, escreveu uns 300 anos antes de Cristo o seguinte: "Alguns trabalham com a cabeça, outros com os músculos. Os que trabalham com a cabeça dirigem os que trabalham com os músculos." Muito bom, né? O pensamento de Mêncio tem me ocupado a cada vez que observo as coisas inexplicáveis que acontecem neste nosso brasilzão. O apagão do Lula, por exemplo. Ops! Desculpe! A novilíngua petista já definiu que não foi apagão. Foi blecaute. Quem tem apagão é o FHC, né? Pois bem, nos últimos anos investimos quantidades crescentes de dinheiro em nosso sistema de geração de energia. E então - a se acreditar nas explicações dos técnicos escolhidos para falar - um raio cai no lugar certo e... pimba! Tudo no escuro. Mas "nunca antes neste país tivemos tanta geração, tanta conectividade, tanto controle, tanta eficiência." Qual é o indicador de sucesso? Quantidade. Outro exemplo? O exame do Enade, obrigando milhares de estudantes a deslocarem-se 40, 60, 100 quilômetros para fazer uma prova. Quem cuidou da logística do exame deve ser uma daquelas figuras onipresentes no Brasil: o burro com iniciativa. E as perguntas com propaganda do governo? Uma vergonha. Qual é o indicador de sucesso? Quantidade: "Nunca antes neste país tivemos tantos estudantes participando de uma avaliação". Vamos ao SUS, o Sistema Único de Saúde? É tão bom que vão sugerir ao Obama que copie. E as filas, o desaparelhamento, a falta de médicos? Ah... O indicador de sucesso é quantidade: "Nunca antes neste país tanta gente teve atendimento médico". Quer mais? Que tal nosso sistema educacional? Investimos, comunicamos, elaboramos, implementamos. E entra ano, sai ano, terminamos os testes de nível de conhecimento empatados com a Belonésia do Sul em penúltimo lugar. Indicador de sucesso? "Nunca antes neste país tivemos tanta criança na escola, tanta sala de aula, tão pouca evasão escolar". De novo, a quantidade. Vamos às operadoras de celular? A prestação de serviços é uma merda, mas "nunca antes tivemos tantos técnicos, tantas torres, tantos atendentes telefônicos, tantos clientes". Indicador de sucesso: quantidade. E aquele programa horrível de televisão, com sangue, bundas e baixarias? "Nunca tivemos uma audiência tão alta". Quantidade... A resposta é sempre "nunca tantos, nunca quantos": quantidade. Claro! Quantidade dá pra reproduzir facilmente com números que (quase) todo undo entende. Mas e a qualidade? Dá pra reduzir a números? Não dá. Para avaliar "qualidade" tem que ter cabeça. Brasil é a República da Quantidade. Quer saber? Conseguimos. "Abrasileiramos" Mêncio: "No Brasil, alguns trabalham com a cabeça, outros com os músculos. Os que trabalham com os músculos dirigem os que trabalham com a cabeça."
*Texto de Luciano Pires

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nada custa dizer a verdade

No blog do Reinaldo Azevedo, o título é nosso:
Trecho de reportagem da Economist sobre o momento que vive a economia brasileira:
“(…)Então começou o real milagre. Em 1994, um time de economistas, sob a liderança de FHC, à época ministro da Fazenda, criou uma nova moeda, o real, que obteve êxito onde outras tentativas [de estabilização] haviam fracassado. Em um ano, o Plano Real havia posto os preços sob controle. Em 1999, o câmbio fixo foi abandonado em favor do flutuante, e o Banco Central adotou as metas de inflação. No aniversário de 10 anos da adoção dessa medida, ainda que continue o debate sobre como tornar o real mais estável, nenhum dos grandes partidos defende que se volte ao câmbio fixo.
Mais do que isso: as reformas trouxeram disciplina às contas do governo. Agora, tanto o governo federal como os governos estaduais têm de se virar com os recursos que existem. O superávit primário (resultado das contas antes do pagamento dos juros) foi criado em 1999, e o governo federal tem de alcançar uma meta todo ano — apesar de haver uma boa chance de que isso se perca neste ano. Isso fez com que o Brasil equacionasse suas contas externas. Agora, os credores internacionais acreditam que o Brasil pode honrar seus compromissos. (…)”
A Economist deixa bem claras as bases da estabilidade da economia, não? E quando foram estabelecidas. Na seqüência, a revista lembra que Lula deve muito de suas conquistas a seu antecessor, que fez reformas que o próprio Lula combateu. E lembra que o presidente costuma começar as suas falas com “never before in the history of this country”… Bem, vocês sabem, “nunca antes da história destepaiz…” Ah, sim: a revista informa, erradamente, que a Independência do Brasil se deu em 1825. Foi em 1822.
Íntegra aqui

Os outros apagões

De Celso Ming, no Estadão:
Todo apagão cria insegurança. O romano Catulo, no século 1º antes de Cristo, transmitiu assim esse sentimento: "Uma vez apagada a luz, some a confiança (sublata lucerna nulla est fides)."
O problema é que o apagão elétrico, que tanto exacerba o imaginário nacional, não é o maior que vive a sociedade brasileira. O Brasil é hoje um repositório de apagões que, no entanto, não mobilizam a energia nacional como mobiliza o elétrico. E isso é ruim porque mostra a inconsciência com que se lidam os problemas nacionais.
A questão educacional é um apagão à parte. O jovem não obtém preparo no sistema de educação e ensino nem para a vida profissional nem para o exercício de cidadania para o qual é chamado. E isso sobrecarrega as empresas brasileiras com programas de treinamento.
O sistema judiciário é outro problema. Uma simples solução de conflito demora anos e anos, exige depósitos judiciais e cria ainda mais insegurança sobre as regras de jogo na economia.
Quando lembra que "no Brasil até o passado é incerto", o ex-ministro Pedro Malan se refere não só à demora no cumprimento das decisões judiciais e aos esqueletos que se acumulam insepultos, mas também aos critérios ambíguos pelos quais se guiam os magistrados. E há os apagões do sistema meia-boca de saúde e dos dramas diários da nossa segurança pública.
Na área política, eles são incomensuráveis. Há anos se fala em reforma política, em voto distrital, em regras de fidelidade partidária e em financiamento racional de campanha eleitoral.
São projetos que não são votados nunca. E, omissão após omissão, o patrimônio do Estado vai sendo apropriado por interesses privados. Mas, nesse âmbito, o apagão maior é o apagão da oposição, que não tem discurso, não tem projeto, não tem opinião formada sobre nenhum assunto relevante.
O setor de infraestrutura é, por si só, um concentrador de apagões. Os portos brasileiros, por exemplo, estão emperrados pelo atraso, pela burocracia e pela irracionalidade. Os quilômetros de filas de caminhões na rodovia que liga a cidade de Curitiba ao Porto de Paranaguá, a BR-277, são suficientes para dar uma ideia do que é isso.
Há alguns meses, o País ficou à mercê dos controladores de voo, sem que, de lá para cá, nenhuma solução definitiva tenha sido implantada nos nossos aeroportos, há muito ultrapassados. A qualidade das estradas brasileiras é o que é. O sistema de telefonia não faz os investimentos necessários para dotar o Brasil de um serviço moderno de comunicações.
Qualquer um sabe o que são os juros na ponta do crédito. O que é difícil aí é distinguir o que é apagão financeiro e o que não passa de prática de agiotagem pura e simples. Afinal, juros a 240% ao ano, como são impostos pelas empresas administradoras de cartões de crédito, ou os 160% ao ano cobrados no cheque especial, o que são?
E não é preciso dizer o que é a carga tributária no País, o que é a irracionalidade do sistema previdenciário, que hipoteca o futuro do trabalhador e do servidor público, o que são as regras do sistema sindical e trabalhista. Um verso de William Shakespeare diz muita coisa sobre o que aconteceu aqui na noite de terça-feira: "Não há escuridão; há ignorância." Diante de tantos apagões que prevalecem no Brasil, talvez o maior deles seja o apagão da inconsciência.

Governo garante: Sistema elétrico brasileiro é seguro

Charge de Amarildo - A Gazeta - ES

A dupla que sumiu na escuridão reaparece fantasiada de verde

Ainda não foram reparadas as avarias impostas pelo apagão à rede de neurônios de cada um, mas Lula e Dilma Rousseff já religaram a região cerebral que monitora a fala. Nesta quinta-feira, o presidente e a candidata voltaram ao palco para jurar que a índice de desmatamento da Amazônia nos últimos 12 meses foi o menor em 21 anos. Concluída a reconstrução do resto do Brasil, o maior dos governantes desde Tomé de Sousa agora está perto da perfeição num dos ítens do PAC: Remontagem da Grande Remontagem Floresta.
Mesmo para quem assassina a verdade com o desembaraço do mais experiente serial killer americano, parece arriscado contar mentiras sobre o apagão para uma plateia formada por 60 milhões de vítimas desconfiadas. Melhor entregar a missão a Edison Lobão e seus burocratas perplexos e guardar a dupla Lula e Dilma para fraudes menos perigosas. Não é difícil induzir o país que não conhece a Amazônia a enxergar as coisas pelo avesso. Reduzir a taxa de desmatamento equivale a retardar o avanço do câncer que vai matar o enfermo. O Brasil acaba de ouvir que a desaceleração leva à cura.
Confrontem a fantasia oficial, forjada para transformar em ambientalista desde criancinha a candidata que só conhece árvore de Natal, com o que diz Pedro Martinelli na seção Veja Entrevista. Um dos maiores fotógrafos do mundo, meu velho amigo tornou-se amigo íntimo da região com a qual convive desde 1970. Nos primeiros voos entre São Paulo e Manaus, a travessia da mata contínua durava quase duas horas. “Não se enxergava nenhum risco de estrada nem o brilho de um telhado de zinco”, conta. Hoje, esse tempo foi reduzido a 40 minutos.
Pedrão informa que a taxa de desmatamento é muito maior que a federal, que não inclui os estragos feitos por madeireiros e garimpeiros sob as copas das árvores. ”Os políticos deveriam falar menos e ouvir mais o que os caboclos têm a dizer sobre coisas como preservação ambiental e sustentabilidade”, recomenda. “Eles só aparecem de vez em quando, sempre com ideias prontas, fazem discursos e somem”.
Para reaparecerem em Brasília com outra fraude eleitoreira.

Dilma se cala sobre críticas ao apagão

Deu no Estadão:
Pré-candidata à Presidência em 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que chefiou por dois anos e meio o Ministério das Minas e Energia, cancelou compromisso ontem, não participou de reunião do governo para discutir o blecaute e não comentou o episódio. Dilma tinha encontro com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, na sede provisória da Presidência, no Centro Cultural Banco do Brasil, mas desmarcou. Também não foi ao Itamaraty receber o presidente de Israel, Shimon Peres, como era esperado. Ontem, às 19h40, quando deixava o CCBB antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que raramente faz, foi questionada sobre o apagão. Acenou aos jornalistas e disse: "Um beijo para vocês". A Folha enviou a sua assessoria um e-mail com perguntas sobre o blecaute, mas não obteve resposta. Há duas semanas, em entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro", da Radiobrás, Dilma disse que o Brasil estava a salvo de novo apagão elétrico. "Nós também temos uma outra certeza: que não vai ter apagão."

Apagão: "Pode ter sido gestão equivocada"

No O Globo:
O apagão de terça-feira mostra que houve um erro no sistema elétrico, afirma Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe-UFRJ, uma das maiores autoridades no setor. Para ele, ex-presidente da Eletrobrás, pode ser uma falha humana ou de computador. Como o senhor avalia o blecaute de ontem? Houve um problema, não podemos dizer que está tudo bem. Itaipu é a maior usina brasileira, mas o problema foi maior que sua parcela na geração hidrelétrica. Não pode cair o sistema todo. Faltou investimento? O investimento existiu. Na época que houve um problema de transmissão no Brasil, em 1999, não havia a terceira linha de transmissão de Itaipu, agora há. Mas isso não basta, é preciso ter uma gestão de rede mais inteligente. Uma manobra errada pode ser causadora de um acidente ou evitar que um incidente vá muito longe. E a manobra de terça-feira não foi inteligente. Que tipo de manobra pode ter sido errada? Pode ter ocorrido o que ocorreu nos EUA em 2003: uma gestão equivocada, que sobrecarregou uma linha que caiu automaticamente para evitar uma pane maior. A energia tenta outro caminho, que também fica sobrecarregado, e várias linhas caem em efeito dominó. Também tivemos isso no Brasil. Não me refiro ao apagão de 2001, quando houve falta de energia, mas ao blecaute de 1999. O que causou o erro? O sistema interligado é uma coisa, manobra errada é outra. Pode ser um erro de computador, que não prevê uma certa situação, pode ser uma decisão humana, pode ser uma interferência da natureza.
Leia mais da reportagem de Henrique Gomes Batista em O Globo

Oposição acusa Petrobras em relatório


O relatório paralelo da oposição na CPI da Petrobras acusa a estatal de improbidade administrativa e irregularidades, que variam de prestações de contas incompletas a crimes ambientais e tributários. Com a queixa de que a maioria governista impediu uma investigação mais profunda, PSDB e DEM não conseguiram apurar indícios de ligações políticas entre supostos desvios e a cúpula do governo petista, conforme suspeitavam. Na próxima terça-feira, o relatório paralelo, transformado em 18 representações contra a Petrobras, será levado pelos senadores de oposição ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O caso considerado mais grave foi o superfaturamento da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Além das constatações de superfaturamento feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o PSDB cita estudo que indica um sobrepreço de US$ 2 bilhões. De acordo com um estudo comparativo internacional sobre projetos de construção de refinarias, a faixa de custo para uma obra com capacidade de refino semelhante à Abreu e Lima pode variar de US$ 2 bilhões a US$ 10 bilhões. São citadas refinarias projetadas na Líbia, Qatar e Angola como referências de custos. A Abreu e Lima teria um custo de US$ 12 bilhões, semelhante a um projeto em Yanbu, na Arábia Saudita, que teria quase o dobro da capacidade.
*Com informações de O Globo

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Frase do dia

"Dizem que Lula elege até poste. Será que elege poste apagado?”
Ronaldo Caiado (G), líder do DEM na Câmara dos Deputados

A imitação?

http://www.sponholz.arq.br/

Circula pela internet


DILMA 2010
APAGUE ESTA IDÉIA !

Temporal no Rio faz vítimas e isola pessoas

O temporal que atingiu o Rio na noite desta quarta-feira provocou estragos nos municípios de Duque de Caixas, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e em Tanguá. Em Nova Iguaçu, três pessoas morreram após uma casa ser atingida por uma tromba d'água na Reserva Biológica de Tinguá. Outras duas pessoas foram socorridas com escoriações pelo corpo. Em Campos Elíseos, 38 pessoas foram desalojadas, e em Tanguá, na Região Metropolitana, 600 estão desabrigados.
Segundo bombeiros, o agricultor José Severino Frias, de 48 anos, e o filho Marlison José de Frias, de 22, foram encontrados mortos entre os escombros da casa, na Rua Trajano, no Bairro da Biquinha. A mulher do agricultor, Jenifer José de Frias, e o filho Jônatas José de Frias, 19, foram encontrados pelos bombeiros com ferimentos e levados para o Hospital da Posse. A filha do casal, Jenifer, de 15, que ficou desaparecida por algumas horas, também foi encontrada morta pelos bombeiros.
A Defesa Civil de Nova Iguaçu isolou a área no entorno da casa atingida. De acordo com técnicos, serão realizadas vistorias em outras residências, para evitar novos desabamentos. Segundo o coronel Evandro Bezerra, comandante do Corpo de Bombeiros de Nova Iguaçu, o temporal que atingiu a Baixada provocou o deslizamento de um barranco e o desmoronamento da casa.
De acordo com a Defesa Civil, 38 pessoas estão desalojadas em Campo Elíseos, onde houve quatro desabamentos de residência, cinco deslizamentos de terra e mais de 15 casas interditadas.
*Leia mais em O globo

Apagão mental


No O Globo:

Há muitas lições a tirar do apagão. A mais urgente é que energia é um tema que não pode ser entregue à partilha política. O sistema brasileiro foi montado para prevenir um evento como este, ou então, ser capaz de remediar em minutos.
Eram 5h15m de ontem quando chegou à Itaipu a informação do ONS de que podia gerar 100% da energia. O problema durara sete horas e dois minutos.
Vários técnicos e dirigentes de empresas com quem a equipe desta coluna conversou disseram a mesma coisa: o espantoso é demorar tanto para explicar o que houve.
A falta de diagnóstico rápido revela pouca coordenação e descontrole. O que assusta. A explicação oficial — e insuficiente — só chegou às 7h da noite.
Nas crises, fica ainda mais patético ter um ministro tão desligado do tema.
Edison Lobão disse inicialmente que era pane em Itaipu. Não era; foi na linha de transmissão. Disse que em 2001 o sistema não era interligado. Já era, há décadas; depois de 2001 foi reforçado. Disse que o apagão foi causado por problemas meteorológicos. O próprio governo depois negou. No início da noite, Lobão voltou a culpar o mau tempo. Isso é que dá escolher um ministro pela sua interligação com o sistema Sarney.
Ficou claro que há uma lista de tarefas a fazer: o país precisa aperfeiçoar o sistema de isolar o problema para evitar o efeito dominó. O mecanismo existe e deveria ter funcionado, explica Mário Veiga, presidente da PSR. Não funcionou e espalhou o sinistro por 18 estados.
Seja qual for a explicação que perdure, o fato é que no futuro haverá mais eventos climáticos extremos.
Secas como a de 2001 podem ocorrer com mais frequência, seguidas de grandes tempestades. O país depende muito de água nos reservatórios, e tem um sistema interligado. Portanto, está duplamente vulnerável. Precisa de um planejamento energético que leve em conta as mudanças climáticas e que aumente a segurança.
As decisões dos últimos anos tornam o país mais frágil, explica Adriano Pires, porque optou-se por manter o modelo de grandes hidrelétricas, como as do Rio Madeira, que exigirão linhões de transmissão e estarão interligadas ao sistema.
Mário Veiga lembrou que as hidrelétricas do Rio Madeira não terão reservatórios.
Interligar o sistema é um avanço, na opinião de Veiga. O necessário é ter um sistema eficiente que crie o "ilhamento" de eventuais problemas, disse Luiz Pinguelli Rosa. Veiga acha que o evento mostrou duas fragilidades:
— O sistema não conseguiu prevenir o problema e demorou muito a remediar.
Em 2001, houve racionamento. Falta de energia. Agora, houve apagão. São eventos totalmente diferentes.
Um foi crise de abastecimento; o outro, colapso de algumas horas no sistema operacional. Atualmente, há sobra de energia por dois motivos: muita água nos reservatórios por causa das chuvas abundantes; e a crise econômica que reduziu a demanda.
— A demanda estava crescendo a 5% ao ano. Em 2009, ficará estável. A crise anulou um ano de crescimento da demanda — explicou Mário Veiga.

*Texto de Mirian Leitão

O apagão da Dilma

28/10/2004
A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, elogiou o relatório anual da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado anteontem, mas fez ressalvas a determinados pontos do conteúdo e criticou a leitura feita por alguns analistas que viram no documento um sinal de alerta ao Brasil. A ministra considerou precipitadas as avaliações de que há risco de ocorrer um racionamento antes de 2008. "Só haveria risco de apagão se o governo não exercesse seu papel de governo", afirmou Dilma, que afastou esse risco no horizonte até 2010.
10/11/2009
Antes de ontem, 50 milhões de brasileiros ficam sem energia elétrica e o caos se instalou em mais de 800 municípios. O relatório estava certo e a "doutora" que, em vez de cuidar dos problemas do país cuida apenas da sua candidatura, usando a abusando da máquina pública, mostrou, mais uma vez, toda a sua "competência" como gestora.

Mentiroso contumaz

Lula é um estelionatário das estatísticas. Ontem chamou todos os presidentes do Brasil, nos últimos 30 anos, de “irresponsáveis”, por terem deixado os brasileiros “se amontoarem” sem construir casas. Fez esta declaração no mesmo dia em que ficou provado com que recursos ele está construindo: o suado dinheiro do FGTS, que está praticamente congelado, sem rendimentos, enquanto a Caixa usa os depósitos dos trabalhadores para financiar imóveis cobrando os maiores juros do mundo. Em 1994, o Brasil tinha 34,7 milhões de residências. Em 2003, ano que Lula iniciou o seu mandato, eram 49,1 milhões, uma média anual de 1,5 milhões de novos domicílios construídos nos 10 anos antes do seu governo. Em 2008, 5 anos depois que Lula assumiu, o número chegou a 55,7 milhões de domicílios. Sob o comando da máfia petista, a média caiu para 1,3 milhões de residências construídas ao ano. Os dados são do IBGE. E mostram mais uma mentira deslavada deste demagogo que nos governa.
http://coturnonoturno.blogspot.com/

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Na moda...

* Aí o estagiário de Itaipu perguntou ao seu chefe: "Se eu apertar este botão o que acontece?"
* Aí disseram para o estagiário de Itaipu: "Quando sair apague tudo".
* Aí Madona (naturalmente em inglês) pediu ao seu namorado: "Apaga a luz, Jesus!"
* Nota oficial da Uniban: "A causa do apagão foi um curto".
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Não foi um raio a causa do apagão

Uma análise feita pelos técnicos do Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espacias), indica que as chances de um raio ter sido a causa do apagão são mínimas. O blecaute, ocorrido entre a noite de ontem e a madrugada desta quarta-feira, atingiu 18 Estados.
"Embora houvesse uma tempestade na região próxima a Itabera, no sul de São Paulo, com atividade de descargas no horário do apagão, as descargas mais próximas do sistema elétrico estavam a cerca de 30 km da subestação de Itabera e a cerca de 10 km de uma das quatros linhas de Furnas de 750 kV [kilovolts] e cerca de 2 km de uma das outra linhas de 600 kV, que saem de Itaipu em direção a São Paulo", informa a nota do Inpe.
"Além disso, a baixa intensidade da descarga registrada [menor que 20 kA] não seria capaz de produzir um desligamento da linha, mesmo que incidisse diretamente sobre ela, como também confirma a Rede Brasileira de Detecção de Descargas, que estava no momento do apagão operando com ótimo desempenho".
O comunicado aponta que, "em geral, apenas descargas com intensidade superiores a 100 kA, atingindo diretamente uma linha, podem causar um desligamento de linhas de transmissão operando com tensões tão elevadas como as linhas de Itaipu [duas de 600 kV e duas de 750 kV]. O blecaute foi justificado pelo governo federal a partir do desligamento de três linhas, ocorrido por conta de condições meteorológicas adversas na região de Itaberá (SP).
No Paraná, o Simepar, responsável pelo monitoramento do clima no Estado, informou que houve instabilidade em Foz do Iguaçu já no começo do dia. À tarde, a chuva se espalhou por todo o Estado, com muitas descargas elétricas e rajadas de vento.
"Em muitos locais, as estações não registraram nada. Detectamos por intermédio de radares de descargas atmosféricas", afirmou o meteorologista Cezar Duquia.
"Quando se diz que a linha caiu, não significa que ela tenha sido 'tombada' no sentido físico. Na grande maioria das vezes, essa linha foi desconectada", explica o engenheiro eletricista da Unifesp, Laurence Duarte Colvara. "Ou seja, três linhas foram desconectadas. Há hipótese de descargas atmosféricas no desligamento de linhas", opina.
Colvara descarta um ataque virtual perpetrado por piratas, e tampouco acredita em sobrecarga do sistema --exceto aquela "por efeito dominó". "Um equipamento é desconectado, sobrecarrega outro, e outro, em um desligamento sucessivo", explica.
"Isso deixa uma mensagem bem clara de que essas coisas podem acontecer, mas se deve ter uma visão clara do panorama [que causou o apagão]", observa ele.
Para o chefe do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC, Aparecido Nicolett, a condição climática registrada não tem capacidade de derrubar uma linha. "É como colocar a mão para fora do carro na estrada, a essa velocidade; não acontece nada", exemplifica. "Mas o que pode ter acontecido é a ruptura de um cabo por um raio que atingiu a torre ou galhos que caíram."
Nicolett ressalta que é preciso ter mais informações a respeito."
Com intuito de ilustrar a situação, o professor explica que qualquer tipo de construção --de ponte a torres, passando por cabeamento energético-- é suscetível à velocidade do vento, e balançam.
"Em relação aos cabos, a mesma coisa: eles não são rígidos, e balançam, até porque têm que balançar. Não sabemos o tempo de manutenção. É possível que eles tenham se balançado e rompido, assim como é possível que alguma coisa tenha caído em cima", observa.
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, descartou danos físicos a equipamentos, contudo.
Nicolett também descarta a invasão do sistema por piratas virtuais ou sabotagem. "Se quisesse invadir um país, a primeira coisa que eu faço é derrubar a rede elétrica. Não precisa nem de bomba. Leva horas para o sistema voltar."
"O apagão demonstra que o sistema é muito frágil: ao menos três grandes Estados e mais outro país ficaram sem luz, sem hospitais, sem policiamento e até sem água. Precisamos de sistemas alternativos, como pequenas usinas nucleares, térmicas. Precisamos de investimento em pequenas usinas de energia alternativas e interligadas, que ligassem as chaves caso Itaipu caísse."

O apagão no país do jegue pós-moderno

No Blog do Reinaldo Azevedo:
Nunca antes na história deste país houve um apagão tão, assim, convincente, não é? Lula chama para si a responsabilidade por tanta coisa positiva que nada teve ou tem a ver com ele, que talvez seja chegada a hora de responsabilizá-lo pelas coisas ruins também. Espinhela caída, unha encravada, a refugada de Baloubet du Rouet… Ora, você já sabe: “Querida, Baloubet nunca me deixou antes da mão. Mas o Lula, você sabe…”
É claro que eu não sei o que aconteceu. Mas o Edison Lobão também não sabe. Só que ele é ministro das Minas e Energia, e eu não sou. Quando nomeado, afirmei que ele não sabia a diferença entre uma tomada e um focinho de porco. Passará a saber agora, quando o Brasil adotar tomadas que são como porcos com três buracos no focinho dispostos de um modo que torna a estrovenga uma tomada tão nativa quanto a jabuticaba.
E não é que Lobão saiba pouco, não! Ele não tem a menor idéia do que parou metade do Brasil - uns 80% caso se considere o PIB… Só sabe informar que houve o desligamento total - nada menos - de Itaipu. Quando ela voltou a funcionar, deu pane na distribuição. Sim, petralhas que me amam, eu não entendo nada de energia elétrica. Suponho que o sistema seja interligado para que, em caso de problema numa área, estação ou como se chame, a outra dê suporte. Mas eu entendia que o contrário não acontecia, mesmo com Itaipu parada: isto é, em vez de a parte boa ajudar a ruim, a ruim é que pára a boa.
Seja lá o que tenha provocado esse desastre, o sistema de energia do país evidencia uma fragilidade impressionante. Lá vai Lula assegurar que, até 2016, tudo estará resolvido. Mais um um pouco de graça? Tucano não sabe fazer apagão direito. Quem é bom nisso é petista. Se é para apagar, que seja breu. E, bem, antes que vocês lembrem que Dilma, antes de empacar o PAC, respondia pelo setor de energia, lembro eu mesmo. Ela migrou do ministério das Minas e Energia para a Casa Civil.
Acabo de entrar [era 1h45] em três sites: do Ministério das Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica e do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Não há uma miserável linha a respeito de um dos maiores apagões elétricos do país - se não for o maior caso se considere a abrangência e a duração. Essa gente que sempre é tão rápida em lançar mão da rede quando é para cantar as próprias glórias não tem nada a informar.
Uma das minhas filhotas estava no palco do teatro do colégio. Lá se foi a energia, entraram as luzes de emergência, e o espetáculo foi encurtado, com a eliminação de algumas passagens. A meninada mandou bem, e a peça terminou na maior dignidade. É assim que se vai adquirindo experiência sobre estepaiz, não é mesmo?
Seja lá o que tenha feito Itaipu parar totalmente - que eu saiba, é a primeira vez na história que isto acontece -, o fato é que o país está obviamente correndo riscos. Algo me diz que os culpados são o antecessor de Lula e daquele padreco prolífico que governa o Paraguai, não é mesmo? Vai ver eles só não souberam resolver…
Ironias à parte, um país que pode ficar no escuro por horas a fio sem saber por quê, com autoridades incapazes de dar explicações e que ignoram os meios eletrônicos existentes para informar o que se passa, está com um grande problema.
Um problema como nunca antes houve nestepaiz…
PS: Estou [estava quando escrevi o texto] usando a bateria do laptop, escrevendo à luz de velas. Um horror… Cadê a exclamação? Achei!!! É como usar o GPS no lombo de um jegue. É isto: inventamos o jegue pós-moderno.

Campanha política com dinheiro público

Da coluna Painel no Estadão:
Dos municípios selecionados para receber uma fatia do R$ 1,2 bi do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, anunciado ontem por Lula, 92% são administrados por partidos que já aderiram ou são cortejados pela campanha de Dilma Rousseff. O fundo contempla projetos de urbanização para a população de baixa renda em regiões metropolitanas.
Para cidades comandadas pelo trio PSDB-DEM-PPS coube apenas R$ 96,5 mi, metade desse valor para São Paulo. O "cinturão petista" na Grande SP (Diadema, Guarulhos, São Bernardo, Mauá, Carapicuíba, Osasco e Sumaré) levou R$ 189 mi. Parceiro preferencial para 2010, o PMDB obteve recursos especialmente para o Rio (R$ 82 mi).

Governo mente sobre educação

No O Globo:
O governo federal começou a divulgar, esta semana, propaganda sobre seus investimentos em educação, com o slogan "Nunca se investiu tanto em educação". Mas os dados da publicidade são um pouco diferentes do que ocorre na prática. O anúncio do governo cita mil novas creches em todo o país, embora o Ministério da Educação admita que nenhuma delas está pronta. No total, são 1.022 creches, todas em estágio de licitação ou construção.
A publicidade destaca ainda o número de alunos beneficiados com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O governo federal lista entre suas realizações o fato de 45 milhões de alunos serem beneficiados pelo Fundeb.
O fundo, porém, é movimentado em sua maior parte por recursos dos estados e municípios. Este ano, o fundo movimentou R$ 72,7 bilhões, sendo que a União contribuiu com apenas R$ 5,07 bilhões (6,9% do total).
A contrapartida do governo Lula foi repassada para nove estados do país, beneficiando 18,2 milhões de alunos. Os outros 26,8 milhões usufruíram do dinheiro de seus próprios estados ou cidades. A partir de 2010, a União se compromete a contribuir com 10% do total de recursos do Fundeb.

Dilma é arrogante, autoritária e sem votos

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reagiu nesta terça-feira às declarações da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de que a oposição está "nervosa" diante do volume de realizações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Guerra chamou Dilma de "arrogante" ao afirmar que a sua candidatura ao Palácio do Planalto "não anda" --motivo que teria levado a ministra a disparar ataques à oposição.
"O problema da ministra é tentar mostrar que ela existe, por isso que ela [candidatura] não anda. Ainda bem, porque ela é arrogante e autoritária sem votos. Imagina se ela os tivesse", reagiu Guerra.
Segundo o tucano, a ministra vem adotando posturas orientadas pelos "marqueteiros" de sua campanha à Presidência da República com o objetivo de torná-la conhecida da população brasileira.
"Estamos tendo imensa dificuldade de polemizar com a ministra porque, até agora, não conhecemos nenhum ponto de vista dela. A ministra tem cumprido a tabela dos seus marqueteiros", afirmou.
Em entrevista no Rio de Janeiro, Dilma disse hoje que as ações do atual governo são muito mais significativas se comparadas à gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Dilma frisou que a oposição quer evitar comparações porque "o governo anterior perde de 400 a zero" em relação à atual administração.
"Entendo perfeitamente o nervosismo deles [oposição]. Estávamos tranquilos sem fazer maiores comparações, só que agora nós pegamos gosto pela comparação. Tudo o que nós queremos é comparar, até porque o nosso povo sabe comparar na carne, no testemunho de sua vida cotidiana", afirmou.
Dilma comparou desde a atuação dos governos em crises financeiras até programas sociais desenvolvidos pelas duas administrações. Para a ministra, é "patético" comparar o Bolsa Família, que segundo ela tem 11 milhões de beneficiários, com programas do governo Fernando Henrique, como o Vale Gás e o Bolsa Escola.
"Acho interessante que depois que as pessoas falam tudo o que querem vêm dizer que vai parar de polemizar", disse a ministra ao se referir às recentes críticas feitas por líderes do PSDB, como Fernando Henrique e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB).
Dilma tem engrossado o discurso contra a oposição. Na semana passada, em São Paulo, a ministra disse que a oposição é patética e desconexa.

Um roubo de bilhões de dólares


"O roubo é de bilhões de dólares"

Senador Alvaro Dias, sobre os motivos que levaram a abertura da CPI da Petrobrás.

*Leia ,aqui a integra do discurso proferido pelo senador, em plenário, nesta terça-feira.

A nova missão do senador cueca

Depois do episódio da cueca vermelha, a pedido de Sabrina Sato, do Pânico na TV, o senador Eduardo Matarazzo Suplicy se comprometeu a cumprir uma nova missão para o mesmo programa: quer beijar – e para valer – em público, a ministra-candidata Dilma Rousseff. A ex-guerrilheira Vanda vem se permitindo trocas de beijos no rosto (um em cada bochecha) apenas para algumas pessoas, evitando o mesmo procedimento junto à políticos com os quais não mantém maior relacionamento. E Suplicy quer quebrar essa postura. ( Giba Um)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Por que Serra demora?

No Blog do Noblat:
O governador José Serra acerta quando se cala sobre se será ou não candidato à sucessão de Lula. Do alto das pesquisas de intenção de voto por que ele haveria de se tornar alvo desde já da fúria do PT e dos seus aliados? Nada lucraria com isso. De resto, não há um só tucano emplumado que duvide da disposição de Serra para sair candidato. À sombra, Serra tem trabalhado duro para pavimentar o caminho que poderá levá-lo a concorrer à presidência da República pela segunda e última vez. Se não concorrer ou for derrotado, dará adeus em definitivo ao sonho cultivado desde que começou a fazer política. Lula perdeu três eleições consecutivas antes de vencer a primeira em 2002. Se depender dele, tentará um novo mandato em 2014. Estará com 69 anos – e Serra com 72. A diferença de idade entre eles não é o que permite imaginar Lula eleito para um terceiro mandato e Serra metido em um pijama dentro de casa observando o crescimento da grama no seu jardim. Lula deixará o cargo em janeiro de 2011 ostentando a privilegiada condição de o presidente mais popular da história do país. Falta ao PT outro nome capaz de disputar com ele a indicação para candidato em 2014. Quem ousaria? A situação de Serra é bem distinta. Se fugir ao desafio de enfrentar Dilma Rousseff cederá a vaga a Aécio Neves, governador de Minas Gerais. Mesmo que perca, é razoável que Aécio assegure o direito de concorrer em 2014. Terá apenas 54 anos. Terá ganhado com a derrota para Dilma a exposição nacional que hoje lhe falta. O PSDB não se dará ao luxo de desprezar uma estrela em ascensão. É um partido de poucas estrelas. De 1989 para cá, Lula disputou todas as eleições presidenciais. Disputará mais uma. Onde se lê Dilma, leia-se Lula. O que Dilma tem até agora em intenções de voto foi o que Lula já lhe transferiu. A transferência tende a aumentar. O brasileiro está satisfeito com a vida que leva. E reconhece que boa parte da satisfação decorre do desempenho de Lula e do seu governo. Eleitor satisfeito nunca votou para mudar. Nem aqui nem em parte alguma. Há duas desgraças que Serra diligenciará para varrer do seu caminho – ele ou qualquer outro candidato. A primeira: trombar com Lula sem necessidade. Ou mesmo se for necessário. A não ser em caso extremo. A segunda: passar a impressão de que uma vez eleito mudará o que o eleitor não quer que mude. Dilma dirá que representa a continuidade de Lula. Serra não poderá dizer isso, mas é tudo o que gostaria que o eleitor achasse dele. Essa história de candidato “pós-Lula” inventada por Aécio é uma maneira mais refinada de afirmar: manterei tudo que Lula fez e ainda farei melhor. Serra pretende ir por aí. O PT decidiu encarar a eleição como um confronto entre o Brasil pontilhado de crises de Fernando Henrique e o Brasil ladeira à cima de Lula. Votar em Serra é desejar a volta do Brasil das crises e do desemprego em alta. Votar em Dilma – bem, não vale a pena repetir. O PSDB se empenhará em transformar a eleição em um confronto entre um candidato com larga experiência política e administrativa e uma candidata que não era nada até outro dia. Que virou candidata por vontade exclusiva de uma única pessoa. Serra pergunta a seus botões: que vantagem levaria se partisse logo para a briga contra Dilma? É o que interessa a Dilma: polarizar cedo com ele para crescer. A próxima tende a ser uma eleição curiosa. O PT olhará Serra e enxergará Fernando Henrique com todos os seus eventuais defeitos. De sua parte, o PSDB olhará Dilma e enxergará o PT dos muitos escândalos, do aparelhamento e do inchaço da máquina do Estado, da cooptação por meio de grana dos movimentos sociais e da cumplicidade com o MST que invade e depreda fazendas. Foi na eleição de 2002 que estreou Lulinha “paz e amor”. Na de 2010 estreará Serrinha “paz e amor” – pelo menos no que depender dele. O ex-metalúrgico enfezado estará de volta.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/11/09/por-que-serra-demora-239337.asp

Aécio critica Lula por transformar eleição em "plebiscito do governo"

O governador mineiro Aécio Neves (PSDB) fez nesta segunda-feira duras críticas ao governo federal pelo que considera uma estratégia para transformar a eleição presidencial de 2010 em um plebiscito do governo Lula. "O embate está lançado, e a oposição deve vencê-lo já em resposta à armadilha da eleição plebiscitária", disse o tucano.
Aécio ainda fez questão de dizer que não é obcecado pela Presidência da República e que estará ao lado do candidato tucano à sucessão, mesmo que não seja o escolhido para disputá-la. Ainda assim, ele defendeu sua capacidade de trazer para o campo da oposição partidos que fazem parte da base aliada. Para o tucano, o desafio do próximo presidente será no campo da gestão política, e não a econômica.
"Não tenho obsessão para ser presidente da República. Tenho responsabilidade com o meu estado e com o meu país", disse Aécio. "Como dizia meu avô, Tancredo Neves, presidência não é projeto, é destino", declarou. Ele ainda descartou a possibilidade de aderir a uma chapa tucana como vice do governador de São Paulo, José Serra.
O mineiro aproveitou para criticar a utilização, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos mecanismos do estado para eleger seu sucessor. "A oposição sabe que não vai enfrentar um partido nem um candidato. Mas sim, um partido que se acha dono do estado", disse.

Saia justa: Lula, nos bastidores, derruba aumento dos aposentados

Charge de Amarildo - Via Gazeta-ES
O governo acenou com um aumento para os aposentados de até 7,72% para o ano que vem. O objetivo é garantir que a emenda ao projeto de lei nº 1/ 2007, que concede para as aposentadorias o mesmo reajuste do salário mínimo, seja definitivamente enterrada. O reajuste pode sair por meio de uma medida provisória.
Segundo o "Agora" apurou com fontes das negociações, a proposta, que deve ser apresentada às centrais sindicais amanhã, prevê aumento acima da inflação deste ano, que deve ser de 3,64%, entre 60% e 80% do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2008 para quem ganha mais que o mínimo. O índice depende de estudos do governo.
Pela proposta, o aumento deve ser de 6,7% a 7,72%. Pelas regras atuais, quem ganha mais que o mínimo teria aumento de 3,64% (a inflação prevista entre fevereiro e dezembro deste ano). Já para o piso a previsão é de 8,74% (inflação mais o PIB de 2008).

Uniban revoga a expulsão de garota


A Universidade Bandeirante (Uniban) decidiu revogar, ontem à noite, a expulsão da aluna Geisy Arruda, 20 anos, que foi insultada por vários alunos da instituição por usar um vestido curto no campus de São Bernardo do Campo. A informação foi divulgada em uma nota oficial da instituição. Pela manhã, durante entrevista, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, afirmara que a decisão da Uniban de expulsar a aluna Geisy Arruda que o Brasil contemporâneo não admite gestos como esse que vitimaram a aluna e que consagra "uma mentalidade obscurantista e nefasta, que há muito se supunha extinta deste país". Na opinião de Cezar Britto, a decisão da Uniban contra a estudante "chancela a barbárie e o preconceito", inadmissíveis em qualquer parte, sobretudo no ambiente universitário, que tem a missão de bani-los. A Uniban - que ocupa a lanterninha, na avaliação de ualidade de instituições de nível superior - é de propriedade de Heitor Pinto da Silva, que se notabiliza mais pelas quantidades industriais de botox que aplica no rosto do que pelos feitos na área de educação.

Justificando o injustificável

José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobrás, deverá participar de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento para prestar esclarecimentos acerca de irregularidades detectadas por auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O empreendimento está sendo construído pela companhia brasileira em parceria com a estatal petrolífera venezuelana (PDVSA). A Petrobras, através de nota pública, contesta os critérios utilizados pelos auditores do TCU por considerá-los "insuficientes para suas obras, de grande complexidade e com especificidades próprias da indústria do petróleo”.
Na última terça (3), o presidente da comissão, senador Almeida Lima (PMDB-SE), recebeu correspondência da companhia confirmando a vinda de Gabrielli na segunda quinzena deste mês. É esperar para ver. Quem sabe Gabrielli, inspirado, possa tentar justificar o injustificável, criando assim o "PAC das irregularidades".

Uma lei para transgredir


As críticas descabidas do presidente do Brasil ao TCU (Tribunal de Contas da União), muitas vezes atribuindo ao Tribunal a responsabilidade de em paralisando obras públicas ilegais, estar atravancando o crescimento do país, já estão se materializando em forma de instrumento legal. Num anteprojeto de lei, encomendado pelo governo federal, está previsto a limitação da atuação do órgão fiscalizador, reduzindo não só a atuação do TCU como a possibilidade de, preventivamente, embargar obras iregulares. O artigo 62, parágrafo único, do anteprojeto de Lei Orgânica da Administração Pública Federal, reza que o controle externo de órgãos estatais, atividade exercida pelos Tribunais de Contas, "não pode implicar interferência na gestão dos órgãos ou entidades a ele submetidos nem ingerência no exercício de suas competências ou na definição de políticas públicas". Em síntese, se tal projeto for transformado em leio, o TCU fica proibido de decretar as chamadas medidas cautelares, através das quais suspende licitações e bloqueia repasses para obras quando surgem divergências com a administração ou suspeitas de possíveis irregularidades. Para termos uma idéia da atuação constante e vigilante do TCU, neste ano, já foram baixadas 124 medidas cautelares, para conter o ímpeto transgressor dos gestores públicos no governo Federal.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Enquanto isso, na UNIBAMBI

"O foco é a postura, os gestos, o jeito de ela se portar. Ela tinha atitudes insinuantes. (...) Ela extrapolava rebolando na rampa, usando roupas para que os colegas pudessem verificar suas partes íntimas.”

Décio Lencioni Machado, assistente jurídico da Uniban, sobre a expulsão da aluna que usou vestido curto em sala de aula.

Mãe arrependida?

http://www.sponholz.arq.br

Foi mal, Barbosa!

Do Blog do Noblat:
É majoritária entre os ministros do Supremo Tribunal Federal a opinião de que foi medíocre o desempenho de Joaquim Barbosa (foto acima) como relator do caso do mensalão mineiro protagonizado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Cabia a Barbosa votar pelo acatamento ou recusa da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República. Uma vez que ela fosse aceita pela maioria dos seus pares, só então se abriria processo contra o senador.
Mas o de Barbosa foi um voto de condenação prévia de Azeredo. De resto, ele conferiu importância excessiva a um recibo de dinheiro que Azeredo enfaticamente aponta como falso. Barbosa não pediu uma perícia do documento.

Polícia para quem precisa

Ranking publicado neste sábado pela Folha de S. Paulo sobre a violência no país. Os números de que se fala a seguir são sempre em relação a 100 mil habitantes — ou seja: “mortos por 100 mil”.
Com 13,2 mortos, São Paulo é o antepenúltimo da lista. Só em Santa Catarina (13) e Roraima (10,6) se mata menos. No topo, está Alagoas, com espantosos 66,2, seguido por Espírito Santo (56,6), Pernambuco (51,6) e Rio de Janeiro (45,1).Nos últimos 9 anos, o número de homicídio em São Paulo caiu 66%, fenômeno raro, diga-se, no mundo, o que chegou a despertar a atenção de organismos internacionais. Cada estado tem lá seus motivos particulares para explicar a violência. Mas resta evidente que as grandes concentrações urbanas, especialmente na periferia (no caso do Rio, nos morros), tendem a ser mais violentas.São Paulo é o estado mais populoso e que conta com a maior mancha urbana do país. Por que, por ali, mata-se um quinto do que se mata em Alagoas, menos de um quarto do que se mata no Espírito Santo, um quarto do que se mata em Pernambuco? Os 20 (devem ser, na verdade, 24) estados que aparecem à frente certamente têm seus motivos para explicar a violência. Não há um só que não esteja presente também em São Paulo, na cidade ou no campo.O jornal somou os assassinatos, latrocínios e lesões seguidas de morte de todos os estados e fez a conta dos mortos por 100 mil habitantes. Minas, Piauí, Pará e Amapá ficaram de fora. O primeiro estado não repassou os dados do último trimestre. O Piauí só tinha os números da capital. Os outros dois não forneceram dado nenhum.

Lula, a marolinha e o ENADE

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Do Blog do Noblat:
Veja uma das questões da prova de Comunicação do ENADE, realizado domingo em todo o país. A resposta considerada certa corresponde à letra C. Menos mal.
É verdade que das cinco alternativas de respostas, quatro desqualificam as críticas feitas à fala de Lula.
Em tempo: escreveram errado o nome do presidente. O Luiz de Lula é com Z.

O lado primitivo do Brasil

Geisy e o vestido que "escandalizou" a Uniban, em foto de O Globo
De Augusto Nunes, o título é nosso:
O monumento ao primitivismo que começou a ser erguido na noite de 22 de outubro, quando centenas de alunos do campus de São Bernardo protagonizaram a tentativa de linchamento da moça do vestido curto, foi inaugurado com a expulsão de Geisy Arruda e a aprovação, com louvor, dos agressores. A nota divulgada pela direção da Uniban, com o título A educação se faz com atitude e não com complacência, faz sentido nestes tempos estranhos. Num Brasil pelo avesso, o certo virou errado e o errado virou certo.
Como o culpado é inocente, Antonio Palocci pode estuprar a conta do caseiro, o MST pode invadir o que vier pela frente, José Sarney pode continuar engordando o prontuário de matar de inveja um general do PCC. Como o inocente é culpado, Francenildo Costa não pode queixar-se da condenação ao desemprego, os fazendeiros não podem invocar o direito de propriedade nem alegar que as terras são produtivas. Por divulgarem verdades sobre um homem incomum, o Estadão merece censura e merecem pancadas jornalistas que escrevem livros contando um pouco do muitíssimo que fez o dono do Maranhão.
Como o que era já não é, diplomas de universidades estrangeiras agora equivalem a atestados de elitismo. Devem ser transferidos da parede para o porão, antes que os diplomados sejam considerados inimigos do Grande Ignorante e, portanto, da pátria. Falar e escrever direito é coisa de preconceituoso, miudezas desprezíveis para um enviado da Divina Providência. Acumular conhecimentos é feio. Bonito é ser analfabeto. O presidente que subiu na vida sem ter estudado é a prova de que o brasileiro precisa aprender a desaprender, e revogar de vez o refinamento. É da vulgaridade que o povo gosta, é grosseria o que o povo quer.
A minissaia foi inventada em 1960, os trajes das universitárias hoje sessentonas eram bem mais ousados. Mas um microvestido ficou moderno demais, porque o país está avançando para trás. A sindicância interna concluiu que Geisy teve “uma postura incompatível com o ambiente da universidade, frequentando as dependências da unidade em trajes inadequados”.
A sorte é que jovens de boa família estavam lá para defender “os princípios éticos, a dignidade acadêmica e a moralidade” desrespeitados pela moça desvestida de vermelho. “A atitude provocativa da aluna resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar”, descobriu a Uniban.
Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim, a Uniban transformou o campus de São Bernardo no muro da boçalidade. A expulsão do vestido curto riscou a fronteira que separa o país moderno do Brasil primitivo. A turma das cavernas está do lado de lá.

Campanha milionária

No O Globo:
Diante das projeções apresentadas pelo PT de que os gastos com a campanha da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República poderão chegar a R$ 200 milhões, os demais partidos começaram a fazer suas contas para as eleições de 2010. E já estão preocupados. O PSB estima que, para garantir competitividade à candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-SP), terá de arrecadar pelo menos R$ 100 milhões. O PSDB e o PV estão menos otimistas em relação à capacidade de arrecadação dos candidatos de oposição, e evitam adiantar suas estimativas. É o que mostra a reportagem de Adriana Vasconcelos e Isabel Braga para O Globo deste domingo. Mas, se os tucanos repetirem os gastos registrados com a candidatura de Geraldo Alckmin em 2006, quando foram consumidos mais de R$ 160 milhões, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as principais campanhas presidenciais deverão custar, somadas, pelo menos R$ 500 milhões. Esse valor ficará bem acima dos R$ 321,4 milhões consumidos na eleição de 2006 pelos quatro principais candidatos à Presidência. O comitê de campanha do presidente Lula e o PT, juntos, gastaram R$ 168,2 milhões na campanha pela reeleição. Alckmin apresentou uma conta de R$ 161,1 milhões. Já o candidato do PDT, o senador Cristovam Buarque (DF), só conseguiu arrecadar R$ 1,7 milhão. E a candidata do PSOL, a ex-senadora Heloisa Helena (AL), conseguiu quase um milagre: fechou a campanha gastando apenas R$ 377, 5 mil. "Eleição no Brasil é operação de guerra", justifica petista O aumento de gastos previstos para 2010, puxado sobretudo pelo PT, faz com que alguns tucanos ponham em dúvida a necessidade deste salto, num país que praticamente não tem inflação. Mas os petistas alegam que não há como ser diferente. - A minha opinião é que a campanha da Dilma ficará numa média de R$ 200 milhões. Fazer campanha num país continental como o Brasil é duro. É um esforço gigantesco, fazer comícios nos estados mais afastados. Eleição no Brasil é uma operação de guerra - justifica o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira. PT trabalha para arrecadar dinheiro pela internet O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos poucos verdes que já tiveram experiência em campanhas majoritárias, critica a estimativa de gastos apresentada pelo PT. Embora a direção de seu partido admita que não tem a menor ideia de quanto deverá custar a campanha da senadora Marina Silva (PV-AC), Gabeira calcula que a disputa nacional deverá exigir, pelo menos, quatro vezes mais do que ele arrecadou em sua campanha pela prefeitura do Rio, que saiu por R$ 5 milhões. Ou seja, R$ 20 milhões. Com o crescimento de Ciro nas últimas pesquisas, o PSB sonha alto. O tesoureiro do partido, deputado Márcio França (SP), prevê gastos de, no mínimo, R$ 100 milhões para sustentar uma campanha competitiva.

Já fui fã do Lula

Por Danuza Leão, na Folha de São Paulo:
EU já fui fã do presidente Lula. A primeira e única vez que o vi de perto foi num encontro com a classe artística no Canecão, no Rio, isso antes do seu primeiro mandato; mesmo tendo achado que ele se comportava um pouco como Silvio Santos, andando no palco para lá e para cá com o microfone na mão, fiquei fascinada com o personagem.Além de sua impressionante trajetória pessoal, Lula transpirava sinceridade e honestidade, além de enorme simpatia; e afinal, o PT era o PT, partido que ia levar a ética para o Planalto. Alguns amigos, poucos, me disseram que eu estava enganada, que esperasse para ver. Mas Lula encantou o país e foi eleito num clima de expectativa jamais visto, com a maior parte da população acreditando que tudo daria certo, enfim.Sua posse, com Brasília vestida de verde e amarelo, foi uma apoteose, mas já naquela noite o novo governo, que comemorou a vitória no salão de um hotel, deixou uma impressão preocupante. Na porta do tal salão, a segurança dava medo, e não deixava ninguém chegar nem perto.Alguns colegas da imprensa, que estavam lá para fazer seu trabalho, contar como tinha sido a festa, não conseguiram; Lula não deu o ar de sua graça nem para um alô de longe.O clima ficou um pouco tipo linha-dura, sobretudo na comparação com Fernando Henrique, que foi o mais cordial dos presidentes.Comecei a prestar mais atenção no noticiário político e vi que muitos dos que apoiaram Lula foram se afastando. Dava para desconfiar; por que seria? Depois vieram os escândalos, as antigas estrelas do PT sumiram e muitas são réus do mensalão.Mas não vou falar de política, nem para elogiar os sucessos nem para cair de pau no governo. Vou falar de coisas aparentemente sem importância, e que não teriam mesmo nenhuma importância se não se tratasse de um presidente, e que incomodam, e não só a mim.Logo no início, quando Lula e sua mulher, d. Marisa, recebiam para jantar, os homens levavam uma garrafa de bebida, as mulheres um pratinho de doces, economizando dinheiro do país, lembra? Oh, demagogia, teu nome é Lula, teu nome é PT. Ok, passemos. Claro que não vou falar da prosperidade de Lulinha, nem de d. Marisa, que nunca fez rigorosamente nada -pelo menos para se distrair- em sete anos de primeira-dama, a não ser se vestir de verde e amarelo nas ocasiões propícias. Além do chapéu de palha que o casal tem a mania de usar, como se fossem dois roceiros, Lula se deslumbrou com ele mesmo, mas não aprendeu que, como presidente, não pode dizer "o Obama me disse", ou "falei no telefone com o Sarkozy"; ficaria mais condizente com seu cargo dizer "o presidente Obama", ou "o presidente Sarkozy". O Itamaraty não podia ensinar essas coisas? E não acredito que jamais o presidente Obama ou o presidente Sarkozy dissessem um descalabro desses.Mas o que me incomoda mesmo é quando Lula diz -e isso está se repetindo, ultimamente- que "eles" estão mordidos, "eles" estão com raiva -ou com seu sucesso, ou porque "eles" já sabem (é o que Lula acha) que vão perder a próxima eleição, ou sei lá o que, não importa; o que importa é o "eles". "Eles" quem? Presumo que sejam todos os que não são do PT, portanto inimigos.Lembro o dia em que Lula, já eleito, se encontrou com Bush. Foi com a estrela do PT na lapela, quando deveria ter ostentado a bandeira do Brasil. É como agora: espera-se que um presidente seja a favor do país para o qual foi eleito, não só ao partido que o elegeu. Nenhum brasileiro gosta de ser chamado, pelo presidente do seu país, de "eles", como se tivesse nascido numa terra inimiga.E para não dizerem que não gosto do PT, vou dar uma mãozinha na candidata de Lula: para ter boa votação, quanto menos Dilma Roussef aparecer na TV, mais votos ela terá.