sábado, 18 de junho de 2011

80 anos de FHC: legado revisto.

Aos 80 anos, FHC tem legado revisto.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso completa 80 anos hoje em meio a uma onda revisionista de seu legado político, administrativo e intelectual, motivada pela declaração da presidente Dilma Rousseff de que o tucano deu 'contribuição decisiva' ao desenvolvimento do País.
Na última década, FHC teve sua gestão (1995-2002) sob fogo do PT, em especial do sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que, empenhado em enfraquecer a oposição, decidiu 'desconstruir' a imagem e o legado de FHC.
Com Lula fora do poder, cientistas políticos, sociólogos e historiadores ouvidos pelo Estado acreditam que FHC terá sua obra devidamente reconhecida e respaldada pela História.
'As críticas ao governo FHC são retórica. Os presidentes que o sucederam copiaram mais do que inovaram. Por exemplo, a presidente Dilma Rousseff, ao propor a privatização dos aeroportos do país, vai pôr em prática uma das lições de liberalismo econômico ensinadas por Fernando Henrique' diz Celso Roma, cientista político da USP.
'O Lula não encontrou nenhuma herança maldita. É um legado que só está sendo redescoberto agora, até mesmo com a carta de felicitações da presidente Dilma Rousseff', afirma o historiador Marco Antonio Villa.
Foi no exílio no Chile, em 1967, que FHC publicou seu livro mais famoso: Dependência e Desenvolvimento na América Latina. 'Houve um momento em que o mundo inteiro debatia a teoria da dependência', diz o cientista político José Arthur Gianotti. 'Um legado indiscutível.'
'O Fernando sempre teve uma habilidade política muito grande, mesmo na academia. Eu me lembro de dizer: 'Fernando, você é um homo politicus'. Ele conseguia aglutinar e organizar os colegas', diz Leônico Martins Rodrigues, sociólogo da USP e amigo de FHC. Para José Augusto Guilhon de Albuquerque, a maior qualidade de FHC foi a capacidade de agregar pensamento acadêmico ao ativismo partidário: 'Essa confluência fez com que ele trouxesse para a política a elite intelectual'.
Os cientistas políticos veem no fortalecimento das instituições democráticas um legado que só agora está sendo revisitado. 'Os primeiros cinco anos depois da Constituição de 1988 foram muito caóticos. Com o impeachment do ex-presidente (Fernando) Collor em 1992, a fragmentação dos partidos e a posse de Itamar Franco, que não era filiado a nenhuma sigla quando assumiu, parecia que o Brasil tinha fracassado novamente', afirma Jairo Nicolau, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
'O FHC fez uma coisa extraordinária: não apenas deu a posse ao Lula, seu grande rival político, quanto criou uma estrutura para a transição, coisa que nunca tinha acontecido na história do Brasil', diz Rodrigues.
'FHC é responsável pela recuperação da dignidade da política na forma aberta e tolerante com que tratou aliados e adversários e pela demonstração, com o Plano Real, de que a vontade política, se bem embasada na realidade, pode sim transformar a sociedade para melhor', afirma José Álvaro Moysés, também da USP.
Jairo Nicolau resume: 'FHC nos deixou dois legados: um país tem que ter moeda e tem que ter democracia'.
* Rafael Picate, por e-mail, via resistência democrática.

Licitações sob medida...

Sigilo para a bandalheir​a.

Se fosse permitido brincar com coisa séria, poderia se dizer que o governo ganhou a final de um campeonato com um gol de mão, em impedimento, depois dos acréscimos.
É a comparação que ocorre diante da aprovação... do texto básico da Medida Provisória (MP) 527, que institui regras especiais para a realização de obras e serviços relacionados com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
Desde o ano passado, o Planalto vinha tentando driblar os dispositivos da Lei 8.666, que regulamenta as licitações oficiais, a pretexto de assegurar a modernização, a toque de caixa, da negligenciada infraestrutura nacional, para o País não passar vergonha nos dois maiores eventos esportivos do globo.
Já para a base aliada não faltaram concessões. É o caso da inclusão de aeroportos em capitais a 350 quilômetros de uma sede da Copa no novo regime de obras. Originalmente, o tratamento especial se restringia às cidades-sede. Além disso, esses municípios poderão tomar empréstimos até 2013 sem levar em conta seu limite de endividamento.
Mas isso ainda é detalhe perto das facilidades que compõem o RDC. A principal delas desobriga as empresas interessadas de apresentar o projeto básico da empreitada antes da licitação. A MP chama isso de "contratação integrada".
O nome mais adequado seria "contratação no escuro".
Mas o gol de placa da MP - gol contra o dever elementar do setor público de dizer sem subterfúgios o que faz com o dinheiro do contribuinte - é a cláusula que livra o governo de informar à sociedade quanto pretendia gastar com determinada obra ou serviço.
É a desfaçatez do orçamento secreto.
Os órgãos de controle não só perderam a prerrogativa de se manter informados em qualquer etapa da obra - o governo é que decidirá o que lhes repassar e quando -, como ainda ficarão proibidos de tornar pública a documentação obtida.
Atribui-se à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o argumento de que a Constituição admite o sigilo quando do interesse do Estado e da sociedade.
É tratar os brasileiros como um ajuntamento de pascácios. O único interesse que essa obscenidade preservará será o da corrupção. O sigilo impedirá um Tribunal de Contas de instruir um processo em casos suspeitos.
A Câmara ficou de deliberar no próximo dia 28 sobre os destaques acrescidos ao texto.
Quem sabe será possível então torná-lo um pouco menos acintoso.
* Extraído do texto do editorial do O Estado de São Paulo - 17.06.2011

Frase.

*Leidy Santos , por e-mail,via resistência democrática.

Tudo errado.

Montagem/Silsaboia

Por Henrique Brigatte:
É impressão minha ou está mesmo tudo errado nesse Brasil?
Um terrorista internacionalmente reconhecido é posto em liberdade por conta da total compatibilidade existente entre seu perfil ideológico e o dos "companheiros" que atualmente detêm o poder no País, marchas que fazem apologia do uso de drogas, ato ilícito segundo as leis brasileiras, são liberadas em nome da liberdade de expressão - nota à margem: tudo isso com a anuência do STF! -, o governo federal flerta com sigilo eterno de documentos oficiais para proteger fieis aliados como Sarney e Collor - ambos protagonistas na lista dos piores presidentes que já passaram pelo Planalto...
Isso pra não mencionar o projeto aprovado pela Câmara que coloca em segredo os orçamentos de obras para a Copa e para a Olimpíada sob responsabilidade de entes públicos.
Onde está o compromisso com a moralidade, decência, transparência?
Ah, sim, estamos sob um governo petista.
Está explicado.

“O PT é o rei da infâmia”

Nas duas últimas semanas, não param de chegar pacotes embrulhados para presente no número 367 da Rua Formosa, no centro de São Paulo.
Ali funciona o Instituto Fernando Henrique Cardoso, onde o ex-presidente despacha todas as tardes. No instituto, inspirado nas fundações americanas e mantido com recursos de empresas privadas e um naco da Lei Rouanet, para digitalização do acervo, a maior joia é o próprio FHC.
Ele completa 80 anos amanhã com uma disposição de fazer inveja aos mais jovens. Escolhe entre uma ou outra conferência no exterior (“faço palestras em quatro línguas, sem tradutor”). Frequentemente, é consultado para falar sobre a descriminalização da maconha.
De forma tímida, reserva espaço na agenda para retomar a vida afetiva, três anos depois de se tornar viúvo. “Não namoro bastante por que seria ridículo um velho namorar assim”.
E não se furta a participar de discussões ligadas ao PSDB. Quando requisitado, diga-se.
Na última quinta-feira, FHC mudou parte da rotina. Encastelado em função de uma gripe — “a saúde não é mais a mesma” — recebeu a reportagem do Correio em seu apartamento de 300 m² na rua Rio de Janeiro, no bairro de Higienópolis.
Discorreu sobre vários temas nos 45 minutos de conversa. Separa Dilma do PT. “O PT é o rei da infâmia”, diz.
Dilma? “Ela me parece uma pessoa íntegra, menos leniente com desvios”.
Sobre a demissão de Palocci da Casa Civil, justo o principal ministro, diz que “são decisões difíceis, mas cabe aos presidentes tomá-las”.
Qual a maior alegria política que o senhor teve ao longo de sua carreira?
Minha maior alegria pessoal foi ter sido eleito duas vezes presidente. Na verdade, a alegria política é que eu fiz muita coisa pelo Brasil. Quando você chega lá, ou faz muita coisa ou não faz nada. A minha alegria é que mudei muita coisa. A minha intenção é continuar fazendo coisas por aí.
Qual sua maior tristeza política?
Não ter conseguido fazer tudo o que queria e tentado demais mexendo em várias coisas ao mesmo tempo, quando talvez não fosse a tática adequada. Mandei tantas reformas estruturais que foi difícil tocar. A verdade é que não dei folga ao Congresso. O tempo todo estávamos de rédea curta, trabalhando, e agenda, agenda, agenda.
A reforma da Previdência: se eu tivesse me concentrado num ponto só, talvez tivesse sido mais eficaz do que assustar tanta gente, quando o que queríamos era salvaguardar o sistema previdenciário.
Eu talvez devesse ter desvalorizado a moeda antes de 1999. O sistema nosso deixou de ser fixo, era flutuante, mas flutuava pouco. A certa altura mudei a política, mas poderia ter feito antes. Se tivesse, teria evitado a crise de janeiro de 1999.
Na época, o PT dizia que o senhor não mudou por conta da reeleição...
Não tem nada a ver com isso. O PT é o rei da infâmia. Imagina se àquela altura a questão central ia ser a reeleição? Até porque eu ia ganhar a eleição. Os efeitos da mudança da moeda só se fizeram sentir meses depois. O mercado foi quem tomou uma decisão por nós. Insistimos em não mudar porque a equipe estava convencida de que não deveria. Eu estava convencido de que era possível mudar. Só que precisava de gente. Não se muda sozinho, não é um ato de vontade, Havia muita resistência na equipe. Tive que tirar o Gustavo Franco (à época, presidente do Banco Central). Eu gostava muito dele. Se ele tivesse ido para o governo depois de começar a flexibilizar, teria sido melhor.
Nunca esteve em cogitação a relação entre câmbio e reeleição. Isso é invenção do PT. Outra invenção: as reformas pararam por causa da reeleição. Ora, reeleição foi em um mês, janeiro de 1997, e toda a população queria, tanto que ganhei.
Quem é que não queria?
Os candidatos a presidente da República e seus partidos, Lula, Maluf e alguns até do meu partido.
O senhor acha que a reeleição está consolidada no Brasil ou o senhor prefere um mandato de cinco anos?
Acho que está consolidada. Precisa ser aperfeiçoada com maior restrição ao uso da máquina. Mas é difícil. Fui candidato e não usei a máquina. No pleito de 2010, não era reeleição e o Lula usou. Não dá para reinventar a roda. Os sistemas que têm dado certo são os de reeleição. Para a construção de uma obra, quatro anos não são suficientes. Nem mesmo cinco. Já seis eu acho muito.
O senhor vai inaugurar um portal. Esse meio de comunicação já se consolidou como instrumento político?
No Brasil, ainda não é como nos outros países, mas é uma força e acho que está se consolidando. A nossa sociedade se modernizou. As pessoas se modernizaram e as instituições políticas, não. Há um descasamento entre a vida na sociedade e a vida política. O Congresso vai para um lado e a sociedade, para o outro. Tirar do Congresso o debate foi uma contribuição negativa do governo Lula. As grandes questões são decididas sem debate. Quem decidiu a expansão das usinas nucleares? Ou a mudança na lei do petróleo? E a construção do trem-bala? Pode ser certo tudo isso, mas não foi debatido.
Mas essas questões foram debatidas no Congresso.
Muito pouco. Sobre petróleo, por exemplo, só se debateu a distribuição dos royalties. E tudo em regime de urgência, urgentíssima ou medida provisória. O debate amorteceu em função da prosperidade, que é evidente, da possibilidade de o governo dar mais benesses, inclusive ao próprio Congresso.
O senhor falou em prosperidade. Isso significa que a presidente Dilma e o PT podem ficar no governo por mais tempo que os quatro anos? Como a oposição vai construir um discurso capaz de quebrar essa onda?
Essa onda (de prosperidade) no mundo está arrefecida. Você não tem a situação que tinha há dois anos para o Brasil. Agora teremos que enfrentar problemas mais complicados. Há um tremendo déficit de infraestrutura. Portos, aeroportos, estradas. E falta dinheiro. O governo vai ter que tomar medidas. A primeira ideia que tiveram (sobre a concessão dos aeroportos) achei boa. Eu tenho que dizer com franqueza: a Dilma tem me surpreendido.
Em que pontos ela surpreendeu o senhor?
Por exemplo, todo mundo diz que a Dilma é uma pessoa agressiva. Comigo não foi de forma alguma.
E na parte administrativa? Ela agiu certo ao demitir o ministro Palocci?
Ainda é cedo para julgar. São decisões difíceis, mas cabe aos presidentes tomá-las.
Qual a sua opinião sobre repassar a administração dos aeroportos à iniciativa privada?
É bom que se faça. É corajoso. Isso requer que as agências reguladoras funcionem.
E como o senhor vê as agências? Certa vez, o senhor disse que criou esses mecanismos, de forma a deixar o Estado mais leve, a infraestrutura seria tocada pela iniciativa privada...
Exatamente, desde que as agências, técnicas, controlassem o bem do consumidor, que é o povo, com a fidelidade dos contratos. As agências não deveriam ser politizadas e algumas foram. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi anulada. Hoje, a Petrobras reina sozinha. A ANP está lá, cheia de pessoal do PCdoB e do próprio PT. Agência não é para isso. Houve um retrocesso. Na questão dos aeroportos, é bom que a agência tenha vigor para fazer concessão. O setor privado vai sempre puxar para interesse próprio. O Estado tem que estar presente para que não haja distorção do uso de recursos.
A Dilma mandou uma carta para o senhor...
Vi com prazer. Ela foi generosa. Reconheceu o que o antecessor costumava dizer que não era assim.
Li umas notas dizendo que o senhor está magoado com o Lula. É verdade, o senhor ainda espera uma ligação para cumprimentá-lo pelo aniversário?
Não estou magoado. Ele nunca me ligou por aniversário algum. O Lula e eu, quando estamos juntos, nos damos bem. Agora, ele deve ter algum problema psicológico, tem dificuldade em fazer gestos comigo.
A interlocutores, ele disse ter mágoa grande em função das campanhas, críticas em tom agressivo.
Isso não. Uma vez o Lula foi lá me ver, no Palácio, quando eu era presidente. Ele tinha perdido a eleição, em 1998. Depois que fui reeleito. Cristovam Buarque presenciou a conversa. Uma certa hora, eu disse: “Ô Lula, nunca vi você na TV me atacando porque não queria ficar com raiva de você”. E era verdade, eu não via. O pessoal da máquina dizia que eu tinha que ver. Eu não via porque ele era agressivo. Outra vez, estávamos no Alvorada, eu, Ruth, ele e Marisa. Falamos de novo sobre isso e ele, “Ah, mas pessoalmente...”, e eu disse. “Então você depende: tendo gente na frente, pode dizer qualquer coisa, né?”.
Não tenho mágoa do Lula. Conheço o estilo. Não é que me doa. Mas, do ponto de vista do Brasil, ex-presidente é bom que tenha uma relação civilizada. Infelizmente, não pude ter uma relação mais civilizada com o Lula.
A carta que Dilma lhe mandou, alguns viram como ponte entre governo e PSDB. Que interpretação o senhor faz?
Primeiro, acho que é uma coisa pessoal. E não é o primeiro gesto. Fui convidado para o almoço do Obama e ela me tratou bastante bem e vice-versa. Em segundo lugar, acho que ela entendeu que era melhor a distensão de um clima crispado. Mas acho que pára aí. Não acho que ela queira brigar com Lula.
O senhor acha que ela quer acabar com o clima de guerra entre PT e PSDB?
De alguma maneira, essa coisa cansou, porque é falsa. Os projetos são meio parecidos.
Onde PSDB e PT se afastam? É a disputa pelo poder pura e simples?
É essencialmente a disputa pelo poder. Dizem que um é de esquerda e o outro é conservador. Não é verdade. Não tem nada disso. Um é privatista, outro não. Não é verdade, está se vendo aí (questão dos aeroportos). Um não liga para o povo o outro liga, também não é verdade, e por aí vai.
O que discrepa?
O PT mantém uma certa visão de partido, Estado e sociedade que é diferente do PSDB. O PT ainda acredita que o melhor para o país é que um partido, eles, ocupe o Estado e que o Estado mude a sociedade.
O PSDB não vai nessa direção. É mais republicano, no sentido de separar mais. Não quero com isso tirar o mérito do governo Lula, do que fez de expansão dos programas sociais. Sendo ele um líder sindical, tendo uma base ligada a esse setor, tem mais facilidade de atender aos reclamos do que outros governos. Agora, os programas sociais todos começaram no meu governo. Do Luz no Campo, distribuição de livros, as bolsas.
O senhor acha que foi correto juntar todas as bolsas no Bolsa Família?
Já havia uma tendência. Era uma questão técnica. As bolsas surgiram como uma proposta do Banco Mundial, hostilizada pelo PT e por muita gente. Depois, houve um movimento de criar um fundo para combate à fome, que o ACM capitaneou. Era dar comida. Isso não é correto do ponto de vista de políticas sociais gerais. Em certas situações extremas, sim, dar comida. Fora disso, tem que dar emprego, instrução ou auxílio transitório. Usamos a educação primeiro, fizemos a Bolsa Escola.
E no Ministério da educação, tivemos um problema tremendo: quem iria receber a bolsa? Não queria que fosse por influência política. Criamos então o cartão da cidadania, que copiei do Marconi Perillo, que já fazia em Goiás. A mãe de família e não o homem ia lá sacar o dinheiro. Minha intenção era não politizar as bolsas, não fazer populismo. Quando começou a ideia de integrar — tinha Bolsa Escola, alimentação, vale-gás e tirar criança do trabalho forçado.
Cada ministério olhava para o objetivo da bolsa. Ao juntar tudo, complica, cria uma burocracia nova, que não tem o mesmo interesse específico. Por isso, eu tinha resistência a juntar todas. Mas, tecnicamente, a CEF já estava fazendo os procedimentos porque é mais econômico.
O que o governo Lula fez, além de juntar tudo, foi a apropriação política da bolsa, o populismo. E perdeu o objetivo. Aliás, o Fome Zero, sob esse ponto de vista, era melhor porque queria ensinar a pescar e não dar o peixe. Por que fui para a Bolsa Escola? Porque o objetivo é educação. O que liberta é o trabalho.
E a política externa? Está correta essa estratégia multifacetada do governo?
Está correta e eu comecei, ou melhor, o Sarney começou e depois seguimos. Não é verdade que era só Estados Unidos. No meu discurso de posse, como chanceler, eu disse que tinha que ir para a Ásia. E fui. Fui ao Japão, à Índia, à China, o primeiro a ir à Malásia. África também fomos. O PT gosta de dizer que começou a história. Já estávamos nessa direção. A diferença do Lula é que ele queria obter uma cadeira no conselho de Segurança.
O senhor não acha isso correto?
Não vai haver essa cadeira porque não está havendo a mudança. Vamos ter uma cadeira lá, um dia. Mas não agora.
O que eles fizeram? Abriram embaixadas. Isso custa caríssimo. Com o objetivo de obter essa cadeira, que não obtiveram. Boa parte das viagens e de apoios em países menores não foi outro senão político, de um protagonismo que não funcionou.
E em relação à ampliação de gestão do FMI, do Banco Mundial?
Acho corretíssimo. Não fiz outra coisa que não fosse pedir isso. Acho que será a médio prazo. Estava lendo um artigo de Ricardo Lagos. Mostra que há uma aceleração desse processo. Quando havia reunião do G-7, eu mandava cartas pedindo a regulação financeira. Apoiei a taxação de fluxos de capitais. Na reunião que tivemos na chamada governança progressiva, em Florença, com vários líderes internacionais, defendi essa tese e não foi aceita. A China cresceu e puxou todos os países.
Como é a sua vida de ex-presidente? O que o senhor faz no dia-a-dia?
Fico em casa pela manhã. Trabalho no computador, leio, escrevo. Nada pela manhã é voltado para o lazer. Almoço em casa e, à tarde, vou para o Instituto (Fernando Henrique Cardoso). Recebo gente, tem reuniões, seminários e não-sei-mais-o-quê.
No que o senhor se ocupa?
Logo que deixei a Presidência, resolvi desencarnar. Viajei, fui para a França sozinho com a Ruth, sem segurança alguma. Andávamos de metrô como pessoas normais. Voltei à vida comum. Depois fomos para os Estados Unidos e eu ficava na biblioteca do Congresso, lendo e escrevendo o livro A Arte da Política. Também andava de metrô. A Embaixada do Brasil nos oferecia um carro e eu recusava. Queria levar uma vida normal. Só quando era assunto oficial da Embaixada eu aceitava o carro. Nos Estados Unidos, assumi uma posição na Universidade de Brown conhecida como professor-at-large que, em tese, é um professor que faz o que quer, mas eu acabava dando aula magna, seminários e atendia alunos de graduações, o que eu adorava fazer. Fui convidado para a Universidade de Harvard, mas recusei. E olha que estava sem dinheiro. Foi aí que eu descobri que podia ganhar dinheiro falando.
Por falar em estar sem dinheiro, de onde vem essa sua fama de pão-duro?
Realmente tenho essa fama. Não sei de onde vem. A verdade é que eu saí da Presidência e fiquei sem dinheiro. Por causa disso, não era e nem sou consumista.
Hoje o senhor tem investimentos financeiros, dinheiro guardado?
Hoje, sim. Mas quando deixei o governo não tinha nada. Presidente da República não tem salário de aposentado. Assim que saí do governo eu sobrevivia com salário de aposentado da Universidade de São Paulo. Mas eu e a Ruth nunca tivemos aperto de dinheiro. Como professores universitários, levamos uma vida de classe média confortável.
A população tem na figura do presidente uma imagem de pessoa poderosa e com dinheiro. Não é?
Realmente tem essa imagem, mas não corresponde à realidade. Para você ter uma ideia, para eu comprar o apartamento em que moro hoje, tive de vender dois e ainda assim a soma não era suficiente. A editora Record me antecipou um dinheiro de um livro que eu ia escrever e assim consegui comprá-lo.
A fama de pão-duro então é injusta?
Não sei. Só sei que não gosto do ato de tirar o dinheiro do bolso. Se for para pagar com cartão, não ligo. Mas se for com dinheiro vivo, complica. Não gosto de dinheiro.
Como pesquisador, como o senhor vê essa polêmica dos documentos secretos?
Tenho uma explicação difícil de acreditar. No último dia do meu governo, 31 de dezembro de 2002, assinei uma pilha de documentos e decretos que alguém havia levado ao gabinete. Era uma pilha de decretos e assinei. Não tem nesse documento o nome do ministro Pedro Parente nem do general Cardoso, então tem boi na linha. Dois anos depois deu aquela confusão. A verdade é que nunca fui pressionado por nenhuma instituição nesse sentido, nem pelos militares nem pelo Itamaraty. A assinatura adveio de um equívoco e não porque esse ou aquele órgão me alertou.
Mudando de assunto, como o senhor está vendo essa briga dentro do PSDB que parece não ter fim?
Não é possível que o PSDB não aprenda com a história. Governamos São Paulo e Minas, os dois estados mais populosos e mais ricos. Ao unir São Paulo e Minas, temos chances boas de ganhar a eleição presidencial. Temos que ter a capacidade de unir esses dois estados.
O senhor se propõe a fazer essa unidade?
Eu não, já chega.
Na sua leitura, por que o Serra perdeu a eleição?
Por muitos fatores. O mais importante é que o Lula tem muita popularidade e jogou com a máquina, fez uma vasta aliança e teve recursos infindáveis. Tudo isso é verdade e conta. A gente tinha chance de ganhar.
O PSDB tem algum mea-culpa a fazer?
Sempre tem, não só do Serra, mas de todo o partido. O PSDB nunca foi forte em deixar uma marca e trabalhar essa marca. O partido erra ao esconder os benefícios das nossas gestões. Esconde a mim. Mas não estou disputando eleição, nem sou personalista para ir lá e brigar. Acontece que eu já passei da idade dessas coisas. Isso é um erro do ponto de vista do partido. A meu ver, o PSDB também errou ao não politizar as questões.
A violência no campo foi um problema acentuado em seu governo e 16 anos depois, ainda persiste, principalmente no Pará. Esse tipo de barbárie não tem solução?
Na época do massacre de Eldorado de Carajás, fui pessoalmente responsabilizado e acusado por PT e MST. O governador do Pará na época, Almir Gabriel, foi processado. Agora, que morreram camponeses e sindicalistas, ninguém acusou o Lula e a Dilma. A verdade é que, apesar de o Brasil ter um PIB não sei de que tamanho, não é um país civilizado completamente. Não é um país em que a cidadania exista pra valer.
O senhor disse que os partidos pequenos se organizam para usufruir de cargos do governo e que o Lula fez a política do toma-lá-da-cá com o Congresso para governar. O senhor acha que a Dilma vai cair nessa armadilha?
Não, porque me parece que a Dilma é uma pessoa íntegra. Ela tem sido mais resistente nessa questão, mas é lógico que há limites para essa resistência. Não sei qual é a tese dela. Ela parece menos leniente com desvios.
O senhor defendia de maneira velada a descriminalização do uso da maconha quando era presidente e agora passou a defender abertamente. O senhor acha que o Brasil realmente está preparado, inclusive na questão da saúde pública, para lidar com o usuário e as conseqüências que o uso contínuo dessa droga acarreta?
O uso de todas as drogas faz mal, inclusive o cigarro, o álcool e a maconha. Todas as drogas fazem mal. Acho que temos que ter sempre campanha de prevenção. A meu ver, acho que até o uso do álcool deveria ser regulado no Brasil. Queria deixar claro que a minha posição não é do “libera geral”. A minha posição é: não basta pôr na cadeia.
O problema é que não há receita geral que dê certo no Brasil. Sempre uso o seguinte exemplo: gosto de vinho, tomo quase todas as noites no jantar. Se tomar no almoço, prejudica o meu trabalho. Se eu pedir uma taça de vinho pela manhã, me levem para o hospital , pois estou doente. O mesmo vale para a maconha. Se a pessoa fumar o dia inteiro, vai ter problemas psicológicos.
O senhor está viúvo há três anos e é um homem bastante admirado pelas mulheres. Como está o seu coração? Já refez a vida afetiva?Evidentemente, sou um ser humano. Mas isso não quer dizer que tenha alguém efetivamente, que vá casar e tal. Não penso nisso. Aos 80 anos, me casar seria uma temeridade. Além disso, tenho uma família forte e muito ligada a mim. Agora, evidentemente, me relaciono com muitas pessoas. Não namoro bastante porque seria ridículo um velho namorar assim. Não me incomodo em ser admirado de longe pelas mulheres. De perto, vamos devagar porque o santo é de barro e, nesse caso, o santo sou eu.
Agora que o Lula é ex-presidente e começou a dar palestras para sobreviver, assim como o senhor faz, já deu para sentir a concorrência do petista nesse mercado?
Imagina.
Eu dou muitas palestras pelo mundo.
Não tem uma semana que não receba até três convites para dar palestras fora do Brasil.
Todas muito bem remuneradas e algumas até recuso.
Eu dou palestra em quatro línguas, não preciso de tradutor.
Não existe concorrência.
Hoje, não faço mais tantas palestras porque não preciso de dinheiro.
Passei a ser muito restritivo.

Pequeno retrato do Brasil de hoje.

1) Dr. Hélio, prefeito de Campinas/SP, que se livrou de ser afastado do cargo porque contou com o apoio dos vereadores do PT, PDT, PCdoB , PSC e PPS, e cuja esposa é acusada pelo MP de ser a cabeça do esquema de corrupção e desvio de mais de 600 milhões de reais envolvendo a Sanasa , se vangloria do resultado favorável da votação, explicando: "Lula e José Dirceu são solidários comigo, tenho o reconhecimento da Dilma. O Zé (José Dirceu) me telefonou".
2)Polícia federal prende José Rainha , desta vez acusado de desviar dinheiro público, mas já com uma longa ficha criminal envolvendo até acusação de homicídio.
O Planalto , representado pela pessoa do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho (que trabalhou com Celso Daniel ...) deu uma declaração dizendo que "lamenta" o ocorrido, porque a ação policial tumultua o processo de reforma agrária.
Conclusão: o Brasil está sendo governado por pessoas que se afinam com aquele que transgride as leis, que comete crimes, e  lhe dá todo o apoio necessário para que escape da Justiça. Aliás...também a Justiça , neste momento, está cega, surda, muda e obnubilada...e isto se constata pelo resultado das últimas decisões Do Supremo Tribunal Federal .
* Mara Montezuma Assaf, por email, via resistência democrática.
COMENTO: É indiscutivelmente nojento o alto grau de envolvimento, pesssoal, funcional e "ideológico" de personagens do Governo com gente nojenta, criminosa e outros "animais" peçonhentos da Política nacional.
Mara foi muito feliz quando afirmou: "o Brasil está sendo governado por pessoas que se afinam com aquele que transgride as leis, que comete crimes, e lhe dá todo o apoio necessário para que escape da Justiça".

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela atriz Nathalia Dill

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O fogo do PMDB.

Jaques Wagner, quase um Paloccci?

E agora, Wagner?
Sem precisar de abrir escritório de consultoria, o governador petista Jaques Wagner, da Bahia, conseguiu multiplicar seu patrimônio, pelo menos, em dez vezes.
É metade do feito de Palocci, pelo menos em tese. Incrível é que o próprio Jaques Wagner fez  questão de aparecer em público exigindo explicações sobre o patrimônio de Palocci.
Na surdina, Jaques comprara um apartamento de luxo no Corredor da Vitória, área super valorizada de Salvador, só abrindo o jogo, quando questionado e após notícia vinculada no site do Jornalista Claudio Humberto.
O bom gosto de Wagner se configura no belo apartamento no edifício “Victory Tower” que está estimado por corretores de imóveis em, no mínimo, cerca de 2 milhões de reais, mas Wagner diz ter pago apenas R$ 1,450 milhão.
A imobiliária Viva Real vende uma unidade “Victory Tower” por R$ 2,1 milhões, semelhante ao que teria custado só R$ 1,450 milhão a Wagner.
Wagner que na declaração de bens para a eleição, teria apenas um apartamento no valor de R$ 150 mil, no bairro da Federação, diz que vendeu o tal imóvel por, pasmem, R$ 900 mil. E teria sido com essa grana que ele teria viabilizado a compra do novo e belo apê.
Mas os fatos incríveis, neste enriquecimento rápido de Wagner, não pára por aqui. Quem comprou o seu antigo apê de R$ 150 mil por R$ 900 mil, foi o seu assessor Antonio Celso.
Após pagar tão caro pelo imóvel do chefe, Antonio Celso foi indicado por ele, Jaques Wagner, à diretoria da Codeba, a Cia. Docas da Bahia.
Se formos analisar o preço de mercado do belo apê de Wagner, seu patrimônio fora multiplicado, no mínimo em catorze vezes. Quase um Palocci.
A rádio corredor apurou que dizem existir "mais coisas por aí" em nome de muitos "assessores". Não cremos nisso, mas cabe, então, ao ministério público, se tiver interesse, apurar os fatos, no mínimo, atípicos.
Afinal, onde tem PT tem que feder?

Itália se nega a assinar acordo no setor de transporte aéreo com o Brasil.

O vice-ministro de Infraestrutura e Transporte italiano, Roberto Castelli (foto), negou nesta quinta (16), sua assinatura em um acordo no setor de transporte aéreo com o Brasil.
Segundo ele, sua atitude é um pequeno gesto de protesto “contra um país que demonstrou não ter nenhum respeito pela Itália”.
Castelli disse ainda, que já avisou ao ministro de sua pasta, Altero Matteoli e ao chanceler Franco Frattini sobre sua decisão e que foi compreendido.
O acordo deverá ser avaliado pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália.

Especialistas em desarmamento.

*André Bereta

Nordeste sem ONGs estrageiras.

Por que não tem ONGs no Nordeste seco? Você consegue entender isso?
Vítimas da seca. Quantos? 10 milhões.
Sujeitos à fome? Sim. Passam sede? Sim. Subnutrição? Sim
ONGs estrangeiras ajudando: Nenhuma.
Índios da Amazônia.Quantos? 230 mil
Sujeitos à fome? Não.Passam sede? Não. Subnutrição? Não
ONGs estrangeiras ajudando: 350.
Provável explicação: A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam 14 trilhões de dólares.
O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras ajudando os famintos.
Tente entender: Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres.            
Agora, uma pergunta: Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?            
É uma reflexão interessante.
* Thomas Fendel

Dilma desiste de revisão da Lei da Anistia para punir torturadores

Assim começou a luta pela anistia ampla e irrestrita.
Por Nádia Guerlanda Cabral, de Brasília:
A presidente Dilma Rousseff desistiu oficialmente   da revisão da Lei da Anistia, que possibilitaria a punição de crimes cometidos   por agentes da repressão durante o regime militar.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams,   afirmou em parecer que a questão foi encerrada em abril do ano passado, quando   o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu pela não revisão da lei.
Em nome da presidente, Adams recomendou ao tribunal   que rejeite um recurso do Conselho Federal da OAB. A entidade cobra novo   posicionamento do STF quanto à submissão ou não do Brasil à Corte   Interamericana de Direitos Humanos.
A corte considera que crimes cometidos por   autoridades estatais são crimes contra a humanidade e, portanto, não poderiam   ser anistiados por leis nacionais.
Quando era ministra da Casa Civil, Dilma defendeu a   revisão da Lei da Anistia ao dizer que os crimes cometidos por agentes de   repressão durante a ditadura eram "imprescritíveis" e, portanto, poderiam ser   julgados a qualquer tempo.
Juntamente com os então ministros Tarso Genro   (Justiça) e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos), Dilma representou uma   dissidência dentro do governo e criticou o parecer contrário à revisão feito   pelo Advogado Geral da União à época, o hoje ministro do STF José Antônio Dias   Toffoli.
Durante a campanha eleitoral, a presidente evitou   polêmicas e passou a se dizer contra a revisão porque não queria   "revanchismos".
É a segunda vez nesta semana que Dilma recua em um   tema que lhe era caro: a primeira foi a decisão da presidente de não mais se   empenhar para acabar com o sigilo eterno de papéis considerados   ultrassecretos.
COMENTÁRIO: Creio que ela foi forçada a isso, já que pretende aprovar o sigilo eterno, onde irá esconder os podres não só dela, mas de toda a quadrilha petista e seus aliados. Estará preservando a privacidade dos maiores ladrões "nunca vistos na história política desse país".
Essa corja não prega prego sem estôpa. Só quero ver se vai continuar sendo distribuido as indenizações milionárias. (Sueli Guerra, por e-mail, via resistência democrática.)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Onde tem PT, tem que feder?

A Polícia Federal investiga servidores públicos federais, em Sergipe e Brasília, suspeitos de ligação com um grupo que pode ter desviado milhões  de reais do Ministério do Trabalho. A investigação, sob segredo de Justiça, apura o uso de associações de fachada, que supostamente ofereceriam cursos de qualificação e capacitação, para irrigar o esquema ilegal. A investigação pode respingar em convênios firmados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Nos últimos cinco anos, seis entidades sob suspeita receberam da União R$13,2 milhões.
A Controladoria Geral da União (CGU) já detectou graves irregularidades em pelo menos quatro convênios firmados entre o MTE e quatro das entidades de Sergipe, inclsive, indícios de uso de documentação inidônea para justificar o recebimento de dinheiro público.
A maior parte do dinheiro pago saiu por meio do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), como parte do Plano Setorial de Qualificação (PlanSeQ).
Segundo o Tribunal de Contas da União, dirigentes das entidades estão arrolados em tomada de contas especial, sobre superfaturamento de contratos federais em Sergipe. Identificaram que há elo entre os representantes delas com outras "envolvidas em malversação de recursos públicos de origem federal aplicados na contratação de cursos de capacitação pela Secretaria de Educação de Sergipe".
Para resguardar a investigação, a ligação entre os desvios no Ministério do Trabalho e as suspeitas que recaem também sobre convênios do Desenvolvimento Agrário, em Sergipe, ainda é mantida em sigilo. Mas o TCU já indicou que existem graves indícios de irregularidades envolvendo a Organização para a Conservação da Biodiversidade (Bioterra) e a Sociedade de Apoio Sócio-Ambientalista e Cultural (Sasac), ambas com sede em Aracaju, e que já receberam, em cinco anos, R$1,6 milhão. ( O globo )
COMENTO: Tenho a impressão que se o querido Estado de Sergipe não tivesse uma só gota de petróleo, estaria na lama junto com os carangueijos que lá abundam em seus belos manguezais.
É que a "ptezada" manda em tudo por lá. Tudo quanto é de verba estadual, federal, convênios, ONGs, e outros organismos atípicos, têm sempre o PT à sua frente. Dizem que por lá "chove verbas" para todos os lados e sempre tem alguma coisa errada, já que se projeta e se inicia para o erro ou desvio de finalidade, com objetivos de locupletar a alguém ou a alguns.
É bom que a Polícia Federal investigue, com rigor (sic), tais fatos, indícios e denúncias. Talvez não seja justo o que por lá dizem, afinal, onde tem PT tem que feder?

A bronca do aposentado.



Deputado   Marco Maia o senhor é Presidente da Câmara Federal, um Poder independente, ou   é um lacaio da Presidente da República? Faça valer a sua autoridade, afinal o   senhor foi eleito pelo povo e à custa disso, chegou à Presidência da Câmara.   Veja que eleição tem de 4 em 4 anos e o povo não está mais esquecendo as   ingratidões. O senhor está sendo conivente com o massacre de 8,4 milhões de   aposentados e pensionistas. Libere os PL’s 01/07, 3299/08 e 4434/08 para   votação em plenário. O ex-presidente Luiz Inácio, que tanto perseguiu os   aposentados e pensionistas, hoje, mama uma aposentadoria pela Previdência   Social de mais de R$5 mil. Uma aposentadoria totalmente injusta por dois   motivos: Trabalhou muito pouco como metalúrgico; e se aposentou com esse   valor, por ter passado poucos dias detido no DOPS, pelas arruaças que fazia   como agitador. Enquanto isso, os trabalhadores que pagaram 35 anos e   contribuíram pelo teto máximo, hoje se aposentam com R$3,6 mil. Isto é   justo?
* Odoaldo   Vasconcelos Passos - Belém   - PA - odoaldop@globo.com

Marcha da maconha é livre. Pois é, mermão! É isso aí, meu!

Por Luciana Marques, na Veja.online:
Por unanimidade,o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira liberar a realização de marchas a favor da descriminalizaçãoda maconha, vetadas por decisões de instâncias inferiores em alguns estados, como São Paulo.
Ao julgar ação proposta pelaProcuradoria Geral da República (PGR), os ministros tomaram um bom caminho: entenderam que as manifestações não podem ser proibidas em nome da proteção de duas liberdades individuais asseguradas pela Constituição Federal, o direito à livre manifestação do pensamento e à liberdade de reunião.
A legalização da maconha não entrou em pauta. O foco do julgamento foi discutir se as marchas fazem apologia ao uso de drogas, crime previsto no artigo 287 do Código Penal. Foi o que sustentaram juízes de algunsestados, como São Paulo, ao barrar os atos pró-maconha. O Supremo entendeu que não.
COMENTO: Pois é, mermão! É isso aí! Agora o cara pode dizer abertamente que quer mesmo é um baseado. Que bom mesmo é "se lombrar"!
Depois, daqui algum tempo, talvez, o cara vai poder sair por aí "puxando uma", "queimando uma boa"..
É isso aí, mermão, como está difícil criar filhos nestes tempos de liberalidade excessiva, ou não mermão, eu é que estou "por fora"?

José Rainha é preso.

O parasita e esquerdopata José Rainha, que se diz líder do famigerado movimento sem-terra  foi preso pela Polícia Federal na região de Presidente Prudente sob a acusação de envolvimento em desvios de verbas destinadas a assentados no Pontal do Paranapanema.
Rainha foi detido, ontem, na Operação Desfalque, na qual foram expedidos outros nove mandados de prisão temporária.
A investigação começou há cerca de 10 meses.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Parasitas e mentirosos

Até hoje, não tenho vislumbrado nenhum projeto relevante ou objetivo em favor do povo brasileiro, levado a votação, de autoria de algum membro do PSOL.
Agindo como se imitasse ( e muito mal e pior ) o PT de antigamente, o PSOL nos apresenta quadros deploráveis.
Verdadeiros parasitas. Gente sem educação, sem autenticidade e agindo, muitas vezes, sob a égide da inverdade, assumindo uma característica de falsa oposição com falsa situação: uma verdadeira mistura ideológica de gente feia, burra e de má fé.
Agora mesmo vemos o PSOL agindo como agia o PT de antigamente: Inventando uma estória para punir alguém a quem atribuem ser de direita e agir com discriminação em relação aos homossexuais.
No momento em que juristas e figuras respeitadas da política nacional se deparam com a responsabilidade de revisar a legislação para evitar equívocos e problemas de ordem pública em razão da cor da pele e da preferência sexual , dever-se-ia, também, legislar sobre a falta de caráter de alguns políticos que nos revolta ao saber que seus altos rendimentos, percebidos no Congresso Nacional, advém dos impostos que pagamos, com o fruto do nosso trabalho.
Partindo do pressuposto de que Jair Bolsonaro agiu contrariamente a ética parlamentar, o PSOL pede, através da adredemente constituída Comissão de Ética, sua punição.
Tem como base um episódio onde a senadora Marinor ( é, esta senadora, existe! ) teria sido ofendida. Todos conhecemos este episódio, onde a senadora é que ofendeu o deputado ( até fisicamente ),fazendo uma cena grotesca, patética, um episódio onde pontificou  a falsidade e a conduta mentirosa e antidemocrática da tal senadora. Uma brraqueira, como se diz. Mas o PSOL não se dignou a vislumbrar  a verdade. Bastaria ver os vídeos na televisão e qualquer de seus membros veria o que realmente ocorreu.
O Jornalista Ricardo Boechat, no ar, foi enfático ao afirmar que o que a senadora disse não foi fato. O fato foi o contrário do que ela afirma.
Mas o episódio “construído” será julgado pela Comissão de Ética para deleite do Deputado Chico Alencar (PSOL), aquele parasita falastrão que dizem haver conseguido a liberação de 12 milhões para ONGs gays, e da senadora parasita Marinor  ( é, ela existe!), além dos demais parasitas da esquerda nacional, abrigados no balaio de gatos de gente que ali está graças a democracia pela qual a esquerda, no mundo inteiro, de modo algum,jamais lutou.

terça-feira, 14 de junho de 2011

FHC faz 80 e fala...

Em entrevista ao iG, o ex-presidente critica políticos e elogia o povo, diz que Lula não sabe se relacionar com ele, revela quanto ganha e como vive.
Entre os austeros salões do Instituto Fernando Henrique Cardoso e a vista que ele oferece para o Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, o tempo e a história se cruzam de maneira emblemática.
Sinal dos tempos, a antiga sede do Automóvel Clube fica numa rua por onde hoje já não passam carros, engolfada pela metrópole que transformou o local em calçadão. 
Testemunha da história, o Anhangabaú presenciou o maior comício pelas Diretas-Já, o movimento que projetou para o grande público o sociólogo e senador Fernando Henrique Cardoso.
Foi também naquela época que, pela última vez antes do impeachment de Fernando Collor e a transição para o governo de Itamar Franco, houve uma relação de afinidade política entre os líderes do PT e aqueles que se tornariam os líderes do PSDB, um partido criado quatro anos depois.
No saguão de entrada do sexto andar do prédio, uma mesa expõe as cartas dos contemporâneos de FHC no poder mundial.
Fidel Castro tem a mais longa delas, com o surrado discurso anti-imperialista.
Tony Blair se apresenta para uma parceria a procura da Terceira Via.
Um tempo em que o mundo ainda não tinha conhecido a vitalidade dos países emergentes, que mal começavam a ser chamados assim, e reflexo de um século que ficou para trás, no qual ainda se vivia a herança dos blocos comunista e capitalista.
No seu amplo gabinete, portanto uma espécie de ponto de encontro entre o tempo e a história, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu o iG para uma entrevista em que navega por ambos, às vésperas de completar 80 anos de idade.
 ENTREVISTA DE FERNADO HENRIQUE CARDOSO AO IG
Dos cinco ex-presidentes brasileiros vivos, todos posteriores ao fim do regime militar, Fernando Henrique foi o primeiro a decidir que não iria retornar à política eleitoral.
José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco foram às urnas e são hoje senadores. Luiz Inácio Lula da Silva prepara, como FHC, o seu próprio instituto, mas tem um futuro eleitoral ainda em aberto.
O iFHC permitiu a Fernando Henrique resgatar seu maior feito, a estabilização econômica, período documentado com tecnologia e muitas informações, graças a uma exposição interativa no salão do andar de baixo.
Como boa parte do período FHC, a exposição e seu conteúdo parecem seguir desconhecidos até mesmo dos seus partidários – e como outros pontos de seu governo, é algo que merece ser (re)visitado.
No presente, FHC se delicia com a carreira de palestrante internacional.
Desde sua saída da Presidência, em 2003, houve ano em que ele pagou de impostos o que ganhava no total como principal autoridade do país. “Nunca imaginei que ganharia para falar”, conta o ex-presidente que revela o valor da tabela internacional: US$ 100 mil (R$ 160 mil) por conferência.
Além das palestras, FHC tem uma ONG com outros ex-presidentes de sua época para discutir uma mudança na política contra as drogas – e a novidade é que esse grupo assume o fracasso da repressão ao consumo.
Esses contatos e obrigações o transformaram literalmente num cidadão do mundo.
Ele passou, por exemplo, metade do mês de maio fora do Brasil, num pinga-pinga que revela a ótima saúde de quem, aos 80 anos, faz exercícios, inclusive com pesos, pelo menos três vezes por semana: em apenas 15 dias, FHC passou por França, Espanha, Portugal, Espanha novamente e Estados Unidos, onde teve trabalho em Washington e Nova York.
Quando está em São Paulo, Fernando Henrique passa as manhãs em casa, onde lê bastante e faz ginástica, e às tardes tem uma agenda lotada no iFHC, onde continua rodeado de antigos colaboradores, muitos deles ministros de seus dois governos.
Aos 80 anos, mantém o bom humor e conta que diariamente se levanta de bem com a vida. “Gosto de viver intensamente”, disse ao iG. No encontro do tempo com as pessoas, FHC lamenta a perda de tanta gente que lhe foi querida, a começar pela mulher, Ruth Cardoso.
E se mostra aberto a relações, até mesmo um namoro, que lhe enriqueçam no que efetivamente preza: “O que me move são ideias, pessoas”, diz.
Nascido no Rio de Janeiro, no dia 18 de junho de 1931, Fernando Henrique viveu a infância num país rural, com alta taxa de analfabetismo e que era tido como “um arquipélago”, tamanha era a dificuldade de se transitar entre suas províncias. “O Brasil era um país pobre”, resume ele.
Na análise da história, ele acha o governo Dilma Rousseff uma incógnita e reclama do distanciamento adotado por Lula e das picuinhas entre PSDB e PT.
O sociólogo enumera três feitos básicos que mudaram o rumo do Brasil em pouco mais de duas décadas: a democracia, a abertura econômica e a estabilização inflacionária.
Para ele, são esses os elementos da modernização atual. “O povo brasileiro deu certo”, disse ao iG.

Senador gafanhoto.

Por Hugo Marques , na Revista Veja:
Suplente da ministra é citado pela polícia por envolvimento com grupo que desviava dinheiro público através de laranjas e funcionários-fantasmas
A exemplo do desmoralizado Senado Federal, a Assembleia Legislativa do Paraná foi infestada por atos secretos que permitiram aos parlamentares nomear parentes e compadres para cargos públicos.
Eram funcionários de dois tipos: fantasmas ou laranjas.
O primeiro grupo consistia naqueles que embolsavam o salário sem sequer aparecer no trabalho.
O segundo era formado pelos que, de fato, trabalhavam, mas tinham de deixar parte do salário com o deputado que lhes concedera a graça do emprego.
As irregularidades, operadas por um grupo que ficou conhecido como o esquema dos "gafanhotos" são investigadas pela Polícia Federal desde 2008.
Foram identificadas 74 contas bancárias de pessoas que ajudaram de alguma forma a desviar milhões de reais do contribuinte.
Dois desses insetos paranaenses pousaram em Brasília na semana passada.
O mais vistoso deles é o advogado Sérgio de Souza, que vai assumir, na condição de suplente, a vaga da recém-empossada ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Sérgio Souza é apontado como um "gafanhoto" do gabinete do ex-governador paranaense Orlando Pessuti, quando este era deputado estadual.
A Polícia Federal descobriu que Erotildes Matias de Souza, uma dona de casa de 62 anos, mãe de Sérgio Souza, também constava como funcionária da Assembleia.
Mãe e filho, além disso, recebiam os vencimentos na mesma coma bancária, mas ela nunca foi ao trabalho.
Procurado por VEJA, o novo senador negou qualquer irregularidade. "Trabalho com o Pessuti desde 1992", explicou.
De fato, Sérgio é sócio do filho do ex-governador em um escritório de advocacia em Curitiba.
Mas e a mãe? "Ela cuidava dos interesses do ex-deputado em Ivaiporã, ia de vez em quando ao gabinete", justificou.
A informação foi desmentida pelo próprio escritório político de Pessuti em Ivaiporã, no interior do estado.
"A família dele tem mesmo ligação com o ex-governador, mas dona Erotildes nunca trabalhou aqui", disse a VEJA Rosilda de Oliveira, funcionária do ex-governador há 22 anos.
Os gafanhotos são pragas.
O ex-governador Pessuti, uma espécie de "gafanhoto-chefe", recebia, até ser descoberto, salário de consultor administrativo na Assembléia, sem jamais ter prestado concurso público.
Chegou lá guindado por um "ato secreto" eufemismo para ato clandestino.
Ato idêntico beneficiou sua mulher, Regina Pessuti, que também recebia sem trabalhar.
As péssimas credenciais de Pessuti, ao que parece, não atrapalharam em nada sua carreira. Pelas mãos do PMDB, na semana passada ele pousou no governo federal, mais precisamente no conselho de administração do BNDES.
Ao mesmo tempo, no Senado, seu pupilo, Sérgio Souza, já se entrosava comodamente no novo habitar.
Um de seus primeiros encontros foi com o líder de seu partido, o senador Renan Calheiros. "Senador Renan, estou aqui para servir. Conte comigo!", disse, antes de trocarem um afetuoso abraço.
Dado o passivo do senador-gafanhoto – e o histórico do líder do PMDB –, o ecossistema do Congresso está preservado.

Domínio feminino.

Fotos: Lula Marques/Folha
Ao tomar posse, Dilma Rousseff acomodara no Planalto apenas uma mulher, a ministra Helena Chagas (Comunicação Social).
Agora, há quatro: Afora a própria Dilma e Helena, Gleisi Hoffmann foi à cadeira de Antonio Palocci e Ideli Salvatti sentou-se na poltrona de Luiz Sérgio.
Líder do PMDB, sócio majoritário do consórcio governista, o deputado Henrique Eduardo Alves diz, entre risos:
“Houve um tempo em que o preconceito era contra as mulheres. Hoje, estou preocupado com o futuro dos homens. As mulheres dominaram o governo...”
“...Nos três principais ministérios –Casa Civil, Coordenação Política e Planejamento [Miriam Belchior] as mulheres dão as cartas. Acho que o preconceito virou.”
Ideli ‘Pavio Curto’ Salvatti, entre todas as saias a que mais inquieta os congressistas, revelou na cerimônia de posse uma meiguice que muitos supunham inexistente.
A certa altura, a nova coordenadora política de Dilma dirigiu beijinhos à platéia, levou as mãos ao coração (Repare nas imagens abaixo). 
Foto:Lula Marques - Folha
Enquanto o Ibama não cria uma reserva para acomodar os paletós em risco de extinção, o líder pemedebê rende-se à realidade:
“Nós vamos apoiar a Ideli, vamos ajudar a Ideli. Ela é a coordenadora do nosso governo. Tem que dar certo.”
 A ministra “pagou calcinha”
Na posse da ‘fera’, a ‘bela’ foi vítima de um descuido.
Lula Marques/Folha
Entre os afazeres da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) no novo emprego inclui-se a participação em cerimônias oficiais realizadas no Planalto.
Nesta segunda (13), ao testemunhar sua primeira solenidade, a posse da colega Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Gleisi foi vítima de um descuido.
Com todo o respeito: como dizem os adolescentes, a ministra “pagou calcinha”.
*Por Josias de Souza , na Folha.

Qual o ponto fraco do governo Dilma?

Quem acompanha as vicissitudes das mudanças em três ministérios, com pouco mais de cinco meses de governo (uns 10% do mandato), provavelmente dirá que é a coordenação política.
O governo perdeu seu primeiro ministro (Antonio Palocci), afastou o responsável pelas Relações Institucionais (Luiz Sérgio), premiando-o com o ministério da Pesca, e nomeando uma senadora com cinco meses de mandato para a chefia da Casa Civil e uma ex-senadora, que até havia pouco comandava a Pesca, para o ministério de Relações Institucionais.
Nesse processo, a presidente desgrudou-se precocemente do seu antecessor, arranhou a bancada do seu partido na Câmara, tornou-se mais dependente do seu aliado principal, o PMDB, e trouxe para suas mãos a tarefa de negociar projetos e nomeações com o Congresso e os partidos, com vistas a revitalizar o processo de loteamento político herdado do governo anterior.
São quatro consequências de efeitos incertos, mas dificilmente positivos para os rumos do seu mandato. 
A fraqueza maior do atual governo, no entanto – o que certamente reforça suas dificuldades políticas –, é não saber bem a que veio, o que quer, para onde vai.
Até agora não mostrou capacidade para estabelecer objetivos verdadeiros, antecipar-se aos problemas, planejar, fazer acontecer além da comunicação e da publicidade.
Recebeu essa herança do governo anterior e reforçou-a.
O demonstrativo dessa tese está nos tropeços da infraestrutura – aeroportos, portos, estradas, energia – ou nas frustrações da Saúde, do Saneamento e da Educação (cujo ministério dedica-se a fazer trapalhadas e a tentar consertá-las).
Essas políticas sociais universais são indispensáveis ao combate estrutural à pobreza, apesar de terem sido escanteadas nos últimos oito anos.
Coisas como “Brasil sem Miséria” e “Programa de Vigilância de Fronteiras” ou algo assim, por exemplo, são puros factóides destinados a ganhar um passageiro espaço gratuito nos jornais de TV.
O único programa interessante até agora anunciado – a ver se sai do papel e dos comerciais – é o Pronatec, voltado ao ensino técnico. Interessante se realizado, mas não original: trata-se de um “Ctrl C/Ctrl V” do Protec, apresentado pela oposição na campanha do ano passado e satanizado pela candidata do PT.
*Por José Serra

segunda-feira, 13 de junho de 2011

I lobby Brasil.

Palocci intermediou negócio de R$ 3 bilhões entre Fundo Petros, Banco Itaú e Camargo Corrêa
Durante o final de semana continuaram pipocando sérias denúncias contra o ex-ministro Antonio Palocci. As mais devastadoras:
1) Em 30 de dezembro, um dia antes de Lula encerrar o seu governo, o Fundo Petros, da Petrobrás, pagou R$ 3 bilhões para a construtora Camargo Correa, em troca de ações que a empresa tinha  na Itaúsa, holding que é dona do Banco Itaú. Palocci fez a intermediação entre a Petros e a candidata Dilma Roussef. O negócio saiu. A campanha de Dilma levou R$ 8,5 milhões da Camargo Corrêa. A revista Veja tem provas do que denuncia esta semana.
2) O laranja Gesmo Siqueira dos Santos, que "comprou" o apartamento onde mora Palocci, é filiado ao PT. Ele usa 15 sub-laranjas. Entre seus clientes, está também a facção criminosa PCC, segundo o Ministério Público.

E a justiça daqui?


Ver um criminoso como Cesare Battisti se refugiar aqui no Brasil, depois de matar quatro pessoas la na Itália, é de deixar qualquer um indignado. Não bastasse os daqui agora vem de fora? será que ele escolheu o nosso pais porque a justiça aqui é branda ou falha como queiram? Tem muita gente achando que a culpa da liberdade dele, aqui no Brasil é do Lula, só para lembrar, Lula é só uma pessoa comum, foi o presidente do Brasil, porem a responsabilidade das sentenças, é dos nossos juízes do STF, que estudaram, se prepararam para fazer justiça, para isso sabem a respeito das leis daqui e algumas de fora dp Brasil, mas principalmente tem a obrigação de saber o que é de direito de justiça não importa se é daqui ou de outro pais, justiça é feita em qualquer lugar do mundo, tanto que o advogado da Itália disse que se ele sair do nosso pais ele vai ser preso. Ora é só aqui que a justiça é diferente dos resto do mundo, esta na hora de mudar o nosso código penal aliais já passou da hora, o povo esta cansado de ver tantas injustiças, parece que a moral e a ética do nosso pais esta se afastando da justiça. (Anderson )

Celso Arnaldo captura a presidente.

Por Augusto Nunes:
Em outro momento especialmente inspirado, o jornalista Celso Arnaldo Araújo analisa a inverossímil performance de Dilma Rousseff em Santa Catarina. Confira:
“Agora, senhoras e senhores, com a palavra a senhora presidenta da República, Dilma Rousseff.”
Dilmá, Dilmá, Dilmá, Dilmá, Dilmá!
Com a palavra:
“Eu queria primeiro dá boa tarde a todas as, as mulheres de Blumenau. E queria também desejá um comprimento muito fraterno a todos nossos companheiros homens aqui presentes”.
Calem-se os boatos recidivantes sobre sua saúde: no discurso de Blumenau, por ocasião da entrega de 580 “moradias” do programa Minha Casa, Minha Vida (agora só faltam 1.999.420 no PAC2), a presidenta Dilma voltou à plena forma, como a única usuária da língua portuguesa capaz de “desejar um comprimento” e saudar os “companheiros homens”, certamente para distingui-los dos companheiros mulheres.
A interminável “sessão-comprimento”, antes de cada discurso, já virou marca registrada do estilo Dilma – sempre como preâmbulo do grotesco. Mas esqueça o “comprimento”. Nos 3 anos e 6 meses que ainda tem de governo, ela nunca aprenderá a dizer cumprimento – e nenhum dos áulicos que a cercam se atreverá a corrigi-la, talvez porque não percebam nada de errado.
O problema maior dessas sessões é o comprimento (vá lá) em si. Por que diabos uma presidente se sente obrigada a cumprimentar todas as autoridades presentes, uma a uma, antes de se dirigir à plateia? Qual é o sentido dessa formalidade que soa sempre ridícula, ainda mais na entonação “festa de formatura” de Dilma? Cumprimentar ministros que acabaram de chegar com ela ao recinto? Não me lembro: FHC fazia isso? Lula fazia isso? Não seria mais lógico “registrar” a presença desse ou daquele, para destacar a importância – vá lá – do evento? E não esqueçamos um fator complicador da fluidez dos “comprimentos”: Dilma.
“Queria também comprimentá o Cedenil, aqui, que foi um dos falaram aqui hoje, presidente da Federação da Associação dos Municípios do estado de Santa Catarina”.
Humm, Cedenil, Federação da Associação… Que tal um Google rápido? De primeira: a Federação, como parecia óbvio, é das “Associações” dos Municípios. E o tal Cedenil, nome estranho, ninguém viu. O nome do atual presidente da FAMESC é Lenoir Henrique – parecido, mas não muito, se bem que posso estar enganado, já me desculpando com o Cedenil.
Ah, os nomes, como o gol para Parreira, são apenas um detalhe para Dilma. Quem trocou Luiz Sergio por Ideli é capaz de trocar qualquer coisa:
“Queria comprimentá o Pedro Eccel, presidente da Associação dos Municípios do Meio Vale de Itajaí. E queria…”
Ela ouve um sussurro, para, aguça o ouvido, repete o que ouviu e concede, contrariadíssima:
“Paulo Eccel. Cê vê que o pessoal às vezes erra. Peço desculpa ao Paulo, mas escreveram Pedro, viu? Pois é, alguma pequena confusão…”
Eu diria que Paulo Eccel (pronuncia-se Excel) foi vítima de um erro na planilha que deram à Dilma…Ok, trocar Paulo por Pedro é um ato falho bíblico. Mas o Paulo, que aliás é prefeito de Brusque, deve ter ficado chateado mesmo é com o nome da associação que Dilma arrumou para ele. Paulo, na verdade, preside a Associação dos Municípios do Médio Vale de Itajaí; o médio vale inteiro, não apenas meio.
Mas é a partir dos 7m30s deste penoso vídeo – disponível no Blog do Planalto sem nenhuma cerimônia, sem medo da exposição – que se encontra a gênese do desastre anunciado e até aqui consumado do governo Dilma Rousseff. É só ouvir.
Desculpem: o trecho é longo e de audição/leitura atroz, mas vale por todos os textos que no futuro se publicarão para explicar o inacreditável, o inefável governo Dilma.
Aqui, retomando uma de suas obsessões nos discursos de campanha, agora com mais conteúdo, Dilma insiste em convencer as pessoas de que é melhor morar numa casa do que na rua. Tirem as crianças da sala – se elas estiverem na sala, não na rua. E apertem os cintos, segurem-se bem à cadeira:
“Porque ter um teto é uma questão de segurança. Ter uma família e ter um local onde você possa desenvolver suas relações afetivas é o direito de todo ser humano, das mulheres, porque é lá que elas criam seus filhos, é lá que ela estabelece essa relação familiar que vai criar brasileirinhos e brasileirinhas pra serem os futuros adultos. A casa é, eu diria, um símbolo do cerne de uma nação. É lá que um país tem segurança também, porque essa primeira segurança de sabê que seus filhos vão tê abrigo. Essa questão da proteção que é algo que a humanidade busca desde que cumeçô a se transformá e virá cada vez mais humanos. Nós precisamos de abrigo porque o abrigo nos dá proteção. Todos brasileiros têm direito à proteção de um teto, de um lar, onde criar seus filhos. Por isso, eu tenho imenso orgulho desse programa Minha Casa, Minha Vida, orgulho não porque o estado brasileiro parô de achá que todo mundo tinha de encontrar um jeito de tê casa independente de quanto ganhava. E nós mudamos essa compreensão”.
Depois de ouvir isto, nossos melhores analistas estarão dispensados de fazer grandes malabarismos de ciência política ou teoria geral do estado para um dia tentar explicar por que o governo Dilma foi uma grave ofensa ao país.

Herança maldita.

Cheirando mal.

Dilma cede a Collor e Sarney por sigilo eterno de dados. É só ver quem prefere manter "sigilo eterno".... tem cheiro de podridão no ar!!!