Aos 17 minutos do
primeiro tempo, no desastre de terça-feira,8, (Contra a Alemanha) a seleção
brasileira já perdia para a alemã por um a zero quando Marcelo, atendendo a um
chamado do atavismo macunaímico, caiu na área, simulando um pênalti.
O zagueiro alemão Jérôme
Boateng, cujo pai é ganês, se zangou. Deu-lhe uma bronca humilhante. Os alemães
execram esse teatro ridículo
(...)
No futebol, na vida, na
política. Acusar o adversário de uma transgressão que ele não cometeu é uma
falha moral grave. Trata-se de reivindicar a licença para reagir àquilo que não
aconteceu, tentando fazer com que o outro pague uma conta indevida. Um dia antes
da partida fatídica ( contra a Alemanha ), a presidente Dilma Rousseff,
demonstrando que anda com pouco serviço –e só gente muito ocupada tem tempo de
fazer direito o seu trabalho–, resolveu participar de um bate-papo numa rede
social. Exaltou o heroísmo de Neymar, discorreu sobre a garra do povo
brasileiro e, ora vejam!, censurou os "urubus do pessimismo".
Desde o início do
torneio, a presidente e seu partido acusam a oposição e críticos do governo de faltas
que não cometeram: teriam antevisto o caos na Copa e estariam torcendo contra o
sucesso do evento. Simulação!
(...)
Dilma sonhou
esmagá-los... passando a taça para as mãos de Thiago Silva. No pior dos
cenários, Lionel Messi beijará o troféu, hipótese em que se cumprirá uma
predição de Lula, que anunciou, em 2007, que o Brasil faria uma Copa "para
argentino nenhum botar defeito".
Ouça o que diz Boateng,
presidente! Levante-se da área! Jogue limpo! É muito melhor vencer com honra.
Ou honrar o vencedor.
*Extraído do trexto de Reinaldo Azevedo