sábado, 22 de abril de 2017

O “bon vivant” do agreste.


  Carlos José Marques,diretor editorial IstoÉ

Foi o amigo dileto, Emílio Odebrecht, que o ajuda desde os idos de 70 com presentes, agrados e muita propina, quem assim o classificou: “Lula é um bon vivant, não tem nada de esquerda, gosta de coisa boa!”. 

Mimos como uma conta aberta em seu nome no valor de R$ 40 milhões, com saques à disposição em dinheiro vivo na hora desejada, reformas de sítio, palestras regiamente pagas em troca de vantagens, apartamento, jatinhos, terreno, qualquer coisa. Era só o “chefe” mandar. Ou pedir. Ajuda meu filho, meu irmão, meu compadre, meu partido. Valia a pena. No universo idílico que ronda Lula tudo é fruto de uma benevolência extrema. Do toma-lá-da-cá. Dos favores. 

Nos idos dos anos 80, o memorável “Senhor Diretas” Ulysses Guimarães já diagnosticava com uma precisão cirúrgica: “o mau de Lula é que ele parece gostar de viver de obséquios”. Os fatos teimaram em demonstrar. Estavam certos Ulysses e o patriarca do grupo que agora faz a “delação do fim do mundo”. 

O petista sempre deu sinais nesse sentido. Quando da primeira vitória nas eleições presidenciais, lá foi ele comemorar com uma garrafa de vinho Romanée-Conti, ao custo de US$ 5 mil (paga por outro amigo, naturalmente). Lula jactava-se pelos ventos da sorte e pelas boas relações com os amigos.

Não há como negar: ele também é um fiel e generoso amigo. Ao menos dos ricos amigos, numa convivência tão estreita como promíscua. Fez mais por eles que recebeu. Não há dúvida. Foi capaz de prejudicar estatais e o povo que recolhe impostos em prol dos negócios da empresa do amigo Emílio.  
Seguiu sempre a surrada máxima “para os amigos, tudo!”. Com o patrimônio alheio – de cada um de nós, brasileiros. Você bancou a farra. Mas isso é detalhe. Não seria da conta de ninguém, é verdade, se o deplorável hábito de pedir tudo a todos ocorresse estritamente na platitude das relações desinteressadas.  
Infelizmente não foi bem assim. O que ele fez chama-se corrupção. Em benefício próprio e dos seus. Com a quebra inexorável das finanças de um País. Está evidenciado. Lula instaurou a corrupção como política de Estado. Em suas gestões, e na da sucessora Dilma , os desvios ganharam conotação de praga endêmica, institucionalizada e alastraram-se para cada departamento, autarquia ou organismo federal.  
Às favas com os escrúpulos. Lula hoje diz que as acusações são mentira. Só ele fala a verdade. Seria a história mais fabulosa do mundo um conluio tão bem arquitetado de delatores, que contam em requintes de detalhes as tramoias do grande líder, com o intuito exclusivo de condená-lo. 
Quem não se condói de tamanha injustiça? Lula agora reclama das noites insones, temerário de ser preso a qualquer momento. Os companheiros ideológicos desembarcam. O marxista Noam Chomsky, admirador de primeira hora, reclamou do partido e do seu criador que “simplesmente não pode manter as mãos fora da caixa registradora…que está roubando o tempo todo”.  
A alternativa do retirante nordestino que virou presidente – e acredita estar sendo penalizado por essa condição – é reagir no grito. Insistir na nauseabunda mentira. Seus convictos aliados – detentores de uma fé incondicional, que enxergam o homem quase como uma divindade, a despeito de seus reincidentes pecados – convocam a militância para armar um verdadeiro circo de protestos em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde no próximo dia 3 acontece o que já vem sendo chamado como o “embate do século” entre o paladino da justiça, Sergio Moro, e o cacique objeto da cega veneração.  
Os mais extremados abarrotam as redes sociais com ameaças de “guerra civil”, num tom belicoso que extrapola para o crime, sem receio de reprimendas. A lei, ora a lei, não vale para o grande comandante. Quando você nasce como a alma mais honesta que existe, qualquer um precisa respeitar. Ele está acima dos demais. 
Não podem pairar dúvidas sobre seus atos. É preciso louvar a santidade. Ela não mente, não erra, não comete faltas. Onipotente, onisciente, acima do bem e do mal, não pode ser alcançada pelas infâmias da raia miúda, nem condenada pela justiça dos mortais. De forma alguma.  
Por esse modo muito peculiar de visão dos fatos, Lula não pediu nada a ninguém. Lula não levou propina. Não armou quadrilha de desvios. Muito menos costurou esquemas que lesaram o Tesouro. Aquele sítio, com notas frias, ora bolas, era do amigo. O tríplex, de outro amigo. O apê onde mora, também. Se de 2006 para cá uma empresa quis dar mais de R$ 10 bilhões, como confessou, em propinas para Lula e sua turma do poder, o problema é dela. Se ganhou como contrapartida grandes obras públicas, foi sorte. 
O Estádio do Corinthians, sonho de mais de R$ 1 bilhão de Lula, era merecido. Maldosos, os brasileiros! Há de se perguntar aos áulicos seguidores do petista se por acaso tiveram tempo e o cuidado de ouvir os depoimentos dos delatores, gravados em áudio e vídeo e mostrados a quem quisesse ver? 
Atentaram para o volume de informações, para a avalanche de evidências e provas já colhidas? É esse o País que desejam para si e para os seus, sob o julgo de um esquema de bandalheira sem fim? 
A ladroagem ilimitada e a arrogância populista não podem virar exemplo. Destruiu recentemente a Venezuela nas mãos do caudilho Hugo Chaves. Não podem se repetir pela ambição desmedida do “bon vivant” Lula. 
                             * Por Carlos José Marquesdiretor editorial da IstoÉ 

Alexandre Garcia comenta o fim de Lula e ironiza a CUT com medo de Bolsonaro.


Porque hoje é Sábado, uma linda mulher.

A bela modelo Rose Rocha

O arsenal de Léo Pinheiro.

Léo Pinheiro vai entregar mais coisas.
Matheus Leitão, do G1, diz:
"Nas conversas com o Ministério Público Federal, Léo Pinheiro prometeu ainda mais informações do que aquelas apresentadas em depoimento ao juiz Sergio Moro.
O centro das tratativas do acordo diz respeito ao Lula, como já ficou demonstrado quando Léo Pinheiro disse que o ex-presidente o orientou a destruir provas. Mas também perpassa pela relação da companhia com o PT e seus tesoureiros".
Dezenas de provas colhidas pela Lava Jato demonstram que a cobertura no Guarujá sempre foi de Lula.
Merval Pereira, na GloboNews, debochou do argumento da defesa do Brahma:
"A denúncia de Léo Pinheiro tem documentos que comprovam a propriedade do apartamento do Guarujá. Inclusive, com documentos apreendidos no apartamento do ex-presidente Lula, quando ele foi levado coercitivamente para depor. Tem até uma certidão de compra, com o número do apartamento rasurado. O próprio advogado de Lula forçou Léo Pinheiro, no depoimento ao juiz Sergio Moro, a responder que pagara com propina a cobertura para o ex-presidente." 
* Via O Antagonista

sexta-feira, 21 de abril de 2017

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Lula tenta enrolar Sergio Moro.

O molusco é um pândego, até com a Justiça ele quer fazer brincadeiras sem sentido.
   
 Indicar 87 testemunhas é um exagero. Afinal, Lula não fez nada em praça pública.
Lembrando o que já ocorrera quando do julgamento do “Mensalão do PT”, que levou o então ministro Joaquim Barbosa a reclamar pela demora da conclusão do processo, os advogados do ex-presidente Lula arrolaram nada menos que 87 testemunhas em um dos processos que ele responde na Operação Lava-Jato, sob a alegação de era para garantir o amplo direito de defesa, um dos pontos altos da democracia. 
No entanto, tudo não passa de um deboche e uma atitude leviana, apenas para atrasar a decisão final sobre uma de suas falcatruas. Quebraram a cara, e já estão esperneando, visto que o juiz Sérgio Moro determinou que Lula comparecesse a todas as 87 audiências. Um autêntico golpe de mestre, e agora a defesa do petista está protestando e apelando, porque Lula queria atrasar o julgamento e ficar fazendo campanha eleitoral viajando pelo país. 
Agora, vamos tirar um dúvida. Se os crimes pelos quais Lula é acusado não foram cometidos em praça pública, por quê ele apresentou 87 testemunhas? Ele mesmo disse um dia que era uma jararaca, e cobra não costuma deixar rastros. É bom que o ex-presidente fique atento, porque é certo que o juiz Sérgio Moro já deve ter suas convicções sobre as denúncias, motivo pelo qual Lula esteja tão desesperado e tente adiar tanto quanto possível seu julgamento. Não é nada improvável que após sua audiência com moro no dia 3 de maio ele seja obrigado a mudar de residência de São Bernardo do Campo para Curitiba.