Israel parou os bombardeios na faixa de Gaza das 13h (9h de Brasília) até as 16h (12h de Brasília), para permitir que a população palestina obtenha mantimentos, graças a um corredor humanitário, informou nesta quarta-feira a porta-voz militar Avital Leibovich.
Israel anunciou trégua em ataques para entrada da ajuda humanitáriaCaminhões carregados aguardam permissão para entrada na região.Palestinos recebem água após Israel anunciar trégua.A continuidade desta medida de interromper os bombardeios durante três horas diárias será estudada a cada dia em função da situação, disse Peter Lerner, porta-voz do organismo dependente do Ministério da Defesa que coordena as atividades de Israel nos territórios palestinos.Do lado do Hamas, o disparo de foguetes também será suspenso durante o período, informou Abu Marzuk, membro do gabinete político do movimento islamita palestino em Damasco."Não se espera que sejam lançados foquetes durante as três horas de interrupção dos bombardeios israelenses", afirmou Marzuk, citado pelo porta-voz Osama Abu Khaled, mas negou que o intervalo seja um sinal de um possível cessar-fogo por parte do Hamas."A interrupção foi decidida pelas forças de ocupação israelenses. Os movimentos da resistência palestina continuarão enfrentando a agressão israelense", disse Abu Khaled. O corredor humanitário "permitirá a abertura de áreas geográficas durante determinados períodos de tempo nos quais a população poderá se abastecer e receber assistência", afirmou hoje o escritório do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, ao anunciar a medida, em comunicado.A população de Gaza vive fechada em suas casas sem energia elétrica, água ou a possibilidade de comprar alimentos desde que Israel iniciou a ofensiva ao território palestino, em 27 de dezembro.A decisão ocorre depois que o Conselho de Segurança da ONU deu o sinal verde a um plano proposto pelo Egito e pela França para deter a ofensiva em Gaza, na qual 660 palestinos morreram e 2,6 mil ficaram feridos.O gabinete de segurança, formado pelas hierarquias política e militar, está reunido para estudar a situação da ofensiva em Gaza, onde esta manhã houve novos confrontos entre milicianos palestinos e tropas israelenses, apoiadas pelas Forças Aérea e Naval.O Exército israelense busca se posicionar por toda a faixa de Gaza, apesar dos pedidos de um cessar-fogo, se considerar necessário para concluir sua missão de dar "um duro golpe ao Hamas", segundo altos comandantes militares citados hoje pelo jornal "The Jerusalem Post". Proposta de cessar-fogoApós reunir-se com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o presidente egípcio, Hosni Mubarak, apresentou um plano para o fim da ofensiva que recebeu amplo apoio da comunidade internacional, e será analisada nesta quarta-feira pelo gabinete do governo israelense sob a pressão. Apesar de uma primeira reação negativa por parte do presidente Shimon Peres, que minimizou a proposta, o porta-voz do governo hebreu, Mark Regev, disse que Israel apóia a iniciativa egípcia."Israel agradece ao presidente egípcio (Hosni Mubarak) e ao presidente francês (Nicolas Sarkozy) por seus esforços para pôr fim às atividades terroristas em Gaza e ao contrabando de armas do Egito para Gaza", afirmou o porta-voz do Conselho, que é o gabinete do primeiro-ministro israelense."Israel considera de maneira positiva o diálogo entre egípcios e israelenses para avançar nesse aspecto", acrescentou.Apresentado durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU em Nova York, na noite de terça-feira, o plano de Mubarak prevê a retomada do envio de ajuda humanitária a Gaza e negociações a respeito da segurança na fronteira entre israelenses e palestinos. A proposta foi bem recebida pela secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que pediu por uma trégua que seja "durável e que garanta a segurança".O plano egípcio prevê "um cessar-fogo imediato por um período limitado", que permita o estabelecimento de corredores humanitários e dêem tempo ao Egito de trabalhar para um cessar-fogo global e definitivo.
Fonte UOL*Atualizada às 11h, com as agências AFP, EFE e Reuters
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