Agora não dá mais para disfarçar! Dilma Rousseff já é a candidata do PT à Presidência da República. Com discurso, citações poéticas — despropositadas, promessa de novas auroras e, como não poderia deixar de ser, exaltação das conquistas de Lula. Isso tudo é parte do jogo. A fala de Dilma reforça a mistificação de que não havia país antes de Lula: parece que o Brasil começou em 2003. Uma metáfora de gosto duvidoso ilustra o provável tom da campanha, serve de síntese da forma como o petismo conta a história do Brasil e é emblema das mentiras essenciais que marcam a propaganda oficial. O discurso investe também na mentira descarada sobre a reorganização do Estado. O discurso que sataniza a privatização é coisa de vigaristas. Em primeiro lugar, porque as que foram feitas trouxeram resultados formidáveis para o Brasil — ou o PT que as desfizesse. Ao contrário: Lula, como se sabe, criou facilidades para detentores de empresas antes pertencentes ao estado. Ou terei de lembrar de novo da “Lei Oi”, criada especialmente para permitir que a Oi, de seu amigo Sérgio Andrade, comprasse a Brasil Telecom, de seu inimigo Daniel Dantas? É uma mentira escandalosa afirmar que se tentou, alguma vez, privatizar a Petrobrás ,Banco do Brasil ou CEF. A acusação é feita de modo covarde. Quem tentou? Cadê as evidências, os documentos, as provas, os indícios que sejam? Não há nada. HÁ APENAS TERRORISMO. Dilma cita falsos “heróis” que cometeram atos terroristas só por questões sentimentais? Não sei. Na entrevista que concedeu à VEJA , ela diz: “A realidade mudou, e nós com ela. Contudo, nunca mudei de lado. Sempre estive ao lado da justiça, da democracia e da igualdade social.”
É? Seus homenageados, como ela própria aquela época, queriam outra coisa: ditadura socialista. E, para atingir seus objetivos, assaltavam, seqüestravam e matavam. Todos eles merecem o respeito que se dispensa a qualquer ser humano. Mas sua contribuição à democracia é rigorosamente nenhuma! E o regime que tentaram implementar no Brasil se caracteriza pela morte de milhões de pessoas. No que concerne à política, merecem o nosso mais solene desprezo.
*Texto adaptado do post de Reinaldo Azevedo. Leia aqui o texto original